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Outrora Coimbra Académica unia-se aquando das épocas de maior crise.

Hoje Coimbra
Académica ignora a capacidade de União que podia ter e o poder que esta capacidade poderia
produzir. Se antes a Academia Coimbrã ajudava a decidir o futuro do país, hoje não mais faz do
que ignorar a actualidade e desinteressar-se pelos anos vindouras, esquecendo inclusivamente
o passado. Coimbra dos estudantes só é destes quando há latada ou queima. Quando se trata
de responsabilidades a que todos deviam atender ignoram, ignoram a sua Universidade, a
terra onde ela está e ainda mais Portugal.

O facto daqueles Estudantes que votam para os órgãos da UC e da AAC não chegar,
actualmente, a um quarto do universo estudantil coimbrão é prova do retrato que acima
descrevi. Se os Estudantes estivessem realmente interessados em defender os direitos da
academia, e por inerência os seus, haveriam muitos mais a votar.

As faltas por parte de toda a academia na sua generalidade não se sentem só nas urnas,
sentem-se também quando há manifestações, assembleias magnas, rga’s, e actividades (que
não convívios ou febradas) promovidas por alguns estudantes para a generalidade dos
estudantes. E a estes que as promovem temos que os congratular, pois, normalmente, são os
mesmos que vão ás urnas e participam na generalidade das actividades.

Relativamente aqueles que promovem as actividades e que normalmente são aqueles eleitos
por uma pequeníssima parte do universo coimbrão, de entre eles, existe uma “elite”, por
assim dizer, que consegue uma mobilização estupenda, porém muitas vezes as maneiras como
a fazem não são as mais correctas: recorrem demasiado à amizade, à chantagem e á troca de
favores, a qual já foi falada noutro texto deste blog. Este tipo de Esquemas e Artimanhas são
em grande parte responsáveis pelo desinteresse que assola a nossa Universidade.

Imaginemos a seguinte situação: no ano de 2005 “Francisco” entrou para a “FMUC”e teve “um
padrinho”, “Tobias”, que se envolvia activamente no associativismo e sempre que era altura
de eleições pedia ao seu afilhado que “votasse” na sua lista com o argumento de que “ele
figurava nela”, “Francisco” “votava” na sua lista sem qualquer tipo de esclarecimento por parte
de “Tobias” ou interesse real. Passados dois anos “Tobias” concluiu os seus estudos em
Coimbra. “Francisco” nunca mais tornou sequer a votar pelo facto de já não ter nenhum(a)
amigo(a) a “envolver-se activamente no associativismo” e por não o terem elucidado acerca da
importância da sua participação no associativismo.

Existem uma série de outras situações semelhantes que fazem que com o tempo os estudantes
se desinteressem. Vou escrever o texto novamente alterando os nomes e alguns pormenores
relevantíssimos para que se apercebam delas:

- No ano de 2005 “Maria” entrou para a “FLUC”, teve “uma madrinha”, “Leonor”, que se
envolvia activamente no associativismo e sempre que era altura de eleições pedia “à sua
afilhada” que “votasse” na sua lista com o argumento de que “lhe dava um bilhete pontual”, e
“Maria” “votava” na sua lista sem qualquer tipo de esclarecimento por parte de “Leonor” ou
interesse real. Passados dois anos “Leonor” concluiu os seus estudos em Coimbra. “Maria”
nunca mais tornou sequer a votar pelo facto de já não ter nenhum(a) amigo(a) a “oferecer-lhe
bilhetes” e por não “a” terem elucidado acerca da importância da sua participação no
associativismo.
Acho que já perceberam a ideia, para jogarem só têm que substituir as seguintes palavras por
outras: “Maria”e “Leonor” (por outros dois nomes diferentes), “FLUC” (por FCTUC, FMUC,
FDUC… ou outra qualquer faculdade),“uma madrinha” (por amigo(a), colega, conhecido(a) …),
“à sua afilhada” (por amigo(a), colega, conhecido(a)),“votasse”(por participasse, ajudasse),
“lhe dava um bilhete pontual”( por figurava na lista, lhe dava estatuto de dirigente associativo,
lhe dava um cargo, era bom para o currículo, lhe dava um bilhete geral)“votava” (por
participava, ajudava…),“oferecer-lhe bilhetes”(por oferecer-lhe cargos, oferecer-lhe estatuto,
convence-lo de que era bom para o currículo ,“a” (por o).

O ideal seria: No ano de 2005 “Joaquim” entrou para a “FCTUC”, teve “uma colega”, “Diana”,
que se envolvia activamente no associativismo e sempre que era altura de eleições
sensibilizava-o para que ele votasse de preferência na sua lista, mas se votasse, fosse em que
lista fosse, já era óptimo. Ela explicava-lhe em que consistia o órgão, associação, núcleo… ao
qual concorria, depois explicava-lhe o seu projecto. Pelo facto de se ter informado acerca dos
outros projectos achou que aquele era realmente o melhor projecto ou pelo menos aquele
com que mais se identificava por isso Joaquim não só votava na lista que Diana apoiava como,
passou a integrar o mesmo projecto pois achava que o podia melhorar. Passados dois anos
“Diana” concluiu os seus estudos em Coimbra. “Joaquim” continuou a participar activamente
no associativismo (nem que fosse só votar) por o terem elucidado acerca da importância da
sua participação.

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