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Autores:
Lucas Macêdo
Reinaldo Borges
Raísa Dourado
Matheus da Paz
Marina Cabral
Impressão Geral:
- O paciente está acordado, lúcido, ativo, sonolento, torporoso, em coma ou alcoolizado
- Estado de Nutrição (Obesidade, subnutrição)
- Posição do paciente (posição antálgica, cócoras, utilização de músculos acessórios da
respiração)
- Fácies: Atípica ou Típica (Lua cheia, sofrimento, mixidematosa, ictérica, pálida, cianótica,
acromegálica, exoftálmica, pletórica)
- Idade referida compatível com idade aparente
*Analisar expressões de ansiedade, sofrimento, caretas, sudorese excessiva;
*Olhar fixo é característico de hipertireoidismo;
*Cabeça imóvel é característica de Parkinsonismo
- Biotipo: Brevelíneo, Longelíneo ou Normolíneo (Ângulo de Sharp)
- Estado de Higiene (Bem aprumado, Em trapos, Sujo ou limpo, Odor fétido, hálitos típicos)
- Estado de humor
- Comunicabilidade
- Orientação no tempo e espaço
- Vestuário (Pode refletir intolerância ao frio do hipertireoidismo, ou tentativa de esconder
lesões ou marcas de agulhas, ou estilo de vida)
Paciente lúcido, vigil, atento, bem disposto, bem humorado, orientado no tempo e espaço,
biótipo normolíneo, idade aparente compatível com idade referida, fácies atípica, bem
higienizado, bem aprumado, bom estado nutricional aparente.
Exame Geral:
I)Sinais vitais
a) Pulso Radial (PR)
Avaliar: Freqüência (Normalidade – 60 a 100 bpm; Taquicardia ou Bradicardia)
Ritmicidade (Normal ou Arritmia)
Intensidade (Fino +; Cheio ++; Hipercinético +++)
Anotar em qual braço foi medido o pulso
d) Temperatura
Escrever em qual local do corpo a temperatura foi medida. Enxugar as axilas do paciente antes
do procedimento.
Valores de normalidade: Axilar = 36:C – 37,4:C
Retal=37:C – 38,4:C
Bucal = 36,5:C – 37,9:C
Timpânica
2) Dados antropométricos
a) Circunferência abdominal
*Usar fita métrica e medir na altura do ponto médio entre o rebordo costal e a crista ilíaca.
Valores Normais: H até 102 cm Valores desejáveis: H até 90 cm
M até 88 cm M até 80 cm
b) Medida do quadril
*Usar fita métrica e medir na altura do trocanter maior do fêmur
Valores normais:
c) IMC
*Calcular antes Peso e Altura
*Cálculo do IMC: IMC=P/h²
Abaixo de 18,5 magreza/desnutrição
Valor Normal (Eutrofismo) = entre 18,5 e 24,9 Kg/m²
Entre 25 e 29,9 = sobrepeso
Entre 30 e 34,9= obesidade grau 1
Entre 35 e 39,9= obesidade grau 2
Acima de 40= obesidade de grau 3 (antigamente chamado de obesidade mórbida)
Pele e Fâneros:
1)Pele
b)Umidade
Excesso de umidade (Hiperidrose ou ansiedade)
Ressecamento (envelhecimento, hipotireoidismo) a pele fica áspera e rugosa
Oleosidade (Acne)
Técnica do exame: passar a palma das mãos em braços e rosto do paciente, ou em alguma
outra região visivelmente afetada ou referida pelo paciente com queixa ou sintoma no
interrogatório.
c)Integridade
Presença ou ausência de lesões (Primárias ou Secundárias)
Caracterizar lesões (formato, maior e menor diâmetro, coloração, presença de dor, alteração
na temperatura ou na sensibilidade, textura, aspecto)
Lesões primárias:
Mácula
Mancha
Pápula
Placa
Nódulo
Tumor
Vergão
Vesícula
Bolha
Pústula
Lesões secundárias:
Erosão
Úlcera
Fissura
Crosta
Escama
d)Textura
Lisa ou Rugosa
e)Elasticidade
Técnica do exame: pegar com as pontas dos dedos indicador e polegar no dorso da mão do
paciente (pegar apenas pele, sem tecido subcutâneo)
Avaliar se há aumento ou diminuição na elasticidade da pele
f)Turgor
Técnica do exame: pegar com as pontas dos dedos indicador e polegar no dorso do antebraço
do paciente (pegar pele e tecido subcutâneo)
Avaliar se há diminuição do turgor ou se ele está normal (suculento)
g)Mobilidade
Técnica do exame: Movimentos circulares com palmas das mãos em região a ser avaliada
Em regiões com cicatrizes ou edemas a mobilidade da pele pode estar diminuída
h)Temperatura
Técnica do exame: utilizar dorso da mão
*Importante comparar regiões com temperatura alterada a regiões simétricas
Aumento de temperatura localizado (inflamação, celulite, por ex.) ou generalizado (febre,
hipertireoidismo, por ex.)
Diminuição de temperatura localizada (má perfusão, com cianose, por ex.) ou generalizada
(hipotireoidismo, por ex.)
i)Edema
Ausência ou Presença de edemas (localizar e caracterizar)
Verificar se há simetria, em caso de membros
Avaliar sinal do cacifo (1+, 2+, 3+ ou 4+) ou ausência dele (edema elástico)
Sinal do Cacifo: Quando comprimido, o edema tende a formar uma pequena fossa;
normalmente edemas são inelásticos. *Sinal do cacifo 4+ é ocorre em casos de anasarca
(edema generalizado)
2)Pêlos
-Distribuição e quantidade de pêlos (normal e uniforme; áreas de alopécia; hirsutismo)
*Na desnutrição é comum perda de pêlos
*Há variações de sexo, idade, raça
-Implantação dos cabelos (síndromes genéticas podem alterar padrão normal)
-Coloração dos pêlos (ruivos em desnutrição)
-Textura (quebradiços ou não)
-Umidade (ressecado ou oleoso)
OBS: Hirsutismo é o aparecimento de pêlos nas mulheres em locais que são típicos de
crescimento pilífero em homens, como face, abdome, peito, costas, etc.
3)Unhas
- Coloração (Transparente/rosada – normalidade; Cianótica; Esbranquiçada; Amareladas –
fumantes)
- Textura (quebradiças ou não)
*Textura normal: unhas lisas e rígidas
*Unhas quebradiças podem sinalizar um hipotireoidismo
- Formato (analisar ângulo ungueal unha de vidro de relógio – α > 180:; retificação do
ângulo ungueal – α = 180:)
*Baqueteamento digital pode ter origem genética, mas também pode indicar hipóxia crônica,
C.A de pulmão ou outros distúrbios respiratórios
- Espessura (pode estar alterada em estados carenciais, p ex. desnutrição)
OBS: A unha pode estar alterada devido à profissão ou ocupação do paciente
Exame Físico “normal” de Pele e Fâneros:
Cabeça e Pescoço
CABEÇA
1) Crânio: palpação presença ou ausência de deformações, formato normal, regiões
dolorosas, protuberâncias,tamanho, simetria
2) Couro cabeludo: inspeção presença de lesões, descamação ou protuberâncias
3) Face: Presença de contornos, assimetrias, edemas e deformidades ou movimentos
involuntários.
OLHOS
Coloração (ictérica, hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica, azulada indicativo de
osteogênese imperfecta), lacrimejamento, secreção, lesões, alinhamento dos olhos
(hipertelorismo e hipotelorismo) e movimentação do globo ocular; observar pálpebras (ptose,
edemas). Observar quantidade de cílios e de pêlos em sobrancelha.
Técnica do exame: peça para pessoa olhar para cima e depois para os lados; observe.
NARIZ
Deformação, assimetria, formato, presença ou ausência de lesões, secreção, pilificação, dor à
palpação, TESTE DE OBSTRUÇÃO.
Técnica do exame: levante o nariz do paciente ou peça que ele mesmo levante. Observe.
Exame Físico “normal” de NARIZ:
SEIOS PARANASAIS
Palpação seio paranasais e seios frontais.
Fazer compressão e questionar a presença de dor
BOCA
TÉCNICA DO EXAME: inspecionar de fora para dentro
Lábios íntegros, sem lesões, coloração normal, hidratação normal
Gengiva: coloração, integridade, hidratação
Mucosa oral: coloração, integridade, hidratação
Dentes: estado de conservação, presença de todas as unidades dentárias, presença de
próteses, estado de higiene
Bochecha: Observar coloração e lesões em mucosa jugal
Palato Duro e Palato Mole: observar coloração e descrever possíveis lesões
Faringe: observar as tonsilas e pregas (tamanho, coloração, presença de secreção) e úvula
(posicionamento)
Língua: integridade, hidratação, tamanho da língua (Síndrome de Down cursa com língua
aumentada)
Lábios, gengivas e mucosa oral com coloração e hidratação normais, sem lesões, sem
descamações. Unidades dentárias presentes, sem cavidades, sem próteses dentárias, bem
higienizadas. Língua íntegra, sem lesões, normocora. Assoalho da boca anictérico, sem lesões.
Ausência de lesões em palato duro e palato mole. Amígdalas íntegras e normocoradas, bem
como pilares anteriores, posteriores e mucosa jugal. Ausência de pontos purulentos. Úvula
centralizada. Boca sem lesões, em bom estado de higiene e conservação.
PESCOÇO
Traquéia : Posicionamento, mobilidade, dor à mobilização, deformidades
Ausculta da traquéia
Tireóide: tireóide tópica, tamanho normal, superfície lisa, consistência fibroelástica, indolor à
palpação, simétrica ou não
Técnica do Exame: Posicione-se atrás do seu paciente, que está sentado, peça para ele erguer
suavemente a cabeça e tente localizar a cartilagem cricóidea da laringe, logo abaixo da
cartilagem tireóidea da laringe (pomo de Adão). Se não conseguir palpar, peça para seu
paciente deglutir, pois esta ação facilita a palpação da cartilagem cricóide, uma vez que a
laringe move-se para cima e para baixo, evidenciando a proeminência da cartilagem tireóidea.
Após encontrar o sítio da glândula tireóide, peça ao paciente para flexionar ligeiramente a
cabeça anteriormente e em seguida peça para ele deglutir. Tente sentir a tireóide e a descreva.
Depois, ausculte a tireóide para pesquisar possíveis sopros, que são patológicos.
OBS: É importante no exame físico do pescoço realizar a ausculta dos pulsos carotídeos,
pesquisando sopros e frêmitos.
INSPEÇÃO:
Observar sinais de desconforto respiratório (tiragem supraclavicular e intercostal - paciente
está usando a musculatura acessória - batimentos da asa do nariz, fala entrecortada, boca
entreaberta)
Observar formato (normal, em tonel ou em barril , hipercifose, pectus escavado, tórax em
pombo[provavelmente não tem um significado patológico]). O diâmetro ântero-posterior
normalmente é menor que o diâmetro látero-lateral do tórax
Verifique se a expiração dura mais que o normal (padrão respiratório)
Na mulher predomina respiração torácica e no homem respiração abdominal
Observar simetria, presença de abaulamento, retrações
Gibosidade: acúmulo de gordura na região torácica posterior
OBS: É sempre bom observar se há edemas, cianose ou baqueteamento digital, uma vez que
estes podem ser sinais de manifestações patológicas do aparelho respiratório.
PALPAÇÃO:
Áreas de hiperssensibilidade, pontos dolorosos, expansibilidade, frêmito toracovocal (diminui
de cima para baixo), verificar presença de abaulamento.
O frêmito é tipicamente ,mais acentuado na região interescapular do que nos campos
pulmonares inferiores, e com freqüência é mais proeminente do lado direito do que no
esquerdo.
Técnica do exame: pedir para o paciente cruzar os braços sobre os ombros , posição de múmia.
Técnica para avaliar a expansibilidade torácica: coloque os polegares nos mesmo nível e
paralelo às 10ª costelas faça uma prega, o paciente inspira. Observe a divergência dos
polegares durante a inspiração, sinta a amplitude e a simetria do movimento respiratório.
PERCUSSÃO:
No pulmão direito é necessário percussão anteriormente, devido à presença do lobo médio.
Fazer também percussão supraclavicular
Som normal: som claro pulmonar ou atimpânico
-som hipertimpânico (ar em demasia como pneumotórax)
-maciço (consolidação ex: osso)
AUSCULTA:
Técnica do exame: no pulmão direito, é necessário fazer ausculta na região anteiror devido à
presença do lobo médio.
Tórax de conformação normal, com preservação das proporções entre os diâmetros ântero-
posterior e látero-lateral. Ausência de assimetrias, abaulamentos ou retrações. Ausência de
sinais de esforço respiratório (batimentos da asa do nariz, tiragem intercostal, tiragem
supraclavicular, boca entreaberta, fala antrecortada). Ausência de pontos dolorosos à
palpação, expansibilidade preservada em ambos hemitórax, frêmitos tóraco-vocais presentes e
bem distribuídos em porções superior, média e inferior, além de axilar e regiões de ápice
pulmonar. Som atimpânico à percussão, bem distribuído, em ambos os hemitórax. Murmúrio
vesicular presente e bem distribuído em toda extensão pulmonar. Ausência de sibilos, roncos
ou creptações, bem como de outros ruídos adventícios.
Exame Cardíaco
A posição mais adequada para realizar o exame é o decúbito dorsal, sendo que a posição de
decúbito lateral esquerda facilita a identificação do ictus.
3) Ausculta:
Focos de ausculta:
a) Foco Mitral – linha hemiclavicular, 5º espaço intercostal
b) Foco Tricúspide – 5º espaço intercostal, imediatamente à esquerda do esterno
c) Foco Pulmonar – 2º espaço intercostal, à esquerda do esterno.
d) Foco aórtico – 2º espaço intercostal, à direita do esterno
A ausculta cardíaca normalmente é feita com o paciente deitado com a cabeça inclinada em 30
graus. Observar FREQUÊNCIA, RITMO (regular e irregular) e BULHAS 1 e 2.
OBS: Sopro de Valva Mitral (estenose) irradia para região axilar; Sopro de Valva Aórtica
(estenose) irradia para dorso. Por isso, ao auscultar um sopro devemos auscultar também
regiões axilar esquerda e dorso, a procura deste sopro, principalmente se o sopro for ouvido
em foco aórtico acessório.
OBS: A ausculta deve ser feita simultaneamente à palpação do pulso carotídeo, a fim de
sincronizar o pulso carotídeo (representa B1) com batimentos cardíacos. Desta forma, caso
encontre uma bulha extra, poderá saber qual é: B3 ou B4.
Normalmente:
Bulha 1 = Tu
Bulha 2 = Ta
Ritmo em 2T ou 3T (2 ou 3 bulhas)
Tórax de conformação normal, com preservação das proporções entre os diâmetros ântero-
posterior e látero-lateral. Ausência de assimetrias, abaulamentos ou retrações. Ausência de
sinais de esforço respiratório. Ausência de estase jugular a 45 graus, precórdio calmo, ausência
de batimentos visíveis no precórdio, ictus visível (ou não); ausência de batimentos visíveis em
base do pescoço ou região epigástrica. Ausência de pontos dolorosos à palpação do tórax,
precórdio, articulações esternocondrais; ictus palpável a 2 polpas digitais em 5º espaço
intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular, não impulsivo, ausência de frêmito. Ausência de
impulsão paraesternal. Pulso carotídeo rítmico, 80 bpm, cheio. Ritmo cardíaco regular, em dois
tempos às custas de B1 e B2, bulhas rítmicas e normofonéticas, ausência de bulhas extras,
ausência de sopros ou demais ruídos adventícios.
Exame Físico do Aparelho Gastrointestinal
Primeiramente, devemos saber regionalizar o abdome, para realizarmos a descrição técnica do
exame físico, bem como conhecer o conteúdo interno de cada região.
Conteúdo abdominal:
Hipocôndrio direito Fígado, Vesícula Biliar, Duodeno, Flexura direita ou hepática do cólon
Hipocôndrio esquerdo Baço, Estômago (fundo e parte do corpo), Pâncreas (cauda), Flexura
esquerda ou esplênica do cólon
Hipogástrio alças intestinais (íleo terminal), bexiga, reto, útero, ovários e tubas uterinas (na
mulher)
Observar se há anormalidades:
Coloração da pele, presença de lesões ou cicatrizes, estrias, circulação colateral,
presença e distribuição de pêlos.
ATENÇÃO: estrias podem ser vermelhas ou róseas (estrias recentes), púrpuras (sinal de
Cushing) ou brancas (estrias mais velhas).
Ausculta
OBS: No exame de gastro, excepcionalmente, fazemos a ausculta antes da percussão e
palpação, pois a realização dos mesmos antecipadamente poderia alterar a ausculta.
Palpação e Percussão
OBS: Palpação e percussão devem ser feitas simultaneamente. Procure estabelecer
uma sistemática ao realizar o seu exame
Palpações específicas:
Palpação de fígado – Técnica do exame: pedir para o paciente inspirar e expirar com a
boca entreaberta. Durante a expiração do paciente, aproveitar para aprofundar os
dedos “como uma onda” do umbigo em direção ao hipocôndrio direito na tentativa de
palpar a borda do fígado.
Se conseguir palpá-la, descrever como borda fina, normal ou romba.
Se possível, descrever a consistência do fígado (elástica/fibroelástica, normais, ou
duro, anormal).
Se o fígado estiver impalpável, utilizar a manobra da “mão em garra”, aprofundando a
mão também durante a expiração.
- Piparote: Pedir pro paciente colocar uma das mãos na linha mediana do abdome.
Uma mão do examinador aplica um piparote de um lado e a outra repousa sobre o
outro lado. Se houver ascite, o piparote provoca uma onde percebida pela outra mão.
Fazer percussão geral em busca de regiões hipersensíveis. Sempre ficar atento para
expressão facial do paciente durante o exame.
Sistema Urinário
Punho percussão na região lombar alta, média e baixa. Sinal Giordano positivo (dor à
punho percussão)
Sintomas de hipertrofia prostática: poliúria, diminuição do jato urinário
O exame físico é feito no sentido crânio-caudal. São examinadas as principais articulações por
meio de três etapas gerais: inspeção, palpação e teste da mobilidade. O paciente deve ser bem
posicionado sentado na maca, se preciso ajude-o a se posicionar corretamente pressionando
ao mesmo tempo o peito e a região torácica da coluna vertebral.
Mobilidade: É preferível que o paciente faça o movimento ativamente primeiro. Observar que
há qualquer tipo de limitação e relatar se esta ocorre às custas de dor ou de impossibilidade do
movimento. A movimentação passiva é realizada juntamente com a palpação para a percepção
de creptos.
Segue o exame de cada articulação com observações características de cada uma que vão além
das três etapas gerais.
1. ATM
2. OMBRO
Inspeção vide exame geral. Palpação: digitopressão ao redor de todo o ombro. Mobilidade
ativa: extensão e flexão, adução e abdução, rotação interna e externa, elevação (arco doloroso
– relatar quantos graus de abertura é possível se houver limitação). Repetir movimentos com a
mão no ombro para perceber creptos.
3. COTOVELO
Inspeção: importante não esquecer a região de dobras por ser região de implatação de
doenças (xantelasma, psoríase). Palpação e mobilidade vide exame geral, movimentos
possíveis: flexão e extensão, pronação e supinação.
4. PUNHOS E DEDOS
5. COXOFEMORAL
Paciente em decúbito dorsal, (parte da inspeção é feita depois, com paciente em pé para
exame de coluna vertebral). Palpação e mobilidade vide exame geral. Técnica de avaliação de
movimentos possíveis: estabilizar joelhos para não dobrar e estabilizar quadril, do lado
contralateral da articulação testada, para não desencostar da maca. Movimentos possíveis:
flexão e extensão (extensão testada em decúbito lateral ou de pé), adução e abdução, rotação
interna e externa.
6. JOELHO
Inspeção feita depois, com paciente de pé, observar alinhamento: valgo (curva pra dentro),
varo (alicate) ou recurvado. Teste de mobilidade com palpação feita com paciente sentado na
beira da maca: extensão e flexão, rotação interna e externa.
7. TORNOZELO E PÉS
Ainda com paciente sentado, inspeção, palpação e teste dos movimentos: flexão e extensão,
inversão e eversão, rotação interna e externa, dedos do pé: flexão e extensão, adução e
abdução. Paciente de pé, descalço, com pés afastados de modo que fiquem alinhados com os
ombros, quadril encaixado, observar pé curvo ou chato.
8. COLUNA VERTEBRAL
Inspeção: observar curvaturas, levantar cabelo para ver curvatura cervical. Palpação, seguir a
linha das vértebras pressionando com dois dedos pra detectar desvios laterais, palpar
vértebras nas laterais e no meio. Movimentos do pescoço: olhar pra cima e para baixo, olhar
para esquerda e direita, inclinar cabeça para esquerda e direita. Movimentos da coluna
(estabilizar quadril): curvar para frente até onde conseguir, idem para trás e para os lados, e
rotação para direita e para esquerda (torção).
SISTEMA NEUROLÓGICO
1)Cognição
2)Pares cranianos
2
4,9
5,1,8
3,1,6,2
0,6,3,5,1
8,5,7,0,2,9
7,4,1,3,9,0,2
PARES CRANIANOS
I par (nervo olfatório) Testar sensibilidade olfatória do paciente com odores conhecidos e
não-irritantes (café, cravo, tangerina,etc.). Normalmente, só é testado em caso de queixas do
paciente em relação à perda de sensibilidade olfatória.
II par (nervo óptico) Realizar teste de confrontação visual para testar campos visuais nasais
e temporais. Testar reflexos fotomotores diretos e consensuais (III par craniano). Testar
acuidade visual (um olho de cada vez, tabela de Snellen). Fazer exame de fundo de olho com
oftalmoscópio.
OBS: o músculo levantador da pálpebra é inervado pelo oculomotor, por isso, lesão deste
nervo causa ptose palpebral, e conseqüente incapacidade para abrir o olho.
V par (nervo trigêmeo) testar reflexo corneano com chumaço de algodão, testar
sensibilidade tátil (chumaço de algodão) e dolorosa (abaixador de língua quebrado no meio)
nos três campos de inervação do trigêmeo (oftálmico, maxilar e mandibular). Testar porção
motora do trigêmeo (músculos da mastigação), pedindo ao paciente para realizar movimentos
com a boca (forçar o masseter, abrir e fechar a boca, protrusão, retração, lateralização).
VII par (nervo facial) testar mímica facial, pedindo para o paciente reproduzir diversos
movimentos de músculos faciais. Em caso de paralisia do nervo facial, checar se é central ou
periférica.
Paralisia Periferia: afeta tanto região superior como inferior da face, homolateralmente
OBS1: Para testar essas paralisias pede-se ao paciente para fechar os olhos (parte superior da
face) e sorrir (parte inferior da face). Dificuldade para fechar os olhos significa
comprometimento da região superior da face. Desvio da rima da boca significa lesão da
inervação inferior da face contralateralmente ao desvio.
OBS2: Como o nervo facial inerva o músculo orbicular do olho, lesão deste nervo acarreta em
dificuldade para fechar os olhos, causando lagoftalmia e possivelmente lesões sérias no globo
ocular.
VIII par (nervo vestíbulo-coclear) exames específicos da porção vestibular não são
realizados de rotina no exame neurológico. A porção coclear pode ser testada de algumas
formas:
Teste de Weber (lateralização) – Colocar o diapasão no vértex (ponto mais alto do crânio). O
paciente com déficit auditivo em um dos lados perceberá melhor as vibrações no lado
comprometido, pois a condução óssea tem maior importância quando há alguma perda por
condução aérea.
Teste de Rinne – Colocar o diapasão no processo mastóide e esperar o paciente parar de sentir
as vibrações (condução óssea). Depois, checar se ele ouve pela via aérea. Se ouvir, está
normal. Lembrar que a via aérea tem maior sensibilidade.
XII par (nervo hipoglosso) Motricidade da língua. Se houver lesão do hipoglosso, a língua
estará desviada para o lado lesado durante o movimento de protrusão. Este nervo pode ser
avaliado juntamente com o trigêmeo (V) e facial (VII), devido à proximidade da região a ser
examinada.
SISTEMA MOTOR/REFLEXOS
Inspeção –
Observar:
Postura, posição no leito, marcha, déficit funcional muscular (dor, fraqueza), implantação da
musculatura.
Tônus – teste de resistência muscular ao movimento passivo. Pode haver hipotonia, hipertonia
ou tônus preservado.
Plástica (rigidez) – resistência persiste durante todo o movimento nos dois sentidos (sinal da
roda denteada). Sugestivo de Parkinson, lesão extrapiramidal.
Força muscular – paciente exerce o movimento dos principais músculos contra resistência
Escala de força
0 – ausência de força
1 – esboço
4 – vence resistência
5 – plena ou aumentada
1 – apenas contração
2 – leve movimentação
3 – reflexo vivo
4 – hiperreflexia
Obs: Clonus – dois ou três reflexos para um estímulo. É um sinal de lesão do neurônio motor
superior.
INFORMAÇÃO EXTRA
1) Estático: Posição de Romberg testa o sentido de posição. Paciente deve ficar de pé,
descalço, com os pés separados na distância de um pé do examinador. O exame deve
ser feito inicialmente com o paciente de olhos abertos, em seguida fechar os olhos
durante 20 a 30 segundos, sem apoio. É importante que o examinador se posicione
perto do paciente, para ampará-lo em casos de queda. Observar se há “dança dos
tendões” ou se há sinal do magneto (pé em forma de garra, tentando fincar o chão).
2) Dinâmico: O paciente deve marchar no lugar, andar em linha reta, depois na ponta dos
pés e por fim andar sobre os calcanhares. Observar se há marcha em estrela (sinal de
problemas labirínticos).
Tipos de marcha
NOME DESCRIÇÃO
HEMIPLÉGICA, CEIFANTE Membro superior em flexão, membro inferior em extensão, ao
dar um passo faz movimento circular com pé eqüino. Lesão
piramidal unilateral.
DIPLÉGICA OU ESPÁSTICA Arrasta membros inferiores, passos curtos e se espasticidade
intensa pode chegar a ser em tesoura. Lesão piramidal bilateral
PARÉTICA, ESCARVANTE Pé caído, pois não faz mais flexão dorsal do pé, levanta muito a
perna e pousa pé no chão pela ponta. Lesões nervosas
periféricas.
TABÉTICA, TALONANTE Base de sustentação alargada, membros superiores abduzidos,
olhar fixo no chão, elevação súbita dos membros inferiores
batendo fortemente o calcanhar. Lesão das vias proprioceptivas,
exemplo – em coluna posterior da medula.
CEREBELAR, EBRIOSA Em zigue-zague, como bêbado. Lesão cerebelar.
PARKINSONIANA Passos curtos com aumento progressivo do ritmo (festinação) e
sem balanço em membros superiores. Síndromes
parkinsonianas.
MIOPÁTICA, ANSERINA Aumento da lordose lombar, tronco e quadril gingando e
escápula alada. Lesões musculares
Teste de sensibilidade tátil: Pega o chumaço de algodão e passa pelos membros e tronco do
paciente. O examinador deve seguir o caminho dos principais dermátomos.
Teste de sensibilidade dolorosa: deve ser feito com um abaixador de língua quebrado no meio.
Teste de propriocepção: faz o exame com o polegar e/ou hálux do paciente, levantando-os e
abaixando-os e perguntando ao paciente em que posição está o seu dedo.
Minimental 30/30, fluência verbal de 20 animais por minuto, campos visuais temporais e
nasais preservados, pupilas fotorreativas direta e consensualmente, ausência de nistagmos e
desvios do globo ocular. Movimentação ocular preservada em todas as direções. Reflexo
corneano preservado, sensibilidade tátil e dolorosa preservada em face, motricidade
mastigatória preservada. Mímica facial preservada, assim como motricidade da língua. Teste
de Weber (lateralização) normal, teste de Rinne normal. Reflexo do vômito presente, ausência
de sinal da cortina; rotação da cabeça e elevação do ombro preservados. Paciente com postura
ereta, eutrofia muscular em principais grupos musculares. Tônus, massa muscular e força
muscular preservada em principais grupamentos musculares.