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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BRAGANÇA

Entidade Formadora: IEFP – Centro de Formação Profissional


de Bragança

Curso: Técnico(a) de Acção Educativa; Local: Mirandela

Área de Competência: Sociedade, Tecnologia e Ciência -


Fundamentos

Núcleo gerador 7: Saberes Fundamentais


Domínio de Referência: DR4 – Contexto Macro-Estrutural
1
Tema: Leis e Modelos Científicos
Competência: Mobilizar o saber formal na interpretação de
leis e modelos científicos num contexto de coexistência de
estabilidade e mudança.
Duração: 14:00h – 16:45h
Sessão nº

Formando(a):__________________________________

“Leis e Modelos Científicos”

Charles Robert Darwin (12/02/1809 – 19/04/1882)


Darwin em 1840 e em 1854, 5 anos antes da publicação de A Origem das Espécies.

Quinto dos seis filhos de Susannah e Robert Darwin, Charles Robert Darwin nasceu em Mount, na
cidade de Shrewsbury, Inglaterra, em 12/02/1809. Seu pai era um famoso médico, muito rígido com a
família, foi também um cuidadoso coleccionador de minerais, conchas e selos.
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Sua mãe, pai e avô sempre quiseram que Charles fosse um doutor, entretanto nunca imaginaram que
ele seria destinado a mudar o conhecimento científico de como a vida se adaptou na Terra...
Darwin estudou no Colégio de Edinburgh e no Colégio de Christ, em Cambridge antes de 1831. Parece
que foi em Cambridge, através da amizade com o professor de Botânica, John Henslow, que despertou
o verdadeiro interesse pela História Natural...
Em 1831 (com 22 anos), sua amizade com cientistas o leva a participar, como naturalista, de uma
expedição no navio HMS Beagle, promovida pela Marinha Inglesa para completar dados cartográficos
da América do Sul. Durante cerca de cinco anos de viagem, obteve conhecimento da fauna, flora e 1
geologia de vários lugares.
Mais de duas décadas depois de seu retorno ele publicou A Origem das Espécies, através do Sistema de
Selecção Natural, em 1859. Darwin desejava revelar 'o mistério dos mistérios – a primeira aparição dos
seres na Terra', e seu livro imediatamente estabeleceu parâmetros a cerca da evolução que foram
aceitos naquela época, causando uma revolução científica que, hoje, ainda causa debates...
Ele morreu em 19/04/1882, em Down House, Downe, Kent.

A Viagem do Beagle (1831-1836)


Ele visitou Tenerife, Ilhas Cabo Verde, Brasil, Montevidéo, Argentina (Tierra del Fuego, Buenos
Aires, Valaparaiso), Chile, Tahiti, Nova Zelândia, Tasmânia e Ilhas Cocos (Keeling), na qual ele
começou sua famosa teoria dos recifes de corais.
Também visitou as Ilhas Galápagos – arquipélago situado no oceano Pacífico e que faz parte do
território do Equador. Abriga espécies raras de tartarugas gigantes, iguanas e pássaros. Foi estudando a
fauna de Galápagos que Darwin elaborou a Teoria da Evolução das Espécies...
O HMS Beagle, de uma aguarela de 1841, por Owen Stanley (lado esquerdo da tela, em cima). Amplie
o mapa com a rota da viagem do Beagle.
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Finalmente, em 27/12/1831 o Beagle zarpou, fazendo a primeira parada em 16/01 nas Ilhas Cabo
Verde, e depois Fernando de Noronha em 20/02/1832 e chegou a Salvador em 29/02/1832.
Foi no Brasil que Darwin teve seu primeiro contacto com a exuberante floresta tropical. Aportou no
Rio de Janeiro em 05/04/1832, onde permaneceu, enquanto o Beagle voltou à Salvador para rever
cálculos cartográficos, realizando uma série de recolhas e observações.

Desenho antigo de Salvador, na época em que o navio Beagle visitou a Bahía.

Em 23/07/1835 ancoraram em Valparaiso, no Chile, onde Darwin fez uma expedição aos Andes, e
encontrou fósseis de conchas a mais de 1.000 metros de altitude. Em Setembro do mesmo ano, o
Beagle chegou às Ilhas Galápagos, onde Darwin constatou a existência de espécies de árvores,
tartarugas e aves diferentes em cada ilha.
Foi em Galápagos que Darwin realmente passou a duvidar da imutabilidade das espécies,
principalmente após as observações realizadas.
Alguns autores comentam que durante um jantar na casa do Governador de Galápagos, surgiram
comentários sobre a possibilidade de reconhecer a procedência dos galápagos (cágados) a partir da
forma casco.
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Posteriormente, no navio, ao preparar os espécimes recolhidos para armazenamento e com a ajuda das
anotações do Capitão Fitzroy verificou a variação existente entre os tentilhões em relação as diferentes
ilhas do Arquipélago de Galápagos. Nas figuras abaixo repare na forma do casco dos cágados:

A Minuciosa Elaboração da Teoria


Darwin iniciou uma série de experimentos com plantas e animais visando desenvolver métodos para
verificação de um mecanismo de transformação dos seres vivos.
Passou vinte anos estudando os dados recolhidos, para confirmar a ocorrência de variações nas
espécies. A teoria chamada darwiniana é a que mais se adapta aos fatos observados, ao explicar a
evolução pela selecção natural entre as espécies.
É proposta, simultaneamente e de modo independente, em 1858 pelos naturalistas britânicos
CHARLES ROBERT DARWIN e ALFRED RUSSEL WALLACE.
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Darwin consciente das implicações de seu trabalho sobre a tese da imutabilidade das espécies e
preceitos religiosos, metódica e minuciosamente junta, durante mais de vinte anos, evidências para
provar a transformação dos seres vivos, e com isso começa a escrever o livro “Natural Selection”
(1856).
Em 1858, recebe carta de Alfred Russel Wallace, um jovem naturalista que estava trabalhando no
Arquipélago Malaio. Nesta carta, Wallace apresenta um esboço de suas observações no Arquipélago e
solicita a opinião de Darwin.
Ao ler a carta, Darwin, relata em sua autobiografia, que ficou completamente surpreso e escreve ao seu
amigo Lyell, dizendo: “Ele (Wallace) não poderia ter feito melhor resumo do meu trabalho
desenvolvido nestes últimos 22 anos...”
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Em 1859, publicou o livro “A Origem das Espécies”, em que explica os princípios do evolucionismo e
da Selecção Natural.
Em 1871, provoca polémica com a Igreja ao publicar a obra “A Descendência do Homem”, em que
expõe sua teoria de que o ser humano descende do macaco. Com ela, Darwin nega a história da criação
como está descrita no Géneses...
Os conservadores também protestam contra a teoria, por se recusar a admitir que os ancestrais da
espécie humana sejam animais. Publicou também a biografia de Erasmus Darwin (1879).
Sem conhecer as pesquisas de Mendel, Darwin morre em Down e, por solicitação do Parlamento
Britânico é enterrado na Abadia de Westminster.
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O avô de Charles Darwin, Erasmus Darwin (1731-1802), publicou um tratado, no fim do século XVIII,
no qual afirmava a crença na evolução das espécies. Tal obra apresentava ideias evolucionistas
precursoras de Lamarck.
Não formulou, porém, qualquer hipótese sobre a natureza dessa evolução. Médico e filósofo, publicou
o livro “Zoonomia ou Leis da Vida Orgânica” (1794-1796) onde assinalou que a variação do ambiente
provoca uma resposta do organismo (estrutura de um órgão).
Portanto os animais se transformavam pelo hábito provocado pelas necessidades. Em suma, ele
acreditava na herança de caracteres adquiridos, e com essa crença produziu o que decerto era uma
emergente teoria de evolução, embora ainda deixasse muitas questões sem resposta...
Caricatura de Darwin como um macaco na revista Hornet (lado esquerdo). Clássica imagem de Darwin
(lado direito). Seu avô Erasmus Darwin (centro).

O processo evolutivo proposto por Darwin:


O DARWINISMO
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Os ancestrais das girafas, de acordo com o documentário fóssil, tinham pescoço mais curto. O
comprimento do pescoço variava entre os indivíduos das antigas populações de girafas. Essa variação
era de natureza hereditária.
Indivíduos com pescoço mais longo alcançavam o alimento dos ramos mais altos das árvores. Por isso,
tinham mais hipóteses de sobreviver e deixar descendentes.
A selecção natural, privilegiando os indivíduos de pescoço mais comprido durante milhares de
gerações, é responsável pelo pescoço longo das girafas actuais.
Em uma explicação mais detalhada da “Selecção Natural”, note que esse processo pressupõe a 1
existência de variabilidade entre organismos de uma mesma espécie (variabilidade entre as girafas).
As mutações e a recombinação genica são as duas importantes fontes de variabilidade. Essa
variabilidade pode permitir que os indivíduos se adaptem ao ambiente.
É obvio que a mortalidade seria maior entre os indivíduos menos adaptados ao meio, pelo processo de
escolha ou “selecção natural” – uma escolha efectuada pelo meio ambiente. Restando apenas as girafas
que melhor se adaptaram ao ambiente.
O tamanho do pescoço dos ancestrais da girafa variava. Alguns eram compridos e outros, mais curtos.
Os animais de pescoço longo alcançavam as folhas mais altas das árvores e levavam vantagem para se
alimentar.
Por isso, tinham mais hipóteses de sobreviver. Com o tempo, os animais de pescoço curto desaparecem
e só sobraram as girafas de pescoço longo, do jeito que conhecemos hoje.

Evolucionismo - de Lamarck e Darwin aos dias de hoje


por Alexandre Indriunas
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Mutação e evolução
“A mutação é a chave para a nossa evolução. Ela nos permitiu evoluir de um organismo unicelular à
espécie dominante do planeta. O processo é lento, normalmente leva milhares e milhares de anos. Mas
em algumas centenas de milénios a evolução dá um salto.” Assim começa a narração do filme X-Men.
Os personagens mutantes das histórias em quadrinhos, também levados ao cinema, travam uma luta
constante entre eles e os “humanos comuns”, onde a supremacia da “raça” mutante é buscada pelo
vilão Magneto, e a coexistência com os humanos, por Xavier e seus aliados. Mas, ideias como as de 1
evolução, mutações e da lei do mais forte não permeiam somente a ficção, estão presentes nas mais
variadas áreas do conhecimento humano como na biologia e sociologia.

Imagem cedida pelo site Darwin Online


Imagem de livro de Charles Darwin

Actualmente empregamos palavras como evolução e adaptação com naturalidade, mas, nem sempre foi
assim. Até o século 19 as ideias vigentes eram outras e graças a pensadores como Buffon e Wallace e
principalmente Lamarck e Darwin, seguidos de Weissmann e Dobzhansky podemos hoje melhor
compreender como os seres vivos se originaram e como as mais diferentes espécies que encontramos
hoje, e as extintas, surgiram.
Mas, o que é então o evolucionismo? Quem são os evolucionistas? Qual é o real papel de Lamarck e
Darwin? Este artigo pretende lançar luz a essas e muitas outras questões. Vamos então começar nossa
jornada!
Antes do evolucionismo
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Na antiguidade vários filósofos gregos e romanos buscaram explicar a origem da vida, das espécies e
até mesmo suas transformações. Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.), Empédocles (493-433 a.C.),
Aristóteles (348-322 a.C.) e Lucrécio (99-55 a.C.) já elaboraram teorias que iram perdurar durante
séculos no ocidente sendo, por um bom período de tempo, abafadas pela concepção do fixismo
criacionista e posteriormente repensadas.
As espécies teriam sido criadas por Deus e seriam imutáveis. O criacionismo, baseado na Bíblia, mais
precisamente no livro da Génese, não podia conceber que os animais mudassem, se transformassem,
pois Deus os havia criado como são, este conceito é a base do fixismo criacionistas. Sendo a ideia de 1
mudanças dos organismos uma ideia herege.
Porém com as transformações do pensamento ocidental através dos séculos muitas releituras dos
filósofos greco-romanos deram outro viés a compreensão do mundo. Até meados do século 18, a
sabedoria e a bondade divinas justificavam a grande diversidade de formas que os seres vivos
apresentavam, porém as antigas teorias da geração espontânea, onde organismos poderiam surgir a
partir de matéria inanimada, e a dos germes da vida, fluidos vitais que impregnariam e gerariam os
seres, serviram para explicá-las.
Por exemplo, em sua obra, o físico, matemático e astrónomo francês Pierre-Loius Moreau de
Maupertuis (1698-1759) traz considerações a cerca da origem das espécies a partir da sua observação
da embriologia e de suas concepções metafísicas. A ideia do acaso, da atracção de partículas que
gerariam os primeiros organismos, bem como a atracção do fluidos germinais que produziriam um
embrião, não são meramente fortuitas, mas sim regidas pela divina Providência; aqui temos tanto o
princípio da geração espontânea (a atracão das partículas) e a presença dos germes da vida (fluidos
germinais), sem atentar contra a influência religiosa (a finalidade da providência divina).
Desde a descoberta do Novo Mundo e da instalação das colónias europeias, inúmeras expedições de
naturalistas recolheram, capturaram, descreveram e trouxeram vivos ou mortos quantidades fabulosas
de representantes da fauna e flora dos quatro cantos do mundo, além de incontáveis fósseis. Com todo
esse material levado aos centros de estudo e museus da Europa, os cientistas possuíam, então, um vasto
material e passaram a classificar e investigar as diferenças entre os seres vivos como nunca fora feito.
Deve-se ter em mente que os cientistas da época já entendiam as correlações entre os seres e entendiam
suas relações regidas pela “economia natural”, que nada mais seria que a disposição dos seres, regida
por Deus, segundo tais seres tendem a fins comuns e possuem funções recíprocas. O ambiente também
influenciava assim, do fruto destes estudos surgiram teorias que buscavam explicar a diversidade,
como a elaborada pelo naturalista francês, George Luis Leclerc (1707-1788), Conde de Buffon, como
viria a ser conhecido, na qual as diferenças dependiam das influências do clima e dos alimentos, as
quais definiriam certas características morfológicas, assim certos animais poderiam, por exemplo,
desenvolver seus cornos e chifres, se ali estivessem mais nutrientes necessários para isso do que em
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outra região onde fossem menos abundantes. Buffon também dispensou muito de seu empenho em
assuntos relacionados à distribuição e variação geográfica dos seres vivos.
Já o termo evolução foi originalmente proposto, em 1744, pelo cientista alemão Albrecht von Haller
para descrever o desenvolvimento dos embriões, ou do ovo até sua fase adulta. E de certo modo seu
emprego para designar o surgimento e alterações dos organismos vivos mudou seu significado a partir
das teorias actualmente conhecidas como evolucionistas.

Lamarck e a primeira grande teoria da evolução 1

O primeiro cientista a desenvolver uma teoria da evolução considerada completa foi o francês Jean-
Baptiste Pierre Antoine de Monet, Cavalheiro de Lamarck (1744-1829) no início do século 19, ao
longo de sua obra e com maior repercussão através do seu livro Filosofia Zoológica (Philosophie
Zoologique) de 1809.
Lamarck, assim como seus contemporâneos, acreditava na lei da geração espontânea, para ele os
primeiros seres a habitarem o planeta seriam microrganismos originados de algo “não-vivo”.
Mas como a partir de seres tão simples pode-se chegar a organismos multicelulares e complexos? A
resposta seria que há uma tendência intrínseca nos organismos que leva a níveis organizacionais cada
vez mais complexos com o passar do tempo. Assim, seres simples tenderiam a evoluir a seres
complexos resultando no homem.
Muito bem, mas e como isso acontece? Ai está um “pulo do gato” de sua teoria, a lei do uso e desuso.
Resumidamente é “o que não se usa atrofia, o que se usa fortalece”, ou seja, estruturas e órgãos que são
utilizados com mais frequência e intensidade tornam-se mais desenvolvidos e adaptados às
necessidades que o meio, ou a natureza, impõe e aquilo que não tem serventia e não é utilizado atrofia
e se reduz. Isso explicaria as diferenças das estruturas como dentes, mandíbulas, patas, olhos ou
estômago entre as mais diversas espécies de animais.
E como isso pode mudar uma espécie? Lamarck responde a isso afirmando que estas características
desenvolvidas pela necessidade de adaptação ao meio são transmitidas aos seus descendentes,
empregando o conceito da herança dos caracteres adquiridos. O exemplo clássico é o do pescoço das
girafas, para tanto vamos imaginar que as “girafas” antigas possuíssem pescoço pequeno, bem menor
que os das actuais, e, para comer as folhas das copas de árvores elas deveriam esticar e repetidamente
continuar esticando cada vez mais seu pescoço, e esse esforço direccionado levaria ao alongamento
gradativo. Assim, o alongamento do pescoço (uso) seria transmitido para os seus descendentes. Seus
filhotes teriam pescoços mais longos que as gerações anteriores e com o passar do tempo, e muito
alongamento de pescoço, geração após geração, as girafas de pescoço curto se transformariam nas de
pescoço longo, as actuais.
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1
How Stuff Works
O exemplo clássico da teoria de Lamarck é o das girafas

Assim, através de ajuste ao meio, a herança dos caracteres adquiridos transmitida as gerações
seguintes, tendo o uso e desuso como mecanismo, aliado a tendência natural de aperfeiçoar-se, levaria
evolução das espécies.
Um ponto importante na teoria de Lamarck, que posteriormente seria chamada de lamarckismo, é o
fato dele não mencionar qualquer utilidade ás modificações que os seres sofreram, ou seja, um bico de
um pássaro não se torna mais forte para quebrar uma castanha, ou os olhos de um predador não se
tornam mais acurados para visualizar sua presa, e, sim de tanto quebrar castanhas e por espreitar as
presas essas estruturas se desenvolvem... Não existe a finalidade, ele fornece uma teoria de como e não
porque das modificações, da evolução das espécies. Lamarck explica que os grandes quadrúpedes
herbívoros possuem o “hábito de consumir, todos os dias, grandes volumes de matéria alimentar que
distendem os órgãos que os recebe” e “possuem o hábito de “não fazerem mais que movimentos
lentos” e isso resulta em que “os corpos desses animais engrossaram consideravelmente, tornaram-se
pesados e maciços, e adquiriram um volume muito grande como se vê em elefantes, rinocerontes,
vacas, búfalos e cavalos.” Por outro lado em regiões onde há predadores, eles são obrigados a correr,
assim, antílopes e gazelas são mais esbeltos devido ao fato de correr. Mas, essas características são
uma adaptação para a corrida, são um efeito da corrida.
É importante salientar que embora Lamarck tenha o merecido crédito pela sua obra e teoria, mas,
outros contemporâneos a ele compartilharam de ideias como a sua. Um exemplo foi o de seu amigo, o
médico inglês, Erasmus Darwin (1731 - 1802), um pioneiro na concepção da herança dos caracteres
adquiridos e em tópicos evolutivos como a selecção sexual onde o macho mais apto compete para
propagar a espécie aprimorando-a, apresentadas em sua obra mais importante “Zoonomia, or, The
Laws of Organic Life” (1794). Mas, o “Darwin” que entrou definitivamente para a história e
revolucionou o pensamento ocidental foi seu neto, Charles Robert Darwin.
Charles Darwin e a teoria da selecção natural
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As teorias do naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809 – 1882) acrescentaram pontos vitais para
a compreensão do evolucionismo, sendo considerado por muitos uma das figuras mais importantes da
ciência. Para analisar os principais pontos de sua teoria primeiramente vamos conhecer os fatos
relevantes de sua vida.
Nascido em um ambiente abastado intelectual e financeiramente, o jovem
Charles Darwin pôde ao completar seus estudos na escola local, em
Sherwsbury, e iniciar o curso de medicina em Edimburgo, porém ao cabo
de dois anos (1825 a 1827) abandonou os estudos e encaminhou-se a 1
Faculdade de Estudos Cristãos na Universidade de Cambridge para cursar
Teologia. Durante sua estadia em Cambridge, Darwin criou uma forte
amizade com o padre e botânico John Stevens Henslow, de onde surgiu
seu verdadeiro interesse pelo naturalismo. Graças a sua sede de
conhecimento e a influência de seu amigo, Darwin foi convidado a
embarcar como acompanhante do capitão Fitz Roy no navio Beagle em Enciclopédia Delta universal
Charles Darwin
uma expedição de aproximadamente cinco anos ao redor do mundo com
a missão de completar dados cartográficos para a Marinha Inglesa. Muito embora não fosse o
naturalista oficial do navio, cargo ocupado pelo cirurgião Robert McCormick, Darwin teve uma grande
oportunidade de recolher materiais e observar a exuberante natureza dos trópicos.

Imagem cedida pelo site Darwin On line


Planta do navio Beagle

Zarpando de Plymouth, Inglaterra, em Dezembro de 1831 com o intuito de melhor mapear o


Hemisfério Sul, o veleiro Beagle retornaria somente em Outubro de 1836. Sua primeira escala foi nas
ilhas Canárias seguida da estadia no Cabo Verde, durante o mesmo ano após cruzar o Atlântico suas
paradas foram em Salvador, Rio de Janeiro, Montevidéu, Punta Alta e Terra do Fogo. Continuando seu
trajecto ancorou nas Ilhas Malvinas, cruzou o Estreito de Magalhães e seguindo pela costa do Chile no
ano de 1835 até as Ilhas Galápagos nos meses de Setembro e Outubro. Após cruzar o Oceano Pacífico
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chegando a Austrália em Janeiro de 1836 o Beagle continuou sua viagem pelas Ilhas Keeling, Ilhas
Maurício, cruzando o Cabo da Boa Esperança entre os meses de Maio e Junho e sua última parada
antes de retornar a Inglaterra foi em Pernambuco.
Pouco importa o que Charles Darwin levou em suas malas no início da viagem, mas a bagagem que
trouxe serviu de material para desenvolver uma obra que transformaria o mundo. Não somente o
material colhido em sua volta ao mundo, mas também a observação e pesquisa sobre a criação de
animais e o cultivo de plantas contribuíram para escrever “A origem das espécies” (mais precisamente
“A origem das espécies por meio da selecção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta 1
pela vida”). Lançado em 1859 sua primeira edição de 1250 exemplares se esgotou no mesmo dia.
Vários historiadores e biógrafos especulam sobre a demora do lançamento em mais de 20 anos desde
sua viagem a bordo do Beagle a vários motivos, mas concordam que ele sabia que suas idéias
causariam alvoroço e repercussão. Em 1844, ele já havia deixado aos cuidados de sua esposa um
manuscrito com sua teoria que ela deveria publicar, caso ele viesse a falecer.
Charles Darwin durante sua viagem teve a oportunidade de aportar no arquipélago de Galápagos, e
nestas ilhas inóspitas habitavam tartarugas, as quais os marinheiros levavam consigo como provisão de
alimento durante suas viagens. Eles diziam que poderiam indicar de qual das ilhas do arquipélago eram
originadas as tartarugas pela forma de seus cascos, por exemplo, as originárias da Ilha Isabela têm a
carapaça em forma de domo e as, da Ilha Espanhola, têm a carapaça em forma de sela. Estas formas
estão relacionadas com adaptações ao ambiente, assim as em forma de domo protegem suas partes
moles da vegetação rasteira, pois vivem numa ilha que possui uma vegetação relativamente mais
exuberante, e as em forma de sela permitem que elas ergam muito mais a cabeça em busca de alimento,
pois é onde predominam cactos e arbustos espinhosos.

Imagem cedida pelo site Darwin on-line


As tartarugas das ilhas de Galápagos foram
fundamentais para as teorias de Darwin

Além dessas conclusões outras surgiram da observação das práticas agropecuárias. Há muito, desde os
primórdios da civilização, os homens seleccionam entre as plantas e os animais aqueles que possuem as
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características desejadas cultivando-as e cruzando-as, descartando as que não possuem as


características desejadas. Esta prática é hoje conhecida como melhoramento genético tradicional.
Mas, afinal o que há de tão revolucionário em suas observações e conclusões? O que há de peculiar em
sua teoria? Vamos entendê-la.
Darwin postulava que toda a diversidade de vida se originava de um ancestral comum que evoluiu
através de múltiplas e sucessivas vias divergentes, tendo formas ancestrais e formas derivadas,
originadas das primeiras. E esse processo é puramente material e mecânico, excluindo aqui qualquer
noção de intenção divina de organização e complexidade, pois a selecção natural, mecanismo 1
fundamental de sua teoria evolucionista, privilegia a sobrevivência dos mais aptos em detrimento a dos
menos aptos. A ideia de economia natural, onde os seres viveriam sob o espectro da harmonia divina,
já havia sido abalada por Lamarck, mas retirar dos organismos a finalidade de evoluir era um
pressuposto muito incómodo para a época. Os seres que fossem capazes de, numa competição por
alimento, território ou parceiros, superar seus adversários teriam mais hipóteses de se reproduzir e
transmitir suas características superiores aos seus descendentes.
Mas, como um ser, animal ou planta, se modifica? Darwin aludia isso a pequenas variações nos
organismos, geradas pelo acaso, e quando estas variações eram úteis para a sobrevivência, tornando os
mais aptos, estes sobreviveriam, mas se essa alteração fosse deletéria ou não o provesse de vantagens
adaptativas ao meio e a competição, eles não viveriam para transmiti-las aos seus descendentes. Para
melhor entender esse mecanismo vamos comparar as ideia do “pescoço da girafa” exposto para
exemplificar a teoria de Lamarck. Para Darwin não seria o alongamento voluntário do pescoço que
faria com que as girafas evoluíssem para as de pescoço comprido, mas imaginemos um grupo das
mesmas girafas primitivas, de pescoço pequeno, em um ambiente onde não abundassem plantas
pequenas, e que nesse grupo, pelo acaso nascessem algumas com um pescoço um pouco maior. Numa
situação dessas, elas levam vantagem, pois podem mais facilmente alcançar as copas das árvores, e
como isso dispor de mais alimento, as de pescoço menor não conseguiriam, e poderiam sucumbir de
fome, ou mesmo não competir para se reproduzir. Quem ganharia o páreo? As com pescoço maior!
Elas teriam mais hipóteses de sobrevivência e reprodução, e consequentemente transmitir sua
característica vantajosa para os seus filhotes. E do mesmo modo que acontecia na teoria de Lamarck,
geração após geração, os pescoços das girafas iriam aumentando, mas diferentemente dele, Darwin
afirma que não seria por uso e desuso, mas porque aquelas que têm o pescoço maior têm mais
hipóteses. O mecanismo de transmissão das características continuou sendo a herança dos caracteres
adquiridos, tal qual consolidado por Lamarck.
Resumidamente podemos dizer que a teoria de Darwin diz que os seres evoluem através do tempo
através do mecanismo da selecção natural.
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Influências e querelas

Uma das críticas mais comuns a obra de Charles Darwin é a suposta falta de originalidade no que diz
respeito a emprego de ideias advindas de outros pensadores. Estes comentários algumas vezes visam
desmerecer, ou no mínimo questionar sua genialidade.

A expressão “a sobrevivência do mais apto”, elegida por Darwin para explicar o mecanismo da
selecção natural, foi cunhada pelo engenheiro e filósofo inglês Herbert Spencer (1820 – 1903).
Considerado um lamarckista, Spencer foi um crítico da obra de Darwin, pois acreditava que a lei do 1
uso e desuso aliada a selecção natural simplificaria em muito o entendimento de alguns fenómenos da
evolução. A Spencer também cabe o crédito popularização da palavra “evolução”.

Imagem cedida pelo site Darwin Online


A capivara foi um dos animais estudados por Darwin

A selecção natural das espécies foi concebida pelo sacerdote anglicano Thomas Robert Malthus (1766
– 1834) em seu Essay on Population (1798). Sua análise pessimista e fatalista onde a população
humana cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética levaria a
escassez de alimentos, gerou muita repercussão. O malthusianismo, como ficaram conhecidas suas
ideias, encontrava nas epidemias e guerras o mecanismo natural de controlo da população, assim como
via nas assistências caritativas em hospitais e asilos um retardo a acção da natureza.
Sobre esta perspectiva Darwin parece ter se apoderado de ideias de outros pensadores, mas não é bem
assim. A influência de Malthus e Spencer é clara e declarada, mas a genialidade de sua obra não fica
em nada comprometida por empregar essas ideias, pois mesmo tendo bebido dessas fontes, a
maturidade e a longa e sistemática concepção de sua teoria se deu por mérito próprio.
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Porém, a crítica mais ferrenha é aludida à colocação de Wallace a segundo plano no contexto do
evolucionismo. Alfred Russel Wallace (1823 – 1913) foi um eminente naturalista inglês, que
compartilhava com Darwin as ideias evolucionistas, e mais ainda, teve tamanha influência sobre a
redacção de a “Origem das espécies” que em reedições, Darwin publicou na íntegra o trabalho de
Wallace. Trabalhando no arquipélago de Mali Wallace relevou a importância da geografia no processo
evolutivo, algo já referido por Darwin na sua viagem a bordo do Beagle, rendendo-se posteriormente
ao mecanismo da selecção natural como factor primário do evolucionismo. As correspondências e
leituras das obras de ambos evolucionistas serviram para o amadurecimento simultâneo de suas teorias, 1
mas o fato é que a obra de Darwin teve maior abrangência pela forma clara e acessível e pela coerência
e síntese na qual foi cunhada.
Podemos pensar em um marco pós-Darwin e os caminhos que suas ideias tomaram. Primeiramente
vamos nos direccionar aos evolucionistas, cientistas e pensadores, que deram continuidade e
profundidade ao entendimento dos mecanismos de transmissão das características hereditárias e, em
segundo lugar, a outros influentes pensadores e seu impacto directo no contexto social.
O final do século 19 e início do século 20 foi marcado pelo decréscimo da influência lamarckista em
prol da darwinista. A teoria do uso e desuso, mesmo que ainda defendida por alguns com Spencer, foi
pouco a pouco substituída por novas concepções. Um dos mais ferrenhos opositores foi o biólogo
alemão August Friedrich Leopold Weismann (1834 -1914) com sua teoria dos plasmas germinativos e
somáticos, na qual, segundo ele, somente através do plasma germinativo as características hereditárias
seriam transmitidas, enquanto o plasma somático em nada contribuía com a transmissão, desse modo
as mudanças originárias do esforço do ser, pressuposto da teoria de Lamarck, actuariam sobre o plasma
somático e consequentemente não teriam valor hereditário.
Não só o lamarckismo entrou em declínio, no início do século 20. As teorias evolucionistas e a tradição
naturalista foram suplantadas pelo experimentalismo com a redescoberta dos estudos de Mendel. O
monge Gregor Johann Mendel (1822 - 1884) formulou as leis da hereditariedade e a influência de seu
trabalho empírico influenciou os estudiosos do novo século. Porém, alguns cientistas como o ucraniano
Feodosy Grigorievich Dobzhansky (1900 – 1975), ou Theodosius Dobzhansky como era empregado,
naturalista de formação, agregaram a evolução aos estudos da nova ciência originada dos trabalhos
experimentais de hereditariedade.
Actualmente, a teoria evolucionista, mas especificamente a de Darwin, recebe a denominação de
Teoria Sintética da Evolução, conciliando a genética e o evolucionismo.
Mas além deste panorama científico, as teorias darwinistas tiveram influência directa sobre pensadores
humanistas, por exemplo, o pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856 - 1939), reconhece que a obra de
Darwin foi uma das inspirações que o levou a estudar medicina.
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Nem só no âmbito dos estudiosos elas premiaram. Ideias erróneas como a de que “o homem veio do
macaco” é uma delas, vinculadas ao senso comum. Lembremos que Darwin afirma que a evolução ao
longo do tempo cria a ancestralidade, desse modo espécies existentes, ou mesmo extintas, têm sua
origem em outra espécie que diverge evolutivamente. Então em algum momento uma espécie comum
entre os primatas deu origem a ramificações nas quais actualmente encontramos os gorilas, chimpanzés
e o homem. Se mesmo hoje em dia, com o mapeamento genético, sabendo da nossa semelhança
evolutiva comum, a ideia de sermos parentes próximos desses primatas possa causar incómodo,
imagine no século 19. O homem foi colocado na natureza como mais uma espécie, peculiar é bem 1
verdade, mas não deixando de ser encarado com um animal. Biologicamente isto é um fato
incontestável, mas socialmente é avassalador.
Mas, mais perniciosa que esta ideia foi o fato das teorias de Malthus, inspiradoras para a aplicação a
natureza no entendimento de Darwin, terem ganho uma nova roupagem e virem a ser denominadas por
darwinismo social. Darwinismo evolutivo e darwinismo social se confundiram ao longo da história,
mas a teoria contida em “Origem das espécies” não tinha o carácter social e político, mas biológico.
Porém, argumentações científicas foram empregadas para ideais racistas e imperialistas. O melhor
exemplo se encontra no trabalho de Francis Galton (1822 – 1911), primo de Charles Darwin, que se
dedicou a promover a eugenia. De uma formação eclética, sendo reconhecido como matemático,
Galton viu na teoria evolucionista a oportunidade de, através mecanismos como cruzamentos
genéticos, melhorar da raça humana. Ele foi o idealista da biometria, recolhendo medidas físicas e
psíquicas de pessoas, a fim de seleccionar exemplares que pudessem aprimorar a raça. Diante de uma
Inglaterra fragmentada pela revolução industrial, onde de um lado havia a “harmoniosa” burguesia e de
outro a massa disforme dos operários, Galton aterrorizava-se com a perda da supremacia da raça.
Assim dedicou toda sua vida a promover suas ideias “evolucionistas”.
Actualmente as teorias evolucionistas são amplamente aceitas e graças aos avanços dos estudos
paleontológicos, ecológicos e principalmente genéticos podemos entender os mecanismos que Darwin
em sua época não podia. A teoria da evolução de Darwin actualmente é explicada pela Teoria Sintética
da Evolução, onde as variações hereditárias (mutações e recombinações genéticas) aliadas ao processo
de selecção natural nos dão subsídios para compreender os fenómenos evolutivos e a origem das
espécies.
Mas como toda linha de pensamento e estudo, o darwinismo, seja ele o original, proposto por seu
idealista, ou a teoria sintética da evolução, referida como uma teoria neodarwinista, encontra opositores
dentro e fora do meio científico. Os criacionistas não admitem que as proposições bíblicas estejam
erradas ou mesmo que o “acaso” reja as mudanças. As linhas mais conservadoras, minoritárias é
verdade, tem uma leitura literal da bíblia, refutando qualquer prova científica da origem das espécies e
principalmente do homem que teria sido criado “a imagem e semelhança de Deus”. Embora essa
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abordagem não mereça a discussão no âmbito científico, ela é bastante influente no campo ideológico.
Há os criacionistas menos radicais que se curvam diante dos fatos comprovados como a datação da
Terra, a presença de elos evolutivos nas espécies, porém a presença divina se manifesta na ideia que o
“acaso” não rege a evolução e sim um “design inteligente”, onde as diversas formas teriam um
propósito.
E nem tudo é um mar de rosas mesmo dentro do grupo dos evolucionistas não criacionistas. Outra
discussão, bastante ideológica, refere-se à questão da unanimidade da teoria neodarwinista. Muitos
cientistas e filósofos apontam que estas teorias sufocam qualquer outra forma de possível entendimento 1
e compreensão dos fenómenos da evolução. Para eles as lacunas e questões que possam existir são
simplesmente ignoradas e qualquer pensador que se oponha a ela é ignorado ou alvo de chacota, sendo
assim não uma teoria e sim um dogma.
Não obstante a estas questões, o fato é o legado de Charles Darwin e posteriormente os avanços da
genética recolocaram o homem no Universo.
Guia de Trabalho

No âmbito do tema “Leis e Modelos Científicos” sugerimos a resolução de uma Ficha de Trabalho
cujas questões dizem respeito à Biografia de Charles Darwin e à sua Teoria da Selecção Natural.

1) Identifique três comportamentos manifestados por Charles Darwin na sua juventude que
evidenciam a sua tendência para a Ciência e, em particular, para o Naturalismo.
2) Descreva o percurso educativo de Darwin até este enveredar pelo Naturalismo, tendo em
conta a influência paterna.
3) Explicite a principal razão que levou Darwin a adiar a “Origem das Espécies” durante cerca
de 20 anos.
4) Qual a designação do navio utilizada por Darwin para levar a cabo a sua expedição científica?
5) Comente a seguinte afirmação: “Por um lado, não há nada de novo na Engenharia Genética.”.
6) Explique de que forma a Clonagem se assume como uma tecnologia que pode substituir a
selecção natural.
7) Como se chama a obra publicada por Darwin em 1859 na qual apresentava a Teoria da
Selecção Natural?
8) Explique a Teoria da Selecção Natural.
9) Relacione a incapacidade de Darwin em explicar a variabilidade das características dentro de
uma população com os reduzidos conhecimentos no campo da Hereditariedade.

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