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Arte Funk

(final da década de 50, artistas da Califórnia)


“Orgânica, usualmente biomórfica,
nostálgica, antropomórfica, sexual,
glandular, visceral, erótica, irreverente,
escatológica.”
Harold Paris

“As sobras da experiência humana.”


Ed Kienholz

Funky = malcheirosa
-Objetivavam reinstaurar uma dimensão de
realismo e de responsabilidade social no cenário
artístico contemporâneo.
-Empregaram táticas de choque para enfatizar
questões frequentemente ignoradas, tais como:
• aborto
• violência
• pena de morte
• doença mental
• medo da doença, do envelhecimento e da morte
• erros judiciários
• temor à guerra nuclear
• vitimização das mulheres
Bruce Conner, “Dália Negra”, 1959.

É um Comentário sobre o interesse


voyeurístico permanente em torno do
sensacional assassinato não-elucidado,
em 1947, da aspirante a atriz
Elizabeth Short, apelidada de Dália
Negra.
A obra é uma composição de fotos e
objetos fetichistas (lantejoulas, penas,
renda, meias de náilon) que remetem
a tabus íntimos e exposição pública.
Elizabeth Short
Bruce Conner,
“Criança”, 1959-60.
Denuncia a negligência
dos pais.
Foi elaborada com
trapos e sujeira.
Edward Kienholz , “Roxy’s”, 1961.
Ataca a misoginia e a hipocrisia moral. Aí se vê uma recriação de um
famoso bordel de Las Vegas, tal como era em 1942, e que contém
mobília feita de mulheres e mulheres feitas com ossos de animais. A
obra retrata as mulheres como amantes, objetos, mercadoria, vítimas,
animais e predadoras.
Edward Kienholz, “Roxy’s”, 1961.
“Roxy’s”, detalhe,
1961.
Edward Kienholz, “Birthday”, 1964.
Edward Kienholz, “Memorial de Guerra Portátil”, 1968.
Kienholz apresenta a terrível verdade de que a guerra tornou-se parte da
vida cotidiana e que estamos rodeados por um número infinito de memoriais
que a evocam, todos eles intercambiáveis, que já não nos comovem mais
nem modificam nossas ações. Eram precisamente esses “espectadores
indiferentes” que os artistas funk procuravam atingir.
“Memorial de Guerra Portátil”, detalhe, 1968.
“Memorial de Guerra Portátil”,
detalhe, 1968.
“Memorial de Guerra Portátil”, detalhe, 1968.
Edward Kienholz,
“O Hospital do Estado”, 1966.
George Herms, “Meat Market” 1960-61.
George Herms,
“Great The Circus With A Smile”,
1961.
Paul Thek (NY)
“TAR BABY”,
1975-76,
bronze.
Lucas Samaras (Grego
naturalizado Americano) ,
“Box”, 1963.
Lucas Samaras, “Box”, 1965.
Colin Self (inglês) “Leopardskin Nuclear Bomber No. 2”, 1963.
Anos 60
Grupo de São Francisco
• Visão menos severa e mais bem humorada,
assemelhando-se mais a um híbrido pop funk
regional.
• Trabalhavam com cerâmica, fundindo a arte
elevada com o artesanato, e praticavam
trocadilhos verbais e visuais.
Robert Arneson, “George Moscone”, 1981.

Quando o prefeito de São Francisco George


Moscone foi assassinado, Bob Arneson foi
comissionado para fazer um busto do falecido
prefeito. No pedestal ele colocou uma
representação gráfica descrevendo o
assassinato do prefeito, para suscitar
controvérsia na cidade. A peça teve que ser
retirada. Arneson recebeu ameaças de morte e
foi feita uma proposta do público para que a
peça fosse destruída em centenas de pedaços e
jogada na parte mais profunda da baía.
“Eu realmente pensei sobre a última cerâmica da cultura ocidental,
então eu fiz um banheiro.”

Robert Arneson, “John with Art”, 1964.


Robert Arneson, “Typewriter”, 1966.
David Gilhooly,
“Victoria's royal snack”, 1978.
FROG FOOD SCULPTURES
Mais atuais ainda...

Ingleses que também abordam a falta


de humanidade do homem para com
seu semelhante, a morte e a
objetificação das mulheres, por meio de
trabalhos macabros ou grotescos.
Jake e Dinos
Chapman
'Inferno’
Uma obra dividida em 9 partes, com de cerca 30.000 miniaturas, foi
destruída no incêndio em 2004. Os irmãos prometeram refazer a peça.
Recentemente em White Cube Mason's Yard, se revelou uma nova
versão, intitulada Fucking Hell, que foi ainda mais elaborada e terrível.
( a original era de 1999)
“Fucking Hell”
Sarah Lucas,
“Pauline Bunny”, 1997.

“A feminista Sarah Lucas


trabalha com auto-retratos
que tentam questionar a
imagem feminina tal como é
veiculada em meios
convencionais. Esta escultura
de inspiração surrealista
pretende denunciar a
mercantilização do corpo
feminino nas revistas
eróticas.”
Damien Hirst
A morte é o tema central da sua obra, que sempre
esteve rodeada de grande polêmica. Sua série mais
conhecida chama-se Natural History na qual distintos
animais mortos como um tubarão, uma ovelha ou
uma vaca são conservados e por vezes cortados
dentro de tanques de formaldeído.
Damien Hirst, “Mother and Child divided”, 1993, uma vaca e um bezerro
fatiados e conservados em formol.
Damien Hirst, "The Kingdom" (O Reino), 2008, um tubarão suspenso num
tanque de formol.

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