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Anorexia

Anorexia nervosa é um transtorno alimentar no qual a


busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a
estratégias para perda de peso, ocasionando importante
emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo
intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em
90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens,
na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos,
podendo levar à morte por desnutrição.

Definição clínica da anorexia nervosa

× Peso corporal em 85% ou menos do nível normal.


× Excesso de actividade física.
× Medo intenso e irracional de ganhar peso ou de ser gordo, mesmo tendo um
peso abaixo do normal.
× Negação quando questionado sobre o transtorno.
× Em mulheres, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A anorexia
causa sérios danos ao sistema reprodutor feminino.

O que se sente?

× Perda de peso em um curto espaço de tempo


× Alimentação e preocupação com peso corporal tornam-se obsessões
× Crença de que se está gordo, mesmo estando excessivamente magro
× Parada do ciclo menstrual
× Interesse exagerado por alimentos
× Comer em segredo e mentir a respeito de comida
× Depressão, ansiedade e irritabilidade
× Exercícios físicos em excesso
× Progressivo isolamento da família e amigos

Causas da anorexia nervosa

Muitos especialistas acreditam que a influência dos media é a principal (mas não a única)
causa de transtornos alimentares. Isto porque os media normalmente impõe o estereótipo em
que a magreza é um factor importantíssimo, se não indispensável, para o sucesso social e
económico de uma pessoa, desde de redes de televisão até filmes e revistas. Tal influência é

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bastante negativa em crianças e adolescentes, na qual a personalidade ainda está em
formação, e casos de raparigas entre 11 a 14 anos anoréxicas existem com relativa frequência.
Pessoas em certas profissões, como atletas,
bailarinos, dançarinos, ginastas ou modelos,
podem motivar uma pessoa a decidir por
diminuir seu peso, possivelmente resultando em
um transtorno alimentar. O perfeccionismo
também é um factor de risco.

Tratamento

Esta, por ser uma doença com raízes


psicológicas, é difícil de ser tratada. Uma vez
diagnosticada, o anoréxico passa por terapia
individual, terapia em grupo e terapia familiar, em casos leves e moderados. Como a
negação do problema é frequente, médicos, terapeutas e familiares precisam de ser
pacientes enquanto motivam o anoréxico na sua recuperação.

O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por
psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em função da complexa
interacção de problemas emocionais e fisiológicos nos transtornos alimentares.

O objectivo primordial do tratamento é a recuperação do peso corporal através


de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. O tratamento da anorexia
nervosa costuma ser demorado e difícil. O paciente deve permanecer em
acompanhamento após melhora dos sintomas para prevenir recaídas.

Como se desenvolve?

A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma


dieta progressivamente mais selectiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor
calórico. Aparecem outras estratégias para perda de peso como, por exemplo
exercícios físicos excessivos, vómitos, jejum absoluto.

A pessoa sente-se gorda, apesar de estar extremamente magra, acabando por


se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se da família e
dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa
admite ter problemas e não aceita ajuda.

Bulimia

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A Bulimia Nervosa é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão
de grandes quantidades de alimentos, seguidos por métodos compensatórios, tais
como vómitos auto induzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios
extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de
engordar.

Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de


peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença
ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente,
em homens e mulheres com mais idade.

Como é o bulímico?

É um paciente com vergonha de seu problema, com sentimento de


inferioridade e auto-estima baixa. O paciente reconhece o absurdo do seu
comportamento, mas por não conseguir controlá-lo sente-se inferiorizado, incapaz de
conter a si mesmo, por isso vê a si como uma pessoa desprezível. Procura esconder
dos outros seus problemas para não o desprezarem também. Os pacientes bulímicos
geralmente estão dentro do seu peso ou um pouco acima. Tentativas de dieta estão
sempre a ser realizadas. Uma alternativa para a manutenção do seu problema
escondido é a opção pelo isolamento e distanciamento social. Assim como a anorexia,
a bulimia geralmente ocorre em adolescentes, predominantemente nas mulheres. A
bulimia muitas vezes sucede aos episódios de anorexia.

O que se sente?

× Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos


× Vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso
× Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal
× Depressão
× Obsessão por exercícios físicos
× Comer em segredo ou escondido dos outros

Problemas Clínicos

Os repetidos episódios de auto-indução do vómito geram problemas noutros


sistemas do corpo. Ao vomitar não se perde apenas o que se comeu, mas os sucos
digestivos também. Isso pode acarretar desequilíbrio no balanço dos electrólitos no
sangue, afectando o coração. As repetidas passagens do conteúdo gástrico (que é
muito ácido) pelo esófago acabam por feri-lo. Casos extremos de rompimento do

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estômago devido ao excesso ingerido com muita rapidez já foram descritos várias
vezes. O intestino grosso pode sofrer consequências pelo uso repetido de laxantes
como hemorróidas, mal-estar abdominal ou dores.

Causas

Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é


uma síndrome multi-determinada por uma mescla de
factores biológicos, psicológicos, familiares e
culturais. A ênfase cultural na aparência física pode
ter um papel importante. Problemas familiares, baixa
auto-estima e conflitos de identidade também são
factores envolvidos no desencadeamento desses
quadros.

Tratamento

A abordagem multidisciplinar é a mais


adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui
psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia
e abordagem nutricional em nível ambulatorial.

Como se desenvolve?

Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A
característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma
sensação de falta de controlo sobre o acto e, às vezes, feito secretamente. O
diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas
vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento
motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de
métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.

A bulimia nervosa afecta adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17


anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer
em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À
medida que a doença se desenvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos
relacionados à comida, peso e forma corporal.

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