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CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA (CFE)

LIVRO 1 – CAP 6 – TURMA 18 – A DISTANCIA (EAD)


(utilize o site www.filosofiaespirita.net.br)
PITÁGORAS – ESCOLA ITÁLICA
BIBLIOGRAFIA

OS FILÓSOFOS – Herculano Pires – Edições FEESP


O PENSAMENTO FILOSÓFICO DA ANTIGUIDADE – Huberto Rodhen
OS PENSADORES – Pré-Socráticos – Edit. Nova Cultural
PITÁGORAS – Ciência e Magia na Grécia Antiga – Carlos B. Conte - Madras

SITES
www.mundodosfilosofos.com.br/pitagoras.htm
www.inf.ufsc.br/~l3c/artigos/fractais.pdf

REFLEXÃO
O UNIVERSO É REGIDO POR NÚMEROS?
Pitágoras foi um homem de gênio, porque é o primeiro filósofo grego a quem ocorre à
idéia de que o princípio donde tudo o mais se deriva, aquilo que existe de verdade, o
verdadeiro ser, o ser em si não é uma coisa; ou melhor, dito, é uma coisa; porém que não se
vê, nem se ouve, nem se toca, nem se cheira, que não é acessível aos sentidos. Essa coisa é
o “número”. Para Pitágoras, a essência ultima de todo o ser, dos que percebemos pelos
sentidos, é o número. As coisas são números, escondem dentro de si números. As coisas são
distintas umas das outras pela diferença quantitativa e numérica.
Pitágoras era um aficionado da musica, e foi quem descobriu que na lira, as notas das
diferentes cordas, soam diferentemente, é porque umas são mais curtas que as outras.
Descobriu igualmente que existe uma relação numérica bem definida entre as diferentes notas
musicais básicas. E isto levou a pensar e o conduziu a idéia de que tudo quanto vemos e
tocamos, as coisas tal como se apresentam, não existem de verdade, mas antes são outros
tantos véus que ocultam a verdadeira e autentica realidade, a existência real que esta por
detrás dela é o numero.
A harmonia reinante no universo é matemática?

TEMA

(Adversidades)...”As adversidades são como facas que nos podem ser úteis ou nos cortar,
depende de onde seguramos, no cabo ou na lamina“.

1ª PARTE: OBJETIVO DA AULA

Esta aula tem por objetivo conhecer Pitágoras, um pré-socrático que postulava o número como
sendo o elemento essencial do cosmos.
Ela visa também conhecer a escola que ele deu origem. Os pitagóricos, como sugeria o mestre,
afirmavam que os números eram a causa de toda ordem, harmonia e determinação do universo, assim
como o fundamento de todo o conhecimento.

2ª PARTE: INTRODUÇÃO
A escola pitagórica também ficou conhecida como Escola Itálica devido ao seu local de
surgimento, Itália meridional. Essa escola, entretanto, apresentou outras ramificações como a Eleática,
de Eléia também ao sul da Itália, porém, na costa oeste.
A escola pitagórica é uma escola racionalista por gerir-se pelo intelecto, ou seja, os sentidos
perdem consideravelmente sua força prevalecendo o fruto da especulação racional.
Apesar dessa forte componente racional, ela também se mescla com um misticismo religioso de
fundo órfico. Portanto, uma escola iniciática com bases racionais e místicas.

3ª PARTE: BIOGRAFIA DE PITÁGORAS

Nascido em 570 aC na ilha de Samos (Mar Egeu).


O nome Pitágoras é uma junção de Pítia + Goras ou “guiado por pitonisa”
Filho de Mnesarcos um rico negociante de Samos (gravador de anéis) e de Pártenes uma linda
mulher da época na ilha de Samos. Ambos descendentes dos fundadores da colônia na ilha.
Conta a lenda que Apolo, o deus grego procurou Pártenes e com ela gerou Pitágoras.
Mnesarcos orgulhoso de tal fato construiu na ilha um templo em homenagem ao deus (fazer um
paralelo com a geração divina de Jesus).
Viveu na ilha de Samos e em sua juventude participou das Olimpíadas.
Foi discípulo do órfico Ferecides
Saindo de Samos o jovem se destina a Mileto onde freqüenta a escola de Tales.
Viveu 20 (?) anos no Egito (Tebas) e posteriormente 10 (?) anos na Babilônia
Ao voltar a Samos, já como filósofo, monta uma escola. Foi perseguido pelo então tirano.
Parte para Crotona (Magna Grécia) ao sul da Itália e cria a sua escola filosófica.
Casa-se com Teano e tem uma filha e um filho.
Depois de muitos anos é perseguido novamente (e morto?) fugindo para Metaponto onde
termina seus dias. Morre por volta de 490 aC.
Assim como o nascimento do filósofo foi uma incógnita, sua morte também o foi. Várias são as
versões. Uma delas fala que ele morreu em Crotona perseguido por seus inimigos políticos. Uma outra
aventa a hipótese de suicídio em Metaponto.

4ª PARTE: SAMOS E MILETO – EGITO E BABILÔNIA

A saída de Samos se deu devido à perseguição do tirano Polícrates ou mesmo a sêde da busca
pela sabedoria.
O rumo era Mileto, próspera cidade comercial e cultural e aí teve o primeiro contato com os
números na Escola de Tales (famoso na matemática pelo seu teorema).
Os historiadores falam da beleza de Pitágoras o qual não a usava em suas intenções
afrodisíacas tal como seus pais Apolo e Mnesarcos.
Pitágoras deixa Mileto em direção ao Egito. Historiadores divergem a respeito desse destino por
não ter elementos históricos seguros.
Ao chegar na terra dos faraós percorre diversos centros religiosos como Heliópolis, Menfis,
Dióspolis e Tebas. Fixa-se nesta por 20 anos e aí esteve em varias escolas.
Segue posteriormente para a Babilônia onde fica por 10 anos. É discípulo de Zoroastro e
conhece os princípios do Avesta, livro sagrado da doutrina mazdeista aprendendo o dualismo (o Bem e
o Mal).
Retorna a Samos e ainda governa Polícrates.
Cria a sua primeira escola. Contam que seu primeiro aluno recebeu em dinheiro para aprender,
porém não tarda para este dispensar o pagamento e arranjar novos discípulos.
Novamente deixa a ilha por problemas políticos com o poderoso tirano.
Dirige-se a Crotona no sul da Itália (Magna Grécia)

5ª PARTE: CROTONA - NASCE O TERMO FILOSOFIA

Crotona, cidade próspera principalmente no campo da medicina.


Monta novamente a sua escola onde os discípulos aprendem os segredos dos números e da
harmonia. Nasce então o Pitagorismo. Ela se divide numa parte exotérica (externa, para leigos) e uma
esotérica (interna, para iniciados).
Duas correntes se formam entre seus discípulos: os Acusmáticos (religiosos) e os Matemáticos
(científicos).
Pitágoras é o pai do termo “filosofia” – quando perguntado por Leonte (o tirano de Fliunte) se era
sábio respondeu: “sábio só Deus o é”...... “sou um filos sofos” (amigo da sabedoria).
Sua resposta mostra um homem com alto senso de equilíbrio e modéstia e com exata
compreensão das limitações humanas.
Seus discípulos passavam por um longo período na lei do silencio para só então conhecer o
Mestre.

6ª PARTE: O PITÁGORISMO E OS PRINCIPAIS PITAGÓRICOS

O pitagorismo também ensina que a alma é imortal e transmigra para outras criaturas vivas. É a
Metempsicose. Por conta disso os pitagóricos não comem carne e tem rigorosa dieta alimentar.
Segundo Pitágoras a vida do homem tem 4 etapas: a Puerícia (primavera) até os 20 anos, a
Adolescência (verão) dos 20 aos 40 anos; a Juventude (outono) dos 40 aos 60 anos e a Senectude
(inverno) dos 60 aos 80 anos.
O pitagorismo tem raízes dualistas como os orientais: o finito e o infinito, os pares e os ímpares
Os principais discípulos e continuadores de Pitágoras foram: Alcmeon e Filolau de Crotona,
Árquitas e Lísis de Tarento, Hípaso de Metaponto e outros.

7ª PARTE: O ORFISMO E LEGADOS DO PITAGORISMO

O Orfismo foi uma seita filosófico-religiosa muito difundida na Grécia a partir do século VI aC e
que se julgava fundada por ORFEU. Segundo a crença fundamental dessa seita, a vida terrena era uma
simples preparação para uma vida mais elevada, que podia ser merecida por meio de cerimônias e de
ritos purificadores que constituíam o arcabouço secreto da seita. Essa crença passou por várias escolas
filosóficas da Grécia Antiga (Pitágoras, Empédocles, Platão).
Como legado, o pitagorismo nos deixou as seguintes heranças:
1-) no aspecto religioso, a transmigração da alma para outros corpos, inclusive animais (metempsicose)
2-) os pitagóricos consideravam o corpo apenas como receptáculo da alma. Tal concepção despreza o
prazer em detrimento de uma vida regrada e harmoniosa
3-) postulavam um parentesco entre todas as formas de vida
4-) no campo da Física e da Astronomia entendiam que a Terra era redonda e girava em torno do
próprio eixo. Nem a Terra e nem o Sol eram o centro do Universo, mas, uma bola de fogo
5-) defendiam um retorno cíclico dos mais variados acontecimentos

8ª PARTE: UNIVERSO MATEMÁTICO – DUALISMO MATEMÁTICO - “OS


IRRACIONAIS”

Os números nascem da experiência e partindo deles chegava ao conhecimento das artes


através da harmonia. O som da bigorna era função do peso do martelo e o som da corda vibrante é
função do comprimento e da tração sobre ela. E nascem as oitavas musicais (múltiplos em freqüência
sonora).
Pitágoras é o primeiro homem que “matematiza” os fenômenos naturais. Após prática, enuncia o
famoso Teorema de Pitágoras sobre os triângulos retângulos (a² = b² + c²) e institui o triangulo
posteriormente batizado de pitagórico o 3, 4, 5.
Coloca o numero 1 como sendo o criador de todos os demais, seus múltiplos. Ele sintetiza o
infinito e o finito, o limitado e o ilimitado. Encerra os contrários não em contradição, mas em harmonia.
Na Tábua das Oposições de um lado ficam os pares representantes do ilimitado e de outro os
ímpares representantes do limitado. É o equilíbrio dos dois que resultam as coisas. Assim temos: 1-) o
finito e o infinito, 2-) a reta e a curva, 3-) o repouso e o movimento, 4-) o masculino e o feminino, 5-) o
bom e o mau 6-) a luz e as trevas 7-) o definido e o indefinido 8-) o quadrado e o retângulo.
Finalmente, os pitagóricos adotam uma representação figurada porem com sentido aos
números: o UM é o ponto; o DOIS determina a linha; o TRES gera a superfície e o triangulo; o QUATRO
produz o sólido e os seres individualizados; o CINCO é a união dos sexos (dos contrários) é a junção do
par 2 com o ímpar 3 ; o SEIS corresponde aos corpos vivos, pois é a multiplicação do par pelo ímpar (2
X 3); o SETE é o da razão que não tem fator nem produto; o OITO é o numero da amizade, representa
o primeiro cubo; o NOVE é o quadrado do primeiro impar e sendo ultima unidade representa a
medicina; finalmente a década ou o DEZ é o numero do Universo a determinação de tudo.
Surge no estudo do triangulo a figura do irracional que seria a hipotenusa de um triangulo
retângulo cujos catetos é igual à unidade, ou seja, a RAIZ de 2.
Concluindo, a magia dos números mostra a primeira iniciativa da fusão do místico com o
racional, do sensível com o metafísico, da Fé com a Razão.

9ª PARTE: OS FRACTAIS – A MATEMÁTICA DA NATUREZA

Na geometria representamos suas figuras através de formas regulares como retas,


circunferências, planos, triângulos, esferas, cilindros, cones e outras.
Mas será que uma nuvem é formada por esferas, uma montanha formada por cones e um
continente por circunferências?
Existem alguns comportamentos na natureza que são tão irregulares, tão sem-forma que foge
completamente da geometria euclidiana, aquela por nós conhecida. Essas formas chamadas de
amórficas, foram estudadas e analisadas recentemente por vários pesquisadores.
Em 1960, Benoit B. Mandelbrot apresentou uma posição concreta sobre o que seriam essas
“não-formas”. Refazendo alguns estudos nessa área e buscando idéias de outros autores apresentou
seus pensamentos sobre os fractais criando assim a teoria dos fractais.
Fractais caracterizam-se por terem uma aparência confusa e caótica, mas quando olhadas
matematicamente sua análise mostra figuras regulares e apresentam comportamentos curiosos como o
de se assemelharem a elas mesmas quando observadas sob diferentes escalas de grandeza.
Esses estudos mostraram o que são fractais, a matemática por traz deles e os principais
estudiosos dessa área do conhecimento.
O conhecimento da teoria de fractais requer conhecimento de outras partes da matemática como
números complexos, funções matemáticas, entre outros.
Estes estudos poderão ser encontrados no seguinte site:
www.inf.ufsc.br/~l3c/artigos/fractais.pdf

10ª PARTE: CONCLUSÃO

As teorias desta escola eram muito avançadas para sua época, tanto que permaneceram mais
de 2000 anos para que a humanidade voltasse aos seus estudos. Foram Galileu e Giordano Bruno, nos
séculos XVI e XVII que retomaram as teorias sobre a esfericidade da Terra.
No campo metafísico, a transmigração da alma e da reencarnação vem a ser reestudada
novamente pela Teosofia e pela Doutrina Espírita.

Alan Krambeck

11ª PARTE – ASSUNTO E PESQUISAS PARA A PROXIMA AULA

A – Titulo da próxima aula:

Aula 08: SOCRATES E OS SOFISTAS

B – Bibliografia a ser pesquisada:

CONVITE A FILOSOFIA – Marilena Chauí


FILOSOFANDO – INTRODUÇÃO A FILOSOFIA – Ma. Lucia a Aranha
HISTÓRIA GERAL – Vol. I – Marco Antonio Villa

C – Tema a ser preparado para a próxima aula (de 5 a 10 linhas):

(Homem exigente)...”O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre


espera tudo dos outros“.

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