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O magnetismo está intimamente ligado ao movimento dos elétrons nos átomos, pois
uma carga em movimento gera um campo magnético. O número e a maneira como os elétrons
estão organizados nos átomos constituintes dos diversos materiais é que vai explicar o
comportamento das substâncias quando sobre influência de um campo magnético de uma
segunda substância (leia sobre a Teoria dos Spins). Este é o fenômeno físico que consiste nas
forças de atração e repulsão exercidas por certos metais, como o ferro-doce, o cobalto e o
níquel, devido à presença de cargas elétricas em movimento.
A estrutura elétrica mais simples que se pode conceber é uma carga isolada, de modo
que duas cargas de sinais contrários formam um dipolo elétrico, caracterizado por um momento
de força ou magnitude física equivalente à que provoca o giro de uma barra rígida apoiada em
um ponto fixo. Por analogia, definem-se os dipolos magnéticos, formados por dois pólos (norte
e sul) que geram perturbações específicas acentuadas a seu redor, as quais se transmitem
ininterruptamente entre ambos. A inexistência, porém, desses pólos magnéticos isolados
constitui um dos aspectos fundamentais da ciência do magnetismo.
Denomina-se campo magnético à perturbação sofrida pelo espaço próximo a uma dessas
fontes magnéticas. A magnitude fundamental do campo magnético é a indução de campo,
representada habitualmente pelo símbolo B e dotada de caráter vetorial, já que depende tanto de
seu valor numérico como da direção e sentido de máxima variação do campo. O vetor
intensidade de campo magnético B é definido como uma derivação da indução magnética, e a
razão pela qual possui a denominação reservada normalmente aos vetores básicos de campo é
puramente histórica.
A detecção de um campo magnético em um meio é feita pela influência que exerce
sobre uma bússola ou carga elétrica em movimento. Assim, pode-se definir a indução de campo
magnético como a força que este exerce perpendicularmente sobre uma carga unitária de
velocidade, também igual a um. A expressão matemática desta relação, chamada de Lorentz, é
F=qvxB
em que a força F, a velocidade v e a indução B.
Tradicionalmente, em física estudam-se dois tipos de fontes de fenômenos magnéticos:
os ímãs e as cargas livres nos condutores, que transmitem uma corrente elétrica.
OBJETIVOS:
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Material utilizado:
- Amperímetro;
- Limalhas de ferro;
- Fios de cobre/constantan;
- Trena/régua;
- Suportes;
- Cabos de conexão;
- Garras de jacaré;
• As experiências foram divididas em duas partes (parte A e parte B), para organização
dos temas a serem tratados.
Logo após, colocou-se um outro imã cilíndrico sob a placa a cerca de 5 cm do primeiro,
de modo que ambos ficaram com o mesmo pólo para cima. O procedimento anterior foi repetido
e novas linhas de campo foram formadas e visualizadas.
Substituiu-se a placa de plástico sem furos pela placa furada e fez-se passar pelo furo
uma espira retangular, fixa no suporte. Deste modo, pulverizou-se limalhas de ferro sobre a
placa e ligou-se a fonte de modo a fazer circular pela espira uma corrente de 4 Ampéres (A).
Observou-se as linhas de campo magnético construídas.
Logo após ligou-se a segunda espira em série com a primeira, fazendo-a passar pelo
segundo furo da placa, de modo que as correntes ficassem com o mesmo sentido ao passar pelos
furos. A observação das linhas formadas foi realizada.
E por último, foi invertido o sentido de uma das correntes e observou-se o que ocorria.
Retirou-se as espiras das placas e colocou-as uma ao lado da outra, afastadas cerca de
1,0 cm. Fez-se passar uma corrente de 4,0 A por ambas, de modo que no trecho mais próximo
elas fossem paralelas. Observou-se e descreveu-se que uma atraia a outra.
Em seguida, o sentido da corrente foi invertido em uma delas a observação foi repetida,
percebendo-se que agora, uma repelia a outra.
Já a parte B, denominada “Campo Magnético gerado por uma corrente elétrica”, foi
subdividida em dois itens.
Colocou-se a bússola sobre uma superfície horizontal e fez-se com que o norte
coincidisse com o zero da escala.
Com uma corrente igual a 3,0 A circulando no sentido Norte-Sul, mediu-se o ângulo α
de deflexão da agulha variando a altura do fio de modo que sua distância à agulha da bússola
fosse de 1,0 cm; 2,0 cm; 3,0 cm e 4,0 cm.
TABELAS:
I (A) α (º)
1,0 30
2,0 45
3,0 55
4,0 60
ρ (cm) α (º)
1,0 55
2,0 50
3,0 45
4,0 35
• GRÁFICOS:
Estes gráficos representam a experiência da parte B.
Com os dados da tabela 1 é possível montar estes gráficos abaixo apresentados onde
várias curvas foram experimentadas a fim de descobrir qual chegaria mais perto da disposição
dos pontos medidos.
Regressão Polinomial
Y = A + B1*X + B2*X^2
Regressão Linear
Y=A+B*X
Senoidal (Boltzman)
Chisqr --
Final(A2) 63,541 --
XatY50(x0) 1,0000 --
Width(dx) 1,0390 --
XatY20 -0,44042
XatY80 2,44042
Gaussiana
Área Centro Largura Offset Altura
400,81 3,9882 5,2179 -1,5264 61,289
Lorentz
Área Centro Largura Offset Altura
280,48 3,6705 4,0191 15,939 44,428
Regressão Polinomial
Y = A + B1*X + B2*X^2
• Experiência parte A:
-Fora do ímã, as linhas saem do pólo norte e se dirigem para o pólo sul;
-Dentro do ímã, as linhas são orientadas do pólo sul para o pólo norte;
-Nos pólos a concentração das linhas é maior: quanto maior concentração de linhas, mais
intenso será o campo magnético numa dada região; Campo Magnético.
Desta forma e com o auxílio de imãs, de uma bandeja e do pó de ferro, estas puderam
ser visualizadas e serão explicadas a seguir.
O campo magnético do ímã magnetiza cada partícula de limalha, que então se comporta
como minúscula bússola magnética. Sua tendência é orientar-se segundo o campo no local onde
ela se situa. Nessa pequena região onde o campo pode ser assumido como uniforme, ele tem
ação diretriz, não motriz, portanto ele faz girar, mas não transladar.
Ligeiras batidas nas placas de plástico, abalam os fragmentos de limalha libertando-os
transitoriamente do atrito com estas. Coletivamente, eles formam uma figura chamada “espectro
magnético” do campo; que torna visualizável as linhas de força do campo. De forma mais
abrangente, a limalha desenha as linhas de campo na superfície de apoio.
Nesta combinação um imã é colocado abaixo da placa de plástico. A interação magnética entre
ele e as limalhas são vistas pelas circunferências que estas formam.
- Dois ímãs cilíndricos (polaridades iguais)
Baseando-se na descrição do acontecimento dada anteriormente também, neste caso vemos uma
conexão das linhas de força magnéticas proveniente de pólos opostos e indo do pólo Norte no
sentido do pólo Sul.
- Um ímã retangular
Neste, uma interação entre o pólo positivo e o negativo são observadas, tendo-se uma
maior densidade de linhas no centro deste.
Corrente elétrica gera campo magnético; ele é regido pela Lei de Biot-Savart-Laplace:
Uma espira
Duas espiras em série (correntes de mesmo sentido)
Percebe-se neste caso que a tendência são essas linhas se atraírem, de modo que
possivelmente, à grandes distâncias elas tendem a formar um único círculo.
As linhas não visíveis, mas que sabemos que existem pela própria comprovação na
experiência da parte B, são as linhas equipotenciais que como o próprio nome já diz possuem o
mesmo potencial eletrostático, são paralelas aos eletrodos planos e perpendiculares às linhas
visíveis devido à farinha, que são as linhas de força.
• Experiência parte B:
A segunda questão do roteiro pede a representação gráfica das linhas equipotenciais e
das linhas de força a partir dos dados da tabela 2 da seção “Procedimento Experimental”. Esta
representação encontrar-se-á anexada a este relatório, porém a sua interpretação se dará neste
item. Deste modo, o ângulo analisado e obtido entre as linhas equipotenciais e as linhas de força
são de 90°, devido a relação do campo elétrico com o potencial eletrostático que é definida
como:
Deste modo, sabe-se do cálculo 2, que o produto escalar da derivada de uma curva pelo
gradiente na mesma curva dará zero. E deste modo concluí-se pela definição de produto escalar
que o cosseno do ângulo entre o campo elétrico e o potencial eletrostático é zero e por isso esse
ângulo é 90°.
Y=A+B*X
R SD N P
------------------------------------------------------------
0,99823 0,44535 18 <0.0001
------------------------------------------------------------
A partir deste gráfico pode-se perceber que o potencial aumenta de forma linear com
relação à distância. E valendo da relação entre potencial eletrostático (V) e campo elétrico (E),
V = d. E,
(onde d representa a distância, do ponto analizado), derivando em relação à distância tem-se que
o módulo do vetor campo elétrico é o coeficiente angular da reta no gráfico que vale 1,35759 ±
0,02023.
E ( r ) = −Grad [V ( r )]
24 4x
V ( x) = x=
18 3
4
Grad [V ( x)] = ≅1,3(3)
3
Apesar de possuir incertezas os valores achados dos dois modos são bem próximos
confirmando na prática a teoria de campo elétrico.
A incerteza dos dados obtidos será dada por:
V
E=
d
2 2
∂E ∂E
∆E = ∆V + .∆d
∂V ∂d
∂E 1
=
∂V d
∂E V
=− 2
∂d d
2 2
1 V
∆E = .∆V + − 2 .∆d
d d
Onde:
• CONCLUSÃO
Na experiência da parte A pode-se verificar a existência de linhas de campo elétrico a
partir da polarização das partículas de farinha, conseguindo verificar as diferentes
conformidades destas linhas devido à polarização; quando na presença de eletrodo único dotado
de polaridade positiva, e duplo dotado de polaridades iguais e diferentes. Ainda nesta
experiência, através dos eletrodos planos pode-se constatar o movimento das partículas em um
campo uniforme, campo este, também presente na experiência da parte B, porém onde não se
consegue visualizar o movimento de partículas neste devido à ausência da farinha.
• REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.coladaweb.com/fisica/fisica-geral/magnetismo
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/eletricidade-e-magnetismo/magnetismo.php
BECHARA, Maria José; DUARTE José Luciano Miranda; ROBILOTTA, Manoel Roberto; VASCONCELOS, Suzana
Salém - Apostila de Física 3 para o curso de Eletromagnetismo - Instituto de Física USP - São Paulo 2002.
CARRON, Wilson; GUIMARÃES Oliveira. - Física Volume Único - Editora Moderna - Coleção Base - 2ª edição -
São Paulo - 2003.
HAMBURGER, Ernst. W. - O que é física - Editora Brasiliense - Coleção Primeiros Passos - 3ª reimpressão da 6ª
edição - São Paulo 2007.
PIETROCOLA, Maurício P. - Projeto para melhoria do Ensino Público - Atualização dos Currículos de Física no
Ensino Médio de Escolas Estaduais: A Transposição das Teorias Modernas e Contemporâneas para Sala de Aula
- 2003 - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e FAPESP 2003 / 00146 -3.
http://educacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-representacao-geometrica.jhtm
http://www.feiradeciencias.com.br/sala13/13_T04_3.asp
http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/resumos/T0518-1.pdf
Embasamento Teórico
Lei de Ampére;
Todo campo magnético está associado a uma carga elétrica em movimento. Basta uma carga elétrica em
movimento para, simultaneamente, termos um campo magnético. Mas uma carga em movimento não gera um
campo magnético. Na verdade, podemos pensar essas duas grandezas (carga em movimento e campo
magnético) como uma só, pois a partir do momento que temos uma, temos também a outra.
Um campo magnético pode - da mesma forma que um campo elétrico - ser representado geometricamente por
figuras denominadas linhas de campos, também chamadas de linhas de indução ou linhas de força do
campo magnético. O local onde o campo magnético tem maior intensidade é representado por uma
concentração maior de linhas.
É importante lembrar que o conceito de um campo de força que surge a partir de linhas de força foi
desenvolvido por Faraday, quando ele relacionou o magnetismo com a eletricidade.
Lei de Gauss
Os ímãs apresentam regiões onde o campo magnético é mais intenso e que são denominadas pólos
magnéticos. Essas regiões são denominadas, arbitrariamente, de pólo sul e pólo norte. Esses pólos são
representados, geralmente, por cores diferentes nos ímãs.
Por convenção, dizemos que as linhas de campo são orientadas do pólo norte para o pólo sul; e é comum
ouvirmos que elas "saem" ou "nascem" no pólo norte e "entram" ou "morrem" no pólo sul.
Linhas de campo de um ímã em barra.
Mas é importante sabermos que essa é uma linguagem figurada, pois as linhas de campo magnético na verdade
são fechadas (sem começo ou fim), e não existe lugar onde essas linhas possam "nascer" ou "morrer". Tal fato
representa a lei de Gauss magnética.
Outro aspecto importante da linha de campo é que, se colocarmos uma bússola sobre qualquer ponto dela, a
agulha magnética da bússola assumirá uma posição tangente em relação à linha. O sentido do campo
magnético é dado pelo sentido da reta que contém os pólos da agulha magnética em repouso.
A reta que contém os pólos de uma agulha magnética é a direção de um vetor denominado vetor indução
magnética ( ) - e o sentido é do sul para o norte da agulha. A unidade de no SI é o tesla (T). Também
é utilizada a unidade gauss (G).
Existe uma relação de interação entre esses dois pólos: quando aproximamos o pólo de um ímã do pólo oposto
de outro ímã podemos constatar uma atração entre eles. Mas quando aproximamos um ímã com um de seus
pólos voltado para o mesmo pólo de outro ímã percebemos uma forte repulsão entre eles.
A figura mostra campos magnéticos entre pólos de dois ímãs. Na
primeira dupla de ímãs, no alto, temos o pólo norte de um ímã com a
face voltada para o pólo sul de outro (há uma interação atrativa entre
eles). Nos outros dois casos, temos interações repulsivas.