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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA


BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA COM ÊNFASE EM AMBIENTAL /
LICENCIATURA EM QUÍMICA

JOÃO MARCOS LENHARDT SILVA


LEONARDO VIANA DAS CHAGAS LIMA
MICHAEL CHRISTMANN
RAFAEL MARTINS DE PAULA

DETERMINAÇÃO VOLUMÉTRICA DE ÁCIDO ASCÓRBICO EM


VITAMINA C MERCK CEBION®

RELATÓRIO ACADÊMICO

CURITIBA
2010
JOÃO MARCOS LENHARDT SILVA
LEONARDO VIANA DAS CHAGAS LIMA
MICHAEL CHRISTMANN
RAFAEL MARTINS DE PAULA

DETERMINAÇÃO VOLUMÉTRICA DE ÁCIDO ASCÓRBICO EM


VITAMINA C MERCK CEBION®

Relatório acadêmico apresentado a


disciplina de Química Analítica Aplicada
II do curso de Bacharelado em Química
Tecnológica / Licenciatura em Química
da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná - UTFPR – para obtenção de
nota parcial.

Profª. Drª. Érika Pereira Félix.

CURITIBA
2010
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .............................................................. 2
2.1 MATERIAL E REAGENTES ......................................................................... 2
2.2 PROCEDIMENTOS ..................................................................................... 2
2.2.1 Padronização solução tiossulfato de sódio ................................................ 2
2.2.1 Padronização solução Iodo (I2) ................................................................. 2
2.2.1 Preparo da amostra de MERCK Cebion® ................................................. 2
2.2.1 Determinação de ácido ascórbico ............................................................. 2
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 3
3.1 PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO TIOSSULFATO DE SÓDIO .......................... 2
3.1.1 Quantidade de matéria de dicromato de potássio ............................................ 2
3.1.2 Concentração da solução de tiossulfato de sódio ............................................. 2
3.2 PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO IODO (I2) ...................................................... 2
3.3 DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO ................................................ 2
4 CONCLUSÃO ................................................................................................. 7
5 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 8
1

1 INTRODUÇÃO

O ácido ascórbico, C6H8O6, também conhecido como vitamina C, é uma das


13 vitaminas essenciais ao corpo humano para um funcionamento adequado do
corpo humano e é um composto hidrossolúvel e termolábil, ou seja, ela é solúvel em
agua e se decompõe com o aquecimento.
Ele é encontrado em “Cítricos, groselhas pretas, pimentão doce, salsa,
couve-flor, batatas, batatas doces, brócolis, couves de Bruxelas, morangos, goiaba,
manga” (PORTAL SÃO FRANCISCO). Assim, suprir a carência de vitamina C é
relativamente fácil, já que ela é encontrada em uma grande gama de alimentos,
todos vegetais.
Essa vitamina é importante para o homem, pois está envolvida
principalmente na síntese de colágeno, porém ela desempenha outras funções como
“no desenvolvimento do tecido conjuntivo, na resistência a infecções, além de ajudar
na absorção de ferro. Ela também tem uma função antioxidante bem evidenciada”
(EMEDIX).
O ácido ascórbico realiza a síntese do colágeno não diretamente, mas sim
sendo “cofator para duas enzimas essenciais na biossíntese do colágeno. A lisil e a
prolil hidroxilases” (GERBRAS). Estas enzimas catalisam o pró-colágeno 1, o qual é
transformado em tropocolágeno e, por rearranjo espacial espontâneo torna-se o
colágeno.

1.1 OBJETIVOS

Nesse experimento visou-se verificar se em uma pastilha de MERCK


Cebion® havia realmente 1 g de ácido ascórbico como a embalagem afirmava.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2

2.1 MATERIAL E REAGENTES

Materiais, Equipamentos e Reagentes.


1 Espátula 1 Suporte universal
1 Bureta de 50 mL Garra
1 Funil 1 Frasco lavador
1 Proveta de 100 mL Papel de alumínio
3 Erlenmeyer de 250 mL Balança analítica
1 Béquer de 50 mL Estufa
2 Pipetas volumétricas de 10 mL Dessecador
1 Pipeta graduada de 5 mL Na2S2O3 0,1 mol L-1
1 Béquer de 100 mL (apenas 1 KI 10%
béquer para todos os grupos) HCl 6 mol L-1
1 Pipeta graduada de 25 mL (apenas Amido 1%
1 pipeta para todos os grupos) I2 0,02 mol L-1
1 Balão de 250 mL (apenas 1 balão K2Cr2O7 previamente seco em estufa
para todos os grupos) a 110 °C por 2h

2.2 PROCEDIMENTOS

2.2.1 Padronização solução tiossulfato de sódio

Pesou-se uma massa de 0,1 g de K2Cr2O7 (dicromato de potássio) no


erlenmeyer, e anotou-se exatamente a massa pesada, a essa quantidade de
dicromato foram adicionados 100 mL de água destilada juntamente com 10 mL da
solução de KI 10% e mais 10 mL da solução de HCl 6 mol L-1, adicionado esses
reagentes foi então colocado em repouso ao abrigo da luz por cerca de 10 min.
Passado o tempo foi então titulada a solução resultante com a solução de
tiossulfato que seria então padronizada quando da descoloração do marrom para um
amarelo claro foi então adicionado cerca de 1 mL da solução de amido 1%. E então
continuou-se a titular até o desaparecimento da cor azul.

2.2.1 Padronização solução Iodo (I2)

Num erlenmeyer de 250 mL foram colocados 10 mL da solução padronizada


de tiossulfato, 50 mL de água e 1 mL da solução de amido, zerada a bureta com o
iodo foi então titulada essa solução que foi preparada até o aparecimento de uma
cor azulada.
3

2.2.1 Preparo da amostra de MERCK Cebion®

Um comprimido de vitamina C foi dissolvido em um béquer de 100 mL com


uma certa quantidade de água suficiente para dissolvê-lo, foi então transferido o
conteúdo para um balão de 250 mL e foi aferido o volume.

2.2.1 Determinação de ácido ascórbico

Uma alíquota de 15 mL da solução de amostra foram pipetados e tranferidos


para um erlenmeyer de 250 mL, adicionou-se 50 mL de água, 10 mL de HCl 6 mol L -
1
e 1 mL de solução de amido 1%, foi então titulada essa solução com a solução de
iodo padronizada.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO TIOSSULFATO DE SÓDIO

A massa medida de dicromato de potássio transferida para o erlenmeyer foi


de 0,1014 g. Após a adição do iodeto de potássio e do ácido clorídrico, titulou-se a
solução com tiossulfato de sódio. Observou-se o ponto de viragem após adição de
20,9 mL da solução titulante. Com o volume de tiossulfato de sódio utilizado e a
concentração da solução de dicromato de potássio, calculou-se a concentração da
solução de tiossulfato de sódio:

3.1.1 Quantidade de matéria de dicromato de potássio

A massa molar do dicromato de potássio é de 294,2 g/mol (ATKINS; JONES,


2006), calculou-se a quantidade de matéria (ndp) na massa medida do mesmo
composto:

294,2 g ------------------------ 1 mol


0,1014 g ----------------------- ndp mol
ndp = 3,447.10-4 mol (1)
4

3.1.2 Concentração da solução de tiossulfato de sódio

As reações ocorridas durante a titulação foram descritas a seguir:

Cr2O72- + 6 I- + 14 H+ → 2 Cr3+ + 3 I2 + 7 H2O (2)


2 S2O32- + I2 → S4O62- + 2 I- (3)

A estequiometria da equação (2) revela que a quantidade de matéria de Iodo


(nI2) é igual ao triplo da quantidade de matéria de dicromato de potássio (ndp):

nI2 = 3 ndp (2)


-3
nI2 = 1,034.10 mol

A estequiometria da equação (3) mostra que a quantidade de matéria de


tiossulfato de sódio (nts) é igual ao dobro da quantidade de matéria de Iodo (nI2):

nts = 2 nI2 (3)


-3
nts = 2,068.10 mol

O volume de solução de tiossulfato de sódio usada para se obter essa


quantidade de matéria foi de 20,9 mL. Segundo Atkins & Jones (2006), a
concentração de uma solução pode ser obtida dividindo-se a quantidade de matéria
da espécie (n) pelo volume da solução (V):

c = n/V (4)
cts = (2,068.10-3 mol)/(20,9.10-3 L)
cts = 0,0989 mol/L

3.2 PADRONIZAÇÃO SOLUÇÃO IODO (I2)

Uma alíquota de 10 mL da solução padronizada de tiossulfato de sódio foi


utilizada assim a quantidade de matéria (nts):
5

0,0989 mol de S2O32- ------------------ 1 L


nts --------------------------------------- 0,01 L
nts = 9,89.10-4 mol (5)

A estequiometria da equação (3) mostra que a quantidade de matéria de


tiossulfato de sódio (nts) é igual ao dobro da quantidade de matéria de Iodo (nI2):

nts = 2 nI2 (6)


nI2 = 4,94.10-4 mol

O volume de solução de Iodo utilizado na titulação para se atingir o ponto de


viragem foi de 26,3 mL, assim pôde determinara concentração da solução de iodo:

4,94.10-4 mol de I2 -------------- 26,3.10-3 L


nI2 -------------------------------------------- 1 L
cI2 =0,0188 mol/L (7)

3.3 DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ASCÓRBICO

A reação ocorrida na titulação foi descrita a seguir:

C6H8O6 + I2 → C6H6O6 + 2 HI (8)

A concentração da solução de iodo era de 0,0188 mol/L (solução


padronizada no item 3.2), foi utilizado um volume de 17,75 mL da mesma solução na
titulação.

0,0188 mol de I2 ---------------- 1 L


nI2 ----------------------- 17,75.10-3 L
nI2 = 3,34.10-4 mol de I2

A estequiometria da equação (8) mostra que a quantidade de matéria de


ácido ascórbico (naa) é igual à quantidade de matéria de iodo (nI2):
6

nI2 = naa (9)


-4
naa = 3,34.10 mol

Sabendo que a massa molar do ácido ascórbico é de 176,1 g/mol (ATKINS;


JONES, 2006), calculou-se a massa de ácido ascórbico (maa) na amostra de 15 mL:

1 mol ---------------- 176,1 g/mol


3,34.10-4 mol ----------------- maa
maa = 0,0588 g (10)

O objetivo era a determinação da massa de ácido ascórbico em um


comprimido inteiro, assim deve calcular a massa na solução inteira (250 mL):

0,0588 g ------------------- 15 mL
mtotal ---------------------- 250 mL
mtotal = 0,980 g (11)
Segundo o fabricante a massa de ácido ascórbico no em um comprimido de
MERCK Cebion® é mostrada na figura 1:

Figura 1 – Composição do MERCK Cebion®


Fonte: CEBION, Acesso em: 14/10/ 2010.

Com esses dados pôde-se calcular o erro associado à determinação:

e% = {|(0,980 g)-(1 g)|/(1 g)} (12)


e% = 0,02 = 2%
7

4 CONCLUSÃO

A determinação volumétrica de ácido ascórbico em VITAMINA C MERCK


CEBION® mostrou-se simples apesar de ser um procedimento extenso, com varias
titulações a fim de chegar à massa de ácido ascórbico, vitamina C, em uma pastilha do
produto.
A solução de iodo possui certa instabilidade, pois o halogênio em questão é
volátil, assim a concentração da solução varia ao decorrer do tempo e esta possui
caráter definitivo na determinação do ácido ascórbico. Essa problemática pôde ser
observada durante a aula, pois uma das soluções de I2 era antiga, devido a esse fator, o
ponto de viragem na padronização da solução de I2 ocorreu após uma grande
quantidade de reagente ser despejada no erlenmeyer, mostrado assim, que o valor real
da concentração de iodo não era mais o mesmo da data de seu preparo.
Contudo, a metodologia mostrou-se válida devido ao seu resultado possuir baixo
erro percentual em relação à quantidade real de vitamina C do produto, sendo 0,980 g
de C6H8O6 e um erro de 2%.
8

5 REFERÊNCIAS

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: Questionando a Vida Moderna e o


meio Ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

CEBION; Disponível em: <http://www.cebion.com.br/upload/data/images/bula-


cebion-laranja.pdf>. Acesso em: 14 out 2010.

EMEDIX - VITAMINAS E SAIS MINERAIS (VITAMINA C); Disponível em:


<http://emedix.uol.com.br/vit/vit009_1f_vitaminac.php>. Acesso em: 15 out 2010.

GERBRAS – VITAMINA C; Disponível em:


<http://www.gerbras.com.br/produtos/vitaline_c.asp>. Acesso em: 15 out 2010.

PORTAL SÃO FRANCISCO – VITAMINA C; Disponível em:


<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/vitaminas/vitamina-c-acido-
ascorbico.php>. Acesso em: 15 out 2010.
9

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