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Aracaju-SE
2010
LOURDES REGINA CALDAS SANTOS
MÁRCIO PEREIRA DOS SANTOS
VALESKA DOS SANTOS ALVES
Aracaju-SE
2010
LOURDES REGINA CALDAS SANTOS
MÁRCIO PEREIRA DOS SANTOS
VALESKA DOS SANTOS ALVES
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Orientador
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Coordenador
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Lourdes Regina Caldas Santos
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Márcio Pereira dos Santos
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Valeska dos Santos Alves
Aracaju (SE),_______de_____________________2010
FACULDADE SERIGY
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS
SOCIAIS.
Orientador: Maria José Teles Coutinho
RESUMO
O presente artigo vem abordar e reconhecer os problemas sociais relacionados á questão dos
adolescentes que cometem ato infracional, analisando a aplicação das medidas sócio-
educativas, previstas no Estatuto da Criança e Adolescente, e a eficiência na ressocialização
desses jovens. Demonstrando o descaso do Estado e da sociedade no que se refere á
efetividade dos direitos destes adolescentes, utilizando de evasivas ardilosas para que não
assumam a obrigação de prover as necessidades prioritárias deste segmento e de suas famílias.
Com o objetivo de visualizar a aplicabilidade das medidas sócio-educativas e trazendo para
discussão a situação atual do adolescente em conflito com a lei com base no ECA, a natureza,
espécie e fundamentos das medidas sócio- educativas, e a aplicação das medidas sócio-
educativas. Através da pesquisa bibliográfica para coletas de dados e exploratória para dados
secundários, percebe-se uma falta de estrutura por para do Estado para a eficácia dessas
medidas, proporcionando um conjunto de carências. Após a análise conclui-se que o sistema
de proteção buscada pelo ECA, não tem alcançado seus destinatários como deveria, e existe
uma grande distância entre o que está previsto na legislação e a realidade da sociedade atual.
Palavra-chaves: Ressocialização. Eficácia. Medidas sócio-educativas.
1
Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes. Email:marciopsantoss @hotmail.com
2
Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes. Email:regy.caldas @bol.com.br
3
Graduada em Serviço Social pela Universidade Tiradentes. Email: valeskahtinha@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO
[...] somos imediatamente levados a crer que a maior parte desses jovens não teria
iniciado a sua trajetória delinquencial se tivessem tal perspectiva de inserção e
realização social, oportunidades e recursos que lhes são cotidianamente negados,
apesar de ser um direito previsto na lei.
. Mecânica de Motocicleta;
. Curso de Cabeleireiro;
Foi ressaltado no inicio deste artigo o quanto profundo é este tema, já que envolve
adolescentes, mas que guardam em seu interior, na sua personalidade ainda não formada e já
deformada, uma profundidade de receios, medos, tristeza e abandono. Na verdade, os jovens
infratores são postos em grande evidência pela sociedade, que critica as suas ações
descompassadas com a normalidade social. É bem verdade que muitos deles são mesmo
aprendizes de marginais perigosos, com tendência inegável para o crime, mas a grande
maioria sofre o abandono social que começa pela família, constituída muitas vezes de pais
drogados, alcoólatras, desempregados, que não oferecem qualquer sensação de segurança a
seus filhos, que acabam esbarrando nas facilidades enganosas do crime.
Tudo que se previne é mais fácil de corrigir, de modo que, a manutenção do
Estado Democrático de Direito e das garantias constitucionais dos cidadãos devem partir das
políticas assistenciais do governo, sobretudo para os jovens, de onde parte e para onde
converge o crescimento do país e o desenvolvimento do seu povo. A repressão, a segregação,
a violência e a tenacidade com o jovem infrator estão longe de serem instrumentos eficazes de
combate à marginalidade. O ECA é uma grande arma de defesa dos direitos da infância e da
juventude. Um modelo de legislação copiado por muitos países, capaz de conscientizar as
autoridades para a necessidade de prevenir a criminalidade no seu nascedouro, evitando a
solidificação dessas mentes desencontradas em mentes criminosas na idade adulta.
As medidas sócio – educativas aplicadas como recriminação aos atos infracionais
praticados por menores servem para alertar o infrator à conduta anti – social praticada e
reeducá-lo para a vida em comunidade. Se o jovem deixa de ser causador de uma realidade
alarmante para ser agente transformador dela é porque esteve em contato com situações que
lhe proporcionaram cidadania, a finalidade da medida estará cumprida. As possibilidades de
restauração despencam e os jovens sem projetos, sem oportunidades, expostos a verdadeiras
“faculdades” do crime, não se recuperam.
REFERÊNCIAS