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ANÁLISE DAS ELEIÇÕES DE 2002 EM COMPARAÇÃO COM A DE 2010: A

POSIÇÃO DO FMI NA PAUTA DAS DISCUSSÕES.

Hoje o Brasil alcançou um novo patamar dentro da política internacional, a

alta participação do presidente Lula no centro dos debates internacionais,

aliado com o fortalecimento da economia nacional, que passa de devedor a

credora do FMI, fez com que nas eleições políticas de 2010 todas as questões

em âmbito econômico perdessem foco no cenário político interno.

As eleições de 2002 foi um período de grande transição da política

brasileira, a era FHC chegava ao fim e o Estado caminhava para um novo

movimento político interno, o presidente tentava encaminhar seu sucessor

dentro do PSDB (Serra foi escolhido) para poder enfrentar a figura do Lula, já

experiente no jogo político e que havia passado várias vezes pelo pleito

presidencial, mas a temática central da disputa estava na política a ser adotada

do novo governo frente ao FMI.

O FMI era figura central, pois a especulação dentro da economia era

enorme, e os investidores externos eram muito sensível ao possível novo

presidente e as políticas que seriam tomadas. No primeiro turno as oscilações

do mercado acompanhavam o discurso dos presidenciáveis sendo que o único

que apoiava veementemente a ruptura com o FMI era o candidato Garotinho,

mas este medo foi afastado com a chegada do segundo turno que polarizou a

disputa entre Lula e Serra.


O então presidente Fernando Henrique Cardoso dentro do FMI defendia a

preservação dos acordos mantidos, a tensão era tamanha como define

Alessandra Aldé:

“De acordo com o FMI. Em agosto, Fernando Henrique promove

encontros individuais com os quatros candidatos no Palácio do

Planalto para discutir o acordo com o FMI e procurar minorar a

especulação econômica, dividindo o ônus crise com os candidatos à

sua sucessão.

(Aldé, Alessandra 2003 p.108)

O temor a respeito das possíveis crises muda quando os candidatos no

segundo Serra e Lula turno assinam um acordo que mantêm o compromisso

firmado com o FMI.

Após a eleição e reeleição de Lula (2002/2006) a política centrada em

órgãos internacionais muda de foco na pauta dos presidenciáveis, esta

transformação se deve ao bom período vivido nas políticas externas e

fortalecimento do Estado frente aos organismos internacionais.

Assim as eleições de 2010, no primeiro turno com: Serra, Marina, Dilma e

Plínio, estiveram sempre mais preocupados com os problemas de infra-

estrutura do Estado e os problemas de corrupção.

Com a chegada do segundo turno a disputa presidencial descamba para

um viés de disputa partidária de acusações levianas sem estar pautada em

qualquer material de projeto relevante, mas o que de se ressaltar como


evolução e consolidação de economia brasileira, foi à independência

econômica do Estado sobre as pressões sofridas a respeito de um possível

novo presidente.

Nesta toada de crescimento e relevância a pauta presidencial tende cada

vez mais a deixar preocupações de rompimento de políticas econômicas, como

pairava em 1998, e partir para questões mais ambiciosas como Consolidação

do MERCOSUL como união Aduaneira, e o pleito do Brasil para uma cadeira

efetiva no Conselho de Segurança da ONU, para que o paia cada vez mais

lidere na política internacional.

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