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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Índice
Página

Introdução 4

Grupo 5

1. Estrutura e Funcionamento 5

1.1. Vantagens e Desvantagens de um grupo 5

1.1.1. Vantagens 5

1.1.2. Desvantagens 6

2. Composição 6

2.1. Tipos de Grupo 6

3. Dimensão 7

4. Coesão e Manutenção 8

5. Normas 9

6. Papéis e Status 10

7. Redes de Comunicação 11

8. Conflitos 11

8.1. Conflitos Interpessoais 11

9. Liderança 13

9.1. Estilos de Liderança 14

9.2. Liderança VS Likert 15

9.3. Comportamneto do líder em função da tarefa (...) 16

9.4. Estilos Básicos de Comportamento do líder 16

10. Fases de desenvolvimento dos grupos 17

11. A grelha de Bales 18

11.1. Tipos de problemas propostos por Bales 19

12. Método Sociométrico 19

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Trabalho Práctico 20

A.T.L. – Actividades de Tempos Livres 21

1. O A.T.L. da Escola Básica nº3 de Odivelas 23

2. Descrição do Grupo 24

3. Grelha de Bales 25

3.1. 1ª observação – em actividade de A.T.L. 25

3.1.1. Descrição da Actividade 25

3.1.2. Análise da Grelha 26

3.2. 2ª observação – em actividade proposta 31

3.2.1. Descrição da Actividade Proposta 31

3.2.2. Análise da Grelha 33

4. Sociogramas 38

4.1. Método utilizado para a elaboração do sociograma 38

4.2. Matrizes Sociométricas 39

4.2.1. Matriz sociométrica de aceitação 39

4.2.2. Matriz sociométrica de rejeição 40

4.3. Sociogramas 41

4.3.1. Aceitação na Sala 41

4.3.2. Aceitação no Pátio 42

4.3.3. Rejeição na Sala 43

4.3.4. Rejeição no Pátio 44

4.4. Análise dos Sociogramas 45

4.4.1. Aceitação na Sala 45

4.4.2. Aceitação no Pátio 45

4.4.3. Rejeição na Sala 46

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

4.4.4. Rejeição no Pátio 47

Conclusão 49

Bibliografia 50

Anexos 51

3
Criatividade e Dinâmica de Grupos

Introdução

O tempo de escola foi, e é ainda hoje, o da aprendizagem, da qual, em princípio,

se sai munido dos conhecimentos e das capacidades correspondentes à função que se

supõem que cada um deva desempenhar no grupo social.

Num mundo relativamente estável e fortemente estanque, a educação modela o

presente sobre o passado para preparar o futuro. Este mundo confortável desapareceu, é

preciso reaproxima-lo de nós próprios. Criar é exprimir o que se traz dentro de si.

Daí que se considere importante as Actividades de Tempos Livres como um

complemento de aprendizagem, desenvolvimento e crescimento. Aprendizagem não só

do ponto de vista formal, aliás, na maior parte das vezes muito mais do ponto de vista

informal. No A.T.L. “aprende-se” a relacionar com os outros, a dar espaço às suas

opiniões, desejos, a partilhar, a receber, a cooperar, a conhecer e ser conhecido.

Assim, e com o objectivo de compreender o tipo de interacções que um grupo de

A.T.L. pode manifestar, foram realizadas algumas observações, analisados os seus

comportamentos e exploradas as suas relações de modo a colocar em práctica

determinados conceitos e métodos teóricos relevantes adquiridos na disciplina de

Criatividade e Dinâmica de Grupo.

Porque um grupo pode ser muito mais do que aquilo aparenta ser!

4
Criatividade e Dinâmica de Grupos

Grupo

“O indivíduo é essencialmente social. É-o não em consequência de contingências

exteriores, mas em consequência de uma necessidade íntima. É-o geneticamente”.–

Henry Wallon, 1946

1. Estrutura e funcionamento

O grupo é um conjunto limitado de pessoas, unidas por objectivos e características

comuns que desenvolvem múltiplas interacções entre si. Tem uma estrutura,

durabilidade no tempo, uma certa coesão e um conjunto de normas.

1.1. Vantagens e desvantagens de um grupo

1.1.1. Vantagens

O grupo:

- é o meio de os sujeitos atingirem os seus objectivos

- confere status e poder face ao exterior

- participa na construção/aceitação dos valores de cada um – ajustamento

contínuo entre o sujeito e o grupo

- confere segurança e auto-estima

- fornece estabilidade

- permite a criação de laços de amizade

- permite a divisão de tarefas

- facilita a tomada de decisões de maior risco (devido à difusão da

responsabilidade)

- confere maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos

- permite decisões mais ricas (integra diferenças)

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

1.1.2. Desvantagens:

O grupo:

- pode empobrecer as tomadas de decisão

- cria um pensamento de grupo que pode limitar a procura de informação e novos

comportamentos (Groupthink)

- pode impedir a criatividade e a inovação pela transformação do eu em Nós

2. Composição

O grupo é mais do que a soma de todos os indivíduos que o compõem. No seio do

grupo, através da troca de ideias e do diálogo, as pessoas desenvolvem a sua estrutura

pessoal. É gerado um fenómeno de interacção que faz com que os elementos do grupo

se influenciem reciprocamente.

Os sujeitos pouco convencionais e ansiosos dificultam o funcionamento eficaz do

grupo enquanto que os indivíduos bem ajustados e que inspiram confiança facilitam a

progressão do grupo para os seus objectivos.

Hoffman (1959) apurou que a heterogeneidade na composição dos grupos oferece

vantagens intelectuais no tipo de resolução de problemas.

2.1. Tipos de Grupo

Os grupos podem ser designados como informais quando as regras são flexíveis,

não estão escritas, quando os grupos são formados voluntariamente e casualmente,

como é o caso de um círculo de amigos ou de uma excursão de turistas; ou formais

quando surge a indicação de postos ocupados pelos membros do grupo, a designação de

títulos, a hierarquia estabelecida com leis claras e regras explícitas.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

3. Dimensão

Num grupo, o grau de satisfação dos seus membros diminui à medida que

aumenta o número de participantes, pois estes têm menos probabilidades de se

expressarem e de apresentarem os seus pontos de vista.

A partir de um certo número, a produtividade do grupo é inversa ao número dos

seus participantes.

Um grupo de 2 elementos é eficaz na procura de ideias ou soluções quando, entre

eles, existe uma certa intimidade, cada um conhece o outro de forma aprofundada e

existe uma confiança recíproca.

Um grupo de 3 elementos é útil e produtivo quando é necessário resolver

problemas precisos e definidos.

Um grupo de 5 ou 6 elementos parece ser o mais produtivo e mais rico em

interacções, sendo possível a divisão do trabalho e expressão de todos os elementos não

se perdendo a visão de conjunto e o objectivo do grupo.

Os grupos com mais de 6 elementos perdem a sua unidade quer no plano da

amizade, quer nos planos das relações interpessoais, quer na cooperação, quer no plano

da acção.

Quanto maior o grupo maior é a tendência para que uma minoria tenda a dominar

a maioria.

Os grupos de dimensão par chegam menos rapidamente a um acordo do que os

grupos de dimensão ímpar.

7
Criatividade e Dinâmica de Grupos

4. Coesão e Manutenção

“A coesão do grupo é determinada pela força dos laços que ligam os elementos

individuais num todo unificado”.1

A coesão grupal pode ser definida como a quantidade de pressão exercida sobre

os membros de um grupo a fim de que nele permaneçam.

Os factores que levam à coesão de um grupo são: a proximidade física, trabalho

igual ou semelhante e a homogeneidade.

Quanto maior a coesão, maior é a necessidade dos membros em comunicarem

com os outros, principalmente no sentido da uniformidade; maior a satisfação

experimentada pelos seus membros, maior a quantidade de influência exercida pelo

grupo nos seus membros e maior a produtividade do grupo.

Os membros do grupo, quando se propõem a realizar uma tarefa comum,

apresentam uma certa coesão que os força a agir na procura dos seus objectivos,

mantendo-os coesos.

No grupo podem-se também distinguir comportamentos relacionados com a tarefa

e comportamentos relacionados com a manutenção. Os primeiros dizem respeito a algo

que se pretende realizar e, enquanto tal não acontece, os seus membros mostram-se

tensos e ansiosos. Por sua vez, os comportamentos de manutenção do grupo, resultam

da necessidade de se desenvolver e manter relações de trabalho satisfatórias, que

facilitem a realização da tarefa. A manutenção refere-se ao modo como as pessoas se

relacionam entre si enquanto trabalham.

5. Normas
1
in FACHADA, M.O. (2001) Psicologia das Relações Interpessoais – 2º volume. Rumo. pp151

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

“Um indivíduo que não tivesse normas e estivesse simplesmente aberto aos

‘factos puros’ seria, na melhor das hipóteses um débil profundo, um magma negativo.

Algo que jaz por terra e digere o que lhe vem parar à boca”.– Bude, 1976

Todo o grupo social possui normas sem as quais não seria possível a sua

sobrevivência. Uma sociedade sem normas seria inconcebível. As normas sociais são

padrões ou expectativas de comportamento partilhados pelos membros de um grupo.

Estes membros utilizam tais padrões para julgar a adequação das suas percepções,

sentimentos e comportamentos.

Segundo Sherif (1965) as normas são escalas de referência ou de avaliação que

definem uma margem de comportamentos, atitudes ou opiniões permitidos e

repreensíveis.

Newcomb et al. (1970) descreve-as como a aceitação partilhada de uma regra que

é uma prescrição no que se refere à maneira de perceber, pensar, sentir e agir.

As normas fornecem às interacções ordem, estabilidade e previsibilidade e

reduzem a incerteza e a confusão provocando uma maior previsão da conduta do outro e

consequentemente um maior à-vontade nas interacções.

Em grupos de pouca coesão e muito amplos pode haver dificuldades nos

estabelecimento de normas devido à multiplicidade de interesses. Assim, para se

estabelecerem normas, neste tipo de grupos, é necessário especificar as atitudes e

comportamentos desejados, verificar o seu cumprimento por todos os elementos do

grupo e aplicar sanções aos não-conformistas.

6. Papéis e Status

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Papéis são padrões de comportamento esperados de uma pessoa que ocupa uma

determinada posição permitindo a diferenciação do sujeito no grupo.

Os diferentes papéis que um sujeito desempenha influenciam o seu

desenvolvimento e podem entrar em conflito.

Benne e Sheats (1948) distinguem 3 categorias no seio dos grupos:

a) Papéis de Tarefa – são os que facilitam movimentos do grupo para a

identificação e solução do problema:

• iniciador  sugere novas ideias

• solicitante de informação  pede esclarecimentos

• coordenador  mostra as relações entre as ideias e coordena as actividades do

grupo

• energizador  instiga o grupo à acção e decisão

• relator  anota as sugestões e redige as actas

b) Papéis de Manutenção – referem-se à área sócio-emocional de Bales e servem

para manter a coesão do grupo:

• encorajador  elogia e aceita a contribuição dos outros

• harmonizador  reconcilia a discordância e alivia tensões

• controlador  tende a manter os canais de comunicação

c) Papéis individuais – satisfazem as necessidades individuais que são

irrelevantes para o grupo como um todo:

• agressor reprova comportamentos e sentimentos dos outros, usa piadas

agressivas, deprecia o status dos outros

• bloqueador  tende a ser negativista e obstinadamente resistente com motivos

irracionais

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

• solicitante de reconhecimento  tende a chamar a atenção sobre si e descreve

proezas pessoais

Conceito de Status – trata-se da posição social que cada um tem dentro do grupo.

Os sujeitos de estatuto mais elevado têm maior liberdade para se desviarem da norma e

são mais resistentes a conformismo.

7. Redes de Comunicação

As redes de comunicação são um dos primeiros aspectos a ser estudado quando se

analisa um grupo.

Existem vários tipos de redes de comunicação:

Roda
Círculo Homógenea

Cadeia

em Y

8. Conflitos

Para haver conflito é necessária alguma forma de oposição ou incompatibilidade e

cada uma das partes tenha essa percepção; tem de haver uma certa interacção ou

interdependência entre as partes.

8.1. Conflitos Interpessoais

Os conflitos interpessoais podem surgir por: diferenças individuais; limitações de

recursos; diferenciação de papéis.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Blake e Mouton classificam as estratégias para tratar um conflito em três

categorias: evitá-lo, desactivá-lo ou enfrentá-lo.

a) Evitar o conflito

Muitas vezes, tudo o que é conflituoso é evitado para que não se tenha que passar

pela situação de conflito propriamente dita.

b) Desactivar o conflito

O conflito é desactivado quando um dos implicados no conflito decide parar ou

suspender o conflito esperando que a situação resfrie, sendo, portanto esta uma forma de

ganhar tempo. A pessoa tenta encontrar acordo em pontos menores do conflito, de

forma a obter mais informações e ver situação sob outra perspectiva sem ir ao cerne da

questão.

c) Enfrentar o conflito

Podemos agrupar as estratégias para enfrentar conflitos em três categorias:

1) Ganhar-Perder – relação em que uma das partes, mais forte do que a outra,

exerce a sua autoridade para acabar com o conflito. A longo prazo esta estratégia de

resolução de conflito enfraquece a autoridade. Esta estratégia é negativa porque há

sempre um perdedor, gerando-se sentimentos de vingança e ressentimentos, não há

criatividade nem uma comunicação aberta e directa porque o vencedor utiliza leis e

regras para vencer.

2) Perder-Perder – as partes envolventes preocupam-se somente com que a outra

parte não ganhe e não propriamente em resolver o problema, daí que seja uma estratégia

que não satisfaz objectivamente nenhuma das partes envolvidas.

3) Ganhar-Ganhar – é necessário que: o conflito seja um problema que se quer

resolver; sejam confrontados pontos de vista e haja disponibilidade para resolver as

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

diferenças; as pessoas envolvidas se coloquem frente a frente e queiram resolver o

problema.

4) Esta estratégia é a mais eficaz porque implica negociação, sendo possível

encontrar a melhor solução de todas as apresentadas, gerando um clima de confiança,

compreensão e respeito entre as partes envolvidas.

Os conflitos existem em qualquer grupo e devem ser enfrentados e resolvidos

eficazmente, pois evitá-los, a longo prazo, não é benéfico.

Para se resolver eficazmente um conflito é necessário:

Diagnosticar

a natureza do Envolver-
conflito se no
confronto


Escutar

Resolver o problema

9. Liderança

Por liderança entende-se a orientação de um grupo de indivíduos no sentido da

realização de certos objectivos (pessoais e de grupo). Assim, o líder deverá ser alguém

que consegue não só motivar os outros como também orienta-los de forma articulada

(quer a nível técnico, quer a nível relacional) para alcançar os objectivos propostos.

O comportamento do líder envolve múltiplas funções nomeadamente orientar,

planificar, coordenar, informar, motivar, etc.

A liderança depende de situação para situação e de grupo para grupo.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

9.1. Estilos de Liderança

 Autocrático

• determina a filosofia dos objectivos dos grupo;

• toma as decisões sozinho e depois comunica-as;

• impõe as tarefas aos restantes membros;

• mantêm relações distantes com a maioria dos membros;

• revela favoritismos na distribuição de recompensas;

• existência de grande tensão e frustração;

• na ausência do líder verifica-se um decréscimo brutal na produtividade do grupo

sendo esta quase ausente.

 Democrático

• incentiva a participação na definição de objectivos;

• permite a escolha de tarefas aos outros membros;

• participa nas tarefas do grupo;

• procura ser justo na distribuição de recompensas;

• promove a amizade e bom relacionamento entre os membros do grupo;

• ritmo de trabalho progressivo e seguro;

• tem o papel de assistir e estimular o grupo e apresentar sugestões e/ou

alternativas para o grupo escolher;

• limita-se aos factos quando tem de criticar ou elogiar.

 Permissivo

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

• evita escolher ou decidir;

• não dá orientações;

• não se envolve nas tarefas do grupo fazendo apenas comentários quando é

solicitado;

• distribui as recompensas com base em critérios subjectivos;

• a produção grupal não é satisfatória apesar de haver uma actividade intensa.

9.2. Liderança VS Likert

Segundo Likert existem vários tipos de liderança, caracterizados por 4 sistemas:

 Sistema 1

- os membros do grupo não são envolvidos em qualquer processo de tomada de

decisão;

- as decisões são tomadas pelo líder sendo transmitidas pelo mesmo;

- os membros do grupo “trabalham” de acordo com as punições e compensações;

- o líder não interage com os membros que compõem o grupo

 Sistema 2

- o líder toma a maior parte das decisões e é o próprio que fixa os objectivos do

próprio grupo.

 Sistema 3

- os membros do grupo tomam partes das decisões do mesmo devido à existência

de uma confiança do líder nos membros;

- existe comunicação e interacção entre o líder e os mebros do grupo havendo

também um clima de confiança.

 Sistema 4

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

- o líder tem total confiança nos membros que compõem o grupo, podendo as

decisões ser tomadas pelos mesmos, assim como os objectivos e os métodos. A

responsabilidade é um dever de todos.

9.3. Comportamento do líder em função da tarefa VS relações humanas

- O processo de liderança é caracterizado pelo comportamento de um indivíduo,

ao dirigir a actividade do grupo e dos seus membros na realização de determinados

objectivos. Desta forma, existem duas dimensões, para descrever o comportamento do

líder:

 orientação para a tarefa

– o comportamento do líder é “demarcado” pela sua relação com os membros do

grupo;

- organização, comunicação e procedimentos relacionados com a tarefa.

 orientação para as relações humanas

- comportamentos de amizade estabelecidos entre o líder e os membros do grupo,

de confiança mútua e de respeito.

9.4. Estilos Básicos de Comportamento do Líder

Relações Elevadas Tarefa Elevada


de relações (Elevado)

e e
Tarefa Baixa Relações Elevadas
Comportamento
Consideração

Tarefa Baixa Tarefa Elevada


e e
Relações Baixas Relações Baixas
(Baixo)

(Baixo) Comportamento (Elevado)


de Tarefa
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Estruturação de iniciação
Criatividade e Dinâmica de Grupos

10 - Fases de desenvolvimento dos grupos

Os grupos passam por determinadas fases importantes para o seu

desenvolvimento:

a) Fase de Formação: caracterizada pela incerteza e quase um desconhecimento

total mútuo; os mecanismos de defesa estão alerta e criam-se estereótipos. São

designados Pseudogrupos ou Grupos Nominais

b) Fase de Orientação: aqui os membros do grupo começam a conhecer-se, a

testar certos comportamentos, são definidos papeis e objectivos formais, exprimem-se

alguns pontos de vista mas há ainda uma preocupação com o consenso e há uma certa

satisfação em estarem juntos. São denominados Grupos Fusionais

c) Fase de Conflito: caracterizada por uma necessidade de estruturação interna,

confrontam-se estilos individuais, há uma disputa pelo poder, coligações e pode haver

desistências. São os Grupos Conflituais

d) Fase de Coesão: nesta fase, as relações tornam-se mais íntimas, as normas já

se encontram interiorizadas, há sentimentos de cooperação e coesão grupal. São os

Grupos Unitários, onde o potencial de produtividade supera a capacidade individual

e) Fase de Execução: aqui há uma estrutura já aceite por todos e preocupação

em resolver os problemas. São igualmente denominados de Grupos Unitários

f) Fase de suspensão: é uma fase final onde o desempenho pela tarefa não é

prioritário e as atenções viram-se para o encerramento.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

11 - A Grelha de Bales

O processo de interacção refere-se às trocas que ocorrem entre os membros do

grupo com vista ao desempenho da tarefa. Os primeiros estudos sistemáticos sobre a

observação das interacções de grupos devem-se a Bales.

Bales identificou dois tipos principais de interacções correspondentes aos dois

tipos de problemas que se colocam aos grupos: as interacções instrumentais relativas à

tarefa ou objectivo a realizar e as interacções expressivas ou sócio-emocionais

referentes às relações entre os membros do grupo.

O sistema desenvolvido comporta doze categorias relacionadas entre si e cobrem

as áreas instrumentais (4 a 9) e as áreas sócio-emocionais (1 a 3 e 10 a 12). Por sua vez,

as seis categorias instrumentais subdividem-se em três categorias passivas ou reactivas

(7, 8 e 9) e três categorias pró-activas (4, 5 e 6). As seis categorias reactivas

subdividem-se também em dois conjuntos: um positivo (1, 2 e 3) e um negativo (10, 11

e 12 ).

Foram, assim, utilizadas estas categorias para a observação do grupo. Cada

observador codificava as interacções (ex. se pede ou dá informação, se pede ou dá

opinião) e registava igualmente a comunicação verbal e a não verbal (esta última

indispensável para um registo mais credível dos aspectos sócio-emocionais) de dois

membros do grupo.

11.1. Tipos de problemas propostos por Bales:

A – Problemas de Comunicação B – Problemas de Avaliação


C – Problemas de Influência ou Controlo D – Problemas de Decisão
E – Problemas de Tensão F – Problemas de Integração

12 - Método Sociométrico

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Foi desenvolvido por Jacobus Moreno, cujo objectivo é o estudo da estrutura

íntima, real e invisível dos grupos, sendo possível, através do mesmo, clarificar a

estrutura sócio-afectiva do grupo e estudar a sua dinâmica.

A finalidade deste método é o de poder verificar através da sua análise:

- as redes de comunicação existentes no seio do grupo, isto é, as preferências e

rejeições e quais as posições dos membros que constituem o grupo;

- a existência ou não de conflitos;

- a estrutura do grupo (fechado ou aberto);

- se existem ou não subgrupos no seu interior;

- a posição e o papel que cada elemento desempenha no interior do grupo;

- etc.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

Trabalho Práctico

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

A.T.L. – Actividade de Tempos Livres

O A.T. L. é um contexto onde a criança se insere e no qual, através da interacção,

vai aprender a lidar com os outros, a estar em grupo e a colaborar.

É um equipamento destinado a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os

12 anos onde, durante os seus tempos livres realizam um conjunto de actividades de

animação sócio-educativa, contribuindo para o desenvolvimento global da criança tendo

em vista a sua formação, um melhor aproveitamento do seu tempo e a fomentação de

interelações entre a família, a escola e a comunidade.

O A.T.L. proporciona actividades como, por exemplo, expressão plástica

(desenho, pintura, colagens, recortes, moldagem), de expressão dramática (teatro,

fantoches), de expressão musical (canções, dança, tocar instrumentos), desportivas,

leitura e interpretação de textos e histórias, passeios e visitas de estudo, como também

dá especial importância aos dias festivos como o Natal, Dia da Mãe, Dia do Pai, entre

outros.

Objectivos gerais:

 contribuir para o sucesso educativo das crianças

 contribuir para uma alteração na dinâmica extra-escolar

 ocupar de uma forma sadia, lúdica e responsável os seus tempos livres

 desenvolver a actividade criadora

 proporcionar uma maior facilidade no tratamento dos conteúdos

programáticos

 promover a utilização dinâmica racional e funcional dos meios existentes

numa interacção que concretize e complemente os objectivos dos programas

curriculares

 desenvolver a auto-estima

21
Criatividade e Dinâmica de Grupos

 desenvolver a sua arte criadora

 criar hábitos de leitura

 apoiar nos deveres escolares

 sensibilizar as crianças para a língua estrangeira

 fornecer às crianças perspectivas de futuro

 incentivar os pais na dinâmica do A.T.L.

A principal razão do surgimento de A.T.L. centra-se na crescente necessidade de

ocupar o tempo livre das crianças no período extra-escolar de uma forma sadia, livre de

vícios, motivadora e integradora.

A família e a escola são as instituições fundamentais para a educação das crianças.

O problema é que a grande maioria destas, quando não estão na escola, passam a maior

parte do seu tempo entregues a si, sem a família, pois na maior parte dos casos tanto o

pai como a mãe trabalham. Por sua vez, grande parte das crianças, privadas de apoio

moral e de uma orientação no seu tempo livre, enveredam por caminhos que nem

sempre são os melhores, originando hábitos e vícios muitas vezes difíceis de solucionar.

Deste modo, é essencial que estas crianças tenham nesse período extra-escolar

uma garantia complementar da sua educação, onde terão apoio pedagógico e actividades

ludo-didácticas e diversificadas.

O processo de aprendizagem deve basear-se tanto quanto possível na actividade

dos alunos, sendo particularmente importante que façam uso dos diversos sentidos. Daí

que a utilização de meios de ensino-aprendizagem diversificados, desde o livro,

passando pelos jogos, até ao computador, as diversas expressões: plástica, física,

musical e dramática, possam contribuir para as diferentes aprendizagens, além de

estimular o desenvolvimento cognitivo e psicomotor, bem como a auto-estima e a

criatividade.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

1 - O A.T.L.da Escola Básica nº3 de Odivelas

As sessões de observação do grupo em questão foram realizadas na Escola

Básica nº3 de Odivelas, sita na Rua Professor Francisco Gentil.

Neste estabelecimento, o A.T.L. existe desde 1997, altura em que era constituído

por um total de aproximadamente quarenta crianças e era coordenado pela Associação

de Pais da Escola.

Actualmente, é uma associação independente da escola, apoiada pelo Instituto

Português da Juventude (I.P.J.).

Os seus monitores são especializados num Curso de Iniciação de Animação

Juvenil (CIAJ). Gerem todas as actividades, desde colónias de férias, acampamentos a

visitas de estudo, entre outras e também são eles que elaboram o programa mensal.

Segundo informações da coordenadora, o programa é elaborado tendo como base as

datas temáticas do mês. Por exemplo, no mês corrente o conteúdo do programa é as

profissões uma vez que este mês se comemoram os dias do carpinteiro, enfermeiro,

bombeiro, entre outros. (ver anexo 4)

Desde Setembro de 2002, o ATL é gerido por uma coordenadora, licenciada em

Educação Física e Desporto. É constituído aproximadamente por um total de 90

crianças, distribuídas por nove monitores, tendo em conta o ano de escolaridade e idade

das crianças, por seis grupos (um da parte da manhã e cinco da parte da tarde). O A.T.L.

é um grupo unido e coeso, com grande cumplicidade e que cooperam activa e

positivamente junto das crianças.

23
Criatividade e Dinâmica de Grupos

2 - Descrição do grupo

O grupo observado é um dos grupos de A.T.L. da Escola Primária. Actualmente é

composto por um total de 12 elementos: 11 crianças de ambos os géneros (5 meninas e

6 meninos) de idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos e o monitor João Santos.

O grupo existe e é liderado pelo monitor João Santos desde Setembro de 2002.

Na história do grupo há a salientar dois aspectos:

• transferência de 2 elementos, em Outubro de 2002, para outros grupos por

inadaptação;

• entrada de um novo elemento no grupo em Novembro (Débora).

Situações específicas

A Débora teve algumas dificuldades de integração quando entrou para o grupo,

mas, no momento, já está completamente integrada; o Pedro é filho de pais surdos; a

Ana Teresa frequenta sessões de Terapia da Fala; o Gonçalo está viver uma fase de

divórcio dos pais; o Francisco normalmente só está presente nas actividades de recreio

porque se vai embora mais cedo; o Ricardo sai sempre a meio das actividades de sala e

a Rita, duas vezes por semana, sai mais cedo das actividades de sala porque tem aulas

de inglês.

O grupo pratica diversas actividades de ocupação de tempos livres, actividades

essas que vão desde a elaboração dos trabalhos de casa, actividades desportivas (Karaté,

Natação, Futebol, Basquetebol, etc.), debates, actividades ao ar livre (por exemplo,

apanhar lagartas das hortas), mini-palestras orientadas por elementos de fora da Escola

como enfermeiros, higienistas orais, nutricionistas, entre outras (de acordo com o tema).

É um grupo bastante curioso e activo.

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Criatividade e Dinâmica de Grupos

3 – Grelha de Bales

3.1 - 1ª observação – em actividade de A.T.L.

3.1.1 - Descrição da actividade

A primeira observação efectuada, foi no contexto de sala. A actividade não foi

igual para todos uma vez que algumas das crianças tinham ainda trabalhos de casa por

fazer e aproveitaram o tempo de sala em A.T.L para os terminarem. As restantes

(apenas 3) aprenderam com o monitor a fazer a árvore genealógica.

Desde modo, esta primeira observação acabou por ter um carácter mais de treino e

de familiarização com a tabela e, um modo das crianças se acostumarem à nossa

presença como observadores.

Deve-se ter em atenção o facto das crianças terem ficado muito agitadas, ansiosas

e por isso não houve empenhamento na tarefa.

Nota: O Francisco não foi incluído na observação porque raramente participa nas

actividades de sala.

25
Criatividade e Dinâmica de Grupos

3.1.2 – Análise da Grelha (ver Anexo 1)

 1ª Etapa

(monitor)João

Gonçalo

João P.

Pedro

Ricardo

Ana Teresa

Rita
Ruben

Ana Carolina

Daniela

Débora
Elementos
do grupo
Total
Categorias
Freq. %

1 3 2 2 1 1 1 1 11 2.8
2 7 7 8 4 3 1 3 3 36 9.0
3 6 1 2 2 1 5 3 3 2 25 6.3
4 10 2 3 5 5 8 2 2 37 9.3
5 10 1 3 11 5 6 1 7 2 1 47 11.8
6 23 1 2 5 5 2 7 1 1 47 11.8
7 2 2 9 5 6 8 3 2 5 5 2 49 12.3
8 2 6 1 2 2 5 2 20 5.0
9 2 1 3 1 2 3 1 3 4 2 22 5.5
10 8 7 1 6 7 1 6 4 1 41 10.3
11 7 6 1 7 1 2 5 9 2 1 1 42 10.6
12 1 3 1 5 6 1 4 21 5.3
Totais 81 23 35 52 34 45 18 49 24 21 16 398 100

Legenda:

1 – Mostra Solidariedade; 7 – Pede orientação

2 – Alivia tensões; 8 – Pede opinião

3 – Mostra acordo; 9 – Pede ideias e sugestões

4 – Dá sugestões; 10 – Mostra desacordo

5 – Dá opinião; 11 – Mostra tensão

6 – Dá orientação; 12 – Mostra antagonismo

 2ª Etapa – Orientação do grupo

Área Intrumental
4 – Dá sugestões 9.3
5 – Dá opinião 11.8
6 – Dá orientação 11.8
7 – Pede orientação 12.3
8 – Pede opinião 5.0
9 – Pede ideias e sugestões 5.5

26
Criatividade e Dinâmica de Grupos

Total 55.7

Área Sócio- Emocional


1 – Mostra solidariedade 2.8
2 – Alivia tensões 9.0 Positivas  18.1
3 - Mostra acordo 6.3
10 – Mostra desacordo 10.3
11 – Mostra tensão 10.6
Negativas  26.2
12 – Mostra antagonismo 5.3
Total 44.3

O grupo está mais orientado para a área instrumental.

27
Criatividade e Dinâmica de Grupos
 3ª Etapa – Perfil do Grupo

12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0

 4ª Etapa – Identificação das áreas-problema

• Categoria 12 superior à Categoria 1 (+2,5%)  Problemas de Integração – F

• Categoria 11 um pouco superior à Categoria 2 (+1,6%)  Problemas de

Tensão – E

• Categoria 10 superior à Categoria 3 (+4%)  Problemas de Decisão – D

• Categoria 4 superior à Categoria 9 (+3,8%)  sem Problemas de Influência ou

Controlo – C

• Categoria 5 superior à Categoria 8 (+6,8%)  sem Problemas de Avaliação – B

• Categoria 7 ligeiramente superior à Categoria 6 (+0.5%)  alguns Problemas de

Orientação – A

O grupo apresenta quatro problemas declarados, três deles na área sócio-

emocional e um mais ligeiro na área instrumental.

28
Criatividade e Dinâmica de Grupos
 5ª Etapa – Análise dos Papéis de cada Indivíduo

Líder Instrumental, Sócio-Emocional e Formal  João (monitor)

 João (monitor)  apresenta mais reacções positivas tanto a nível instrumental

como sócio-emocional. Tem o papel de coordenador.

 Gonçalo  é um elemento mais activo ao nível emocional que instrumental

sendo que no nível emocional só apresenta reacções negativas. Tem o papel de

bloqueador.

 João Pedro  é mais activo na área instrumental do que na área emocional. No

entanto, na área instrumental mostra mais reacções negativas. Tem o papel de solicitante

de informação.

 Pedro  a seguir ao líder é o elemento mais activo e, é-o também na área

instrumental onde apresenta reacções essencialmente positivas. Tem o papel de

iniciador.

 Ricardo  apresenta reacções essencialmente a nível intrumental, reacções

essas mais positivas que negativas sendo que a nível emocional também reage de forma

positiva. Tem o papel de solicitante de informação.

 Ruben  é um elemento que participa essencialmente a nível instrumental

apresentando reacções mais positivas. No entanto, a nível emocional as suas reacções

são mais negativas. Tem o papel de energizador.

 Ana Carolina  investe mais na área sócio-emocional no entanto, de forma

essencialmente negativa e raramente participa a nível instrumental sendo por isso um

elemento muito pouco participativo. Tem o papel de agressor.

 Ana Teresa  é um elemento bastante participativo em ambas as áreas,

sobressaindo um pouco mais na área instrumental onde dominam as reacções positivas.

29
Criatividade e Dinâmica de Grupos
Contudo na área emocional predominam as reacções negativas. Tem o papel de

bloqueador.

 Daniela  demonstra mais reacções a nível emocional do que a nível

instrumental e a maioria das suas reacções são negativas. Tem o papel de antagonista.

 Débora  não existem diferença significativas na sua participação em

nenhuma das áreas, apresentando reacções mais negativas a nível instrumental. Tem o

papel de solicitante de informação.

 Rita  predominam as reacções emocionais, sendo que na sua maioria são

positivas. Tem o papel de harmonizador.

 6ª Etapa – Fase de desenvolvimento

O grupo está numa etapa de transição entre uma fase de conflito e uma fase de

coesão.

30
Criatividade e Dinâmica de Grupos
3.2 - 2ª observação – em actividade proposta

3.2.1. Descrição da Actividade proposta

A actividade proposta teve como base estrutural as actividades que realizamos nas

aulas prácticas, mas, de forma a ir de encontro à realidade das crianças trocamos as

pessoas por animais que são mais facilmente aceites e trabalhados pelas crianças. Além

disso, tivemos em atenção o facto do grupo de A.T.L. ter no mês corrente como tema as

profissões, daí terem desempenhado o papel de enfermeiros.

De forma a dinamizar a tarefa e podermos observar a interacção do grupo

completo, incluímos na actividade o monitor João Santos.

Uma das crianças, a Rita, saiu mais cedo da actividade, no entanto, já estava

decidida a sua escolha.

No final da actividade, com o objectivo de aliviar tensões, foi proposta a imitação

dos animais escolhidos por cada elemento do grupo bem como pelo motorista e co-

piloto.

• Instrução da actividade:

“Vocês são uma equipa de enfermeiros de primeiros socorros. Foram chamados

à auto-estrada porque houve um acidente em que uma caravana do “Circo Maravilha”

virou.

Chegam ao local do acidente e encontram os vários animais que vinham na

caravana espalhados pela estrada.

Um de vocês tem que conduzir a ambulância, outro deve ir ao lado do condutor a

indicar o caminho, os outros: cada um tem que escolher um animal para acompanhar e

fazer os primeiros socorros no caminho até ao hospital.

Se sobrar algum animal sem enfermeiro será levado na próxima ambulância.

Cada animal comunica-vos o que sente no momento, ajudem-nos!” (ver Anexo 3)

31
Criatividade e Dinâmica de Grupos
• Duração da Tarefa: aproximadamente 30 minutos.

• Notas:

Os elementos do grupo não consideraram a actividade difícil cooperando

activamente, no entanto, no final, ficaram um pouco desapontados porque pensaram que

teriam a oportunidade de viver a situação na realidade.

O Francisco não foi incluído porque raramente participa na actividade de sala de

aula.

32
Criatividade e Dinâmica de Grupos
3.2.2. Análise da Grelha (ver Anexo 2)

 1ª Etapa

(monitor)João

Gonçalo

João P.

Pedro

Ricardo

Ana Teresa

Rita
Ruben

Ana Carolina

Daniela

Débora
Elementos
do grupo
Total
Categorias
Freq. %

1 4 1 4 1 2 2 3 1 18 4.0
2 7 6 6 4 4 8 3 1 3 2 44 9.8
3 5 3 2 1 1 2 2 1 1 1 19 4.2
4 13 13 2 11 2 10 8 4 3 1 2 69 15.4
5 10 9 3 14 2 16 8 6 5 1 1 75 16.7
6 37 4 2 5 2 6 4 1 2 1 64 14.3
7 5 2 1 3 1 3 1 7 2 25 5.6
8 16 2 2 1 1 1 4 1 28 6.3
9 11 3 2 1 1 2 20 4.5
10 6 9 1 2 3 3 6 5 2 3 40 8.9
11 1 4 1 5 2 4 2 7 26 5.8
12 14 1 5 20 4.5
Totais 115 67 22 47 8 47 42 34 34 21 11 448 100

Legenda:

1 – Mostra Solidariedade; 7 – Pede orientação

2 – Alivia tensões; 8 – Pede opinião

3 – Mostra acordo; 9 – Pede ideias e sugestões

4 – Dá sugestões; 10 – Mostra desacordo

5 – Dá opinião; 11 – Mostra tensão

6 – Dá orientação; 12 – Mostra antagonismo

 2ª Etapa – Orientação do grupo

Área Intrumental

4 – Dá sugestões 15.4
5 – Dá opinião 16.7
6 – Dá orientação 14.3
7 – Pede orientação 5.6
8 – Pede opinião 6.3
9 – Pede ideias e sugestões 4.5

33
Criatividade e Dinâmica de Grupos
Total 62.8

Área Sócio- Emocional

1 – Mostra solidariedade 4.0


2 – Alivia tensões 9.8 Positivas  18
3 - Mostra acordo 4.2
10 – Mostra desacordo 8.9
11 – Mostra tensão 5.8 Negativas  19.2
12 – Mostra antagonismo 4.5
Total 37.2

O grupo está mais orientado para a área instrumental.

34
Criatividade e Dinâmica de Grupos
 3ª Etapa – Perfil do Grupo

12

11

10

1
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0

 4ª Etapa – Identificação das áreas-problema

• Categoria 12 ligeiramente superior à Categoria 1 (+0,5%)  ligeiro Problema

de Integração – F

• Categoria 2 superior à Categoria 11 (+4%)  não há Problemas de Tensão – E

• Categoria 10 superior à Categoria 3 (+4,7%)  há Problemas de Decisão – D

• Categoria 4 superior à Categoria 9 (+10,9%)  não há Problemas de Influência

ou de Controlo – C

• Categoria 5 superior à Categoria 8 (+10,4%)  não há Problemas de

Avaliação – B

• Categoria 6 superior à Categoria 7 (+8,7%)  não há Problemas de

Comunicação – A

O grupo apresenta 2 problemas a nível funcional.

35
Criatividade e Dinâmica de Grupos
 5ª Etapa – Análise dos Papéis de cada indivíduo

Líder Instrumental, Sócio-Emocional e Formal  João (monitor)

 João (monitor)  é o elemento mais activo do grupo principalemene a nível

instrumental e onde dominam as reacções positivas tanto na área instrumental

como na área emocional. Tem o papel de coordenador.

 Gonçalo  é o elemento mais activo a nível emocional com reacções

negativas. Contudo na área instrumental a sua participação é principalmente com

reacções positivas. Tem o papel de bloqueador.

 João Pedro  é ligeiramente mais activos a nível instrumental do que a nível

emocional, tendo mais reacções positivas em ambas as áreas. Tem o papel de

harmonizador.

 Pedro  apresenta o maior índice na área instrumental predominando as

reacções positivas. Tem o papel de iniciador.

 Ricardo  só se manifesta a nível instrumental, predominando as reacções

positivas. É o elemento menos participativo do grupo, é muito passivo. Tem o

papel de conformista.

 Ruben  é mais activo na área instrumental onde dominam reacções positivas.

Tem o papel de iniciador.

 Ana Carolina  apresenta mais reacções na área instrumental e estas são na

sua maioria positivas. Tem o papel de harmonizador.

 Ana Teresa  manifesta-se mais a nível emocional, onde dominam as

reacções negativas. Tem o papel de bloqueador.

 Daniela  é mais activa na área instrumental onde dominam as reacções

negativas. Tem o papel de solicitante de informação.

36
Criatividade e Dinâmica de Grupos
 Débora  manifesta-se mais a nível emocional, sendo mais negativa do que

positiva. Tem o papel de bloqueador.

 Rita  é um elemento pouco participativo, manifestando-se ligeiramente mais

ao nível emocional com reacções mais positivas. Tem o papel de harmonizador.

 6ª Etapa – Fase de Desenvolvimento do Grupo

O grupo, tal como já tinha sido verificado, encontra-se a caminho da fase de

coesão. Já ultrapassou alguns conflitos, tendo apenas dois problemas para resolver.

37
Criatividade e Dinâmica de Grupos
4 – Sociogramas

4.1. - Método utilizado para a elaboração do Sociograma

Ao procurar desenvolver o sociograma do grupo em questão, foi realizada uma

pequena conversa individual com cada elemento do grupo na qual foram procuradas

respostas para as seguintes questões:

1) O que gostas mais de fazer quando estás na sala com a turma de ATL?

a) Com quem gostas mais de te sentar na mesa?

b) Com quem gostas menos de te sentar na mesa?

2) A que é que gostas mais de brincar no pátio do recreio?

a) Com quem gostas mais de brincar no pátio do recreio?

b) Com quem gostas menos de brincar no pátio do recreio?

Depois de todos os elementos do grupo terem respondido ás questões, foram

analisadas todas as preferências e rejeições das crianças colocadas numa matriz

sociométrica. Posteriormente, foram construídos os sociogramas representativos da

estrutura afectiva dos membros do grupo pelo método do alvo: dois sociogramas de

aceitação, um do critério sala e outro do critério pátio; e dois sociogramas de rejeições,

um do critério sala e outro do critério pátio.

38
Criatividade e Dinâmica de Grupos
4.2. – Matrizes Sociométricas

4.2.1 - Matriz Sociométrica de Aceitação


Escolhas Efectuadas

Escolhas recebidas

Rita
Ruben
Francisco

Gonçalo

João Pedro

Pedro

Ricardo

Ana Carolina

Ana Teresa

Débora

Nº de escolhidos
Nº de escolhas feitas
N=11

Daniela
- 6
-5
Critérios:
1º - Sala
2º - Pátio
Francisco 11 11 11 6 3
Gonçalo 11 11 11 6 3
João Pedro 1 1 11 11 6 4
Pedro 1 1 1 1 1 1 6 6
Ricardo 1 11 1 4 3
Ruben 11 11 11 6 3
Ana Carolina 1 1 1 1 11 6 5
Ana Teresa 11 11 11 6 3
Daniela 1 1 1 1 1 5 5
Débora 11 11 11 6 3
Rita 1 1 1 1 4 4
Totais em 2/2 5/2 4/3 2/3 0/2 5/4 5/4 3/1 1/3 1/2 4/3 32/61 29/42
cada critério
Totais 4 7 7 5 2 9 9 4 4 3 7 61/61 61/42
Combinados
Nº dos que 4 5 4 3 2 6 5 3 3 3 4 42/61 42/42
escolhem

39
Criatividade e Dinâmica de Grupos
4.2.2 - Matriz Sociométrica de Rejeição
Escolhas Efectuadas Escolhas recebidas

Rita
Ruben
Francisco

Gonçalo

João Pedro

Pedro

Ricardo

Ana Carolina

Ana Teresa

Débora

Nº de escolhidos
Nº de escolhas feitas
N=11

Daniela
- 6
-5
Critérios:
1º - Sala
2º - Pátio
Francisco 11 11 6 1 1 4
Gonçalo 11 11 4 2
João Pedro 1 11 1 1 1 6 5
Pedro 1 11 1 1 1 6 5
Ricardo 11 11 4 2
Ruben 11 11 1 1 6 4
Ana Carolina 1 11 1 1 1 6 5
Ana Teresa 11 1 11 5 3
Daniela 11 1 11 5 3
Débora 11 11 11 6 3
Rita 11 1 11 5 3
Totais em 4/2 2/2 2/3 3/4 3/5 3/3 1/1 2/2 4/3 3/3 2/2 29/59 30/39
cada critério
Totais 6 4 5 7 8 6 2 4 7 6 4 59/59 59/39
Combinados
Nº dos que 4 2 3 4 6 4 1 2 5 5 3 39/59 39/39
escolhem
• Notas:

O João (monitor) não foi incluído nos sociogramas porque era muito difícil para

ele estar a seleccionar as crianças de acordo com as suas preferências. O Francisco foi

incluído nos sociogramas porque apesar de raramente estar presente nas actividades de

sala está sempre presente nas actividades de pátio e tem relações estabelecidas com as

outras crianças.

40
4.3. Sociogramas

4.3.1. Aceitação na Sala

Fr

Ri

Rt
3 4 5 Ru
0 2 AC
1

De Jo
R
AT
Pe

Da

Fr – Francisco AC – Ana Carolina


Legenda:
G – Gonçalo AT – Ana Teresa
- sexo masculino
Jo – João Pedro Da - Daniela
- sexo feminino
Pe – Pedro De - Débora
- direcção das escolhas
Ri – Ricardo Rt - Rita
- escolha recíproca
Ru - Ruben
4.3.2. Aceitação no Pátio

AC

Fr
Pe
Rt AT

De

Ri
G
G
Da

Jo
5 R
Ru

Fr – Francisco AC – Ana Carolina


Legenda:
G – Gonçalo AT – Ana Teresa
- sexo masculino
Jo – João Pedro Da - Daniela
- sexo feminino
Pe – Pedro De - Débora
- direcção das escolhas
Ri – Ricardo Rt - Rita
- escolha recíproca
Ru - Ruben
4.3.3. Rejeição na Sala

G
AC

Fr
De

Jo
R
Ri Da
4
G
Pe
3
Rt AT
Ru
2

Legenda: Fr – Francisco AC – Ana Carolina

- sexo masculino G – Gonçalo AT – Ana Teresa

- sexo feminino Jo – João Pedro Da - Daniela

- direcção das escolhas Pe – Pedro De - Débora

- escolha recíproca Ri – Ricardo Rt - Rita

Ru - Ruben
4.3.4. Rejeição no Pátio

Fr

G
Da AT

Jo
R

Rt
Ri
G

Pe
De

3
3
2
Ru
AC
1

Legenda: Fr – Francisco AC – Ana Carolina

- sexo masculino G – Gonçalo AT – Ana Teresa

- sexo feminino Jo – João Pedro Da - Daniela

- direcção das escolhas Pe – Pedro De - Débora

- escolha recíproca Ri – Ricardo Rt - Rita

Ru - Ruben
4.4 - Análise dos Sociogramas

4.4.1 - Aceitação na Sala

• elemento periférico - Ricardo.

• 1 estrela - Ana Carolina.

Existem:

• 2 cadeias

- Ana Carolina, Ana Teresa, Rita e Francisco;

- Gonçalo, João Pedro, Ana Carolina, Rita, Francisco, Ruben.

• 4 Tríades

- Rita, Ana Carolina, Francisco;

- Rita, Ana Teresa, Ana Carolina;

- Ruben, João Pedro, Gonçalo;

- Gonçalo, Pedro, João Pedro;

• 5 Díades

- Ana Carolina e Rita;

- Ana Carolina e Ana Teresa;

- Débora e Daniela;

- Ruben e Gonçalo;

- Ruben e João Pedro.

• 2 Elementos de ligação – Ana Teresa e Pedro.

No sociograma de aceitação na sala verifica-se uma nítida tendência para as

raparigas se escolherem mais entre si e os rapazes também.

4.4.2 - Aceitação Pátio

• Elemento periférico – Gonçalo

• Estrela – Ruben
Existem:

• 7 cadeias

- Ana Teresa, Ana Carolina, Rita e Débora;

- Francisco, Ruben, João Pedro, Pedro, Débora, Daniela;

- Pedro, Débora, Daniela, Ricardo;

- Rita, Daniela, Ricardo, Pedro, Débora, Ana Teresa;

- Ricardo, Ruben, Pedro, Débora, Daniela, Ricardo;

- Ana Carolina, Ruben, João Pedro, Pedro, Débora, Ana Teresa;

- João Pedro, Pedro, Débora, Ana Teresa, Ana Carolina, Rita, Daniela, Ricardo,

Ruben.

• 9 tríades

- Débora, Ana Teresa, Rita;

- João Pedro, Ruben e Pedro;

- Daniela, Francisco, Pedro;

- Daniela, Ricardo, Pedro;

- Ana Teresa, Ana Carolina e Rita;

- Gonçalo, Ruben e João Pedro;

- Pedro, Débora e Daniela;

- Ruben, Ricardo e Pedro;

- Francisco, João Pedro e Ruben.

• 1 Díade – João Pedro e Ruben.

• Elementos de ligação – Rita e João Pedro

No contexto de pátio é o Pedro que faz a ligação dos rapazes ao grupo das

raparigas. Neste contexto já há mais escolhas de rapazes por parte do grupo das

raparigas. Manifesta-se mais coesão embora só exista uma escolha recíproca.


4.4.3 – Rejeição Sala

• Elemento Periférico – Ana Teresa

• Estrela – Daniela

Existem:

• 6 Cadeias

- Débora, Gonçalo, Rita, Pedro, Francisco;

- João Pedro, Daniela, Pedro, Francisco, Débora, Ana Carolina;

- Ana Carolina, Francisco, Ricardo, Débora;

- Gonçalo, Francisco, Ricardo, Débora;

- Rita, Ruben, Daniela, Ricardo, Débora, Gonçalo;

- Pedro, Francisco, Débora, Ana Carolina, João Pedro, Daniela.

• 6 Tríades

- Francisco, Débora e Ana Carolina;

- Ana Carolina, João Pedro e Débora;

- Gonçalo, Francisco e Débora;

- Rita, Francisco e Débora;

- Daniela, Ricardo e Ruben;

- Francisco, Débora e Ricardo.

• 1 Díade – João Pedro e Ruben

• Elemento de Ligação – Rita e João Pedro

Mais uma vez verifica-se que o Pedro faz a ligação entre os rapazes e as raparigas,

o mesmo acontecendo por parte da Daniela e da Ana Carolina.

4.4.4 – Rejeição Pátio

4 elementos periférico – Gonçalo, Francisco, Ana Carolina, Daniela

4 Estrelas – Ricardo, João Pedro, Débora e Pedro


Existem:

• 7 Cadeias

- Ricardo, Débora, Gonçalo, Francisco;

- Rita, Pedro e João Pedro;

- Débora, Gonçalo, Rita, Ricardo;

- Ricardo, Daniela, Pedro, João Pedro, Rita;

- Daniela, Pedro, João Pedro, Ana Teresa, Ruben, Ricardo;

- Ruben, Débora, Gonçalo, Rita, Pedro;

- Ana Teresa, João Pedro, Rita, Pedro, Ruben, Ricardo, Daniela.

• 1 Tríade – Rita, Pedro e João Pedro

• 2 Díades

- Ana Teresa, João Pedro;

- Débora, Ana Carolina

• 2 Elementos de ligação – Rita, Ana Teresa

 Nota:

Deve-se ter em conta, que as crianças têm tendência para serem muito instáveis

relativamente às escolhas que efectuam, isto é, um dia consideram “x” o seu melhor

amigo e no dia seguinte nem lhe falam.


Conclusão
O grupo que se observou é constituído por um conjunto de crianças, unidas por

objectivos e características comuns que desenvolvem múltiplas interacções entre si.

Têm uma estrutura, durabilidade no tempo, coesão e um conjunto de normas e regras a

cumprir e a respeitar. É um grupo formal, uma vez que há uma hierarquia estabelecida

com leis e regras explícitas (o monitor no topo).

É um grupo coeso devido à sua proximidade física, à semelhança do seu trabalho

e à homogeneidade. Há uma necessidade crescente de comunicação entre os membros

no sentido da uniformidade e da produtividade. Quando se propõem a realizar uma

tarefa comum apresentam uma certa coesão que os força a agir na procura dos seus

objectivos, mantendo-os unidos.

A rede de comunicação existente é uma rede em roda uma vez que toda a

informação passa necessariamente pelo líder, mesmo em contexto de pátio.

É um grupo orientado por um líder que motiva todos os outros elementos e

orienta-os de forma articulada para alcançar os objectivos propostos. É um líder

democrático, no entanto, é mais orientado para a relação do que para a tarefa, facto

constatado principalmente nas observações informais, numa conversa posterior com a

coordenadora do A.T.L. e ainda na auto-avaliação realizada pelo monitor (ver Anexo 5).

De acordo com Likert, a liderança que opera neste grupo é o Sistema 3.

Considera-se que o grupo é funcional e encontra-se numa fase de transição do

conflito para a coesão uma vez que ainda parece apresentar alguns conflitos e há uma

necessidade de estruturação interna, mas, de um modo geral, apresenta sentimentos de

cooperação, algumas normas interiorizadas e relações íntimas e de confiança.


Bibliografia

- Fachada, M. O. (2001). Psicologia das Relações Interpessoais. 3ª Edição.

Volumes 1 e 2. Rumo. Lisboa

- Gloton, R & Clero, C. (1976). A Actividade Criadora na Criança. Editorial

Estampa. Lisboa

- Leyens, J. P. (1979). Psicologia Social. Edições 70. p.15

- Mesquita, R. & Duarte, F. (1997). Psicologia Geral e Aplicada. Plátano Editora.

Lisboa

- Rocha, A. & Fidalgo, Z. (1998). Psicologia 12º ano. Texto Editora. Lisboa

- Rodrigues, A. (1998). Psicologia Social. Editora Vozes. 17ª Edição. Petrópolis

- Vala, J & Monteiro, M. B. (2002). Psicologia Social. 5ª Edição. Fundação

Calouste Gulbenkian. Lisboa


Anexos 1

Grelhas de Bales: observação do grupo em A.T.L (12/05/03)


Observador: Tatiana
Elementos GRUPO
do grupo Ana Ana João João
Carolina Teresa Pedro (monitor) Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais

Observador: Sara

Elementos Gonçalo Francisco Débora GRUPO


do grupo
Freq. %
Categorias

1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais
Observador: Kirina

Elementos GRUPO
do grupo
Daniela Rita
Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões
3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais
Observador: Ana Sofia

Elementos GRUPO
do grupo Ricardo
Ruben Pedro Miguel
Lima Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião
6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais

Anexos 2
Grelhas de Bales: observação do grupo em actividade
proposta (14/05/03)
Observador: Tatiana
Elementos GRUPO
do grupo Ana Ana João João
Carolina Teresa Pedro (monitor) Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais

Observador: Sara

Elementos Gonçalo Francisco Débora GRUPO


do grupo
Freq. %
Categorias

1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais
Observador: Kirina

Elementos GRUPO
do grupo
Daniela Rita
Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões
3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião

6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais
Observador: Ana Sofia

Elementos GRUPO
do grupo Ricardo
Ruben Pedro Miguel
Lima Freq. %
Categorias
1- Mostra solidariedade

2- Alivia tensões

3- Mostra acordo

4- Dá sugestões

5- Dá opinião
6- Dá orientação

7- Pede orientação

8- Pede opinião

9- Pede ideias e
sugestões

10- Mostra desacordo

11- Mostra tensão

12- Mostra
antagonismo

Totais

Anexos 3
Actividade Proposta: figuras utilizadas na actividade
proposta
Sou o Simão!
Bati com a cabeça!

Sou a Chica e
tenho a boca a
sangrar!
Sou o Dumbo!
Dói-me a tromba!

Sou o Pantufa!
Tenho medo!
Tenho medo dos
carros! Pisaram-me
a cauda!

Ajudem-me! Não
consigo respirar!
Parti as unhas! Sou
a Fifi!

Sou o Cocas!
Parti os dedos!
Ai, ai, dói-me o
corpo todo!

Acho que tenho


a pata partida!
Anexos 4

Programa do A.T.L.
Anexos 5

Auto-avaliação do líder

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