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22-12-2010
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Parte I – Síntese dos Artigos
1. BARBERÀ, E. (2006) “Aportaciones de la tecnología a la e-Evaluación”. RED. Revista de
Educación a Distancia, Año V. Número monográfico VI. http://www.um.es/ead/red/M6/
Elena Barberà começa o seu artigo com a apresentação dos pontos fortes e fracos,
identificados pelos alunos, do ensino superior ao nível da educação online.
Pontos fortes:
1- A flexibilidade temporal e espacial é possível através da comunicação assíncrona;
2- Disponibilização prévia ao aluno de toda a sequência didática, acompanhada de um plano
de trabalho, guias de estudo e calendários que o orientam durante o curso;
3- O processo de ensino e o de aprendizagem decorrem na mesma estrutura, isto é, no
ciberespaço.
Pontos fracos:
1- Pouca flexibilidade instrucional e alguma rigidez causada pela existência de trabalhos
parcelares;
2- O aluno encontra-se à espera de uma maior personalização ao nível do processo de
aprendizagem, com a execução de tarefas de uma forma mais progressiva;
3- Retorno qualitativo dado aos trabalhos efetuados;
4- Os critérios de avaliação e de comunicação de resultados apresentam-se frágeis;
5- A dificuldade do aluno identificar o seu progresso apesar de executar as tarefas e obter
retorno;
O processo de avaliação deve ser analisado como um todo tendo em conta os seguintes
fatores:
1- Critérios de avaliação;
2- Objetivos da avaliação;
3- Ajustar as decisões educativas tendo em vista uma melhoria conceptual e procedimental;
4- A importância do feedback dado aos alunos, no contexto virtual;
5- Divergência de significados e de práticas no que se refere à participação e à interação;
6- Existência de um sistema de feedback do aluno para o professor sobre as ajudas recebidas.
2. PRIMO, Alex (2006) "Avaliação em processos de educação problematizadora online". In:
Marco Silva; Edméa Santos. (Org.). Avaliação da aprendizagem em educação online. São
Paulo: Loyola, v. , p. 38-49. http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/EAD5.pdf consultado em 22 de
Dezembro de 2010
1. Modelos de educação
1.1. O modelo “bancário” de educação, baseado numa visão empirista e behaviorista, que
assenta nos valores da transmissão e reprodução de conteúdos, valorizando, por isso, a
vertente do ensino (unidireccionalidade) transposto para um curso online, consiste em
oferecer textos sequenciais e em testar de forma automatizada o que foi retido pelo
estudante, o que decorre num processo de interação reativa.
3.1. Modelo com tendência para a reprodução do modelo organizacional mais tradicional de
ensino presencial
- Centrado na apresentação/disponibilização de conteúdos e na avaliação do desempenho
académico dos estudantes (reproduzir e aplicar os conteúdos lecionados);
- Requer auto‐estudo e aprendizagem feita individualmente e de forma isolada;
- Instrumentos de avaliação: baseados nas capacidades de automatização dos sistemas de
gestão de aprendizagens (LMS, como o Blackboard e o Moodle) e instrumentos por eles
disponibilizados (ex. testes de escolha múltipla, testes de preenchimento de espaços lacunares
ou similares, eventualmente com correção automática pelo sistema e por vezes com geração
automática a partir de um banco de questões e/ou com delimitação automática do tempo de
resposta/realização).
Gomes (2009) refere que a avaliação dos cursos online deve ser feita “em processo” e deve
assumir um caráter abrangente e heurístico, ora tais princípios devem também prevalecer na
avaliação das aprendizagens. Depreende-se da análise dos três artigos que esta problemática
está associada às conceções de ensino e de aprendizagem vigentes em cada momento,
condicionando o tipo de função da avaliação privilegiada (diagnóstica, formativa ou sumativa),
mas também os instrumentos e técnicas utilizadas com objetivos avaliativos (Gomes, 2009, p.
1678). Primo (2006) extrapola a associação dos modelos, relacionando-os com a visão
específica sobre a construção do conhecimento. Tal como Gomes (2009), Primo também
aborda duas tendências de modelos na organização de cursos online: o modelo mais
tradicional transposto do ensino presencial (que apelida de “bancário”) e o modelo baseado
em princípios sócio-construtivistas (ligado à educação dialógica e problematizadora e refletido
na construção social do conhecimento). Gomes associa e descreve para cada tendência os
instrumentos de avaliação mais adequados: uns existentes nas próprias plataformas de
aprendizagem e outros existentes gratuitamente em inúmeras ferramentas da Web.
Barberá (2005) identificou no seu texto todo um conjunto de efeitos exercidos pela avaliação
no processo de aprendizagem apresentando ainda um conceito multidimensional de avaliação,
isto é, a avaliação da aprendizagem, a avaliação para a aprendizagem, a avaliação como
aprendizagem e a avaliação desde a aprendizagem. A introdução da tecnologia na educação
traduz-se em três grandes mudanças ao nível dos sistemas de avaliação, a saber: a avaliação 6
automática, a avaliação do tipo enciclopédico e a avaliação colaborativa, devendo, no entanto,
o processo de avaliação ser tido como um todo.