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(breve introdução)
Quando se tratava de formar letra ou imagens, não por pintura ou por incisão, os
romanos optavam pelo mosaico. Esta solução era usada de preferência para pisos e
morais. ‘’mosaico’’ designa um embutido de pequenas pedras ou de outras peças
(pequenos bocados de vidro, mármore ou cerâmica) formando um determinado desenho.
Visto que a pixelização não era executada mecanicamente – como faz qualquer
software de tratamento de imagem -, a resolução dos pixéis era ajustada ao pormenor
desejado: as imagens que exigiam detalhes e variações subtis de cores levavam muitas
pedras pequenas; os espaços livres e as grandes áreas em branco ou preto obtinham-se
com pedras bastante maiores.
A palavra mosaico tem origem na palavra grega mouseîn, a mesma que deu origem à
palavra música, que significa próprio das musas.
Depois de ter sido objecto de demorado restauro, apresenta-se agora ao público toda a
sua parte figurativa, onde alguns dos quadros mitológicos representam autenticas obras-
primas, tanto do ponto de vista pictural como do ponto de vista mosaicista. É este o caso
do ‘’Coro das Musas’’, do chamado ‘’Triunfo Indiano de Baco’’, das cenas trágicas de
Medeia, meditando no infanticídio, e de Hércules, enlouquecido por Juno, preparando-
se para matar a mulher e os filhos.
Esta é, aliás, a única representação conhecida desta cena no Mundo Romano, tendo
por suporte o mosaico. Muitos outros motivos poderiam ser citados. Todavia, talvez a
mais espectacular obra-prima do mestre mosaicista de Torre de Palma seja o quadro da
luta de ‘’Teseu contra o Minotauro’’, no labirinto de Creta.