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Professora Tatiana Lima

 Levar em consideração a fala não significa


ensinar os alunos a “falarem bonito”.

 O objetivo deve ser: incentivar a fala e


mostrar como ela funciona.

 Lembrar que a língua padrão não é superior.

 A escrita preserva a língua como um objeto


inanimado, fossilizado.
 A escola gira em torno da escrita. A
gramática normativa está voltada para a
escrita.

 Existem valores sonoros diferentes para cada


símbolo alfabético, e a ortografia por si só
não dá uma orientação clara sobre a
pronúncia da língua e seus dialetos.

 Não existe relação simples “um por um”


letra por som. Um mesmo som pode ser
representado por diferentes letras e vice
versa.

 A escrita não é espelho da fala.


Tabela de símbolos fonéticos
Modos de Letras Exemplos
articulação correspondentes
na ortografia
Oclusivas p pai, bicicleta
b boi
t tia
d dia
qu/c aquele, casa, taxi
g gula,guerra
Nasais m mala,campo
n nada,canto
nh tinha,vem
m, n lã, bom, banco
Modos de Letras Exemplos
articulação correspondentes
na ortografia
Fricativas f faca
v vaca
s exceção, feliz, próximo
z mesmo,visgo
ch enxada,basta
j giz, gente
Laterais l mala,lata
lh família,alho
Representações r caro, mar
fonéticas do R e RR rr carro, mar
x carro, mar
h carro,mar
r Porta
r mar
Modos de Letras Exemplos
articulação correspondentes
na ortografia
Africados t tia,muito
d dia,doido
Vogais i vive, menino (mininu)
e vê, aquele
é pé, aquela
a lá
ó pó, abóbora
o avô, todo
u tudo, todo, salto
ã lã, banana
 O uso de vogais e consoantes na escrita tem
um significado e uma função muito
diferentes de seu uso na fala. Escreve-se
“optar” e se costuma dizer “opitar”, “lápis”
e se diz “laps”, “caixa” e se diz “caxa”.

 A ortografia é uma convenção sobre as


possibilidades de uso do sistema de escrita,
de tal modo que as palavras tenham um
único modo de representação gráfica.
 Escada

 Elefante
 Os alunos deveriam identificar as palavras
que são escritas começadas com a letra E.

 A criança usa a sua fala como referência para


a escrita e não comete “erros” por
leviandade ou distração.

 O aluno erra a forma ortográfica porque se


baseia na forma fonética. Os erros dos alunos
revelam uma reflexão sobre os usos
lingüísticos da escrita e da fala.
 A escola não deveria preocupar-se somente
com a ortografia, mas também com o
funcionamento da fala; é importante saber
como os alunos falam para poder entender
melhor o que eles escrevem.

 Deixar as crianças escreverem espontâneos é


de fundamental importância para que façam
corretamente a passagem da fala para a
escrita e da escrita para a ortografia.
 A escola, como espelho da sociedade, não
admite o diferente e prefere adotar só as
noções de certo e errado, numa falsa visão
da realidade.

 Os professores deveriam discutir o problema


da variação lingüística com seus alunos e
mostrar-lhes como os diferentes dialetos são,
por que são diferentes, como a sociedade
encara essa variação, seus preconceitos e a
conseqüência disso na vida das pessoas.
 A escola deve respeitar os dialetos, entendê-
los e até mesmo ensinar como essas
variedades da língua funcionam comparando-
as entre si. Incluindo nessa discussão o
dialeto considerado padrão.

 Para o aluno, o respeito às variedades


lingüísticas significa a compreensão do seu
mundo e dos outros.

 Fala artificial da professora pode atrapalhar


a alfabetização.

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