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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução

Paulo Lopes dos Santos (Universidade do Porto, PORTUGAL)

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2009 Slide 1/96


Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

Resumo

1 - Introdução

2 - Observadores determinı́sticos

3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos

4 - Modelos de estado de processos determinı́stico-estocásticos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

6 - Conclusões

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

1 - Introdução
Sistema discreto linear e invariante no tempo descrito pelo modelo de estado:

x(t + 1) = Ax(t) + Bu(t)

y(t) = Cx(t) + Du(t)

y(t) ∈ IR` - Saı́da.


u(t) ∈ IRm - Entrada
x(t) ∈ IRn - Vector das variáveis de estado.
A ∈ IRn×n , B ∈ IRn×m , C ∈ IR`×n , D ∈ IR`×m - Parâmetros do sistema

/ PROBLEMA: Determinar x(t) a partir da observação de y(t)

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2 - Observadores determinı́sticos

, SOLUÇÃO: Observador de Estado


+ i O que é?
- Modelo do sistema que, a partir dos sinais de entrada e saı́da, fornece estimativas do estado

+ i Para que serve?

ó Estabilização de Sistemas utilizando a realimentação de estado.


ó Monitorização de Sistemas.
ó Soft sensor para substituir sensores de custo elevado.
ó Detecção de avarias.
ó etc.

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2 - Observadores determinı́sticos

Abordagem 1 -Observador com modelo igual ao sistema

+ Observador:
x̂(t + 1) = Ax̂(t) + Bu(t)

ŷ(t) = C x̂(t) + Du(t)


+ Erro do observador:
x̃(t) = x(t) − x̂(t)

+ Dinâmica do erro do observador

x(t + 1) − x̂(t + 1) = Ax(t) + Bu(t) − Ax̂(t) − Bu(t) = Ax(t) − Ax̂(t) = A [x(t) − x̂(t)]

Substituindo x(·) − x̂(·) por x̃(·):


x̃(t + 1) = Ax̃(t)

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2 - Introdução

Dinâmica do erro do observador

à Sistema autónomo linear


à Matriz de estado igual à do sistema
à O erro anula-se se e só se o sistema for estável
à Não consegue observar sistemas instáveis
à Dinâmica de anulação do erro é imposta pelo sistema (não pode ser alterada)

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2 - Observadores determinı́sticos

Exemplo 1

Sistema (ex: Motor eléctrico).

x1 (t + 1) = x1 (t) + x2 (t)

x2 (t + 1) = 0.9x2 (t) + 10u(t)

y(t) = x1 (t)

x1 − Posição

x2 − Velocidade

y = x1 − Posição

u − Tensão de entrada

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2 - Observadores determinı́sticos
Equação Matricial:
x(t + 1) = Ax(t) + Bu(t)

y(t) = Cx(t) + Du(t)


com
     
x1 (t) 1 1 0 h i
x(t) =  , A =  , B =  , C = 1 0 , D = 0.
x2 (t) 0 0.9 10

Valores próprios de A
λA1 = 1, λA2 = 0.9
Dinâmica do erro é descrita por um sistema instável ⇒ Observador não converge (não funciona)

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2 - Observadores determinı́sticos
Sinais do sistema
y(t) = x1 (t)
3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x2 (t)
100

50

−50

−100
0 200 400 600 800 1000
Tempo
u(t)

0.5

−0.5

−1
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos
Observador (abordagem 1)

y(t) = x1 (t)
3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
$x_2(t)$
100

50

−50

−100
0 200 400 600 800 1000
Tempo

Figure 1: Estimativas do observador estão a vermelho.

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2 - Observadores determinı́sticos
Erro do observador (abordagem 1)

x̃1 (t) = x1 (t) − x̂1 (t)


1000

500

−500
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x̃2 (t) = x2 (t) − x̂2 (t)
100
80
60
40
20
0
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos
Erro do observador (abordagem 1)

x̃1 (t) = x1 (t) − x̂1 (t)


500

−500
0 20 40 60 80 100
Tempo
x̃2 (t) = x2 (t) − x̂2 (t)
100

80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos

Abordagem 2 -Observador de Luenberger

+ Observador:

x̂(t + 1) = Ax̂(t) + Bu(t) + L [y(t) − C x̂(t) − Du(t)]

ŷ(t) = C x̂(t) + Du(t)

+ Erro do observador:
x̃(t) = x(t) − x̂(t)

+ Dinâmica do erro do observador

x(t + 1) − x̂(t + 1) = Ax(t) + Bu(t) − Ax̂(t) − Bu(t) − L [y(t) − C x̂(t) − Du(t)] =

= Ax(t) − Ax̂(t) − L [Cx(t) + Du(t) − C x̂(y) − Du(t)] =

= A [x(t) − x̂(t)] − LC [x(t) − x̂(t)] = (A − LC) [x(t) − x̂(t)]

Substituindo x(·) − x̂(·) por x̃(·):

x̃(t + 1) = (A − LC) x̃(t)

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2 - Observadores determinı́sticos

Dinâmica do erro do observador

à Sistema autónomo linear.


à Matriz de estado diferente da do sistema.
à Se o par (A, C) for acessı́vel os valores próprios podem ser alocados arbitrariamente (dinâmica
não é imposta pelo sistema).

à O erro anula-se mesmo que o sistema seja instável (desde que os modos instáveis sejam acessı́veis).
à Consegue observar sistemas instáveis (desde que os modos instáveis sejam acessı́veis).

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2 - Observadores determinı́sticos

Exemplo 2

Novamente o sistema:
x1 (t + 1) = x1 (t) + x2 (t)

x2 (t + 1) = 0.9x2 (t) + 10u(t)

y(t) = x1 (t)

Na forma matricial:    
1 1 0
x(t + 1) =   x(t) +   u(t)
0 0.9 10
h i
y(t) = 1 0 x(t)

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2 - Observadores determinı́sticos

+ Pretende-se que λ1 e λ2 sejam os valores próprios de A − LC (λt1 e λt2 modos da dinâmica do


observador)

+ equação caracterı́stica de A − LC :

Ao (λ) = det [λI2 − (A − LC)] = (λ − λ1 ) (λ − λ2 ) = λ2 − (λ1 + λ2 ) λ + λ1 λ2 .


h iT
+ Cálculo de L = `1 `2
ó      
1 1 `1 h i 1 − `1 1
A − LC =  −  1 0 = 
0 0.9 `2 −`2 0.9

ó
 
λ − (1 − `1 ) −1
A0 (λ) = det [λI2 − (A − LC)] = det  
`2 λ − 0.9
= [λ1 − (1 − `1 )] (λ − 0.9) + `2 = λ2 − (1.9 − `1 ) λ + (1 − `1 ) 0.9 + `2

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2 - Observadores determinı́sticos

ó
λ2 − (1.9 − `1 ) λ + (1 − `1 ) 0.9 + `2 = λ2 − (λ1 + λ2 ) λ + λ1 λ2
ó  
 1.9 − ` = λ + λ  ` = 1.9 − (λ + λ )
1 1 2 1 1 2

 (1 − `1 ) 0.9 + `2 = λ1 λ2  `2 = 0.81 − 0.9 (λ1 + λ2 ) + λ1 λ2

λ1 λ2 `1 `2
Observador 1 0.8100 0.8100 0.2800 0.0081

Observador 2 0.6000 0.6000 0.7000 0.0900

Observador 3 0.3500 0.3500 1.2000 0.3025

Observador 4 0.0000 0.0000 1.9000 0.8100

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2 - Observadores determinı́sticos
Observador (abordagem 2)

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
x1 (t) = y(t)
3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
x1 (t) = y(t) Tempo

200

−200

−400

−600
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos
Observador (abordagem 2)

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
x1 (t) = y(t) Observador 4

1000

500

−500

−1000
0 10 20 30 40 50
x2 (t) Tempo

200

−200

−400

−600
0 10 20 30 40 50
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos
Erro do observador (abordagem 2)

Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
x̃1 (t) = x1 (t) − x̂1 (t)
1000

500

−500
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x̃2 (t) = x2 (t) − x̂2 (t)
600

400

200

−200
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos
Erro do observador (abordagem 2)

Observador 1
Observador 2
Observador 3
x̃1 (t) = x1 (t) − x̂1 (t) Observador 4

1000

500

−500
0 10 20 30 40 50
Tempo
x̃2 (t) = x2 (t) − x̂2 (t)
600

400

200

−200
0 10 20 30 40 50
Tempo

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2 - Observadores determinı́sticos

Qual o melhor observador?

+ Todos os observadores apresentam um erro nulo em regime permanente


+ Observador 1 tem a resposta mais lenta
+ Observador 4 tem a resposta mais rápida
+ o erro máximo maxt [x̃(t)] é maior nos observadores mais rápidos
A selecção do observador deve ser o compromisso entre a velocidade e o erro na resposta a
perturbações

Será que se consegue definir um critério mais preciso na selecção do observador?

+ A resposta é afirmativa desde que se restrinja o tipo de perturbações.

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos


Sistema com perturbações:

x(t + 1) = Ax(t) + Bu(t) + q(t)


y(t) = Cx(t) + r(t)

+ q(t) e r(t) são perturbações


+ As perturbações são sinais desconhecidos e, consequentemente, afectam o desempenho do obser-
vador

Dinâmica do erro dum observador dum sistema com perturbações:

x̃(t + 1) = (A − LC)x̃(t) + q(t) − Lr(t)

+ O observador é bom se o erro x̃(t) for pequeno


+ O projecto do observador pode ser reduzido ao da minimização dum critério do erro, como por
exemplo
N
X N
X
V = kx̃k22 = x̃T (t)x̃(t)
t=1 t=1

+ A solução deste problema depende dos tipos de perturbações consideradas

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos

É frequente considerar-se que as pertubações são aleatórias: Neste caso são modelizadas como

Processos estocásticos ergódicos.


Processos estocásticos:

+ Funções aleatórias
+ Um processo estocástico v é função de dois argumentos:
- t, habitualmente o tempo.

- ω , evento num espaço amostral)

+ v é designado por v(t, ω)


+ v(., ω) é uma variável aleatória (instante t é fixo).
+ v(t, ·) é uma realização de v , ou seja, uma função do tempo t (num determinado evento ω )
+ Normalmente o argumento ω é descartado na designação dum processo estocástico, representando-
se v por v(t) e não por v(t, ω) (as variáveis aleatórias também não se costumam representar como
função de ω ).

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos


Caracterização de processos estocásticos:

+ Distribuição
+ Média:
R∞
µv (t) = E {v(t)} = −∞
pv(t) [v(t)] dv(t)
pv(t) − densidade de probabilidade de v(t).
+ Função de (auto)-covariância
© ª
λvv (t, s) = E {[v(t) − µv (t)] [v(s) − µv (s)]} = E v(t)v T (s) − µv (t)µv (s)

Processo estocástico estacionário: Processo cujas propriedades estatı́sticas não mudam com o
tempo.
Se v(t) for um processo estocástico estacionário, então:

+ Média:
µv (t) = µv , não é função do tempo.
+ Função de (auto)-covariância

λvv (t, s) = λvv (t − s) = λvv (τ ), τ = t − s

Só depende do espaçamento entre os instantes de tempo.

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos


Processo estocástico estacionário ergódico: Os valores esperados são iguais aos limites das
médias temporais quando o intervalo de tempo tende para infinito.

+ Média:
XN
1
µv = lim v(t)
N →∞ 2N + 1
t=−N

+ Função de (auto)-covariância:
XN
1
λvv (τ ) = lim [v(t + τ ) − µv ] [v(t) − µv ]T
n→∞ 2N + 1
t=−N

DENSIDADE ESPECTRAL DUM PROCESSO ESTOCÁSTICO ESTACIONÁRIO



X
Φv (ω) = λvv (τ )e−jωτ
τ =−∞

+ A densidade espectral é a transformada de Fourier da função de covariância.


+ A função de covariância é a transformada inversa de Fourier da densidade espectral
Z π
1
λvv (τ ) = Φvv (ω)ejωτ dω. (1)
2π −π

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos

+ Para τ = 0 e v(t) escalar (v(t) ∈ IR), λvv (τ ) é a variância de v(t) que pode ser calculada através
de Z π
1
σv2 = λvv (0) = Φvv (ω)dω.
2π −π

+ Se o sinal for ergódico a e de média variância também é dada por


XN
1
σv2 = λvv (0) = v 2 (t)
2N + 1 t=−N

ou seja, a variância de v(t) é a energia do sinal.

+ Podemos, então afirmar, que a densidade de espectral dum processo estocástico é a distribuição da
energia da sua componente alternada pelas diferentes frequências.

Ruı́do branco

Um processo estocástico v(t) é designado como ruı́do branco se

+
E {v(t)} = µv
+ v(t) e v(s) forem independentes para qualquer t 6= s

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos

O ruı́do branco é um sinal fracamente estacionário (média e covarância estacionárias) e


ergódico

Ruı́do branco v(t) ∈ IRn com média nula

E {v(t)} = 0n

© T
ª © T
ª  V, τ =0
λvv (τ ) = E v(t + τ )v (t) = E v(t)v (t − τ ) = = V δ(τ )
 0n×n , τ =
6 0
δ(τ ) − Impulso de Dirac.
Densidade espectral do ruı́do branco:

X
Φv (ω) = λvv (τ )e−jωτ = V
τ =−∞

O espectro do ruı́do branco é plano. A sua energia distribui-se igualmente por todas as frequências (tal
como o espectro da luz branca e daı́ o nome de ruı́do branco).

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos


O ruı́do branco é um sinal imprevisı́vel pois o seu valor num dado instante é independente de todo o
passado e futuro.

v(t)
2.5

1.5

0.5

−0.5

−1

−1.5

−2

−2.5
0 20 40 60 80 100
Tempo

Figure 2: Ruı́do branco gaussiano de média nula.

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3 - Modelização de perturbações como processos estocásticos ergódicos

v(t)
3

−1

−2

−3
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Tempo

Figure 3: Ruı́do branco binário de média nula.

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4 - Modelos de estado de processos determinı́stico-estocásticos

Considera-se que as perturbações q(t) e r(t) dos modelos de estado são ruı́do branco:

x(t + 1) = Ax(t) + Bu(t) + q(t)

y(t) = Cx(t) + Du(t) + r(t)

E {q(t)} = 0n

E {r(t)} = 0`
    © ª © ª 
 q(t) h i E q(t)q T (t − τ ) E q(t)rT (t − τ )
E   q (t − τ ) r (t − τ )
T T =  © ª © ª =
 r(t)  T T
E r(t)q (t − τ ) E r(t)r (t − τ )
  


  Q S , τ = 0

= ST R



 0(n+`)×(n+`) , τ 6= 0

+ q(t) - ruı́do do processo


+ r(t) - ruı́do de medição

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Os ruı́dos q(t) e r(t) vão afectar o desempenho dos observadores pois o erro da estimativa de estado
passa a ser
x̃(t + 1) = (A − LC)x̃(t) + q(t) − Lr(t)
Exemplo 3

Novamente o sistema do exemplo 1 mas perturbado por ruı́do de processo e de observação:

x1 (t + 1) = x1 (t) + x2 (t)

x2 (t + 1) = 0.9x2 (t) + 10u(t) + q1 (t)

y(t) = x1 (t) + r(t)


     
0 © ª 0 0 0 0
q(t) =   ⇒ Q = E q(t)q T (t) =  = 
q1 (t) 0 E {q12 } 0 4
R = E {r2 (t)} = σr2 = 2500 ⇒ σr = 50

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Observadores

λ1 λ2 `1 `2
Observador 1 0.8100 0.8100 0.2800 0.0081

Observador 2 0.6000 0.6000 0.7000 0.0900

Observador 3 0.3500 0.3500 1.2000 0.3025

Observador 4 0.0000 0.0000 1.9000 0.8100

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Estimativas de estado

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
x1 (t) = y(t) Observador 4

4000

3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x2 (t)
200

−200

−400

−600
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Estimativas de estado (continuação

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
x1 (t) = y(t) Observador 4

1200

1000

800

600

400
200 210 220 230 240 250
Tempo
x2 (t)
200

100

−100

−200
200 210 220 230 240 250
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Erros das estimativas

Obsevador 1
Obsevador 2
Obsevador 3
x̃1 (t) Obsevador 4
1000

500

−500
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x̃2 (t)
600
400
200
0
−200
−400
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Erros das estimativas

Observador 1
Observador 2
Observador 3
x̃1 (t) Observador 4

400

200

−200

−400
200 210 220 230 240 250
Tempo
x̃2 (t)
200

100

−100

−200
200 210 220 230 240 250
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Sejam
xd (t + 1) = Ax(t) + Bu(t)

yd (t + 1) = Cxd (t) + Du(t)


e
xs (t + 1) = Ax(t) + q(t)

ys (t + 1) = Cxs (t) + r(t)


+ Se soubermos (A, B, C, D) xd (t) e yd (t) podem ser completamente conhecidos
+ ys (t) e xs (t) nunca podem ser completamente conhecidos mesmo que saibamos (A, B, C, D)
(xs (t) são processos estocásticos pois são sinais dum sistema excitado por outros processos es-
tocásticos).

Somando as equações dos dois sistemas:

xd (t + 1) + xs (t + 1) = A [xd (t) + xs (t)] + Bu(t) + q(t)

yd (t) + ys (t) = C [xd (t) + xs (t)] + Du(t) + r(t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Se definirmos
x(t) = xd (t) + xs (t)

y(t) = yd (t) + ys (t)


Obtemos a seguinte equação

x(t + 1) = Ax(t) + Bu(t) + q(t)


y(t) = Cx(t) + Du(t) + r(t)
Ou seja o modelo de estado dum sistema perturbado por ruı́dos de processo e de observação q(t) e
r(t), respectivamente.
+ Chama-se a este sistema, Sistema Deterministico-Estocástico
+ O estado pode ser decomposto numa componente determinı́stica xd (t) e noutra estocástica xs (t)
+ A componente determinı́stica do estado pode ser completamente determinada por um observador
estável

+ A componente estocástica nunca pode ser completamente determinada


+ O que se afirmou para o estado também é válido para a saı́da

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Exemplo 4 - Componentes determinı́stica, estocástica e deterministico-estocástica do estado e


da sáida do sistema apresentado no exemplo 3

xd (t)
xs (t)
xsd (t)
x1 (t)
4000

3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x2 (t)
100

50

−50

−100
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Exemplo 4 (continuação)

yd (t)
ys (t)
y(t) ysd (t)

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

−500

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Suponhamos que conseguimos medir yd (t) sem qualquer erro. Podemos estimar xd (t) através do
observador (estável)

x̂d (t + 1) = Ax̂d (t) + Bu(t) + L [yd (t) − C x̂d (t) − Du(t)]

ŷd (t) = C x̂d (t) + Du(t)

cujo erro terá uma dinâmica descrita por

x̃d (t) = (A − LC) x̃d (t)

Se o observador for estável


lim x̃d (t) = 0n .
t→∞

Se não houver perturbações,

o erro do observador determinı́stico é nulo em regime permanente

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Uilizemos o mesmo observador para estimar a componente estocástica de x(t):

x̂s (t + 1) = Ax̂s (t) + L [ys (t) − C x̂s (t)]

ŷs (t) = C x̂s (t)

A dinâmica do erro é descrita por

x̃s (t) = (A − LC) x̃s (t) + q(t) − Lr(t)

O erro x̃s (t) não se anula por causa das perturbações

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Estimação dos estados do modelo determinı́stico-estocástico:

x̂(t) = x̂d (t) + x̂s (t).

Erro de estimação:

x̃(t) = x(t) − x̂(t) = [xd (t) + xs (t)] − [x̂d t + x̂s (t)] = xd (t) − x̂d (t) + xs (t) − x̂s (t) =
| {z } | {z }
x̃d (t) x̃s (t)

= x̃d (t) + x̃s (t)

Se o observador for estável:

t → ∞ ⇒ x̃(t) → x̃s (t) pois lim x̃d (t) = 0n


t→∞

Em regime permanente, o erro do observador é igual à sua componente estocástica

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos


FILTRO DE KALMAN:

• Minimizar a covariância do erro das estimativas do estado, ou seja, um ganho L tal que a variância
de x̃(t) seja mı́nima.

• Designaremos o ganho do observador que minimiza a variância do erro por K .

Como a componente determinı́stica de x̃(t) é nula podemos determinar K através

da minimização da covariância da sua componente estocástica.

Em que é que consiste a minimização duma matriz?

RESPOSTA: Na minimização duma norma pré-definida.

Normas mais comuns de matrizes reais

• induzidas: n o
kAkp = max kAxkp : kxkp = 1

• Norma max
kAkmax = max {|aij |}

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

• Norma de Frobenius: v
uX
u n X
n
kAkF = t a2ij = traço(AT A)
i=1 j=1

Função traço:
n
X
traço(M ) = mii
i=1
Soma de todos os elementos da diagonal principal.


 AT A − Matriz definida positiva
¡ ¢ ⇒ Se M for semidefinida positiva então traço(M ) é uma norma de M .
 kAk = traço AT A
F

Norma minimizada pelo filtro de Kalman pode ser


¡ © ª¢
traço E x̃s (t)x̃Ts (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Definições de matrizes (semi)definidas positivas e negativas

+ Uma matriz simétrica M ∈ IRn×n é definida positiva e designa-se esse facto por M > 0n×n ou
M Â 0n×n , se e só
z T M z > 0, ∀z ∈ IRn tal que z 6= 0n

+ Uma matriz M ∈ IRn×n é semidefinida positiva e designa-se esse facto por M ≥ 0n×n ou
M º 0n×n , se e só
z T M z ≥ 0, ∀z ∈ IRn z 6= 0n

+ Uma matriz M ∈ IRn×n é definida negativa e designa-se esse facto por M < 0n×n ou M ≺
0n×n , se e só
z T M z < 0, ∀z ∈ IRn z 6= 0n

+ Uma matriz M ∈ IRn×n é semidefinida negativa e designa-se esse facto por M ≤ 0n×n ou
M ¹ 0n×n , se e só
z T M z ≤ 0, ∀z ∈ IRn z 6= 0n

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Algumas Propriedades das matrizes (semi)definidas positivas e negativas

+ Uma matriz simétrica M ∈ IRn×n é definida positiva (negativa) se e só se todos os seus valores
próprios forem positivos (negativos).

+ Uma matriz simétrica M ∈ IRn×n é semidefinida positiva (negativa) se e só se tiver, pelo menos,
um valor próprio nulo e todos os outros não negativos (não positivos).

+ As matrizes definidas positivas (negativas) são não singulares (M Â 0n×n ou M ≺ 0n×n ⇒


det(M ) 6= 0
+ As matrizes semidefinidas positivas (negativas) são singulares (M º 0n×n ou M ¹ 0n×n ⇒
det(M ) = 0
+ Se M1 Â 0n×n e M2 º 0n×n então M1 + M2 Â 0n×n
Demonstração:
z T (M1 + M2 ) z = z T M1 z + z T M2 z > 0
pois M1 Â 0n×n e M2 º 0n×n e, consequentemente z T M1 z > 0 e z T M2 z ≥ 0 para todo
z 6= 0n .

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Se M1 º 0n×n e M2 º 0n×n então M1 + M2 Â 0n×n ou M1 + M2 º 0n×n


∈ IRn×n , diz-se que M1 é maior (ou maior ou
Definição: Dadas duas matrizes simétricas M1 e M2
igual) do que M2 , designado-se esse facto por M1 Â M2 (ou M1 º M2 ), se e só se M1 − M2 Â
0n×n (M1 − M2 º 0n×n ), ou seja, se e só se M1 − M2 for uma matriz (semi) definida positiva.

Facto. Se M1 e M2 forem matrizes definidas positivas e M1 Â M2 (ou M1 º M2 ) então kM1 k > kM2 k
(ou kM1 k ≥ kM2 k).

Problema: Determinar o ganho K do observador

x̂(t + 1) = Ax̂(t) + Bu(t) + K(t) [y(t) − C x̂(t) − Du(t)]


© ª
Que minimize a covariância do erro P̃ (t) = E x̃(t)x̃T (t) .

Como, em regime permanente x̃(t) = x̃s (t), o ganho óptimo do observador do sistema deterministico-
estocástico é o mesmo do observador do sistema estocástico

x̂s (t + 1) = Ax̂s (t) + K(t) [y(t) − C x̂s (t)]

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Cálculo de P̃ (t):
ó Erro da estimativa:
x̃(t + 1) = Ax̃(t) + q(t) − K(t)ỹs (t)

ỹs (t) = y(t) − C x̂s (t)


ó Variáveis auxiliares
© ª
Λ0 (t) = E ỹ(t)ỹsT (t) ∈ IR`×`
© ª
G(t) = E [Ax̃(t) + q(t)] ỹs (t) ∈ IRn×`
T

ó Cálculo do produto x̃(t + 1)x̃T (t + 1)

x̃(t + 1)x̃T (t + 1) = [Ax̃(t) + q(t) − K(t)ỹ(t)] [Ax̃(t) + q(t) − K(t)ỹs (t)]T =

= [Ax̃(t) + q(t)] [Ax̃(t) + q(t)]T − [Ax̃(t) + q(t)] ỹsT (t)K T (t)

−K(t)ỹs (t) [Ax̃(t) + q(t)]T + K(t)ỹs (t)ỹsT (t)K(t)T

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Cálculo de P̃ (t) (continuação)


ó Cálculo de P̃ (t + 1)
© T
ª
P̃ (t + 1) = E x̃(t + 1)x̃ (t + 1) =
n o © ª
T
= E [Ax̃(t) + q(t)] [Ax̃(t) + q(t)] − E [Ax̃(t) + q(t)]ỹsT (t) K T (t)
| {z }
G(t)
© T
ª © T
ª T
−K(t) E ỹs (t)[Ax̃(t) + q(t)] +K(t) E ỹs (t)ỹs (t) K (t)
| {z } | {z }
GT (t) Λ0 (t)
© ª © ª © ª
= A E [x̃(t)x̃(t)] AT + A E x̃(t)q T (t) + E q(t)x̃T (t) AT + E q(t)q T (t)
| {z } | {z } | {z } | {z }
P̃ (t) 0n×n 0n×n Q

−G(t)K T (t) − K(t)GT (t) + K(t)Λ0 (t)K T (t) =


£ ¤
T T
= AP̃ (t)A + Q − G(t)K (t) + K(t)G (t) + K(t)Λ0 (t)K T (t)
T

ó Definir
ψ(K, t) = K(t)Λ0 (t) − G(t) ∈ IRn×`

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Cálculo de P̃ (t) (continuação)


ó Calcular:
T
ψ(K, t)Λ−1 T −1
0 (t)ψ (K, t) =[K(t)Λ0 (t) − G(t)] Λ0 (t) [K(t)Λ0 (t) − G(t)]
£ ¤
= K(t) − G(t)Λ−10 (t) [K(t)Λ0 (t) − G(t)]T

=K(t)Λ0 (t)K T (t) − K(t)GT (t) − G(t)K T (t) + G(t)Λ−1 T


0 (t)G (t)

G(t)K T (t) + K(t)GT (t) = −ψ(K, t)Λ−1 T T −1 T


0 (t)ψ (K, t) + K(t)Λ0 (t)K (t) + G(t)Λ0 (t)G (t)

ó Rescrever a equação de P̃ (t + 1)
£ ¤
P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q − G(t)K T (t) + K(t)GT (t) + K(t)Λ0 (t)K T (t)

= AP̃ (t)AT + Q + ψ(K, t)Λ−1 T T


0 (t)ψ (K, t) − K(t)Λ0 (t)K (t)

−G(t)Λ−1 T T
0 (t)G (t) + K(t)Λ0 (t)K (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

° °
° °
+ Minimizar °P̃ (t)°

P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q + ψ(K, t)Λ−1 T −1 T


0 (t)ψ (K, t) − G(t)Λ0 (t)G (t)

−1
Como ψ(K, t)Λ0 (t)ψ T (K, t) º 0n×n então

P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q − G(t)Λ−1 T −1 T


0 (t)G (t) + ψ(K, t)Λ0 (t)ψ (K, t)

º AP̃ (t)AT + Q − G(t)Λ−1 T


0 (t)G (t).

Logo
h i
min P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q − G(t)Λ−1 T
0 (t)G (t)
K

e
ψ(K, t) = 0n×` ⇒ K(t)Λ0 (t) − G(t) = 0n×` ⇔

K(t) = G(t)Λ−1
0 (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Calculemos Λ0 (t):

Λ0 (t) = E{ỹs (t) ỹsT (t)} = E{[ ys (t) −C x̂s (t)][ys (t) − C x̂s (t)]T } =
|{z} |{z}
ys (t)−C x̂s (t) Cxs (t)+r(t)
n o
T
= E [Cxs (t) + r(t) − C x̂s (t)] [Cxs (t) + r(t) − C x̂s (t)] =
£ ¤
= E{ C(xs (t) − x̂s (t)) + r(t) [C (xs (t) − x̂s (t)) + r(t)]T } =
| {z }
x̃(t)
n o
T
= E [C x̃(t) + r(t)] [C x̃(t) + r(t)] =
© ª
= E C x̃(t)x̃T (t)C T + C x̃(t)rT (t) + r(t)x̃T (t)C T + r(t)rT (t)
© ª © ª © ª © ª
= C E x̃(t)x̃T (t) C T + C E x̃(t)rT (t) + E r(t)x̃T (t) C T + E r(t)rT (t) =
| {z } | {z } | {z } | {z }
P̃ (t) 0n×` 0`×n R

= C P̃ (t)C T + R

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Calculemos G(t):

G(t) = E{[Ax̃(t) + q(t)] ỹsT (t) } = E{[Ax̃(t) + q(t)] [ ys (t) −C x̂s (t)]T } =
| {z } |{z}
T
[ys (t)−C x̂ (t)]T Cxs (t)+r(t)
n o
T
= E [Ax̃(t) + q(t)] [Cxs (t) + r(t) − C x̂s (t)] =
£ ¤T
= E{[Ax̃(t) + q(t)] C(xs (t) − x̂s (t)) + r(t) } =
| {z }
x̃(t)
n o
T
= E [Ax̃(t) + q(t)] [C x̃(t) + r(t)] =
© ª
= E Ax̃(t)x̃T (t)C T + Ax̃(t)rT (t) + q(t)x̃T (t)C T + q(t)rT (t)
© ª © ª © ª © ª
= A E x̃(t)x̃T (t) C T + A E x̃(t)rT (t) + E q(t)x̃T (t) C T + E q(t)rT (t) =
| {z } | {z } | {z } | {z }
P̃ (t) 0n×` 0n×n S

= AP̃ (t)C T + S

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

h ih i−1
K(t) = G(t)Λ−1
0 (t)
T T
= AP̃ (t)C + S C P̃ (t)C + R

Para calcular K(t) temos que determinar P̃ (t). Sabemos que K(t) minimiza P̃ (t + 1) e que, conse-
quentemente:
h i
P̃ (t + 1) = minK P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q − G(t)Λ−1 T
0 G (t) =
h ih i−1 h i
T T T T
= AP̃ (t)A + Q − AP̃ (t)C + S C P̃ (t)C + R AP̃ (t)C + S

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

ALGORITMO: - Previsor de Kalman

1 - Inicialização:

1.1 - x̂(0) = µx = E {x(t)}


n o
T
1.2 - P̃ (0) = Π(0) = E [x(0) − µ] [x(0 − µ)]

2 - Para t = 0, 1, . . .
2.1 - Calcular o ganho do previsor de Kalman:
h ih i−1
T T
K(t) = AP̃ (t)C + S C P̃ (t)C + R

2.2 - Actualizar x̂(t + 1) e P̃ (t + 1):

x̂(t + 1) = Ax̂(t) + Bu(t) + K(t) [y(t) − C x̂(t) − Du(t)]


h iT
P̃ (t + 1) = AP̃ (t)AT + Q − K(t) AP̃ (t)C T + S

2.3 - Calcular a previsão da saı́da ŷ(t):

ŷ(t) = C x̂(t) + Du(t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

OBSERVAÇÕES:

• Entradas do algortimo:
– y(t) - Saı́da do sistema.
– Π(0) - Covariância do erro da estimativa inicial do estado.
© ª
– Q = E q(t)q T (t) .
© ª
– S = E q(t)r T (t) .
© T
ª
– R = E r(t)r (t) .

– (A, B, C, D) - Parâmetros dos sistema.


• Saı́das do algoritmo:
– x̂(t) - Previsão do estado x(t) no instante t − 1.
– ŷ(t) - Previsão da saı́da y(t) no instante t − 1.
– K(t) - Ganho do previsor de Kalman.
– P̃ (t) - Covariância do erro do previsor de Kalman
• Chama-se Previsor de Kalman porque a estimativa de x(t) é efectuada no instante x(t).

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Exemplo 5

Novamente o sistema do exemplo 1 perturbado com os mesmos ruı́dos de processo e de observação:

x1 (t + 1) = x1 (t) + x2 (t)

x2 (t + 1) = 0.9x2 (t) + 10u(t) + q1 (t)

y(t) = x1 (t) + r(t)


     
0 © ª 0 0 0 0
q(t) =   ⇒ Q = E q(t)q (t) = 
T = 
2
q1 (t) 0 E {q1 } 0 4
R = E {r2 (t)} = σr2 = 2500 ⇒ σr = 50

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Previsor de Kalman

Valor verdadeiro
Previsor de Kalman

x1 (t)
4000

3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x2 (t)
100

50

−50

−100
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Previsor de Kalman

Valor verdadeiro
Previsor de Kalman

x1 (t)
1000

900

800

700

600
200 210 220 230 240 250
Tempo
x2 (t)
40

20

−20

−40
200 210 220 230 240 250
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Erro das estimativas do Previsor de Kalman

$\tilde{x}_1(t)$
200

−200

−400

−600
0 200 400 600 800 1000
Tempo
$\tilde{x}_2(t)$
150

100

50

−50
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Erro das estimativas do Previsor de Kalman

$\tilde{x}_1(t)$
60

40

20

−20
200 210 220 230 240 250
Tempo
$\tilde{x}_2(t)$
5

−5

−10
200 210 220 230 240 250
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação do Previsor de Kalman com os observadores determinı́sticos

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
Previsor de Kalman
x1 (t)
4000

3000

2000

1000

−1000
0 200 400 600 800 1000
Tempo
x2 (t)
200

−200

−400

−600
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação do Previsor de Kalman com os observadores determinı́sticos

Valor verdadeiro
Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
Previsor de Kalman
x1 (t)
1200

1000

800

600

200 210 220 230 240 250


Time
x2 (t)
200

100

−100

−200
200 210 220 230 240 250
Time

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação do erro do Previsor de Kalman com os observadores determinı́sticos

Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
Previsor de Kalman
x̃1 (t)
1000

500

−500
0 200 400 Time 600 800 1000

x̃2 (t)
600

400

200

−200

−400
0 200 400 Time 600 800 1000

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação do erro do Previsor de Kalman com os observadores determinı́sticos

Observador 1
Observador 2
Observador 3
Observador 4
Previsor de Kalman
x̃1 (t)
400

200

−200

−400
200 210 220 230 240 250
Tempo
x̃2 (t)
200

100

−100

−200
200 210 220 230 240 250
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Valores eficazes dos error das estimativas


v
u1000
uX
x̃irms =t x̃2i (t), i = 1, 2.
t=1

Prev. Kalman Observador 1 Observador 2 Observador 3 Observador 4

x̃1rms 32.40 36.36 42.53 62.99 110.55

x̃2rms 8.59 9.08 10.36 19.89 61.45

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

O Ganho do previsor

K1 (t)
1

0.5

0
0 200 400 600 800 1000
K2 (t) Tempo

0.3
0.2
0.1
0
−0.1
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

O Ganho do previsor

K1 (t)
1

0.8

0.6

0.4

0.2
0 10 20 30 40 50
K2 (t) Tempo
0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 10 20 30 40 50
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Matriz Covariância do erro P̃ (t)

P̃11 (t) P̃12 (t)


5000 2500

4000 2000

3000 1500

2000 1000

1000 500

0 0
0 500 1000 0 500 Tempo 1000
Tempo
P̃21 (t) P̃22 (t)
2500 2500

2000 2000

1500 1500

1000 1000

500 500

0 0
0 500 Tempo 1000 0 500 Tempo 1000

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Matriz Covariância do erro P̃ (t)

P̃11 (t) P̃12 (t)


6000 3000

4000 2000

2000 1000

0 0
0 20 Tempo 40 0 20 Tempo 40
P̃21 (t) P̃22 (t)
3000 3000

2000 2000

1000 1000

0 0
0 20 Tempo 40 0 20 Tempo 40

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Nos sistemas LTI perturbados por ruı́do branco o erro do previsor de Kalman é um processo esta-
cionário.

+ A matriz de covariância estabiliza ao fim de algum tempo e é a solução da equação de Riccati:


³ ´³ ´−1 ³ ´T
T T T T
P̃ = AP̃ A + Q − AP̃ C + S C P̃ C + R AP̃ C + S

+ Existem vários métodos para encontrar a solução desta equação


+ Embora não seja o mais eficiente o método de Jacobi onde, na iteração k + 1 P̃ (k) é actualizado
através de
³ ´³ ´−1 ³ ´T
T
P̃ (k + 1) = AP̃ (k)A + Q − AP̃ (k)C + S T T
C P̃ (k)C + R ˜ T
C P (k)C +R

+ Este método converge quase sempre.


+ As equações deste método são idênticas às de actualização do previsor não estacionário.
+ No previsor não estacionário os valores de P̃ (t) podem ser calculados offline pois não dependem
h iT
de u(t) e y(t) (só dependem da matriz de covariáncia de q T (t) r T (t) ).

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Como consequência da estabilização de P̃ , o Ganho do Previsor de Kalman também estabiliza nos


sistemas LTI no valor
³ ´³ ´−1
T T
K = AP̃ C + S C P̃ C + S

+ O sistema LTI determinı́stico-estocástico também pode ser descrito pelo modelo

xp (t + 1) = Axp (t) + Bu(t) + Ke(t)


y(t) = Cxp (t) + Du(t) + e(t)

+ K é o ganho estacionário do filtro de Kalman


+ Este modelo é conhecido como modelo de inovação (inovation model)
+ Apesar de a parte determinı́stica ser igual xp (t) e x(t) são diferentes.

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ No instante t a quantidade de informação é superior à que possuı́amos no instante t − 1


+ A estimativa de x(t) no instante t tem um erro menor (em média) do que a estimativa no instante
t − 1, x̂(t).
+ Designaremos a estimativa de x(t) no instante t por x̂(t|t).
+ x̂(t|t) óptima, na medida em que a covariância do erro x̃(t|t) = x(t)−x̂(t|t) é mı́nima é produzida
pelo Filtro de Kalman.

FILTRO DE KALMAN:
Equação de actualização de x̂(t|t):

x̂(t|t) = x̂(t) + Kf (t)ỹ(t)

onde:
x̂(t) − Estimativa de x(t) produzida pelo filtro de Kalman
Kf (t) − Ganho do filtro de Kalman.
ỹ(t) = [ys (t) − C x̂(t)]

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

CÁLCULO DO GANHO DO FILTRO DE KALMAN

+ Recordar a variável auxiliar


© ª
Λ0 (t) = E ỹ(t)ỹ T (t)
e definir
© T
ª
Gf (t) = E x̃(t)ỹ (t)

+ Calcular o erro x̃(t|t):

x̃(t|t) = x(t) − x̂(t|t) = x(t) − x̂(t) −Kf (t)ỹ(t) = x̃(t) − Kf (t)ỹ(t)


| {z }
x̃(t)

+ Calcular o produto x̃(t|t)x̃T (t|t):

x̃(t|t)x̃T (t|t) = [x̃(t) − Kf (t)ỹ(t)] [x̃(t) − Kf (t)ỹ(t)]T =

= x̃(t)x̃T (t) − x̃(t)ỹ T (t)KfT (t) − Kf (t)ỹ(t)x̃T (t) + Kf (t)ỹ(t)ỹ T (t)KfT (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Calcular P̃ (t|t):
© ª © ª © ª
P̃ (t|t) = E x̃(t)x̃T (t) − E x̃(t)ỹ T (t) KfT (t) − Kf (t) E ỹ(t)x̃T (t) +
| {z } | {z } | {z }
P̃ (t) Gf (t) GT
f (t)
© T
ª T
+Kf (t) E ỹ(t)ỹ (t) Kf (t) =
| {z }
Λ0 (t)

= P̃ (t) − Gf (t)KfT (t) − Kf (t)GTf (t) + Kf (t)Λ0 (t)KfT (t) =


£ ¤
T T
= P̃ (t) − Gf (t)Kf (t) + Kf (t)Gf + Kf (t)Λ0 (t)KfT (t)

+ Definir
Φf (Kf , t) = Kf Λ0 (t) − Gf (t).

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

+ Calcular
T
Φf (Kf , t)Λ−1 T −1
0 (t)Φf (Kf , t) = [Kf (t)Λ0 (t) − Gf (t)] Λ0 (t) [Kf (t)Λ0 (t) − Gf (t)] =
£ ¤ T
= Kf (t) − Gf (t)Λ−10 (t) [K f (t)Λ0 (t) − Gf (t)]

= Kf Λ0 (t)KfT (t) − Kf (t)GTf (t) − Gf (t)KfT (t)+

+Gf (t)Λ−1 T
0 (t)Gf (t)

Gf (t)KfT (t+Kf (t)GTf = −Φf (Kf , t)Λ−1 T T −1 T


0 (t)Φf (Kf , t)+Kf (t)Λ0 (t)Kf (t)+Gf (t)Λ0 (t)Gf (t)

+ Reescrever a equação de P̃ (t|t)


£ ¤
P̃ (t|t) = P̃ (t) − Gf (t)Kf (t) + Kf (t)Gf + Kf (t)Λ0 (t)KfT (t) =
T T

= P̃ (t) + Φf (Kf , t)Λ−1 T T −1 T


0 (t)Φf (Kf , t) − Kf Λ0 (t)Kf (t) − Gf (t)Λ0 (t)Gf (t)+

+Kf (t)Λ0 (t)KfT (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

° °
° °
+ Minimizar °P̃ (t|t)°

P̃ (t|t) = P̃ (t) + ψf (Kf , t)Λ−1 T −1 T


0 (t)ψf (Kf , t) − Gf (t)Λ0 (t)Gf (t)

−1
Como ψf (Kf , t)Λ0 (t)ψfT (Kf , t) º 0n×n então

P̃ (t|t) = P̃ (t) − G(t)Λ−1 T −1 T


0 (t)Gf (t) + ψf (Kf , t)Λ0 (t)ψf (Kf , t)

º P̃ (t) − Gf (t)Λ−1 T
0 (t)Gf (t).

Logo
h i
min P̃ (t|t) = P̃ (t) − Gf (t)Λ−1 T
0 (t)Gf (t)
Kf

e
ψf (Kf , t) = 0n×` ⇒ Kf (t)Λ0 (t) − Gf (t) = 0n×` ⇔

Kf (t) = Gf (t)Λ−1
0 (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos


Vimos, anteriormente que
Λ0 (t) = C P̃ (t)C T + R.
Calculemos Gf (t):
n o
T
Gf (t) = E{x̃(t) ỹsT (t) }
= E{x̃(t)[ ys (t) −C x̂s (t)]T } = E x̃(t) [Cxs (t) + r(t) − C x̂s (t)]
| {z } |{z}
T
[ys (t)−C x̂ (t)]T Cxs (t)+r(t)
£ ¤T n o
T
= E{x̃(t) C(xs (t) − x̂s (t)) + r(t) } = E x̃(t) [C x̃(t) + r(t)] =
| {z }
x̃(t)
© ª© ª
= E x̃(t)x̃T (t) C T + E x̃(t)rT (t) = P̃ (t)C T
| {z } | {z }
P̃ (t) 0n×`

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

h i−1
Kf (t) = Gf (t)Λ−1
0 (t)
T T
= P̃ (t)C C P̃ (t)C + R
A covariância do erro x̃(t|t) = x(t) − x̂(t|t) é

P̃ (t|t) = P̃ (t) − Gf (t)Λ−1 T


0 G (t) =
h i−1
T T
= P̃ (t) − P̃ (t)C C P̃ (t)C + R C P̃ (t)
h i−1
T T
Como P̃ (t)C C P̃ (t)C + R C P̃ (t) º 0n×n então

P̃ (t|t) ¹ P̃ (t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

ALGORITMO: - Filtro de Kalman

1 - Inicialização:

1.1 - x̂(0) = µx = E {x(t)}


n o
T
1.2 - P̃ (0) = Π(0) = E [x(0) − µ] [x(0 − µ)]

2 - Para t = 0, 1, . . .
2.1 - Calcular os ganho do previsor e do filtro de Kalman:
h ih i−1
T T
K(t) = AP̃ (t)C + S C P̃ (t)C + R
h i−1
T T
Kf (t) = P̃ (t)C C P̃ (t)C + R

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

ALGORITMO: - Filtro de Kalman (continuação)

2.2 - Actualizar x̂(t + 1), x̂(t|t), P̃ (t + 1) e P̃ (t|t):

x̂(t + 1) = Ax̂(t) + Bu(t) + K(t) [y(t) − C x̂(t) − Du(t)]

x̂(t|t) = x̂(t) + Kf (t) [y(t) − C x̂(t) − Du(t)]


h iT
T T
P̃ (t + 1) = AP̃ (t)A + Q − K(t) AP̃ (t)C + S
h i−1
T T
P̃ (t|t) = P̃ (t) − P̃ (t)C C P̃ (t)C + R C P̃ (t)

2.3 - Calcular a previsão ŷ(t) e a saı́da filtrada ŷ(t|t):

ŷ(t) = C x̂(t) + Du(t)

ŷ(t|t) = C x̂(t|t) + Du(t)

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

OBSERVAÇÕES:

• Entradas do algortimo:
– u(t) - Entrada do sistema.
– y(t) - Saı́da do sistema.
– Π(0) - Covariância do erro da estimativa inicial do estado.
© T
ª
– Q = E q(t)q (t) .
© T
ª
– S = E q(t)r (t) .
© T
ª
– R = E r(t)r (t) .
– (A, B, C, D) - Parâmetros dos sistema.
• Saı́das do algoritmo:
– x̂(t) - Previsão do estado x(t) no instante t − 1.
– x̂(t|t) - Estimativa do estado x(t) no instante t.
– ŷ(t) - Previsão da saı́da y(t) no instante t − 1.
– ŷ(t|t) - Estimativa da saı́da y(t) no instante t.
– K(t) - Ganho do previsor de Kalman.
– Kf (t) - Ganho do filtro de Kalman.

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

• Saı́das do algoritmo (continuação):


– P̃ (t) - Covariância do erro do previsor de Kalman.
– P̃ (t|t) - Covariância do erro do filtro de Kalman.
• Na dedução do previsor e filtro de Kalman não foi feita nenhuma restrição relativa à estabilidade do
sistema observado.

Exemplo 6

Novamente o sistema do exemplo 1 perturbado com os mesmos ruı́dos de processo e de observação:

x1 (t + 1) = x1 (t) + x2 (t)

x2 (t + 1) = 0.9x2 (t) + 10u(t) + q1 (t)

y(t) = x1 (t) + r(t)


     
0 © ª 0 0 0 0
q(t) =   ⇒ Q = E q(t)q T (t) =  = 
2
q1 (t) 0 E {q1 } 0 4
R = E {r2 (t)} = σr2 = 2500 ⇒ σr = 50

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação entre o Filtro e o Previsor de Kalman

Valor verdadeiro
Previsor de Kalman
Filtro de Kalman

x1 (t)
4000

3000

2000

1000

−1000
0 200 400 Tempo 600 800 1000

x2 (t)
100

50

−50

−100
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação entre o Filtro e o Previsor de Kalman

Valor verdadeiro

Previsor de Kalman

Filtro de Kalman

x1 (t)
1000

900

800

700

600
200 210 220 230 240 250
Tempo
x2 (t)
40

20

−20

−40
200 210 220 230 240 250
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação entre o Filtro e o Previsor de Kalman

Previsor de Kalman
Filtor de Kalman

x̃1 (t)
200

−200

−400

−600
0 200 400 Tempo 600 800 1000
x̃2 (t)
150

100

50

−50
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Comparação entre o Filtro e o Previsor de Kalman

Previsor de Kalman
Filtro de Kalman
x̃1 (t)
60

40

20

−20
200 210 220 230 240 250
Tempo
x̃2 (t)
10

−5

−10
200 210 220 230 240 250
Tempo

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5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Valores eficazes dos error das estimativas


v
u1000
uX
x̃irms =t x̃2i (t), i = 1, 2.
t=1

Filtro Kalman Prev. Kalman Observador 1 Observador 2 Observador 3 Observador 4

x̃1rms 25.05 32.40 36.36 42.53 62.99 110.55

x̃2rms 8.46 8.59 9.08 10.36 19.89 61.45

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

O Ganhos do Previsor e do Filtro de Kalman

Previsor de Kalman
Filtro de Kalman
K1
1

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 200 400 Tempo 600 800 1000

K2
0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 200 400 600 800 1000
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

O Ganhos do Previsor e do Filtro de Kalman

Previsor de Kalman
Filtro de Kalman
K1

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 10 20 30 40 50
Tempo
K2
0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 10 20 30 40 50
Tempo

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Matrizes Covariância do erro do Previsor e do Filtro de KalmanP̃ (t)

Previsor de Kalman
Filtro de Kalman

P̃11 P̃12
5000 2500

4000 2000

3000 1500

2000 1000

1000 500

0 0
0 500 Tempo 1000 0 500 Tempo 1000
P̃21 P̃22
2500 2500

2000 2000

1500 1500

1000 1000

500 500

0 0
0 500 Tempo 1000 0 500 Tempo 1000

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

5 - Estimação de estado em processos estocásticos e determinı́stico-estocásticos

Matrizes Covariância do erro do Previsor e do Filtro de KalmanP̃ (t)

Previsor de Kalman
Filtro de Kalman

P̃ 11 P̃ 12
6000 3000

4000 2000

2000 1000

0 0
0 20 Tempo40 0 20 Tempo 40
P̃ 21 P̃ 22
3000 500
400
2000
300
200
1000
100
0 0
0 20 Tempo 40 0 20 Tempo 40

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

6 - Conclusões

+ Observadores são modelos de sistema que, a partir dos sinais de entrada e saı́da, fornecem esti-
mativas do estado.

+ Os Observadores que simplesmente repetem o modelo do sistema, sem realimentação do erro da


saı́da, têm uma dinâmica de anulação do erro idêntica à do sistema que estão a observar, não
conseguindo, por isso, estimar o estado de sistemas instáveis.

+ Ao realimentação erro da saı́da nos observadores de Luemberger permite alterar a dinâmica de


anulação do erro.

+ Se o sistema for observável existe liberdade total na alocação dos valores próprios do observador.
+ Estes observadores permitem estimar o estado de sistemas instáveis desde que os modos instáveis
sejam acessı́veis.

+ O desempenho dos observadores é afectado pelas perturbações do sistema.


+ Em geral, os observadores muito rápidos apresentam uma fraca rejeição às perturbações.

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Processos Estocásticos e Filtro de Kalman - Introdução Paulo Lopes dos Santos

6 - Conclusões

+ As perturbações podem ser ruı́do de processo ou ruı́do de medição: O ruı́do de processo é um sinal
que perturba o estado (entra na equação de estado) e o de medição perturba unicamente o sinal de
saı́da (entra na equação de saı́da).

+ Desde que se conheçam as caracterı́sticas das perturbações o projecto de observadores pode ser
encarado como um problema de optimização.

+ Os processos estocásticos são modelos realistas de muitas perturbações.


+ O Filtro e o Previsor de Kalman são observadores de estado que minimizam a covariância do erro
da estimativa do estado quando os ruı́dos de processo e de medição são ruı́do branco de média
nula.

+ O Previsor de Kalman faz estimativas (previsões) do estado x(t), t = 1, 2, . . . nos instantes


t − 1.
+ O Filtro de Kalman faz estimativas do estado x(t) no próprio instante t.
+ Como seria de esperar o erro das estimativas do Filtro de Kalman é inferior ao das previsões.

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