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Antidepressivos Tricíclicos Amitriptilina Controlo Obstipação, boca seca, Inibem de forma não Não devem ser usados em
sintomático de visão desfocada, selectiva a recaptação mulheres grávidas ou a
perturbações dificuldades de micção, de noradrenalina e de amamentar, imediatamente
Doxepina depressivas do aumento de peso, serotonina. após enfarte do miocárdio,
humor,, quer se sonolência, sudorese, (tratamento de glaucoma e hipersensibilidade.
Imipramina trate de depressão taquicardia, mania, sintomas da Interage com
major ou distimica. alterações da glicemia. depressão, incluindo antihipertensores, com IMAO
Nortriptilina perturbações do sono, (taquicardia, hipertensão e
função sexual, convulsões), potencia a
alterações do apetite e actividade dos
alterações cognitivas). simpaticomiméticos e dos
anticolinergicos.
Interage com anfetaminas,
metildopa, levodopa,
dopamina, adrenalina,
noradrenalina, desipramina,
imipramina, reserpina,
vasoconstritores provocando
crises hipertensivas.
Hipertensão/ hipotensão,
estupor, coma, convulsões
quando utilizados com a
meperidina ou outros
analgésicos opiáceos e IMAO.
Potencia efeito dos
hipoglicemiantes. A nicotina e
os barbitúricos diminuem o
seu efeito.
Venlafaxina
Cloridrato de
Buspirona
IMAO Fenelzina Estimulantes, Inibem o metabolismo Não devem ser usados em
nervosismo, insónia, das catecolaminas por mulheres cgrávidas ou a
hipersudorese, vertigem, bloquearem a amamentar, imediatamente
Tranilcipromina aumento de peso, monoaminoxidase. após enfarte do miocárdio,
retensão de líquidos, (Doentes com glaucoma e hipersensibilidade.
Senegilina disfunção sexual, diversos tipos de Restrição alimentar:
taquicardia, crises depressão que não Bebidas alcoólicas; favas;
hipertensivas, tiveram ajuda apartir queijo curado; fígado de vaca
hipotensão ortostática, de outros ou galinha; peixe, aves ou
fotosensibilidade, antidepressivos) carnes de salmoura ou
cefaleias, tremores, fumadas; enchidos; soja;
fadiga, tonturas e bananas; abacates; Beringelas;
perturbações da ameixas; uvas; espinafres;
memória. tomates; iogurte; Suplementos
dietéticos de leveduras ou
proteínas; leite fermentado;
conservantes de carne.
Trazodona
Venlafaxina
Diazepam Diminuem os Podem causar Vigiar a pressão arterial.
efeitos do stresse, dependência física e Não pode conduzir veículos motorizados.
ansiedade, psicológica, sonolência, Interage com consumo de álcool.
Clordiazepóxido comportamentos letargia, desmaio,
Ansioliticos ou Benzodiazepinas neuróticos, hipotensão transitória,
tranquilizantes Flunitrazepam depressão ligeira. náuseas, vómitos,
menores ou Podem ser convulsões, coma,
sedativos Lorazepam empregues no pré- morte, incordenação
operatório para motora, obstipação,
Hidroxizina promover a diarreia, alterações do
Outros sedação. Insónia, apetite, confusão,
Doxepina indução de depressão, vertigem,
Hipnóticos relaxamento irregularidades
sedativos Barbitúricos Fenobarbital muscular. cardiovasculares.
Convulsões.
Benzodiazepinas Triazolam
Clorazepato
Flunitrazepam
Flurazepam
Lometiazol
Outros Buspirona
Zolpidem
Carbonato de lítio Na depressão Sede, secura das O lítio atravessa a barreira placentária e aparece no leite
bipolar e, por mucosas, naúseas, materno.
vezes, noutras vómitos, fadiga, dores A desidratação e a febre podem provocar um risco
Reguladores do Valproato perturbações abdominais, aumento de acrescido de toxicidade.
humor ou depressivas ou peso, tremor, Deve-se diminuir a ingestão diária de sódio.
antimaniacos Carbamazepina esquizoafectivas hipotiroidismo,
sonolência, cefaleias
Lamotrigina
Hidroclorido de Promovem o estado Ritmo cardíaco rápido e Contraindicado em mulheres grávidas e que
fenilpropalamina de vigília, irregular, hipertensão, amamentam.
diminuem o apetite, hiperactividade, Não deve ser utilizado em pessoas alcoólicas ou
combatem a tremores das mãos, maníacas com ideação suicida ou homicida.
Sulfato de narcolepsia e são discurso rápido, Doença cardíaca e glaucoma deve ser utilizado com
Estimulantes Anfetaminas dextroanfetamina utilizados na confusão, depressão, cuidado.
anestesia geral convulsões, dependência
Hidroclorido de psicológica
metilfenidato
Benzatropina Utilizado no Visão turva, secura da Evitar a administração Devem ser evitados em
tratamento da boca, sonolência, em crianças com doentes com glaucoma do
síndrome confusão, taquicardia, menos de 12 anos. ângulo estreito.
Anticolinérgicos Biperideno Parkinsónico e retenção urinária, Vigiar a TA de 4/4 Usar com cuidado em doentes
Antiparkinsónicos outras discinésias, obstipação, melanoma, horas no início do com doença cardíaca,
Tri-hexifenidilo visam restabelecer alterações da pressão tratamento. obstrução pilórica ou aumento
Inividores da o equilíbrio entre a sanguínea. Estimular a utilização da prostata.
catecol-o- Entacapone acetilcolina e a de rebuçados duros A pirodixina, os IMAO, as
dopamina. sem açúcar, para benzodeazepinas, a fenitoína,
metiltransferase
Levodopa
Agonistas da
dopamina
Pergolide
Pramipexole
Ropirinole
Efeitos
Princípio Dose Habitual Aumento de
Sedação Secundários
Activo (mg/dia) Peso
Anticolinérgicos
Amitriplitina 100-200 +++ +++ ++
Amoxapina 200-300 + + +
Clopramida 100-200 ++ +++ +
Desipramina 100-200 +\- + +
Doxepina 100-200 +++ ++ ++
Imipramida 100-200 +++ ++ ++
Maprotilina 100-150 ++ ++ ++
Nortriptilina 75-150 + + +
Protriptilina 15-40 +\- + +
Tianeptina 12.5mg-Comp
Trazodona 150mg AC-Comp
Triazolam 0.250mg-Comp
Trimetazidina 20mg-Comp
Venlafaxina 37.5mg XR-Comp
Venlafaxina 75mg XR-Comp
Ziprazidona 20mg-Comp
Ziprazidona 40mg-Comp
Ziprazidona 60mg-Comp
Ziprazidona 80mg-Comp
Ziprazidona 20mg/ml-Amp
Zolpidem 10mg-Comp
Zuclopentixol 10mg-Comp
Zuclopentixol 25mg-Comp
Zuclopentixol accutard 50mg-Amp
Zuclopentixol accutard 200mg-Amp
Antihipertensores
Antipsicóticos
Antidepressores
Ansioliticos
Antiepilépticos/anticonvulsionantes
Anticolinergicos
Tratamento da Enxaqueca
Analépticos
Outros medicamentos para o SNC
Antidiabéticos orais
Mucolitico
Antianginosos
Espermicidas
Venotropicos
Medicamentos utilizados no
tratamento de dependências
Descongestionante nasal
Fluidificantes, antitússicos e
expectorantes
Acção hepática
Vasodilatadores
Bebidas alcoólicas
Cerveja sem álcool
Favas
Vagens de feijão
Queijo curado (permitido o queijo amanteigado ou fresco)
Fígado de vaca ou de galinha
Polpa de laranja
Peixes, aves ou carnes de salmoura ou fumadas
Sauerkraut
Sopas de pacote
Soja
Suplementos dietéticos de leveduras ou proteínas
Extractos de carne (por exemplo: Marmite ou Bovril)
Enchidos
Natas
Bananas
Abacates
Beringelas
Ameixas
Uvas
Espinafres
Tomates
Iogurte
Figos de conserva
Arenque de conserva
Cafeína
Nota: Esta lista não é exaustiva, e alguns destes alimentos têm tão pouca tiamina que são permitidos em 1 ou 2
doses. Estes alimentos contêm tiamina ou dopa e podem induzir uma crise hipertensiva se ingeridos durante a
administração de IMAO.
5. ENSINOS E CONSIDERAÇÕES DE
ENFERMAGEM
Considerações de
Classificação Ensino ao doente
Enfermagem
Observação de qualquer sinal de Estes são medicamentos
ESEPs. poderosos.
FAMILIA
NOME
QUIMICA
Levomepromazina
(Nozinan) Fenotiazinas
Cloropromazina alifáticas
NEUROLÉPTICOS (Largactil)
SEDATIVOS Reserpina
Reserpinicas
(Serpasil)
Clotiapina
Dibenzodiazepinas
(Etumina)
Propericiazina
NEUROLÉPTICOS (Neuleptil) Fenotiazidas de
MÉDIOS Tioridazina cadeia piperidinica
(Melleril)
Pipotiazina
(Piportil)
Haloperidol
Butiferonas
NEUROLÉPTICOS (Haldol, Serenelfi)
POLIVALENTES Flufenazina
(Anatensol, Cenilene)
Tioproperazina
(Majeptill)
Fenotiazinas de
Procloroperazina
cadeia iperazinica
(Stemetil)
Perfenazina
NEUROLÉPTICOS
Trifluperidol Butiferonas
DESINIBIDORES
Sulpride
Benzamidas
(Dogmatil)
Carpipramina
Efeitos Hipercinéticos
Efeitos Desinibidores
Efeito Hipnoindutor
Promazina
Clorprotixeno
Levomepromazina
Clozapina
Clopentixol
Reserpina
Neurolépticos a largo
espectro Clotiapina
Clorpromazina
Tioridazina
Haloperidol
Perfenazina
Metilperidol
Pimozida
Flufenazida
Flupentixol
Fluspirileno
Neurolépticos a longo prazo Benperidol
Efeito antipsicótico
Tempo de risco
Mecanismo
Características máximo Tratamento
proposto
Acinesia
Acatisia
Necessidade urgente de
Redução a dose ou
movimentação.
mudança de droga.
Impossibilidade de
5-60 dias Desconhecido Antiparkinsónicos
estar quieto. Não
(anticolinérgicos) ou
confundir com
benzodiazepinas.
ansiedade e agitação.
Discinesias
Prevenção.
Tratamento
TARDIA decepcionante.
Hipótese de função
Discinesia orofacial. Apos meses ou anos de Tenta-se:
dopaminérgica
Coreotetose terapêutica. Amantidina
excessiva.
generalizada. I.dopa
Clonidina
Colina (experimental)
Catatonia
7. FARMACOLOGIA
O que fazem os tranquilizantes menores no corpo após uma dose (efeitos físicos
agudos)?
Nas doses terapêuticas, produzem um estado relaxado, de calma ou dependendo
da dose e da droga podem induzir a sono. Dessa forma, quem utiliza esses
medicamentos tem uma atenção prejudicada e não podem desenvolver actividades
perigosas onde a atenção é muito necessária como por exemplo dirigir ou operar
máquinas.
A - FARMACOCINÉTICA
Com excepção do Lorazepan, a grande maioria das benzodiazepinas têm semi-
vida longa, em geral entre 10 e 30 horas. Isso faz com que o equilíbrio dinâmico da
droga no organismo ocorra até depois de 3 dias de uso. Chama atenção o fato do pico de
concentração plasmática ser atingido mais rapidamente quando a via de administração
for oral, ao invés da intramuscular. Esta peculiaridade acontece porque o solvente da
apresentação injectável, com característica lipídica, tem absorção mais lenta por via
intramuscular. Assim sendo, havendo necessidade de rapidez, a via oral ou endovenosa
é preferível à intramuscular.
Aparentemente o efeito ansiolítico dos benzodiazepínicos está relacionado com
o sistema gabaminérgico (do GABA) do sistema límbico. O ácido gama-aminobutírico
(GABA) é um neurotransmissor com função inibitória capaz de atenuar as reacções
serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade. As benzodiazepinas seriam, assim,
agonistas deste sistema agindo nos receptores gabaminérgicos.
Ultimamente as pesquisas têm indicado a existência de receptores específicos
para as benzodiazepinas no SNC, sugerindo a existência de substâncias endógenas
muito parecidas com as benzodiazepinas. Tais substâncias seriam uma espécie de "
benzodiazepinas naturais", ou mais precisamente, de "ansiolíticos naturais".
Os ansiolíticos benzodiazepinas possuem, em geral, metabólitos activos. Isso, de
certa forma, aumenta ainda mais a sua semi-vida plasmática. O lorazepan e o oxazepan
não possuem metabólitos activos.
B - EFEITOS COLATERAIS
O principal efeito colateral das benzodiazepinas é a sedação, variável de
indivíduo para indivíduo. Um aumento da pressão intra-ocular teoricamente pode
ocorrer mas, na clínica, trata-se de raríssima observação. Os efeitos teratogénicos são
ainda objecto de estudo, porém, sua utilização clínica durante décadas permite a
indicação do diazepan durante a gravidez.
C - TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
A prática clínica tem demonstrado que a dependência às benzodiazepinas
acontece, embora não invariavelmente. A tendência do paciente em aumentar a dose
para obter o mesmo efeito, ou seja, a tolerância, parece ser rara. Em relação a isso
notamos, na maior parte das vezes, uma má utilização da droga. Isto é, não sendo
tratada a causa básica da ansiedade e esta tornando-se mais intensa, haverá maior
necessidade de droga. Essa maior necessidade da droga decorrente do aumento da
ansiedade não deve, de forma alguma, ser confundida com o fenómeno da tolerância.
Quanto aos sintomas de abstinência às benzodiazepinas, o que observamos, com
frequência, é o retorno dos sintomas psíquicos que promoveram sua indicação por
ocasião da sua retirada. Isso pode, eventualmente, ser confundido com abstinência na
expressiva maioria dos casos. Ora, se situação psicoemocional que determinou a
procura pela droga não foi decididamente curada com a benzodiazepina, foi apenas
protelada, então, retirando-a os sintomas recrudescerão. Isso não pode ser tomado como
síndrome de abstinência.
Em alguns pouquíssimos casos, de fato observamos sintomatologia de
abstinência. Estes ocorrem, predominantemente, com o Clonazepam. Quando ocorre a
síndrome de abstinência, esta tem início cerca de 48 horas após a interrupção da droga e
os sintomas correspondem à ansiedade acentuada, tremores, visão turva, palpitações,
confusão mental e hipersensibilidade a estímulos externos.
Os casos de dependência aos benzodiazepínicos relatados na literatura ou
constatados na clínica prendem-se, na grande maioria das vezes, ao uso muito
prolongado e com doses acima das habituais. Há uma tendência actual em se considerar
o fenómeno da dependência, até certo ponto, mais dependentes de traços da
personalidade que de alguma atribuição da droga. De qualquer forma, parece que o
Clonazepam e o Lorazepam são os benzodiazepínicos mais facilmente relacionados à
dependência.
Antes de considerarmos a dependência, pura e simplesmente, devemos ter em
mente que se a benzodiazepína não foi bem indicado e esteja a ser utilizado como
paliativo de uma situação emocional não resolvida, como atenuante de uma situação
vivencial problemática, como um correctivo de um "modus vivendi" ansiogénico,
enfim, como um "tapaburacos" para uma circunstância existencial anómala, então a sua
supressão colocará à tona a penúria situacional em que se encontra a pessoa, dando
assim a falsa impressão de dependência ou até de síndrome de abstinência.
ALPARAZOLAM
FRONTAL
TRANQUINAL
APRAZ
ALTROX
XANAX
INDICAÇÕES
ALPRAZOLAM é indicado no tratamento de estados de ansiedade.
ALPRAZOLAM não deve ser administrado a pacientes com sintomas psicóticos. Os
sintomas de ansiedade podem variavelmente incluir: ansiedade, tensão, medo,
apreensão, intranquilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insónia e/ou
hiperactividade neurovegetativa, resultando em manifestações somáticas variadas.
ALPRAZOLAM também é indicado no tratamento dos estados de ansiedade
associados com outras manifestações como a abstinência do álcool. A eficácia de
ALPRAZOLAM para uso prolongado excedendo a 6 meses não foi estabelecida por
ensaios clínicos sistemáticos. O médico deve periodicamente reavaliar a utilidade do
medicamento para o paciente individual.
PRECAUÇÕES
ALPRAZOLAM não é recomendado para ser administrado a pacientes cujo
principal diagnóstico seja a psicose. Indivíduos com tendência para o abuso de drogas,
tais como alcoólatras e toxicómanos, devem ser cuidadosamente observados enquanto
receberem benzodiazepinas, por causa de sua predisposição para o hábito e
dependência.
A exemplo de outras drogas que actuam sobre o sistema nervoso central, os
pacientes sob terapia com ALPRAZOLAM devem ser advertidos para não operar
veículos motorizados ou maquinaria perigosa até que se tenha certeza de que não
experimentam sonolência ou tontura enquanto recebem este medicamento.
EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais, se ocorrerem, são geralmente observados no início da
terapia e desaparecem, usualmente, com a continuação do tratamento ou redução da
dosagem. O efeito colateral mais comum verificado com ALPRAZOLAM foi a
sonolência. Os efeitos colaterais menos frequentes foram, aturdimento, visão turva,
desordens de coordenação, vários sintomas gastrointestinais e manifestações
neurovegetativas.
BROMAZEPAM
BROZEPAX
DEPTRAN
LEXOTAM
NERVIUM
NOVAZEPAM
SOMALIUM
SULPAM
BROMALEX
INDICAÇÃO
Distúrbios emocionais: estados de tensão e ansiedade, humor depressivo ansioso,
tensão nervosa, agitação e insónia; Manifestações relacionadas à ansiedade e tensão:
- distúrbios funcionais cardiovasculares e respiratórios, tais como: pseudo angina do
peito, ansiedade pré-cordial, taquicardia, hipertensão psicogénica, dispneia,
hiperventilação;
- distúrbios funcionais gastrointestinais, como: síndrome de cólon irritável, colite
ulcerativa, dor epigástrica, espasmos, distensão abdominal e diarreia;
- distúrbios funcionais geniturinários, como: bexiga irritável, frequência urinária
alterada e dismenorréia;
- outros distúrbios psicossomáticos, tais como: cefaleia e dermatoses psicogénicas.
BROMAZEPAM é ainda útil no tratamento dos estados de ansiedade e tensão nervosa
devidos a doenças orgânicas crónicas e como adjuvante do tratamento psicoterápico e
psiconeuroses.
DEPENDÊNCIA
Pode ocorrer dependência quando da terapia com benzodiazepinas. O risco é
mais evidente em pacientes em uso prolongado, altas dosagens e particularmente em
pacientes predispostos, com história de alcoolismo, abuso de drogas, forte personalidade
ou outros distúrbios psiquiátricos graves.
No sentido de minimizar o risco de dependência, os benzodiazepinas, só devem
ser prescritos após cuidadosa avaliação quanto à indicação e devem ser administrados
por período de tempo o mais curto possível. A continuação do tratamento, quando
necessária, deve ser acompanhada bem de perto. A duração prolongada do tratamento só
se justifica após avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios.
ABSTINÊNCIA
O início dos sintomas de abstinência é variável, durando de poucas horas a uma
semana ou mais. Nos casos menos graves, a sintomatologia da abstinência pode
restringir se a tremor, agitação, insónia, ansiedade, cefaleia e dificuldade para
concentrar-se.
Entretanto, podem ocorrer outros sintomas de abstinência, tais como sudorese,
espasmos muscular e abdominal, alterações na percepção e, mais raramente delirium e
convulsões.
Na ocorrência de sintomas de abstinência, é necessário um acompanhamento
médico bem próximo e apoio para o paciente. A interrupção abrupta deve ser evitada e
adoptado um esquema de retirada gradual.
INTERACÇÃO
Como ocorre com qualquer substância psicoativa, o efeito do BROMAZEPAM
pode ser intensificado pelo álcool. Se BROMAZEPAM for usado concomitantemente
com outros medicamentos de acção central, tais como neurolépticos, tranquilizantes,
antidepressivos, hipnóticos, analgésicos e anestésicos, seu efeito sedativo pode ser
intensificado. O uso simultâneo com levodopa pode diminuir o efeito terapêutico da
levodopa.
Em doses terapêuticas, BROMAZEPAM é bem tolerado. Cansaço, sonolência e,
em raros casos, relaxamento muscular, podem ocorrer quando se usam altas doses. Estes
sintomas desaparecem com a redução da dose.
Embora não existam evidências de efeitos tóxicos hematológicos ou afectando a
função hepática ou renal, recomenda se, nos tratamentos prolongados, controle do
hemograma e da função hepática.
BUSPIRONA
ANSIENON
ANSITEC
BROMOPIRIM
BROZEPAX
BUSPANIL
BUSPAR
DESCRIÇÃO
Cloridrato de BUSPIRONA é um agente ansiolítico, que não tem relação
química ou farmacológica com as benzodiazepinas ou outros agentes psicotrópicos
conhecidos. O Cloridrato de suspirara é um composto branco, cristalino, solúvel em
água, com peso molecular de 422,0. Quimicamente, é Cloridrato de 8-[4-[4-(2-
piridimil) -1-piperazinil]buril] -8-azaspiro [4,5] decano 7,9-diona. A sua fórmula
empírica é C21H31N5O2 .cl.
INDICAÇÕES
Cloridrato de BUSPIRONA é indicado no tratamento de distúrbios de ansiedade
e no alívio a curto prazo dos sintomas de ansiedade. O diagnóstico de pacientes
estudados em experiências clínicas controladas com a BUSPIRONA, corresponde a
distúrbios de Ansiedade Generalizada conforme a classificação da Organização Mundial
da Saúde (OMS) descritos a seguir:
A - Ansiedade Persistente Generalizada manifestada por sintomas de três das
seguintes quatro categorias:
1) tensão motora: instabilidade, agitação, nervosismo, tremores, tensão, mialgias,
falibilidade, incapacidade para relaxar, contracção muscular da pálpebra, testa enrugada,
face extenuada, desassossego, sobressalto, diplopia.
2) hiperactividade do sistema nervoso autónomo: sudorese, palpitações, taquicardia,
frio, mãos frias e pegajosas, boca seca, tontura, delírio, parentelas (Formosamente das
mãos ou pés), distúrbios estomacais, acessos de calor ou frio, micção frequente,
diarreia, desconforto epigástrico, nó na garganta, rubor, palidez, pulso e respiração
muito rápidos em repouso.
3) expectativa apreensiva: ansiedade, preocupação, medo, reflexão e pressentimento do
infortúnio para si mesmo ou para outros.
4) vigilância e vigília: estado de hiperalerta que resulta em distracção, dificuldade de
concentração, insónia, sensibilidade extrema, irritabilidade e impaciência.
ansiedade comuns associadas com stresse da vida diária, geralmente não requerem
tratamento com agentes ansiolíticos.
Como os estudos clínicos de BUSPIRONA têm sido geralmente limitados a 6
meses, recomenda-se este tempo como período limite para a terapia contínua. Nos
pacientes em uso prolongado de BUSPIRONA, devem ser reavaliadas as necessidades
da droga.
Não existe registro de síndrome de abstinência na terapia com BUSPIRONA
após a administração crónica em ratos, a suspensão repentina não provocou perda de
peso, comummente observada com substâncias que causam dependência física. Muito
embora não exista evidência directa de que Cloridrato de BUSPIRONA cause
dependência física ou comportamento de procura à droga, é difícil predizer, baseado em
experimentações, a extensão na qual uma droga activa no SNC em comercialização
poderá ser erroneamente usada, ter sua finalidade desviada e/ou ser de uso abusivo.
Portanto, os médicos deverão avaliar cuidadosamente os pacientes, quanto a
história de abuso de drogas e acompanhá-los de perto, observando sinais de uso erróneo
ou abusivo de Cloridrato de BUSPIRONA (por exemplo, desenvolvimento de
tolerância, aumento da dose, comportamento de procura à droga).
USO NA GRAVIDEZ
Nenhum comprometimento da fertilidade ou fetais foram observados em estudos
de reprodução realizados em ratos e coelhos a doses de BUSPIRONA de
aproximadamente 30 vezes a dose máxima humana recomendada. Em mulheres, no
entanto, não foram realizados estudos adequados e bem controlados durante a gravidez,
por esta razão, o uso de BUSPIRONA durante a gravidez somente poderá ser iniciado
ou continuado se, na opinião do médico, o benefício sobrepujar o risco potencial.
USO NA LACTAÇÃO
A extensão da excreção de BUSPIRONA ou de seus metabólitos no leite
materno é desconhecida. Em ratos, no entanto, a BUSPIRONA e seus metabólitos são
excretados no leite. Assim sendo, BUSPIRONA somente deverá ser administrado a
lactentes após o médico determinar que o benefício para a mãe supera o risco potencial
para o bebé.
CLONAZEPAM
RIVOTRIL
CLONOTRIL
PROPRIEDADES
As benzodiazepinas actuam como depressores do SNC, produzindo todos os
seus níveis de depressão, desde uma leve sedação até hipnose, dependendo da dose.
Calcula-se que o clonazepam estimule os receptores de GABA (ácido gama
aminobutírico) no sistema reticular activador ascendente.
Dado que o GABA é inibidor, a estimulação dos receptores aumenta a inibição e
bloqueia a excitação cortical e límbica, após estimular a formação reticular do talo
cerebral. É absorvido no trato gastrointestinal. A eliminação do fármaco é lenta, pois os
metabólitos activos podem permanecer no sangue vários dias e inclusive semanas, com
efeitos persistentes. O clonazepam é de semi-vida intermediária. A sua união às
proteínas é alta, metabolizando-se no fígado e excretando-se por via renal.
INDICAÇÕES
Tratamento de crises mioclônicas. Ausências do tipo epilépticas refractárias a
succinimidas ou ácido valpróico. Crises convulsivas tônico-clônicas (geralmente
associadas com outro anticonvulsivo). Tratamento do pânico.
REACÇÕES ADVERSAS
Os pacientes geriátricos ou debilitados, as crianças e os pacientes com distúrbios
hepáticos são mais sensíveis às benzodiazepinas no SNC. Podem ocorrer enjoos ou
sensações de enjoos, sonolência e, raramente, alterações de comportamento,
alucinações, erupções cutâneas ou prurido, cansaço ou debilidade não habituais,
distúrbios de micção.
Precauções
Evitar o consumo de álcool e outros depressores do SNC durante o tratamento. Ter
precaução com idosos se ocorrer sonolência, enjoos, torpeza e instabilidade. O
clonazepam atravessa a placenta, devendo, por isso, ser evitado seu uso durante a
gravidez, principalmente no primeiro trimestre.
INTERACÇÕES
Quando utilizado junto com analgésicos opiáceos, reduzir a dose destes. O uso
de antidepressivos tricíclicos pode diminuir o limiar convulsivo, devendo, portanto,
modificar-se a dose de clonazepam. A carbamazepina pode aumentar seu metabolismo e
diminuir, por isso, sua concentração sérica. A prescrição simultânea de haloperidol pode
produzir uma alteração no padrão ou frequência das convulsões epileptiformes. Pode
diminuir os efeitos terapêuticos de levodopa.
CONTRA INDICAÇÕES
A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de intoxicação
alcoólica aguda, antecedentes de dependência de drogas, glaucoma de ângulo fechado,
disfunção hepática ou renal, depressão mental grave, hipoalbuminemia, miastenia grave,
psicose, porfiria ou doença pulmonar obstrutiva crónica grave.
CLOXAZOLAM
ELUM
OLCADIL
INDICAÇÕES
Distúrbios emocionais, especialmente ansiedade, medo, fobias, inquietude,
astenia e sintomas depressivos; distúrbios comportamentais, especialmente má
adaptação social; distúrbios do sono, tais como, dificuldade em dormir ou sono
interrompido e despertar precoce; sintomas somáticos, funcionais de origem
psicogénica, sentimentos de opressão e certos tipos de dores.
As condições nas quais estes sintomas ocorrem frequentemente são: neuroses,
estados reaccionais crónicos, reacções patológicas sub agudas; distúrbios
PRECAUÇÕES
Especialmente em doses elevadas, CLOXAZOLAM, como todos os
medicamentos de acção central pode comprometer as reacções do paciente (ex.:
condução de veículos, operação de máquinas, etc.). As experiências animais não
revelaram efeitos adversos no feto, mas ainda não há experiência disponível sobre o uso
de CLOXAZOLAM em mulheres grávidas. CLOXAZOLAM não é recomendado
durante a lactação.
Na presença de doença hepática ou renal, síndrome cerebral crónica ou
glaucoma de ângulo fechado, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados e
se necessário a dose de CLOXAZOLAM deve ser reduzida. Embora as benzodiazepinas
apresentem baixo potencial em causar dependência e não tenham sido relatados casos de
criação de hábito com CLOXAZOLAM, deve-se ter cuidado ao prescrever o
medicamento a pessoas com tendência ao vício.
Interações medicamentosas: CLOXAZOLAM pode potenciar os efeitos
inibidores centrais dos neurolépticos, antidepressivos, ansiolíticos, sedativos,
hipnóticos, narcóticos, analgésicos e anti-histamínicos. Esta potenciação pode ser
utilizada terapeuticamente, especialmente pela combinação do CLOXAZOLAM com
antidepressivos. A ingestão simultânea de álcool não é recomendada.
REACÇÕES ADVERSAS
Sedação, tonturas e cefaleia podem ser verificadas com doses elevadas ingeridas
de uma só vez. Estes efeitos colaterais geralmente aparecem no início do tratamento,
mas podem ser evitados pelo aumento gradual da dose, ou podem ser revertidos pela
redução da mesma. Hipotensão ortostática, hipotonia muscular ou ataxia são fenómenos
raros.
CLOBAZAM
FRIZIUM
URBANIL
INDICAÇÕES
CLOBAZAM é um derivado das benzodiazepinas e está indicado no tratamento
da ansiedade em todas as suas formas, após a exclusão de causa orgânica, e da epilepsia
do adulto e da criança, em associação ao tratamento anticonvulsivante de base. Sua
semi-vida plasmática é de cerca de 20 horas, e a eliminação é essencialmente renal
(90%).
No insuficiente renal e na pessoa idosa, os parâmetros farmacocinéticos são
pouco modificados. No insuficiente hepático, o metabolismo do produto é mais lento (a
semi-vida é multiplicada por 2, e a concentração máxima por 1,5). A ligação a proteína
é de 85-90%.
PRECAUÇÕES
Gerais: a ingestão de bebidas alcoólicas é formalmente desaconselhada durante o
tratamento; em caso de utilização prolongada do produto, a suspensão deve ser
progressiva, para evitar uma síndrome de privação; duração do tratamento ansiolítico: o
tratamento não deve ser prolongado inutilmente, pois actualmente há poucos estudos
que permitam avaliar a manutenção da eficácia em tratamentos de longo curso.
Miastenia: como ocorre com outras benzodiazepinas a ingestão de CLOBAZAM
só deve ser feita sob rigorosa vigilância médica, nestes casos. Depressão: antes de tratar
um estado ansioso associado a instabilidade emocional, deve-se assegurar que o
paciente não sofre de depressão que requeira tratamento específico ou complementar.
Pessoas idosas: A prudência se impõe neste caso, e deve se diminuir a posologia.
Insuficiência respiratória moderada: o risco de agravação da insuficiência respiratória
impõe prudência e redução da posologia.
Insuficiência renal: a posologia diária e o ritmo de administração do
medicamento devem ser adaptados.
Insuficiência hepática: a posologia deve ser reduzida. - Uso durante a gravidez e
o aleitamento: Gravidez: os estudos em animais não evidenciaram efeito teratogênico
EFEITOS COLATERAIS
Sintomas moderados, transitórios e que ocorrem em decorrência de dose diária
elevada ou sensibilidade individual: sonolência, hipotonia muscular, amnésia
anterograda (descrita essencialmente com as benzodiazepinas injectáveis), sensação de
embriagamento, fadiga, cefaleia, vertigens, obstipação. "Rash" e prurido podem ocorrer,
em decorrência de sensibilidade individual.
Manifestações paradoxais (hiperexcitabilidade, ansiedade, alucinações),
impondo a suspensão do tratamento. A suspensão brusca do tratamento com
benzodiazepinas pode levar a uma síndrome de privação, o qual pode ter como
sintomas: alterações menores: irritabilidade, ansiedade, mialgias, tremores, insónia e
pesadelos, náuseas, vómitos; excepcionalmente, alterações maiores: convulsões
isoladas, estado de mal mioclônico com síndrome confusional, podem aparecer após
alguns dias, e são geralmente precedidos por sintomas menores. - Superdosagem: os
sinais de superdosagem são os mesmos que para os outros benzodiazepínicos (depressão
cardiorrespiratória, alterações de consciência, e eventualmente coma, se houver
absorção de álcool ou depressores do SNC). O emprego de um antídoto específico,
como o flumazenil, associado ao tratamento sintomático, deve ser em meio hospitalar.
DIAZEPAM
ANSILIVE
CALMOCITENO
DIAZEFAST
DIAZEPAM
DIAZEPAN
KIATRIUN
NOAM
SOMAPLUS
VALIUM
INDICAÇÃO
O DIAZEPAM está indicado no alívio sintomático da ansiedade, agitação e
tensão devidas a estados psiconeuróticos e distúrbios passageiros causados por situação
stressante. Pode também ser útil como coadjuvante no tratamento de certos distúrbios
psíquicos e orgânicos. A ansiedade, principal sintoma sensível ao tratamento, pode se
expressar por humor ansioso ou comportamento apreensivo, e/ou sob forma de sintomas
funcionais, neurovegetativos ou motores, tais como: palpitação, sudorese, insónia,
tremor, agitação, etc.
O DIAZEPAM é útil como adjuvante no alívio do espasmo muscular reflexo
devido a traumatismos localizados (ferimento, inflamação). Pode ser igualmente usado
no tratamento da espasticidade devida a lesão dos neurónios intermediários espinhais e
supra espinhais tal como ocorre na paralisia cerebral e paraplegia, assim como na
atetose e na síndrome de "stiff man".
DEPENDÊNCIA
Pode ocorrer dependência aquando da terapia com benzodiazepinas. O risco é
mais evidente em pacientes em uso prolongado, altas dosagens e particularmente em
pacientes predispostos, com história de alcoolismo, abuso de drogas, forte personalidade
ou outros distúrbios psiquiátricos graves.
No sentido de minimizar o risco de dependência, os benzodiazepínicos só devem
ser prescritos após cuidadosa avaliação quanto a indicação e devem ser administrados
por período de tempo o mais curto possível. A continuação do tratamento, quando
INTERACÇÃO
Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não de
ranitidina) retarda o clearance do diazepam. Existem igualmente estudos mostrando
que a disponibilidade metabólica da fenitoína é afectada pelo diazepam. Por outro lado,
não existem interferências com os antidiabéticos, anticoagulantes e diuréticos
comummente utilizados.
Se o DIAZEPAM é usado concomitantemente com outros medicamentos de
acção central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos,
anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos destes medicamentos podem
potencializar ou serem potencializados pelo DIAZEPAM. O uso simultâneo com
levodopa diminui o efeito terapêutico da levodopa.
EFEITOS COLATERAIS
Os efeitos colaterais mais comummente citados são: cansaço, sonolência e
relaxamento muscular em geral, estão relacionados com a dose administrada.
Efeitos colaterais pouco frequentes: confusão mental, amnésia anterógrada,
obstipação, depressão, diplopia, disartria, cefaleia, hipotensão, incontinência urinária,
aumento ou diminuição da libido, náusea, secura da boca ou hipersalivação, rash
cutâneo, fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonturas e distúrbios de acomodação
visual.
Efeitos colaterais que podem ser observados muito raramente: elevação das
transaminases e da fosfatase alcalina, assim como icterícia. Têm sido descritas reacções
paradoxais, tais como, excitação aguda, ansiedade, distúrbios do sono e alucinações.
Quando estes últimos ocorrem, o tratamento com DIAZEPAM deve ser interrompido.
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
O diazepam e seus metabólitos atravessam a barreira placentária e atingem o
leite materno. A administração contínua de benzodiazepínicos durante a gravidez pode
originar hipotensão, diminuição da função respiratória e hipotermia no recém-nascido.
Sintomas de abstinência em recém nascidos têm sido ocasionalmente relatados com o
uso de benzodiazepinas.
CLORDIAZEPÓXIDO
PSICOSEDIM
INDICAÇÕES
Tratamento da ansiedade a curto prazo, sintomas de supressão alcoólica aguda
(agitação, tremor, delirium tremens e alucinações) e como coadjuvante da anestesia.
REACÇÕES ADVERSAS
Sinais de superdosagem que requerem atenção médica: confusão contínua,
sonolência grave, agitação, bradicardia, balbuciação, tonturas e debilidade grave. São de
rara incidência e menos frequentes: confusão, convulsões, náuseas ou vómitos e
tremores. Os sintomas de privação são mais comuns em pacientes que tenham recebido
doses excessivas durante um período prolongado. Pode ocorrer sonolência, torpeza e
instabilidade.
PRECAUÇÔES
Os pacientes de idade avançada, debilitados ou crianças com disfunção renal ou
hepática devem receber uma dose inicial reduzida, pois pode haver diminuição da
eliminação das benzodiazepinas. Após a administração parenteral, deve manter-se o
paciente em observação por um período de até 3 horas. Evitar o consumo de álcool e de
outros depressores do SNC.
O clordiazepóxido atravessa a placenta, devendo-se, portanto, avaliar a relação
risco-benefício durante a gravidez e a lactação, já que pode provocar sedação no recém-
nascido, dificuldades de alimentação e perda de peso. As crianças, principalmente as
menores, são mais sensíveis aos efeitos sobre o SNC. Em neonatos pode ocorrer
depressão prolongada do SNC devido à incapacidade para biotransformar as
benzodiazepinas em metabólitos.
INTERACÇÕES
Os medicamentos que produzem depressão do SNC podem aumentar esse efeito
do clordiazepóxido. O uso de antiácidos pode retardar, porém não diminuir, a absorção
de clordiazepóxido. A cimetidina pode inibir o metabolismo hepático e provocar um
aumento nas concentrações plasmáticas.
A cetamina, especialmente em altas doses ou quando administrada de forma
rápida, pode aumentar o risco da hipotensão ou depressão respiratória. Pode diminuir o
efeito terapêutico da levodopa.
CONTRA INDICAÇÕES
A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de intoxicação alcoólica,
coma ou choque, antecedentes de abuso ou dependência de drogas, glaucoma de ângulo
LORAZEPAM
LORIUM
LORAX
MESMERIN
LORENIM
REACÇÕES ADVERSAS
Os pacientes geriátricos e debilitados; as crianças e os pacientes com doença
hepática são mais sensíveis aos efeitos das benzodiazepinas no SNC. A administração
parenteral pode ocasionar apnéia, hipotensão, bradicardia ou paragem cardíaca. São de
incidência mais frequente: torpor ou instabilidade, sonolência, cansaço ou debilidade
não habituais.
Raramente se observam: confusão (por intolerância), debilidade muscular, visão
turva ou outros distúrbios de visão, obstipação, náuseas ou vómitos. São sinais de
superdosagem que requerem atenção médica: confusão contínua, sonolência grave,
agitação, bradicardia, cambaleios e debilidade grave.
PRECAUÇÕES
Evitar o consumo de álcool ou de outros depressores do SNC durante o
tratamento. Ter precaução com os idosos, principalmente se ocorrer sonolência, enjoos,
torpor ou instabilidade. A administração IV muito rápida pode produzir apnéia,
hipotensão, bradicardia ou parada cardíaca.
A relação risco-benefício deve ser avaliada para administração durante a
gravidez, uma vez, que atravessa a placenta e pode originar depressão do SNC no
neonato. Devido ao fato de excretar-se no leite materno, durante o período de lactação
pode produzir sedação no recém-nascido, dificuldades na alimentação e perda de peso.
INTERACÇÕES
O uso de antiácidos pode retardar, porém não diminuir, a absorção; a
administração prévia de lorazepam pode diminuir a dose necessária de um derivado da
fentanila para induzir anestesia. O uso simultâneo com levodopa pode diminuir os
efeitos terapêuticos desta droga. A escopolamina junto com lorazepam parenteral pode
aumentar a incidência de sedação, alucinação e comportamento irracional.
CONTRA INDICAÇÕES
A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de intoxicação alcoólica
grave, coma ou choque, antecedentes de abuso ou dependência de drogas, glaucoma de
ângulo fechado, disfunção hepática ou renal, hipoalbuminemia, depressão mental grave,
miastenia grave, porfiria, psicose e doença pulmonar obstrutiva crónica grave.
7.2. HIPNÓTICOS
efeito de sedação rápida e semi-vida plasmática curta o suficiente para restringir sua
actuação ao período noturno.
FLUNITRAZEPAM
FLUZERIM
ROHYPNOL
PROPRIEDADES
É uma benzodiazepina fluorada que desenvolve uma acção hipnótica rápida e
efectiva. Por via oral o seu efeito começa de 15 a 30 minutos após a administração e a
duração do sono é de 6 a 8 horas. O seu mecanismo de acção é devido à facilitação e
potenciação do efeito inibitório mediado pelo ácido gama-aminobutírico (GABA), ao se
fixar em sítios específicos do SNC (receptor GABA-benzodiazepínico) com uma
afinidade que está estreitamente relacionada com a potência neurodepressora. As suas
qualidades como indutor da anestesia são aproveitadas quando administrado por via
intravenosa. Possui uma biodisponibilidade oral de 85% e a sua semi-vida é de 15 ± 5
horas. O seu metabólito activo é o dimetilflunitrazepam.
INDICAÇÕES
Hipnótico. Indução da anestesia.
SUPERDOSAGEM
REACÇÕES ADVERSAS
Fadiga, hipotonia muscular e embotamento (hangover) que podem aparecer com
doses acima de 4mg. Amnésia temporária, amnésia anterógrada após a injecção.
Reacções paradoxais (raras): excitação aguda, alteração do sono, ansiedade,
alucinações. Por via parenteral produz uma leve diminuição da pressão arterial.
PRECAUÇÕES
Ingerir o medicamento imediatamente antes de se deitar. Durante o tratamento o
paciente deve abster-se de operar maquinaria pesada ou conduzir veículos. Os pacientes
idosos podem responder de maneira exacerbada ou paradoxal ao flunitrazepam.
Administrar com precaução a pacientes com insuficiência hepática ou renal e glaucoma.
Não consumir álcool. O flunitrazepam pode intensificar a depressão respiratória. Por
não existirem provas conclusivas, recomenda-se não utilizar em mulheres grávidas a
menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A lactação deve
ser suspensa.
INTERACÇÕES
Com IMAO, fenotiazinas e outros psicotrópicos. Álcool: sinergismo.
Potencializa o efeito de hipno-indutores, neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos,
anestésicos e analgésicos. A cimetidina pode inibir o metabolismo hepático e provocar
um atraso na sua eliminação. As benzodiazepinas podem diminuir os efeitos
terapêuticos da levodopa, e a rifampicina potenciar a eliminação do flunitrazepam.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade às benzodiazepinas. Miastenia gravis, gravidez, glaucoma,
insuficiência respiratória grave.
FLURAZEPAM
DALMADORM
PROPRIEDADES
Pertence quimicamente ao grupo dos benzodiazepínicos. O seu efeito evidencia-
se por redução significativa do tempo de latência para conciliar o sono, mantendo-o sem
interrupções por períodos de 7 a 8 horas. A sua semi-vida é de 2,3 horas e sua
metabolização hepática origina metabólitos activos como o desalquilflurazepam (semi-
vida entre 30 e 200 horas) e o N-1-hidroxietilflurazepam (semi-vida de 2 a 4 horas). O
seu equilíbrio cinético plasmático é alcançado em 7-10 dias. A eliminação renal é lenta.
INDICAÇÕES
Dose oral de 30 mg de flurazepam quase não diminui a fase do sono REM. Após
interrupção do tratamento não se tem observado efeito rebote da fase de sono REM.
Tem se observado, em compensação, uma diminuição do estágio IV do sono.
Estudos em laboratório do sono com duração de um mês não demonstraram, mesmo nos
casos de administração contínua do Flurazepam, diminuição da sua eficácia.
O flurazepam é rápida e quase totalmente absorvido ao nível do trato
gastrintestinal sendo rapidamente metabolizado. Os seus metabólitos são eliminados
principalmente pela urina.
Após administração da dose oral de 30 mg de flurazepam só se encontra no soro
traços de substância inalterada. O metabólito activo hidroxietilflurazepam, só é
encontrado durante poucas horas após a administração. A sua semi-vida de eliminação é
de aproximadamente uma hora e o seu volume de distribuição de 1,4 litros/kg.
O outro metabólito activo, N desalquilflurazepam apresenta semi-vida de
eliminação de 40-100 horas sendo o seu volume de distribuição de 0,41 litros/kg.
SUPERDOSE
Sonolência, confusão e enjoos. Recomenda-se imediata lavagem gástrica e
tratamento sintomático.
REACÇÕES ADVERSAS
Pode provocar sonolência diurna. Raramente observam-se confusão, depressão
mental, câimbras, visão turva, irritabilidade, obstipação, diarréia, sensação de enjoo,
boca seca, dor de cabeça, náuseas e vómitos.
PRECAUÇÕES
Evitar funções onde a falta de atenção aumenta o risco de acidentes (operar
máquinas pesadas, dirigir automóveis etc.). Não consumir álcool nem outros
depressores do SNC durante o tratamento. Ocorrência da síndrome de abstinência por
suspensão abrupta do fármaco. O seu uso prolongado pode levar a dependência física e
psíquica. Não utilizar durante a gravidez (risco de teratogenia) e o aleitamento. O
flurazepam atravessa a placenta e atua sobre o SNC do feto.
INTERACÇÕES
Fármacos que causam sinergismo, em especial os depressores do SNC que
levam a dependência (aumentam o risco de dependência).
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao flurazepam ou a outros benzodiazepínicos. Pacientes com
glaucoma de ângulo fechado.
MIDAZOLAM
DORMIRE
DORMONID
PROPRIEDADES
Derivado de 1,4 benzodiazepina, de acção relativamente curta, depressora do
SNC. Os seus efeitos dependem da dose administrada, da via de administração e da
união simultânea com outros fármacos. A sua união é mediada pelo neurotransmissor
inibitório ácido gama-aminobutírico (GABA), com aumento de sua actividade. O efeito
hipnótico do Midazolam parece estar relacionado com o acúmulo do GABA e a
ocupação do receptor das benzodiazepinas. O Midazolam tem uma afinidade
relativamente alta (duas vezes a do diazepam) pelo receptor de benzodiazepinas.
Acredita-se que há receptores diferentes para as benzodiazepinas e para o
GABA, acoplados a um canal ionóforo comum; a ocupação de ambos os receptores
produz hiperpolarização da membrana e inibição neuronial. O Midazolam interfere na
recaptação do GABA, razão pela qual produz acúmulo deste. A biodisponibilidade
absoluta média após a administração IM é maior que 90%. Distribui-se no organismo,
incluindo o LCR e o cérebro. A sua união a proteínas é muito elevada (97%).
Metaboliza-se com rapidez a 1-hidroximetil Midazolam e 4i-hidroxiMidazolam,
metabólitos que podem ter certa actividade farmacológica.A curta duração de acção
deve-se a seu rápido metabolismo e velocidade de eliminação. Excreta-se por via renal.
INDICAÇÕES
Sedação pré-cirúrgica ou prévia a procedimentos diagnósticos curtos
(broncoscopia, gastroscopia, citoscopia, cateterismo cardíaco); coadjuvante da anestesia
geral.
REACÇÕES ADVERSAS
As reacções mais frequentes incluem uma diminuição do volume corrente ou da
frequência respiratória e apnéia. Adicionalmente, podem produzir-se variações da
pressão arterial e bradicardia. Podem ocorrer alterações psicomotoras após a sedação ou
anestesia com Midazolam, as quais podem persistir durante períodos variáveis.
Requerem atenção médica: tremor muscular, movimentos descontrolados do
corpo, excitação, irritabilidade, hipotensão, sonolência prolongada, vómitos,
alucinações, confusão.
PRECAUÇÕES
Não é recomendado para induzir anestesia prévia a uma cesariana, porque pode
produzir efeitos colaterais depressores sobre o SNC do neonato. Em pacientes
geriátricos não pré-medicados, a dose IV deve ser reduzida de 25% a 30%. Ter
precaução ao conduzir ou realizar tarefas que requeiram coordenação e atenção. Evitar a
ingestão de álcool e o uso de outros depressores do SNC no prazo de 24h após receber o
Midazolam .
INTERACÇÕES
Os anestésicos de acção local por via parenteral podem originar efeitos
depressores aditivos. O uso simultâneo de medicamentos que produzem depressão do
SNC pode aumentar a depressão respiratória e os efeitos hipotensores destes e do
Midazolam . Os inibidores da MAO, dissulfiram e isoniazida, podem diminuir o
metabolismo e a eliminação do Midazolam no fígado. Os efeitos hipotensores dos
fármacos que provocam hipotensão são potencializados.
CONTRA-INDICAÇÕES
A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de intoxicação etílica
aguda, coma, choque, glaucoma de ângulo fechado e agudo; insuficiência cardíaca
congestiva, insuficiência renal crónica, disfunção hepática, miastenia grave e na
gravidez.
ESTAZOLAM
PROPRIEDADES
É uma triazolobenzodiazepina útil como hipnótico por via oral. 93% do fármaco
liga-se a proteínas plasmáticas. A sua farmacocinética está submetida a grandes
variações interindividuais e responde a uma cinética linear. O pico plasmático aparece
em indivíduos sadios em aproximadamente duas horas (faixa de 0,5 a 6,0 horas) e a
faixa de semi-vida de eliminação estimada para o estazolam vai de 10 a 24 horas. O
clearance é acelerado em fumantes.
INDICAÇÕES
SUPERDOSAGEM
Pode provocar sonolência, depressão respiratória, confusão, falhas na
coordenação e coma. Para seu tratamento induzir o vómito e lavagem gástrica imediata.
A manutenção da ventilação é essencial. Os sinais vitais devem ser monitorizados e
devem-se administrar líquidos para manter a pressão sanguínea e estimular a diurese.
REACÇÕES ADVERSAS
Sonolência, vertigem, cefaléia, hipocinesia, tonturas e instabilidade,
desorientação matinal, astenia, boca seca.
PRECAUÇÕES
Não operar máquinas pesadas, dirigir ou realizar outras actividades perigosas
que requeiram alerta mental total. Podem ocorrer amnésia e reacções paradoxais
(agitação, excitação). O estazolam pode provocar dependência, por isso com a retirada
abrupta do fármaco podem ocorrer sintomas característicos como disforia moderada,
insónia e, em casos mais graves, uma síndrome que pode incluir cãimbras abdominais e
musculares, vómitos, sudorese, tremores e convulsões. Evitar administrar a mulheres
jovens que possam ficar grávidas ou que amamentam.
INTERACÇÕES
A acção dos fármacos tipo benzodiazepinas, como o estazolam, pode ser
potenciada por anticonvulsivantes, anti-histamínicos, álcool, barbitúricos, inibidores da
monoamino oxidase, narcóticos, fenotiazinas, psicotrópicos e qualquer outro que
provoque depressão do sistema nervoso central.
CONTRA-INDICAÇÕES
Gravidez: pode ocorrer dano fetal e malformação com a administração de
fármacos tipo benzodiazepina. O estazolam, administrado nas últimas semanas de
gravidez, provoca dependência. Miastenia grave, insuficiência respiratória severa.
Hipersensibilidade ao fármaco.
ZOPICLONE
IMOVANE
PROPRIEDADES
O zopiclone pertence a um novo grupo químico, o das ciclopirrolonas, mas que,
farmacologicamente, se assemelha às benzodiazepinas. É um hipnótico que rapidamente
induz o sono, além de mantê-lo dentro dos padrões normais durante a noite (melhora a
qualidade de sono). O zopiclone possui uma semi-vida de eliminação curta, sendo
rapidamente excretado, não havendo, pois, acúmulo do produto e dos seus metabólitos.
A absorção de zopiclone é rápida. As concentrações máximas são obtidas em
torno de 1 hora e meia a 2 horas, atingindo níveis de, aproximadamente, 30, 60 e 115
ng/ml, após a administração de 3,75 mg, 7,5 mg e 15 mg respectivamente. A
distribuição do produto é muito rápida, a partir do compartimento vascular. A ligação de
zopiclone às proteínas plasmáticas é fraca (cerca de 45%) e não saturável. Há pouco
risco de interacção medicamentosa devido às ligações protéicas. A semi-vida de
eliminação está em torno de 5 horas. Não há acúmulo após administrações repetidas.
Entre os metabólitos, os 2 principais são os derivados N-óxido (farmacologicamente
activo, em animais) e o N-desmetil (farmacologicamente inactivo em animais). Cerca de
80% do produto é eliminado por via urinária, sob a forma de metabólitos livres
(derivados N-óxido e N-desmetil) e pelas fezes em aproximadamente em 16%.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade conhecida aos zopiclone; insuficiência respiratória severa,
crianças menores de 15 anos.
REACÇÕES ADVERSAS
Foram observados, de acordo com a dose e a sensibilidade individual do
paciente, alguns efeitos desagradáveis, tais como: sonolência matinal residual; sensação
de boca amarga e/ou secura do boca; hipotonia muscular; amnésia anterógrada;
INTERACÇÕES
O Zopiclone apresenta sinergismo com: os depressores neuromusculares
(miorelaxantes); outros medicamentos depressores do SNC (em particular, os
neurolépticos).
PRECAUÇÕES
Apesar de não terem sido encontradas reacções embriotóxicas ou teratogênicas
nos estudos realizados com animais, Zopiclone não deve ser administrado a mulheres
grávidas; também está desaconselhado no período de lactação, pois o zopiclone é
excretado no leite materno. Em pacientes com miastenia, devido à possível acentuação
da fatigabilidade muscular, a administração de Zopiclone deve ser feita sob cuidadosa
vigilância médica. Em caso de insuficiência respiratória moderada, é recomendável
adaptar-se a posologia. A mesma atenção deve ser dada a pacientes portadores de
insuficiência hepática severa e/ou insuficiência renal. A ingestão de bebidas alcoólicas
ou outras drogas depressoras do SNC, na vigência do tratamento com Zopiclone, está
formalmente desaconselhada. Os pacientes que conduzem veículos ou utilizam-se de
máquinas potencialmente perigosas devem tomar cuidados especiais devido ao risco de
sonolência residual no dia seguinte à ingestão do medicamento.
ZOLPIDEM
STILNOX
PRECAUÇÕES
INTERACÇÕES
Deve ser evitada a ingestão concomitante de bebidas alcoólicas ou de
medicamentos contendo álcool. O álcool promove uma intensificação no efeito sedativo
com reflexo sobre a vigilância, aumentando o risco na condução de veículos ou na
operação de máquinas. Associações a serem monitorizadas cuidadosamente: com outros
depressores do sistema nervoso central: derivados morfínicos (analgésicos e
antitussígenos), barbituratos, alguns antidepressivos, sedativos H1, anti-histamínicos,
benzodiazepinas, neurolépticos, clonidina e substâncias relacionadas. O aumento na
depressão central pode ter consequências importantes, particularmente na condução de
veículos ou operações de máquinas.
A partir dos anos 90 uma nova geração de antipsicóticos (p. ex., clozapina,
risperidona, olanzapina) vem sendo desenvolvida. Os novos antipsicóticos, alem de
bloquear a dopamina, bloqueiam também outros neurotransmissores cerebrais,
especialmente a serotonina.
Esses novos antipsicóticos agem não apenas nos sintomas positivos, mas
também nos sintomas chamados negativos, como a pobreza de pensamento, o
embotamento afetivo e a falta de motivação. Eles produzem menos efeitos colaterais
extrapiramidais do que os antipsicóticos clássicos.
Existem numerosos antipsicóticos disponíveis no mercado, alguns deles, além da
forma de comprimidos são apresentados como injeção de longa duração (depot) para ser
aplicada com intervalo de semanas. Os antipsicóticos demoram até algumas semanas
para fazer efeito e melhorar o paciente.
Os neurolépticos ou antipsicóticos são drogas lipossolúveis e, com isso, tendo
facilitado sua absorção e sua penetração no Sistema Nervoso Central. Logo após a
absorção pela parede intestinal os antipsicóticos têm sua primeira passagem pelo fígado,
portanto, metabolização hepática.
Esta metabolização é mais intensa para algumas drogas deste grupo, como por
exemplo a Clorpromazina e a Flufenazina e menos intensa para outras, como é o caso
do Haloperidol e o Pimozide. A grande maioria dos antipsicóticos possui meia vida
longa, entre 20 e 40 horas. Alguns, como a Clorpromazina, têm meia vida mais curta
mas, pelo facto de os seus metabólitos também serem activos.
Outra conseqüência desta meia vida longa é o fato de demorar aproximadamente
cinco dias para se instalar o estado estável da droga no organismo. O seu uso contínuo
resulta num acúmulo progressivo, até que o nível plasmático se estabilize. Trata-se de
uma situação onde a quantidade absorvida seja igual à excretada. Neste momento ocorre
o equilíbrio dinâmico ou estabilidade, chamado de Equilíbrio Plasmático, mantendo-se
o nível plasmático em torno de um mesmo valor.
Assim, para a obtenção do melhor efeito terapêutico com uma determinada dose
do neuroléptico deve-se aguardar este estado estável. Existem também, como
apresentações farmacológicas, os chamados Neurolépticos de Ação Prolongada (NAP),
administrados semanalmente ou até mensalmente.
MECANISMO DE ACÇÃO
EFEITOS COLATERAIS
Dos efeitos colaterais provocados pelos neurolépticos o mais estudado é a
Impregnação Neuroléptica ou Síndrome Extrapiramidal. É o resultado da interferência
medicamentosa na via nigro-estriatal, onde parece haver um balanço entre as atividades
dopaminérgicas e colinérgicas.
Desta forma, o bloqueio dos receptores dopaminérgicos provocará uma
supremacia da actividade colinérgica e, consequentemente, uma libertação de sintomas
extra-piramidais. Estes efeitos colaterais, com origem no Sistema Nervoso Central,
podem ser divididos em cinco tipos:
2 - PARKINSONISMO MEDICAMENTOSO
Geralmente acontece após a primeira semana de uso dos antipsicóticos.
Clinicamente há um tremor de extremidades, hipertonia e rigidez muscular, hipercinesia
e fácies inexpressiva. O tratamento com anticolinérgicos (antiparkinsonianos) é eficaz
3 - ACATISIA
Ocorre geralmente após o terceiro dia de uso da medicação. Clinicamente é
caracterizado por inquietação psicomotora, desejo incontrolável de movimentar-se e
sensação interna de tensão. O paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada
instante, andar de um lado para outro e, quando compelido a permanecer sentado, não
para de mexer as pernas.
A Acatisia não responde bem aos anticolinérgicos ou ansiolíticos e o clínico é
obrigado a decidir entre a manutenção do tratamento antipsicótico com aquelas doses e
o desconforto da sintomatologia da Acatisia. Com freqüência é necessário a diminuição
da dose ou mudança para outro tipo de antipsicótico. Quando isso acontece
normalmente pode-se recorrer aos Antipsicóticos Atípicos.
4 - DISCINESIA TARDIA
Como o próprio nome diz, a discinesia tardia aparece após o uso crônico de
antipsicóticos (geralmente após 2 anos). Clinicamente é caracterizada por movimentos
involuntários, principalmente da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo protrusão da
língua com movimentos de varredura látero-lateral, acompanhados de movimentos
sincrônicos da mandíbula. O tronco, os ombros e os membros também podem
apresentar movimentos discinéticos.
Além dos efeitos adversos dos neurolépticos tradicionais sobre o Sistema Nervoso
Central, são observados reflexos da sua utilização ao nível sistêmico. São seis as
principais ocorrências:
1 - EFEITOS AUTONÔMICOS
Por serem drogas que desequilibram o sistema dopamina-acetilcolina, em
algumas situações podemos encontrar efeitos colinérgicos, em outras efeitos
anticolinérgicos. É o caso da secura da boca e da pele, obstipação, dificuldade de
acomodação visual e, mais raramente, retenção urinária.
2 - CARDIOVASCULARES
Alguns neurolépticos podem produzir alterações eletrocardiográficas, como por
exemplo, um aumento do intervalo PR, diminuição do segmento ST e achatamento de
onda T. Estas alterações são benignas e não costumam ter significado clínico. Das
alterações cardiovasculares a mais comum é a hipotensão (postural ou não) a qual,
decorre do bloqueio alfa-adrenérgico proporcionado por essas drogas.
Na maioria das vezes a hipotensão desencadeada pela utilização de neurolépticos
tradicionais proporciona apenas um certo incomodo ao paciente, entretanto, nos casos
com comprometimento vascular prévio, como nas arterioscleroses, poderá precipitar um
acidente vascular cerebral isquêmico, isquemia miocárdica aguda ou traumatismos por
quedas.
3 - ENDOCRINOLÓGICOS
4 - GASTRINTESTINAIS
Tendo em vista a acção nos mecanismos da acetilcolina, os neurolépticos
tradicionais podem ter boa acção anti-emética. A obstipação e boca seca também podem
ser observados durante o tratamento, como consequência dos efeitos anticolinérgicos.
5 - OFTALMOLÓGICOS
Embora raras, duas síndromes oftálmicas podem ser descritas com a utilização
dos antipsicóticos tradicionais. A primeira, com a Clorpromazina em altas doses, é
consequência do depósito de pigmentos no cristalino. A segunda, com o uso de altas
doses de Tioridazina, determina uma retinopatia pigmentosa.
6 - DERMATOLÓGICOS
Com uma incidência de 5 a 10% podemos encontrar o aparecimento de um rash
cutâneo, foto-sensibilização e aumento da pigmentação nos pacientes em uso de
Clorpromazina.
Aguda
Envolve a tentativa de aliviar os sinais e sintomas associados como delírios,
alucinações, alterações formais do pensamento e do comportamento.
Manutenção
Esquizofrenia é uma doença que dura a vida toda, como a diabetes ou hipertensão. A
maioria das pessoas com esquizofrenia necessitará de cuidados médicos e medicação
para o resto da sua vida.
As medicações antipsicóticas não curam a esquizofrenia, somente controlam os
sintomas da doença. Ou seja, se o paciente deixar de tomar a medicação pode sofrer
uma recaída.
Algumas pessoas, mesmo tomando a medicação regularmente, podem ter uma
recaída dos sintomas psicóticos.
Antes do aparecimento de sintomas como delírios ou alucinações, é comum
aparecerem sintomas menos específicos como irritabilidade, insónia e depressão.
Os familiares devem estar atentos a mudanças subtis que possam ocorrer, pois a
intervenção médica precoce pode impedir a recaída.
Enquanto esta necessidade de tratamento por longo tempo é bem reconhecida
pelo médico, frequentemente não é bem aceite pelo paciente.
FLUFENAZINA
ANATENSOL
FLUFENAN
INDICAÇÕES
REACÇÕES ADVERSAS
Nos primeiros dias de tratamento, e com mais frequência nos idosos podem,
ocorrer efeitos extrapiramidais distônicos e congestão nasal. São de incidência menos
frequente: visão turva ou qualquer alteração de visão, pulso irregular, sensação de
cansaço não habitual, palidez, micção dificultada, erupção cutânea, alterações do ciclo
menstrual, enjoos, sonolência, secura na boca, secreção de leite não habitual, náuseas,
vómitos, tremores dos dedos e mãos.
PRECAUÇÕES
Evitar o consumo de álcool ou outros depressores do SNC. Não tomar durante as
2 horas posteriores à administração de antiácidos ou medicamentos antidiarréicos.
Cuidado ao dirigir, devido à possível sonolência ou visão turva.
Possível fotossensibilidade, sendo recomendado evitar a exposição ao sol ou o
uso de lâmpadas solares. Pode ser ingerida com alimentos, água ou leite para diminuir a
irritação gástrica.
No caso de terapêutica parental, controlar os pacientes geriátricos e pediátricos
devido à maior incidência de reacções hipotensoras e extrapiramidais. A relação risco-
benefício deverá ser avaliada na indicação durante a gravidez e o período de lactação, já
que pode produzir sonolência no lactente e em mães que tenham recebido fenotiazinas.
Os neonatos podem apresentar icterícia prolongada, hiporreflexia e hiperreflexia
e efeitos extrapiramidais. Em crianças com doenças agudas (sarampo, infecções do
SNC, desidratação, gastroenterite), desenvolvem-se com maior facilidade reacções
neuromusculares, principalmente distonias.
INTERACÇÕES
Os antimuscarínicos antidiscinésicos ou anti-histamínicos podem intensificar os
efeitos colaterais antimuscarínicos (confusão, alucinações, pesadelos). As anfetaminas
diminuem seu efeito estimulante quando utilizadas simultaneamente com fenotiazinas.
O uso de antiácidos ou antidiarréicos pode inibir a absorção de flufenazina.
As fenotiazinas podem baixar o limiar das crises convulsivas, podendo ser,
portanto, necessário ajustar a dose de anticonvulsivantes. Os antidepressivos
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão grave do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular grave; a
relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de alcoolismo, angina pectoris,
discrasias sanguíneas, glaucoma, disfunção hepática, Parkinson, úlcera péptica, retenção
urinária, hipertrofia prostática benigna, distúrbios convulsivos e vómitos.
HALOPERIDOL
HALDOL
HALOPERIDOL
INDICAÇÕES
REACÇÕES ADVERSAS
As crianças são muito sensíveis aos efeitos extrapiramidais. Os pacientes
geriátricos ou debilitados são mais propensos ao desenvolvimento de efeitos
extrapiramidais adversos e de hipotensão ortostática. Requerem atenção médica:
disartria, instabilidade, rigidez de braços ou pernas, tremor e agitação de dedos e mãos,
disfagia, movimentos de torção do corpo.
São de incidência mais rara: movimentos de mastigação, cansaço ou debilidade
não habituais, tonturas, alucinações, erupção cutânea, aumento de sudorese. Sinais de
superdosagem: dificuldade para respirar, tonturas, sonolência grave ou estado comatoso,
tremores musculares, espasmos, rigidez ou movimentos descontrolados ou graves.
PRECAUÇÕES
Evitar a ingestão de bebidas alcóolicas ou de outros depressores do SNC durante
o tratamento. Ter precaução se provocar sonolência durante a realização de exercícios.
Pode aparecer secura na boca (efeito antimuscarínico) e possível fotossensibilidade da
pele. Não é recomendável a sua utilização em crianças menores de 3 anos. Os pacientes
geriátricos são mais propensos à discinesia tardia e parkinsonismo.
Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos do haloperidol podem provocar um
aumento na incidência de infecção microbiana, atraso na cicatrização e gengivas
sangrentas.
INTERACÇÕES
A acção do álcool é potenciada e pode ser produzida hipotensão grave. Diminui
os efeitos estimulantes das anfetaminas e reduz os efeitos antipsicóticos do haloperidol.
Pode aumentar ou diminuir a actividade anticoagulante de derivados cumarínicos ou da
indandiona.
O haloperidol intensifica os efeitos antimuscarínicos da atropina e compostos
relacionados. Aumenta as concentrações séricas de prolactina ao indicar-se
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão do SNC, grave ou tóxica. Parkinson. A relação risco-benefício será
avaliada em alcoolismo activo, alergias, epilepsia, disfunção hepática ou renal,
hipertireoidismo ou tireotoxicose, glaucoma e retenção urinária.
PIMOZIDA
ORAP
INDICAÇÕES
Em pacientes com síndrome de Gilles de la Tourette que não respondem ao
tratamento habitual. Manutenção de psicóticos estabilizados, transtornos emergentes de
pacientes no limite e personalidades esquizóides, paranóicas e obsessivo-compulsivas.
Autismo infantil. Além disso, no alívio da psicopatologia da demência senil, coréia de
Huntington, neuralgia pós-herpética e onicotilomania.
SUPERDOSAGEM
Observam-se: anomalias eletrocardiográficas, reacções extrapiramidais severas,
hipotensão, estado comatoso com depressão respiratória. Tratamento: lavagem gástrica,
assistência respiratória, administração de líquidos por via parenteral e vasopressores
(excepto adrenalina).
REACÇÕES ADVERSAS
Reacções extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna,
mudanças no eletrocardiograma, astenia, dor no peito, hipotensão postural, náusea,
vómitos, tonturas, tremores, doença de Parkinson, sudorese, erupções, visão turva,
cataratas.
PRECAUÇÕES
O tratamento com pimozida expõe o paciente a sérios riscos. Como outros
neurolépticos, o paciente pode desenvolver um quadro de discinesia tardia
potencialmente irreversível (risco maior nos idosos); síndrome neuroléptica maligna,
potencialmente mortal, que se manifesta com hiper-reflexia, rigidez muscular,
instabilidade autonômica e estado mental alterado; também ocorreram mortes súbitas,
talvez causadas por algum efeito da pimozida sobre o coração.
INTERACÇÕES
Fármacos que prolonguem o intervalo QT do eletrocardiograma (fenotiazinas,
antidepressivos tricíclicos, antiarrítmicos).
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão endógena, estados comatosos. Síndrome de Parkinson. Pacientes com
prolongamento do intervalo QT do eletrocardiograma, seja congênito ou
medicamentoso. Pacientes com arritmias cardíacas. Gravidez.
PIPOTIAZINA
PIPORTIL
PIPORTIL L4
INDICAÇÕES
Tratamento dos transtornos psicóticos agudos e crónicos: é eficaz na
esquizofrenia e na fase maníaca da doença maníaco-depressiva. Tratamento do controle
de náuseas e vómitos severos em pacientes seleccionados.
Terapêutica alternativa aos fármacos de primeira linha no tratamento a curto
prazo (máximo de 12 semanas) da ansiedade psicótica. Tratamento de problemas
severos de comportamento em crianças (hiperexcitabilidade). Tratamento coadjuvante
do tétano e na porfiria aguda intermitente. Esquizofrenias. Delírios crónicos
interpretativos e passionais.
SUPERDOSAGEM
Síndrome parkinsoniana severa, coma. Tratamento: suporte sintomático.
REACÇÕES ADVERSAS
Manifestam-se com frequência: visão turva ou outras alterações na visão,
movimentos de torção do corpo por efeitos parkinsonianos extrapiramidais distônicos.
Hipotensão, obstipação, tonturas, sonolência, secura da boca, congestão nasal.
PRECAUÇÕES
Os pacientes que não toleram uma fenotiazina podem não tolerar as outras. As
medicações antipsicóticas elevam as concentrações de prolactina, que persistem durante
a administração crónica. Em recém-nascidos cujas mães receberam fenotiazinas no final
da gravidez descreve-se icterícia prolongada, hiporreflexia ou hiper-reflexia e efeitos
extrapiramidais. Durante a lactação manifesta-se sonolência no lactente.
Os pacientes geriátricos necessitam de uma dose inicial mais baixa pois tendem
a desenvolver concentrações plasmáticas mais elevadas, são mais propensos à
hipotensão ortostática e mostram uma sensibilidade aumentada aos efeitos
antimuscarínicos e sedativos das fenotiazinas.
Também são propensos a desenvolver efeitos secundários extrapiramidais, tais
como discinesia tardia e parkinsonismo. Sugere-se administrar em pacientes idosos a
metade da dose do adulto. Por seu efeito antimuscarínico pode diminuir e inibir o fluxo
salivar e contribuir ao desenvolvimento de cáries, doença periodontal e candidíase oral.
Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos das fenotiazinas podem aumentar a
incidência de infecção microbiana, atraso na cicatrização e hemorragia gengival.
INTERACÇÕES
Os anti-histamínicos e antimuscarínicos intensificam os efeitos antimuscarínicos
das fenotiazinas, especialmente confusão, alucinações e pesadelos. As anfetaminas
podem produzir redução dos efeitos antipsicóticos das fenotiazinas e por sua vez as
fenotiazinas podem diminuir o efeito estimulante das anfetaminas.
As fenotiazinas podem diminuir o limiar para as crises convulsivas, sendo
necessário ajustar as doses dos anticonvulsivantes. Podem inibir o metabolismo da
fenitoína e causar toxicidade por fenitoína. O uso concomitante com antitireóideos pode
aumentar o risco de agranulocitose; com a bromocriptina podem aumentar as
concentrações séricas de prolactina.
Os efeitos antiparkinsonianos da levodopa podem ser diminuídos devido ao
bloqueio dos receptores dopaminérgicos no cérebro. O uso concomitante com
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão severa do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular severa. A
relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações: alcoolismo, angina do
peito, discrasias sangüíneas, glaucoma, disfunção hepática, doença de Parkinson, úlcera
péptica, retenção urinária, síndrome de Reye, transtornos convulsivos, vómitos.
Antecedentes de agranulocitose tóxica, porfiria e glaucoma. Gravidez e lactação.
Risco de retenção urinária em transtornos uretrais ou prostáticos.
PENFLURIDOL
SEMAP
Como penfluridol não é sedativo potente, ele deve ser usado em combinação
com psicotrópicos sedativos, quando usado em pacientes agitados ou agressivos.
Penfluridol deve ser usado com cautela em pacientes com disfunção hepática.
Acredita-se que os neurolépticos possam baixar o limiar convulsivo e devem,
portanto, ser usados com cautela em pacientes epilépticos. Se necessário, as doses dos
anticonvulsivantes devem ser adaptadas nestes pacientes.
Pacientes idosos podem ser particularmente sensíveis, especialmente aos efeitos
extrapiramidais recomenda-se reduzir as doses iniciais pela metade.
A segurança de penfluridol em crianças menores de 12 anos não foi estabelecida.
Discinesia tardia. Como todo agente neuroléptico pode-se observar discinesia
tardia em alguns pacientes submetidos a terapia prolongada ou após a interrupção do
medicamento. As manifestações podem ser permanentes em alguns pacientes.
Tal síndrome é principalmente caracterizada por movimentos involuntários rítmicos da
língua, face, boca ou mandibula. Não há nenhum tratamento eficaz conhecido.
Agentes antiparkinsonianos normalmente não aliviam os sintomas desta síndrome.
INTERACÇÕES
REAÇÕES ADVERSAS
Os efeitos colaterais são raros e geralmente brandos.
Efeitos neurológicos: Aparecem cerca de 4-6 horas após a administração da dose
semanal e são mais pronunciados no dia seguinte. Normalmente, diminuem em 48 horas
e tendem a desaparecer espontaneamente, dentro de 3 a 6 semanas, conforme o
tratamento e continuado.
Os sintomas extrapiramidais, que ocorrem devido ao bloqueio dopaminérgico,
raramente aparecem em doses inferiores a 10 mg de penfluridol por semana. As
manifestações clínicas mais comuns desses sintomas são:
Parkinsonismo: Bradicinesia, rigidez muscular, dificuldade para caminhar, ausência de
expressão facial, tremor, micrografia. Distonia aguda ou discinesia: Torcicolo, trismo,
crises oculogiras. Acatisia: Incapacidade de ficar parado. Os efeitos mais
freqüentemente relatados são: Inquietação e discinesia.
Os sintomas parkinsonianos são diminuídos com administração de
anticolinérgico ou, se possível com a redução da dose.
Discinesia tardia.
Efeitos hormonais: Incluem hiperprolactinemia, que em alguns casos pode levar
a galactorréia ou amenorréia.
Síndrome neuroléptica maligna: Como ocorre com outros neurolépticos, em
raros casos foram relatados este tipo de síndrome ao penfluridol. Esta síndrome
constitui uma resposta idiossincrásica desenvolvida rapidamente, caracterizada por
CONTRA-INDICAÇÕES
Penfluridol não deve ser usado em distúrbios depressivos e síndrome de
Parkinson.
Penfluridol é contra indicado nas depressões do SNC e em estados comatosos. Não deve
ser usado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da
fórmula ou a qualquer derivado difenilbutilpiperidínico.
CLORPROMAZINA
AMPLICTIL
CLORPROMAZINA
INDICAÇÕES
Tratamento dos distúrbios psicóticos; é eficaz na esquizofrenia e na fase maníaca
da doença maníaco-depressiva. Tratamento do controle de náuseas e vômitos graves em
pacientes selecionados. Terapêutica alternativa para fármacos de primeira linha no
tratamento de curto prazo (não mais de 12 semanas) da ansiedade não psicótica.
Tratamento de problemas graves de comportamento em crianças (hiperexcitabilidade).
Tratamento coadjuvante de tétano e na porfiria aguda intermitente.
REACÇÕES ADVERSAS
São de aparição mais freqüente: visão turva ou qualquer alteração na visão,
movimentos de torção do corpo por efeitos parkinsonianos extrapiramidais distônicos.
Hipotensão, Obstipação, enjoos, sonolência, secura na boca, congestão nasal.
Raramente se observa discinesia tardia, micção difícil (por efeito
antimuscarínico), erupção cutânea, distúrbios do ciclo menstrual, hipersensibilidade à
luz solar, galactorréia, náuseas, vômitos.
PRECAUÇÕES
Os pacientes que não toleram uma fenotiazina podem não tolerar outras. As
medicações antipsicóticas elevam as concentrações de prolactina, que persistem durante
a administração crónica. Em recém-nascidos cujas mães receberam fenotiazinas no final
da gravidez foram descritas icterícia prolongada, hiporreflexia ou hiperreflexia e efeitos
extrapiramidais.
Durante a lactação observa-se sonolência no lactente. Os pacientes geriátricos
necessitam de uma dose inicial mais baixa, pois tendem a desenvolver concentrações
plasmáticas mais elevadas, são mais propensos à hipotensão ortostática e monstram uma
sensibilidade aumentada aos efeitos antimuscarínicos e sedativos das fenotiazinas.
Também são mais propensos a desenvolver efeitos colaterais extrapiramidais,
tais como discinesia tardia e parkinsonismo. Sugere-se administrar aos pacientes idosos
a metade da dose usual do adulto. O seu efeito antimuscarínico, pode diminuir ou inibir
o fluxo salivar e contribuir para o desenvolvimento de cáries, doença periodontal e
candidíase oral.Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos das fenotiazinas podem
aumentar a incidência de infecção microbiana, atraso na cicatrização e hemorragia
gengival.
INTERACÇÕES
Os anti-histamínicos e os antimuscarínicos intensificam os efeitos
antimuscarínicos das fenotiazinas, principalmente confusão, alucinações e pesadelos. As
anfetaminas podem produzir redução dos efeitos antipsicóticos das fenotiazinas e estas
diminuem o efeito estimulante das anfetaminas.
As fenotiazinas podem baixar o limiar para crises convulsivas, sendo necessário
ajustar a dose dos anticonvulsivos. Podem inibir o metabolismo da fenitoína e dar
origem a toxicidade por fenitoína. O uso simultâneo com antitireoidianos pode
aumentar o risco de agranulocitose; com a bromocriptina, podem aumentar as
concentrações séricas de prolactina. Pode-se inibir os efeitos antiparkinsonianos da
levodopa devido ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos no cérebro.
O uso simultâneo com bloqueadores beta-adrenérgicos origina uma
concentração plasmática elevada de cada medicação.
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão grave do SNC, estados comatosos, doença cardiovascular grave. A
relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações: alcoolismo, angina
LEVOMEPROMAZINA
LEVOZINE
NEOZINE
INDICAÇÕES
Psicopatias agudas ou crónicas. Esquizofrenias crónicas. Síndromes de excitação
psicomotora. Psicoses, alucinações.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Foram descritos: boca seca, astenia, sonolência, agitação, insónia, cefaléias,
discinesias precoces e tardias, fotossensibilidade, depressão do SNC,
hiperprolactinemia, extrapiramidalismo, distúrbios da visão, tonturas, congestão nasal,
hipotensão arterial, icterícia obstrutiva, disúria, amenorréia, galactorréia.
Incompatibilidade cruzada com outros neurolépticos fenotiazínicos (clorpromazina).
PRECAUÇÕES
INTERACÇÕES
Anticolinérgicos e anti-histamínicos H1 potencializam os efeitos da
levomepromazina. Fármacos mielodepressores: potencializam a leucopenia e
trombocitopenia. Anestésicos gerais: pacientes submetidos a tratamento prolongado
com levomepromazina requerem doses menores de anestésico geral.
Aminas: podem reduzir a eficácia do neuroléptico e esse, por sua vez, o efeito
estimulante das anfetaminas. Podem ser afetados os efeitos dos fármacos
anticonvulsivantes (fenitoínas) ao reduzirmos o limiar para as crises convulsivas.
As respostas antiparkinsonianas da levodopa podem ser afectadas ao bloquear os
receptores cerebrais dopaminérgicos. Também podem ocorrer interacções
medicamentosas com os seguintes fármacos: antidepressivos tricíclicos, antitireóideos,
betabloqueadores adrenérgicos, anticolinérgicos, álcool, antiparkinsonianos e anti-
hipertensivos.
CONTRA-INDICAÇÕES
Em pacientes debilitados, caquéticos e idosos. Pacientes comatosos
especialmente aqueles que estejam recebendo fármacos neurodepressores. Indivíduos
com antecedentes de depressão medular, glaucoma, hipertrofia prostática, taquicardia.
Doença de Parkinson. Insuficiência hepática, cardiopatia isquêmica, patologias
convulsivantes (epilepsia).
SULPIRIDA
DOGMATIL
EQUILID
INDICAÇÕES
Dispepsia, discinesia, somatizações viscerais, cólon irritável, colite ulcerosa.
Distúrbios somatiformes. Doenças psicossomáticas.
REACÇÕES ADVERSAS
Em alguns pacientes foram assinalados tremores, sonolência,
extrapiramidalismo, tonturas, cefaléia, astenia, secura na boca, ginecomastia,
galactorréia, erupção cutânea.
PRECAUÇÕES
Não associar com antidepressivos IMAOs. A relação risco-benefício deverá ser
avaliada em pacientes com glaucoma. Não ministrar com bebidas alcoólicas ou
fármacos depressores do SNC. Empregar com precaução na presença de insuficiência
renal ou hepática.
CONTRA-INDICAÇÕES
Feocromocitoma, Parkinson, epilepsia, gravidez e lactação, miastenia grave.
Hipersensibilidade ao fármaco.
TIORIDAZINA
MELLERIL
INDICAÇÕES
Ansiedade, estados de tensão, agitação, distúrbios emocionais e do sono.
Geriatria: estados de confusão, ansiosos, depressivos e insónia. Pediatria: dificuldade de
concentração, distúrbios de conduta como hiperatividade ou agressividade. Pacientes
psicóticos internados ou ambulatoriais.
REACÇÕES ADVERSAS
Sedação, vertigem, hipotensão ortostática, secura na boca, distúrbios da
acomodação visual, galactorréia, irregularidade do ciclo menstrual, erupção cutânea,
fotossensibilidade.
Náuseas, obstipação, icterícia. Em casos isolados, com doses elevadas de
tioridazina, observaram-se rigidez muscular e sintomas extrapiramidais, arritmias ou
paragem cardíaca.
Em tratamentos a longo prazo, com doses superiores a 800mg/dia, foram
descritas retinopatias pigmentárias.
PRECAUÇÕES
Em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, hipertrofia prostática ou doença
cardiovascular grave. Devem ser realizadas contagens leucocitárias regularmente
durante o tratamento, por possível leucopenia ou agranulocitose, e controle da função
hepática em doentes com antecedentes. Durante a gravidez, deverá ser prescrita somente
em casos estritamente indicados.
INTERACÇÕES
Aumenta os efeitos depressivos do álcool sobre o SNC, dos depressores do SNC
e anti-histamínicos, os efeitos antimuscarínicos dos anticolinérgicos e dos inibidores da
quinidina sobre a contratilidade miocárdica.
CONTRA-INDICAÇÕES
Estados comatosos ou depressão do SNC grave, hipersensibilidade a outras
fenotiazinas e antecedentes de discrasias sanguíneas. Doença vascular grave. Lactação.
TRIFLUOPERAZINA
STELAZINE
INDICAÇÕES
Tratamento de distúrbios psicóticos como esquizofrenia e na fase maníaca da
doença maníaco-depressiva. Tratamento do controle de náuseas e vómitos graves em
pacientes seleccionados. Terapêutica alternativa dos fármacos de primeira linha no
tratamento a curto prazo (não mais de 12 semanas) da ansiedade psicótica.
REACÇÕES ADVERSAS
São de aparição mais frequente: efeitos parkinsonianos, extrapiramidais
distônicos (mais frequentes em idosos), congestão nasal. Raras vezes se observa: visão
turva ou qualquer alteração de visão, discinesia tardia, micção difícil, hipotensão,
erupção cutânea, distúrbios do ciclo menstrual, constipação, sonolência, secura na boca,
secreção de leite não habitual, náuseas, vómitos.
PRECAUÇÕES
Os pacientes que não toleram uma fenotiazina podem não tolerar também outras
fenotiazinas. As medicações antipsicóticas elevam as concentrações de prolactina e
persistem durante a administração crónica. Nos recém-nascidos, cujas mães receberam
fenotiazinas no final da gravidez, foram descritos icterícia prolongada, hiporreflexia ou
hiperreflexia e efeitos extrapiramidais.
Durante a lactação observa-se sonolência no lactente. Os pacientes geriátricos
necessitam de uma dose inicial mais baixa, pois tendem a desenvolver concentrações
plasmáticas mais elevadas, são mais propensos à hipotensão ortostática e demonstram
uma sensibilidade aumentada aos efeitos antimuscarínicos e sedativos das fenotiazinas.
Também são mais propensos a desenvolver efeitos secundários extrapiramidais, tais
como discinesia tardia e parkinsonismo.
Sugere-se administrar aos pacientes idosos a metade da dose usual para adultos.
Pelo seu efeito antimuscarínico, pode diminuir ou inibir o fluxo salivar, contribuindo
para o desenvolvimento de cáries, doença periodontal, candidíase oral. Os efeitos
leucopênicos e trombocitopênicos das fenotiazinas podem aumentar a incidência de
infecção microbiana, atraso na cicatrização e hemorragia gengival.
INTERACÇÕES
Os anti-histamínicos e os antimuscarínicos intensificam os efeitos
antimuscarínicos das fenotiazinas, principalmente confusão, alucinações e pesadelos. As
anfetaminas podem produzir redução dos efeitos antipsicóticos das fenotiazinas e estas,
reduzir o efeito estimulante das anfetaminas.
As fenotiazinas podem baixar o limiar para as crises convulsivas, razão pela qual
é necessário ajustar a dose dos anticonvulsivos. Podem inibir o metabolismo da
fenitoína e originar a toxicidade por fenitoína. O uso simultâneo com antitireóideos
CONTRA-INDICAÇÕES
Depressão do SNC grave, estados comatosos, doença cardiovascular grave. A
relação risco-benefício deverá ser avaliada nas seguintes situações: alcoolismo, angina
pectoris, discrasias sanguíneas, glaucoma, disfunção hepática, Parkinson, úlcera péptica,
retenção urinária, síndrome de Reye, distúrbios convulsivos, vómitos
De forma ampla os Antipsicóticos Atípicos são definidos como uma nova classe
desses medicamentos que causam menos efeitos colaterais extra-piramidais, ao menos
em doses terapêuticas. Eles são os seguintes:
AMISULPRIDA: Socian
CLOZAPINA: Leponex
OLANZAPINA: Zyprexa
QUETIAPINA: Seroquel
RISPERIDONA: Risperdal
ZUCLOPENTIXOL: Clopixol
ZIPRASIDONA: Geodon
CLOZAPINA
LEPONEX
PROPRIEDADES
É um novo antipsicótico diferente dos neurolépticos clássicos cujo mecanismo
de acção pode ser devido ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos, tanto D1 como
D2, no sistema límbico.
Esse bloqueio selectivo explicaria a ausência de fenômenos extrapiramidais, a
sua notável e rápida sedação e a sua forte acção antipsicótica e antiesquizofrênica, assim
como seu leve efeito sobre os níveis de prolactina.
Devido a essa última acção o risco de efeitos adversos como ginecomastia,
amenorréia, galactorréia e impotência é menor. A clozapina desenvolve efeitos
anticolinérgicos, anti-histamínicos, noradrenérgicos.
O inédito e revolucionário perfil terapêutico demonstrado pela clozapina, ao lado
das suas importantes limitações em segurança, já que pode ser capaz de produzir a
agranulocitose, ajudou a estimular, na década de 1990, a busca por novos antipsicóticos
que, alcançando o mesmo potencial terapêutico e a boa tolerabilidade extrapiramidal,
não apresentassem o mesmo risco dos graves problemas hematológicos com ela
registado.
A busca deflagrada por um sucessor da clozapina forneceu uma série de novos
fármacos, alguns ainda em desenvolvimento.
Em indivíduos esquizofrênicos a clozapina melhora tanto os sintomas positivos
como negativos em 30%-35% dos casos e, em 60% dos casos se o tratamento se
prolonga por 12 ou mais meses.
A absorção digestiva após a administração por via oral é rápida e completa
(90%-95%) e não se modifica com a ingestão de alimentos. A sua biodisponibilidade é
de 50%-60% devido ao efeito de primeira passagem hepática, após o qual liberta dois
metabólitos principais, dos quais a desmetilclozapina é o terapeuticamente activo.
A concentração máxima plasmática é atingida após 2 horas (0,4 a 4,2 horas) em
um regime posológico de duas tomadas diárias; possui uma elevada ligação às proteínas
plasmáticas (90%) e sua excreção é bifásica, com uma semi-vida média de 12 horas.
Somente uma mínima proporção do fármaco excretado está inalterada, pois 50%
da dose administrada elimina-se metabolizados pela urina e 30% pelas fezes.Devido às
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
A clozapina é um antipsicótico que tem demonstrado ser diferente dos
neurolépticos clássicos. Em estudos farmacológicos experimentais clozapina não induz
catalepsia nem inibe o comportamento estereotipado induzido por apomorfina ou
anfetamina.
A droga apresenta apenas fraca actividade bloqueadora de dopamina em
receptores D1, D2, D3 e D5, mas demonstra elevada potência em receptores D4, além
de potente efeito antiadrenérgico, anticolinérgico, anti-histamínico e inibidor da reacção
de alerta. Apresenta também propriedades anti-serotoninérgicas.
Clinicamente clozapina produz sedação rápida e acentuada e exerce potente
efeito antipsicótico. É de particular interesse que este é observado em pacientes
esquizofrênicos resistentes a outros tratamentos medicamentosos. Nesses pacientes,
clozapina é eficaz no alívio tanto de sintomas positivos como negativos.
Observa-se uma melhoria clínica relevante em cerca de um terço dos pacientes
nas primeiras seis semanas de tratamento e em aproximadamente 60% dos pacientes nos
quais se mantém o tratamento por até 12 meses. Além disso, tem sido descrita melhora
em alguns aspectos de alterações cognitivas.
Estudos epidemiológicos demonstraram também uma redução de
aproximadamente sete vezes na ocorrência de suicídio e tentativas de suicídio em
pacientes tratados com clozapina, comparadas a esquizofrênicos não tratados com
clozapina. Clozapina é único no sentido de que não produz virtualmente nenhuma das
reacções extrapiramidais mais relevantes, como distonia aguda. Síndrome parkinsoniana
e acatisia são raras.
Ao contrário dos neurolépticos clássicos, clozapina produz pequena ou nenhuma
elevação de prolactina, evitando, portanto, efeitos colaterais como ginecomastia,
amenorréia, galactorréia e impotência sexual. Uma reacção adversa potencialmente
grave produzida pelo tratamento com clozapina é granulocitopenia e agranulocitose,
com ocorrência estimada de 3% e 0,7%, respectivamente.
Em vista do risco desse efeito colateral, o uso de clozapina deve ser limitado a
pacientes resistentes ao tratamento neuroléptico convencional, nos quais se possam
realizar exames hematológicos regulares
INDICAÇÕES
Psicoses severas: esquizofrenia especialmente em formas refratárias a outros
tratamentos (esquizofrênicos resistentes). Desequilíbrios bipolares incluindo síndromes
maníaco-depressivas.
SUPERDOSAGEM
A superdose produz alteração dos estados de consciência, como adormecimento,
delírio e coma, hipotensão, taquicardia, depressão ou paragem respiratória, sialorréia e
em poucos casos tremores. Tratamento: manter a ventilação e a oxigenação, administrar
carvão activado, monitorização cardíaca e cuidados sintomáticos. Evitar a adrenalina e
seus derivados para tratar a hipotensão, e quinidina e procainamida para as arritmias
cardíacas. A hemodiálise e a diálise peritoneal são pouco eficazes.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Em nível medular pode provocar agranulocitose mortal – embora em certas
ocasiões possa ser reversível – a qual se manifesta nas primeiras 18 semanas de
tratamento. No SNC, sedação, sonolência, cefaléia, tonturas e alterações no EEG com
complexos espiga-onda. Pode reduzir o limiar convulsivante (efeito dose-dependente) e
induzir convulsões, obrigando assim a reduzir a dose e ao mesmo tempo adicionar
tratamento com anticonvulsivantes.
Os sintomas e sinais extrapiramidais que podem ocorrer são muito menores que
os gerados pelos neurolépticos clássicos; outros fenômenos indesejáveis indicados são
visão turva, secura da boca, taquicardia, hipotensão arterial, náuseas, vómitos,
obstipação, febre e raramente elevação das enzimas hepáticas, eosinofilia, priapismo,
retenção urinária, aumento de peso, rash cutâneo. Todos esses fenômenos são
percebidos durante terapias prolongadas ou com doses elevadas.
PRECAUÇÕES
Administrar somente em pacientes com doença severa ou refratária devido ao
risco de agranulocitose. Controlar semanalmente os parâmetros hematológicos antes e
durante o tratamento. Se o tratamento for suspenso, controle hematológico deve
continuar durante quatro semanas após a suspensão.
INTERACÇÕES
Deve ser empregada de forma simultânea com fármacos potencialmente
mielotóxicos. Os efeitos de álcool, narcóticos, psicofármacos, anti-histamínicos, IMAO
podem ser potencializados pelo emprego simultâneo de clozapina. Efeitos aditivos
também foram observados com anticolinérgicos, anti-hipertensivos e depressores da
função ventilatória pulmonar. Os anticoagulantes orais podem aumentar as
concentrações séricas de clozapina com o risco potencial de hemorragias.
A administração de cimetidina e provavelmente outros indutores enzimáticos do
citocromo P450 pode reduzir os níveis de clozapina com o conseguinte ressurgimento
dos sintomas psicóticos. O emprego de lítio e outros fármacos para evitar a recorrência
pode aumentar o risco de manifestação de síndrome neuroléptica maligna.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao fármaco. Patologias hemáticas, psicose, estados de
choque, coma, colapso cardiorrespiratório, insuficiência cardíaca, hepática ou renal
grave.
OLANZAPINA
ZYPREXA
INDICAÇÕES
Esquizofrenia e outras psicoses em que os sintomas positivos (delírios,
alucinações, pensamento desordenado, hostilidade e medo) ou os negativos (indiferença
afectiva, depressão emocional e social, pobreza de linguagem) são predominantes.
SUPERDOSAGEM
A experiência em seres humanos é limitada, portanto os sintomas são
sonolência, depressão respiratória, visão turva, hipotensão e possíveis distúrbios
extrapiramidais.
O tratamento consiste em manter ventilação e oxigenação adequadas, utilizar
líquidos intravenosos ou agentes simpatomiméticos como a noraepinefrina. Não
REACÇÕES ADVERSAS
Os efeitos adversos observados são sonolência, aumento de peso e
hiperprolactinemia, com manifestações clínicas como ginecomastia e galactorréia.
Menos frequentemente foram registrados: tonturas, aumento do apetite, edema
periférico, hipotensão ortostática, secura da boca, obstipação, aumento transitório das
transaminases hepáticas e eosinofilia assintomática.
PRECAUÇÕES
Durante o tratamento com olanzapina recomendam-se controlos periódicos dos
níveis das transaminases hepáticas, principalmente naqueles pacientes com sinais e
sintomas de lesão hepática, patologias preexistentes associadas com reserva funcional
hepática limitada e naqueles sob tratamento com fármacos potencialmente
hepatotóxicos.
Caso haja aumento das enzimas, é necessário considerar a redução da dose de
olanzapina. Utilizar com precaução em pacientes com antecedentes de convulsões ou
com doenças linfoproliferativas, contagens baixas de leucócitos ou neutrófilos,
antecedentes de depressão ou toxicidade da medula óssea induzida pelo fármaco ou por
patologia concorrente. Administrar com precaução a pacientes com hipertrofia da
próstata, íleo paralítico, glaucoma de ângulo fechado ou afecções correlacionadas, em
função da actividade anticolinérgica potencial deste fármaco.
Estudos em animais indicaram que a olanzapina não possui efeitos
carcinogênicos, teratogênicos ou mutagênicos. Não obstante, devido à limitada
experiência em seres humanos, recomenda-se utilizá-la durante a gravidez somente
quando o benefício para a mãe justificar o risco potencial para o feto. Aconselha-se
evitar seu uso durante a amamentação. Dada a possibilidade de sonolência durante o
tratamento, recomenda-se advertir os pacientes sobre o manuseio de máquinas perigosas
ou automóveis.
INTERACÇÕES
A administração simultânea de álcool ou fármacos de acção central pode causar
aumento dos efeitos farmacológicos, como sedação. Como a olanzapina actua sobre os
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade conhecida a este fármaco. A relação risco/benefício deve ser
avaliada nas seguintes patologias: insuficiência hepática, antecedentes de carcinoma
mamário, epilepsia ou antecedentes de convulsões, glaucoma, principalmente de ângulo
estreito, retenção urinária, insuficiência respiratória e Parkinson.
RISPERIDONA
RISPERDAL
RISPERDON
ZARGUS
INDICAÇÕES
Controle das manifestações das afecções psicóticas. Como coadjuvante no
tratamento de mudanças do comportamento ou transtornos afectivos em pacientes com
deficiência mental. Esquizofrenia aguda ou crónica.
SUPERDOSAGEM
REACÇÕES ADVERSAS
Associadas com suspensão do tratamento: sintomas extrapiramidais (2,1%),
tonturas, hiperquinesia, sonolência, náuseas. Durante o tratamento: insónia (26%),
agitação (22%), ansiedade (12%), sonolência, agressão, sintomas extrapiramidais
(17%), dor de cabeça (14%), tonturas, obstipação, náuseas, dispepsia, vómitos, dor
abdominal, sialorréia, dor dental, rinite (10%), tosse, sinusite, dorsalgias ou dores no
peito, febre, seborréia, visão anormal, artralgia, taquicardia, diminuição do desejo
sexual. A aparição dos efeitos extrapiramidais está relacionada com a dose de
risperidona administrada.
PRECAUÇÕES
O tratamento com risperidona expõe o paciente a sérios riscos. Como com outros
neurolépticos, o paciente pode desenvolver um quadro de discinesia tardia,
potencialmente irreversível (maior risco em idosos); síndrome neuroléptica maligna,
potencialmente mortal, que é manifestada com hiperpirexia, rigidez muscular,
instabilidade autonômica e estado mental alterado. Foi observado um aumento do risco
de aparição de tumores da pituitária, endócrinos e mamários em animais.
A risperidona pode produzir hipotensão ortostática. O paciente que recebe
risperidona não deve operar maquinaria pesada nem conduzir automóveis. Não deve
consumir álcool durante o tratamento. Não amamentar. Não utilizar em mulheres
grávidas, a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto.
INTERRACÇÕES
Álcool e outros fármacos que tenham acção no SNC. A risperidona pode
potenciar o efeito dos agentes hipotensores e antagonizar a levodopa e os agonistas
dopaminérgicos. A carbamazepina pode incrementar o clearance da risperidona.
CONTRA INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à risperidona.
QUETIAPINA
SEROQUEL
INDICAÇÕES
Controle das manifestações das afecções psicóticas. Como coadjuvante no
tratamento de mudanças do comportamento ou transtornos afectivos em pacientes com
deficiência mental. Esquizofrenia aguda ou crónica.
SUPERDOSAGEM
Em geral, os sinais e sintomas relatados foram resultantes da exacerbação dos
efeitos farmacológicos conhecidos da quetiapina, isto é, sonolência e sedação,
taquicardia e hipotensão.
Não há antídoto específico para a quetiapina. Em casos de intoxicação grave, a
possibilidade do envolvimento de múltiplas drogas deve ser considerada e recomendam-
se procedimentos de terapia intensiva, incluindo estabelecimento e manutenção de vias
REACÇÕES ADVERSAS
Os efeitos adversos significantes e relatados com maior frequência em estudos a
curto prazo foram sonolência (17.5%), tonturas (10%), obstipação (9%), hipotensão
postural (7%), boca seca (7%), a alterações de enzimas hepáticas (6%).
A quetiapina pode estar associado e astenia leve, rinite e dispepsia. Assim como
outros antipsicóticos, pode estar associado a ganho de peso limitado,
predominantemente durante as primeiras semanas de tratamento.
Assim como outros antipsicóticos com actividade de bloqueio adrenérgico a
quetiapina pode induzir hipotensão ortostática, associada a vertigem, taquicardia e
síncope em alguns pacientes. Existem relatos ocasionais de convulsões em pacientes
tratados com quetiapina embora a frequência não tenha sido maior do que a observada
em pacientes que receberam placebo em estudos clínicos controlados.
Da mesma forma que para outros agentes antipsicóticas, foram relatados casos
raros de possível síndrome neuroléptica maligna em pacientes tratados com quetiapina.
A quetiapina também tem sido associada a variações na contagem de glóbulos brancos.
Leucopenia assintomática transitória e/ou neutropenia têm sido observadas com
incidência aproximada de 1,6%.
Elevações assintomáticas nos níveis de transaminases séricas ou gama-GT foram
observadas em alguns pacientes recebendo quetiapina.
PRECAUÇÕES
Doença cardiovascular: A quetiapina pode induzir hipotensão ortostática,
especialmente no início do tratamento. Essa substância deve ser usada com cuidado am
pacientes com doença cardiovascular, doença cérebro-vascular ou outras condições que
predisponham à hipotensão.
Assim como para outros antipsicóticos, existe potencial para a quetiapina causar
discinesia tardia após tratamento em longo prazo. A segurança e a eficácia de quetiapina
durante a gestação humana não foram estabelecidas.
INTERACÇÕES
Devido aos efeitos primários da quetiapina sobre o sistema nervoso central, ela
deve ser usada com cuidado em combinação com outros agentes de acção central e com
álcool. A co-administração da quetiapina e tioridazina causou elevações na depuração
da quetiapina.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à quetiapina.
AMISULPRIDA
SOCIAN
PROPRIEDADES
A Amisulprida é um neuroléptico pertencente à classe das benzamidas
substituídas, que se caracteriza por rapidez de acção e por objectivo terapêutico bipolar,
também com actividade sobre sintomas psicóticos, tanto sobre os chamados sintomas
produtivos (alucinação e delírio) quanto os chamados sintomas negativos (apatia,
desinteresse...). Após administração oral da Amisulprida, sua concentração plasmática
máxima é atingida em 3,7 horas, sendo sua biodisponibilidade na ordem de 36%.
INDICAÇÕES
Na dose de 50 a 100 mg/dia a Amisulprida é considerada um activador
Dopaminérgico, portanto, indicada nos estados deficitários e produtivos consequentes à
transtornos mentais, mais precisamente em estados depressivos caracterizados por
extrema apatia.
Na dose de 400 à 1200 mg/dia a Amisulprida é um neuroléptico pertencente à
classe das benzamidas substituídas e que se caracteriza por seu perfil terapêutico sobre
sintomas psicóticos tanto produtivos quanto deficitários.
PRECAUÇÕES
Em caso de hipertermia, é imperativo suspender o tratamento, uma vez que este
sintoma pode ser um dos elementos da síndrome maligna (caracterizada por palidez,
hipertermia e distúrbios vegetativos), descrita com o uso de neurolépticos. Esta
precaução deve ser observada sobretudo nos casos onde o produto é empregado em
doses altas. O efeito sedativo dos neurolépticos pode alterar a vigilância e tornar
perigosa a condução de veículos ou a operação de máquinas.
O emprego da Amisulprida deve ser cauteloso em pacientes idosos, devido ao
risco de uma maior sensibilidade. Em virtude da eliminação urinária do produto, é
prudente reduzir a posologia e promover tratamentos descontinuados em presença de
insuficiência renal grave. Faz-se necessário acompanhamento rigoroso quando do uso
em pacientes epilépticos, em vista da possibilidade de abaixamento do limiar
epileptogênico.
Evitar o uso em parkinsonianos, a menos que o tratamento com neurolépticos
mostre-se indispensável. A Amisulprida não deve ser administrada em pacientes com
suspeita de feocromocitoma sem um controle médico rigoroso. Bebidas alcoólicas são
fortemente desaconselhadas durante tratamento com a Amisulprida.
INTERACÇÕES
A associação com levodopa é desaconselhada em razão do antagonismo
recíproco existente entre a levodopa e os neurolépticos. Acredita-se poder a
Amisulprida potenciar a acção de hipotensores, anti-hipertensivos e depressores do
sistema nervoso central, tais como hipnóticos, tranquilizantes, anestésicos, analgésicos,
etc.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
A Amisulprida pode provocar reacções típicas dos neurolépticos, em particular:
Sedação, Discinesias precoces (torcicolo espasmódico, crises oculógiras, trismo), que
cedem com a administração de um antiparkinsoniano anticolinérgico;
Discinesias tardias, que podem ser observadas com todos os neurolépticos durante
tratamentos prolongados. Nestes casos, os antiparkinsonianos anticolinérgicos são
desprovidos de acção, podendo inclusive provocar um agravamento do quadro.
Reações Vegetativas: Com doses elevadas, pode ocorrer hipotensão moderada,
ainda que raramente.
Variados: Amenorréia, galactorréia, ginecomastia, hiperprolactinemia, ganho de
peso.
ZOCLUPENTIXOL
CLOPIXOL
INDICAÇÕES
Esquizofrenias agudas e crónicas e outras psicoses, especialmente com sintomas
como alucinações, delírios, distúrbios do pensamento, assim como agitação,
inquietação, hostilidade e agressividade. Fase maníaca da psicose maníaco-depressiva.
Atraso mental associado com hiperatividade motora, agitação, violência e outros
distúrbios do comportamento. Demência senil com idéias paranóides, confusão e/ou
desorientação ou distúrbios do comportamento.
CONTRA-INDICAÇÕES
Intoxicações agudas por álcool, barbitúricos ou opiáceos, estados comatosos.
PRECAUÇÕES
Zoclupentixol não deve ser ingerido com bebida alcoólica ou barbitúricos.
Pacientes em terapia por longo prazo devem ser acompanhados cuidadosamente. O
tratamento não deve ser interrompido abruptamente.
Zoclupentixol deve ser usado com precaução em pacientes com desordens
convulsivas, doença hepática ou cardiovascular avançada. Preferivelmente,
Zoclupentixol não deve ser usado durante a gravidez e a lactação.
Efeitos sobre actividades que necessitem de atenção: A capacidade de dirigir
automóveis ou de operar máquinas pode ser afectada. Portanto, deve-se tomar cuidado,
sobretudo no início do tratamento até que todas as reacções individuais do paciente
sejam conhecidas.
INTERACÇÕES
Zoclupentixol pode aumentar a resposta ao álcool e aos efeitos dos barbituricos e
outros depressores do SNC. Zoclupentixol não deve ser usado concomitantemente com
a guanetidina ou compostos de acção similar, já que os neurolépticos podem bloquear o
efeito anti-hipertensivo destes compostos.
Zoclupentixol reduz o efeito da levodopa e das drogas adrenérgicas. O uso
concomitante da metoclopramida e piperazina aumenta o risco de sintomas
extrapiramidais.
REACÇÕES ADVERSAS
Neurológicas: Podem ocorrer sintomas extrapiramidais, especialmente durante
as fases iniciais do tratamento. Na maioria dos casos, estes efeitos colaterais podem ser
controlados satisfatoriamente através da redução da dose e/ou uso de substâncias
antiparkinsonianas.
O uso profilático de rotina de medicação antiparkinsoniana não é recomendado.
A discinesia tardia pode ocorrer muito ocasionalmente em pacientes submetidos a
tratamento de longo prazo.
As drogas antiparkinsonianas não aliviam estes sintomas. Recomenda-se
redução da dose ou, se possível, a interrupção da terapia.
Psíquicas: Sonolência inicialmente.
SUPERDOSAGEM
O conjunto dos seguintes sintomas pode indicar superdosagem: sonolência,
coma, sintomas extrapiramidais, convulsões, hipotensão, choque, hipo ou hipertermia.
Conduta na superdosagem: Tratamento sintomático e de suporte. Deve-se fazer lavagem
gástrica, tão rápido quanto possível, após a ingestão oral. Administrar carvão activado.
Instituir medidas de suporte dos sistemas respiratório e cardiovascular. Não se deve
utilizar epinefrina (adrenalina), pois pode resultar em redução ainda maior dos níveis
tensionais. Convulsões podem ser tratadas com diazepam e os sintomas extrapiramidais
com biperideno.
Recomendações especiais: A síndrome neuroléptica maligna (SNM) é uma
complicação rara, porém potencialmente fatal, ao uso de substâncias neurolépticas. Os
sinais da SNM são: hipertermia, rigidez muscular e flutuação do nível de consciência,
associados a disfunção autonômica (pressão sanguínea lábil, taquicardia, sudorese).
Além de imediata interrupção da medicação neuroléptica, são vitais a instituição de
medidas de suporte geral e tratamento sintomático.
ZIPRASIDONA
GEODON
CONTRA INDICAÇÕES
A ziprasidona é contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade
à droga ou a quaisquer componentes do produto. A ziprasidona também é contra-
indicado em pacientes com conhecido prolongamento no intervalo QT, enfarte agudo do
PRECAUÇÕES
Uso em crianças: A segurança e a eficácia da ziprasidona em crianças menores
que 18 anos de idade ainda não foram avaliadas. Uma vez que a SNM, um complexo
raro mas potencialmente fatal, foi relatada em associação com outros fármacos
antipsicóticos, um risco potencial da ocorrência deste evento adverso durante o
tratamento com ziprasidona não pode ser excluído.
O controlo da SNM deve incluir descontinuação imediata de todos os fármacos
antipsicóticos. Discinesia tardia: Assim como ocorre com outros antipsicóticos, existe
um potencial da ziprasidona causar discinesia tardia e outras síndromes extrapiramidais
tardias após tratamento prolongado.
Se aparecerem sinais ou sintomas de discinesia tardia, deve-se considerar
redução da dose ou descontinuação da medicação. Intervalo QT: A ziprasidona causa
um prolongamento no intervalo QT de grau leve a moderado. Portanto, a ziprasidona
não deve ser administrada concomitantemente com outros medicamentos que são
conhecidos por prolongar o intervalo QT.
Distúrbios eletrolíticos tais como hipocalemia e hipomagnesemia aumentam o
risco de uma arritmia maligna e devem ser corrigidos antes de o tratamento com
ziprasidona ser iniciado. Se pacientes com doenças cardíacas estáveis forem tratados,
uma revisão no eletrocardiograma (ECG) deve ser considerada antes do início do
tratamento. Se sintomas cardíacos, tais como palpitações, vertigens, síncope ou
convulsão ocorrerem, então a possibilidade de uma arritmia cardíaca maligna ocorrer
deve ser considerada e uma avaliação cardíaca incluindo um ECG deve ser conduzida.
Se o intervalo QT é > 500 ms, é recomendado que o tratamento seja interrompido.
Convulsões: Assim como com outros antipsicóticos, recomenda-se cautela no
tratamento de pacientes com histórico de convulsões. Uso durante a gravidez e a
lactação: Estudos de toxicidade na reprodução demonstraram efeitos adversos no
processo reprodutivo apenas com doses associadas à toxicidade materna. Não houve
evidências de teratogenicidade. Mulheres com potencial de engravidar que estejam
recebendo ziprasidona devem ser aconselhadas a utilizar um método contraceptivo
adequado. Como a experiência humana é limitada, a administração de ziprasidona não é
recomendada durante a gravidez, a menos que o benefício esperado para a mãe supere o
risco potencial ao feto.
Efeitos na habilidade de dirigir e de operar máquinas: ziprasidona (ziprasidona)
pode causar sonolência. Os pacientes que forem dirigir ou operar outras máquinas
devem, portanto, ser advertidos adequadamente.
INTERACÇÕES
Fármacos activos no SNC/Álcool: Considerando os principais efeitos da
ziprasidona no SNC, deve-se ter cautela quando for administrada em associação a
outros fármacos de acção central, incluindo aqueles que agem nos sistemas
dopaminérgicos e serotonérgicos, e com álcool.
Efeito de ziprasidona sobre outros fármacos: A concentração de ziprasidona
(ziprasidona) requerida para inibir os citocromos CYP2D6 e CYP3A4, in vitro, foi, no
mínimo, 1.000 vezes maior que a concentração livre que pode ser esperada in vivo. A
relevância clínica destes achados é incerta, mas é improvável que ziprasidona cause
interações medicamentosas clinicamente importantes mediadas por estas enzimas.
Contraceptivos orais: A administração de ziprasidona não resultou em uma
alteração significativa da farmacocinética de estrogênios (etinilestradiol, um substrato
do citocromo CYP3A4) ou de progestagênios.
Lítio: A co-administração de ziprasidona não teve efeito na farmacocinética do
lítio. Efeitos de outros fármacos sobre ziprasidona: A ziprasidona é substrato do
citocromo CYP3A4. Entretanto, a importância desta via de metabolização in vivo não é
clara, e os potenciais indutores (carbamazepina) ou inibidores (cetoconazol) do
citocromo CYP3A4 não produziram qualquer efeito clinicamente significante na AUC e
na Cmáx da ziprasidona. Estudos in vitro indicam que o citocromo CYP2D6 pode estar
envolvido no metabolismo da ziprasidona.
Embora estudos in vivo não tenham sido conduzidos, não é esperado que
inibidores dessa enzima afectem o metabolismo da ziprasidona devido ao envolvimento
de múltiplas vias metabólicas.
Antiácidos: Doses múltiplas de antiácido à base de alumínio e magnésio não
alteram a farmacocinética da ziprasidona. Estudos farmacocinéticos demonstraram que
a biodisponibilidade da ziprasidona aumenta em até 100% na presença de alimentos.
Portanto, recomenda-se que ziprasidona seja administrado com alimentos.
REACÇÕES ADVERSAS
Sonolência, astenia, tontura, síndrome extrapiramidal, hipotensão,
prolongamento do intervalo QT , Convulsões.
Em estudos clínicos de tratamento de manutenção de longo prazo, os níveis de
prolactina em pacientes tratados com ziprasidona estavam algumas vezes elevados.
Entretanto, na maioria dos pacientes, estes níveis voltaram ao normal sem a interrupção
do tratamento. Além disso, foram raras as manifestações clínicas potenciais (p. ex.,
ginecomastia e aumento da mama).
SUPERDOSAGEM
A experiência de superdosagem com ziprasidona é limitada. Os únicos sintomas
reportados após a ingestão da maior quantidade confirmada, 3.240 mg, foram sedação
leve e fala indistinta. A possibilidade de obnubilação, convulsões ou reação distônica da
cabeça e pescoço após superdosagem pode levar ao risco de aspiração com a indução de
vómitos.
A monitorização cardiovascular deve começar imediatamente e deve incluir
monitorização eletrocardiográfica contínua para detectar possíveis arritmias. Não há um
antídoto específico para ziprasidona.
Até que apareça um termo melhor, são atípicos os antidepressivos que não se
caracterizam como Tricíclicos (ADT), como Inibidores Seletivos da Recaptação da
Serotonina (ISRS) e nem como Inibidores da MonoAminaOxidase (IMAOs).
Alguns desses Antidepressivos Atípicos aumentam a transmissão
noradrenérgica, através do antagonismo de receptores a2 (pré-sinápticos) no sistema
nervoso central, ao mesmo tempo em que modulam a função central da serotonina por
interação com os receptores 5-HT2 e 5-HT3, como é o caso da Mirtazapina.
A actividade antagonista nos receptores histaminérgicos H1 da Mirtazapina é a
responsável pelos seus efeitos sedativos, embora esteja praticamente desprovida de
actividade anticolinérgica.
AMINEPTINA: Survector
FLUVOXAMINA: Luvox
MIRTAZAPINA: Remeron
REBOXETINA: Prolif
TIANEPTINA: Stablon
VENLAFAXINA: Efexor
TRAZODONA: Donaren
MIANSERINA: Tolvon
MILNACIPRANO
Apesar de eficientes para o tratamento dos estados depressivos, demoram vários dias
para fazer efeito e devem ser tomadas por longo período.
AMINEPTINA
SURVECTOR
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas. Depressão reactiva, involutiva, neurótica. Episódios
depressivos em PMD. Amineptine actua combatendo a depressão, agindo
especificamente sobre a lentificação psicomotora e sobre o humor.
REACÇÕES ADVERSAS
Irritabilidade, ansiedade, palpitações, insónia (principalmente após toma da
vespertina). Mais raramente, observam-se queda da pressão arterial dentro dos limites
fisiológicos, gastralgias, náuseas e vertigens.
Foram observadas reacções imunoalérgicas de tradução clínica (mialgias, febre
inexplicável, icterícia, dores abdominais) ou laboratorial (aumento de transaminases ou
fosfatase alcalina) reversíveis com a suspensão do tratamento. Com posologias muito
superiores às doses habituais foram relatados casos de acne.
PRECAUÇÕES
Não administrar simultaneamente com IMAO. Evitar toma da vespertina pelo
risco de induzir insónia. Evitar doses superiores a 200mg/dia, pelo maior risco de
efeitos colaterais, sem maior eficácia antidepressiva.
Em caso de icterícia, dor abdominal, mialgias, febre inexplicada, anorexia ou
náuseas persistentes, é aconselhável a dosagem de enzimas hepáticas. Nos casos de se
encontrarem elevadas, suspender o medicamento e não expor posteriormente o paciente
novamente à amineptina, pois trata-se de reação imunoalérgica.
Desaconselha-se o uso durante a gravidez e o aleitamento, pela ausência de
experiência clínica nessas condições.
Não foram referidas, até o momento, restrições de uso de Amineptine
conjuntamente com álcool ou alimentos.
CONTRA-INDICAÇÕES
VENLAFAXINA
EFEXOR
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas de grau variável. Transtornos obsessivo-compulsivos.
REACÇÕES ADVERSAS
Foram relatados náuseas, diarréia, erupções cutâneas, anorexia, ansiedade,
insónia, nervosismo, confusão mental, cefaléia, secura da boca e astenia. Em geral, a
tolerância clínica ao fármaco é boa e a incidência destes efeitos é baixa (3%).
PRECAUÇÕES
Os indivíduos que requerem um grau de reflexos e alerta, ou trabalham com
máquinas ou veículos, deverão ser advertidos do risco de desenvolver sonolência. Em
indivíduos com insuficiência renal recomenda-se reduzir a dose diária.
A suspensão do tratamento deverá ser lenta e gradual, devendo-se evitar a
suspensão repentina. Quando se deseja substituir a venlafaxina por um antidepressivo
inibidor da monoamino oxidase (IMAO), observar um intervalo de 7 a 14 dias. As
patologias depressivas severas requerem tratamentos prolongados (3 a 6 meses), para se
conseguir a eutimia. Em indivíduos hipertensos deverá ser usada com precaução e
controle tensional periódico.
INTERACÇÕES
A venlafaxina é um antidepressivo que, pela sua reduzida fração ligada às
proteínas plasmáticas e sua mínima interação com o sistema citocromo P450, possui
uma leve tendência a gerar interações medicamentosas com diversos fármacos (lítio,
diazepam, cimetidina).
CONTRA-INDICAÇÕES
Gravidez e lactação. Hipersensibilidade ou alergia à venlafaxina. Desaconselha-
se o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento, a administração a crianças
menores de 18 anos ou em presença de insuficiência hepática ou renal graves.
REBOXETINA
PROLIFT
INDICAÇÕES
A Reboxetina é indicada para o tratamento agudo da doença depressiva e para a
manutenção da melhora clínica em pacientes resistentes ao tratamento inicial, A
remissão da fase aguda da doença depressiva está associada a melhora da qualidade de
vida do paciente, em termos de adaptação social. O efeito clinico é observado após 14
dias do início do tratamento.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade a Reboxetina ou a qualquer outro componente da fórmula.
PRECAUÇÕES
Devido ao relato de alguns raros casos de convulsões durante os estudos clínicos
realizados, o uso da Reboxetina deve ser acompanhado de monitorização no caso de
acidentes com antecedentes de distúrbios convulsivos; a administração do medicamento
deve ser descontinuada se o paciente apresentar convulsões.
Deve-s-e evitar o uso concomitante de inibidores da MAO e Reboxetina, até que
estejam disponíveis dados adicionais. Da mesma forma que com todos os
antidepressivos, ocorreram alternâncias de mania/hipomania durante os estudos
clínicos. Recomenda-se, portanto, a supervisão rigorosa de pacientes bipolares.
O risco de tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que
ocorra remissão significativa. Recomenda-se, portanto, supervisão rigorosa do paciente
durante o período inicial da terapia medicamentosa. Deve-se supervisionar
rigorosamente pacientes com retenção urinária e glaucoma.
Acima da dose máxima recomendada, observou-se hipotensão ortostática com
maior frequência. Deve-se ter cuidado especial ao administrar a Reboxetina
concomitantemente a outros medicamentos de conhecida acção hipotensora.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos e operar máquinas: A
Reboxetina não é sedativa. Em estudos não se observou comprometimento cognitivo ou
psicomotor com esse fármaco.Uso pediátrico: Não foram avaliadas a segurança e a
eficácia da Reboxetina em crianças. Uso na Gravidez e Lactação: Não foram realizados
estudos adequados e bem-controlados em mulheres grávidas. A Reboxetina apenas
INTERACÇÕES
Estudos in vitro e in vivo mostraram que a Reboxetina não é metabolizada pelo
citocromo P450 2D6. Portanto, não são necessárias precauções especiais no caso de
pacientes que apresentam deficiência desta enzima. Da mesma forma, é improvável que
inibidores dessa enzima, como a fluoxetina e a paroxetina, afectem a farmacocinética da
Reboxetina.
Estudos de metabolismo in vivo mostraram que a Reboxetina não inibe a
actividade das seguintes iso-enzimas do citocromo P-450: CYP1A2, CYP2C9,
CYP2C19 e CVP2E1. Em concentrações altas, a Reboxetina inibe a CYP2D6, mas não
se conhece a significância clínica dessa observação.
Não se avaliou em estudos clínicos o uso concomitante da Reboxetina com
outros antidepressivos tricíclicos, inibidores da MAO, ISRSs e Lítio). A extensão da
absorção da Reboxetina não é influenciada significativamente pela ingestão
concomitante de alimentos.
REACÇÕES ADVERSAS
Secura na boca, obstipação, insónia, aumento de sudorese, taquicardia, vertigem,
dificuldades na micção, retenção urinária, impotência.
Observou-se impotência principalmente em pacientes tratados com doses
maiores que 8 mg/dia. Em termos de incidência de efeitos adversos, a diferença mais
importante entre os sexos foi relacionada à freqüência de dificuldades na micção e
retenção urinária, que ocorreu com maior freqüência em pacientes do sexo masculino.
A única modificação observada nos sinais vitais foi um aumento na frequência
cardíaca ortostática.
Além da taquicardia não foram relatadas alterações consistentes nos traçados de
ECG durante o tratamento de pacientes adultos com Reboxetina. Na população idosa,
observaram-se distúrbios do ritmo cardíaco (principalmente taquicardia) e de condução,
evidentes ao ECG, em aproximadamente 15% dos casos.
FLUVOXAMINA
LUVOX
INDICAÇÕES
Fluvoxamina é indicada no tratamento da depressão e dos sintomas do transtorno
obsessivo-compulsivo.
CONTRA-INDICAÇÕES
Fluvoxamina não deve ser administrada concomitantemente com inibidores da
monoamino-oxidase (IMAO). 0 tratamento com Fluvoxamina pode ser iniciado duas
semanas após suspensão de um IMAO irreversível, ou no dia seguinte após a suspensão
de um lMAO reversível por exemplo; moclobemida.
Deve haver um intervalo de pelo menos uma semana entre o término do
tratamento com Fluvoxamina e do tratamento com qualquer IMAO. Fluvoxamina é
também indicada em pacientes com hipersensibilidade à droga.
PRECAUÇÕES
A possibilidade de tentativa suicida é inerente a pacientes com depressão, e pode
persistir até que ocorra uma remissão significativa. Pacientes apresentando insuficiência
renal ou hepática devem receber, inicialmente, uma dose mais baixa, devendo ser
cuidadosamente monitorizados, ou o tratamento deve ser descontinuado.
Fluvoxamina não é recomendado para uso em crianças, pois ainda não há
experiência suficiente, com o produto nessa faixa etária. Ela não interfere nas
habilidades psicomotoras associadas com a condução de veículos ou operação de
máquinas, até a dose de 150 mg/dia. Contudo, relatou-se sonolência durante o
tratamento com a Fluvoxamina.
Da mesma maneira que ocorre com outros fármacos psicoativos o paciente deve
ser alertado para evitar o uso de álcool durante o tratamento com Fluvoxamina.
Recomenda-se cautela quando o produto é administrado a pacientes com distúrbios
convulsivos.
O tratamento deve ser descontinuado se ocorrerem convulsões. Fluvoxamina
pode provocar uma insignificante diminuição no batimento cardíaco.
Gravidez e lactação: Estudos de reprodução com altas doses em animais não
revelaram evidências de prejuízo à fertilidade, à actividade reprodutora, nem efeitos
INTERACÇÕES
Fluvoxamina não deve ser utilizado em combinação com IMAOs. A
Fluvoxamina pode prolongar a efeminação de drogas metabolizadas por via oxidativa
no fígado, é possível uma interacção clinicamente significativa com drogas com um
índice terapêutico estreito, como p. ex., warfarina, fenitoína, teofilina, clozapina
carbamazepina.
Relatou-se um aumento nos niveis plasmáticos previamente estáveis de
antidepressivos tricíclicos quando usados de forma combinada com Fluvoxamina . Não
se recomenda a administração concomitante desses fármacos.
Nos estudos de interação medicamentosa, observou-se níveis plasmáticos
aumentados de propranolol durante administração concomitante da Fluvoxamina.
Recomenda-se, portanto, diminuir a dose desse medicamento quando prescrito
juntamente com Fluvoxamina.
Quando Fluvoxamina é administrada concomitantemente com warfarina por
duas semanas, as concentrações plasmáticas de warfal aumentam significativamente, e
os tempos de protrombina são aumentados. Portanto, deve-se monitorizar os tempos de
protrombina dos pacientes que estejam recebendo anticoagulantes orais e Fluvoxamina.
Não se registaram interações com digoxina ou atenolol.
A Fluvoxamina tem sido utilizada em combinação com lítio no tratamento de
pacientes com depressão grave resistente à medicação. Contudo, o lítio (e,
possivelmente, o triptofano) aumenta os efeitos serotoninérgicos da ftuvoxamina, e,
portanto, essa associação deve ser utilizada com cautela.
Os efeitos serotoninérgicos podem também ser aumentados quando a
Fluvoxamina é utilizada em combinação com outros agentes serotoninérgicos (incluindo
somatriptano e ISRSs). Em raras ocasiões, isso resulta numa síndrome serotoninérgica.
Os níveis plasmáticos de benzodiazepínicos metabolizados por via oxidativa
podem aumentar durante a administração concomitante com Fluvoxamina.
REACÇÕES ADVERSAS
A reacção adversa mais frequentemente observada com Fluvoxamina é náusea,
algumas vezes acompanhada de vómitos. Este efeito colateral geralmente diminui
dentro das duas primeiras semanas de tratamento. Outros efeitos colaterais, observados
nos estudos clínicos nas frequências relacionadas abaixo, são frequentemente associados
com a própria patologia tratada, não sendo necessariamente relacionada com o
tratamento.
Reacções adversas mais frequentes (1-1,5%): astenia, cefaléia, mal estar,
palpitações/taquicardia, dor abdominal, anorexia, obstipação, diarréia, boca seca,
dispepsia, agitação, ansiedade, vertigens, insónia, nervosismo, sonolência, tremores,
sudorese.
Reações menos freqüentes (< 1 %): hipotensão postural, artralgia, mialgia,
ataxia, confusão, sintomas extrapiramidais, alucinações, ejaculação retardada, prurido,
erupção cutânea.
Reações raras (< 0,1%): função hepática anormal, convulsões; mania,
galactorréia, fotossensibilidade.
Embora tenha sido observada hiponatremia durante o uso de outros
antidepressivos, raramente esta foi observada durante o tratamento com Fluvoxamina.
Raramente, foram relatados sintomas, incluindo cefaléias, náuseas, vertigens e
ansiedade após a interrupção abrupta da administração de Fluvoxamina.
SUPERDOSAGEM
Os sintomas mais comuns de superdosagem incluem queixas gastrintestinais,
náuseas, vómitos e diarréia, sonolência, tonturas. Foram também relatados eventos
cardíacos taquicardia, bradicardia, hipotensão, distúrbios da função hepática, convulsões
e coma.
TIANEPTINA
STABLON
CONTRA-INDICAÇÕES
Crianças menores de 15 anos; associação aos IMAO; associação com a
mianserina; gravidez.
REAÇÕES ADVERSAS
Raras, geralmente benignas: gastralgias, dores abdominais, secura da boca,
anorexia, náuseas, vómitos, obstipação, flatulência; insónia, sonolência, pesadelos,
astenia; vertigens, cefaléia, lipotimia, tremores; desconforto respiratório; mialgia,
lombalgia.
PRECAUÇÕES
Devido ao risco de suicídio, os pacientes em uso de Tianeptina deverão ser
vigiados no início do tratamento; em caso de anestesia geral, é conveniente advertir o
anestesista e suspender o tratamento 24 ou 48 horas antes da intervenção. Na paragem
do tratamento recomenda-se, como para todos os antidepressivos, a redução progressiva
da dose durante 7 a 14 dias.
INTERACÇÕES
Com IMAO não seletivos e com a mianserina.
MIRTAZAPINA
REMERON
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas, depressão reactiva, doença maníaco-depressiva bipolar.
Depressão associada com ansiedade, melancolia.
SUPERDOSAGEM
Além da sedação excessiva não foram identificados efeitos de importantes por
superdose. Nesses casos aconselham-se lavagem gástrica, hidratação, terapia
sintomática e apoio das funções vitais respiratórias e cardiovasculares.
REACÇÕES ADVERSAS
Cefaléias, tonturas, sonolência, astenia, secura da boca, discrasias sanguíneas,
edemas, ginecomastia, artralgia, icterícia, hipotensão arterial, visão turva.
PRECAUÇÕES
Após 4-6 semanas do início do tratamento foi observada mielodepressão
manifestada como granulocitopenia que é reversível com a supressão do tratamento.
Deverá monitorizar o surgimento de odinofagia, febre, estomatite ou outros sinais de
infecções, e diante da sua detecção, realizar um hemograma e suspender o tratamento.
A dose deverá ser adequada, regulada e controlada cuidadosamente em
indivíduos com insuficiência hepática ou renal, epilepsia, diabetes, hipertrofia
prostática, glaucoma de ângulo estreito, hipotensão arterial, insuficiência cardíaca,
enfarte do miocárdio recente, arritmias cardíacas. Pode ser observado agravamento dos
sintomas psicóticos quando o medicamento é administrado a pacientes com
esquizofrenia ou patologias psicóticas ou paranóides.
Pode afectar a concentração e os reflexos, especialmente em indivíduos que
dirijam veículos ou maquinarias perigosas.
INTERACÇÕES
O uso simultâneo com álcool, barbitúricos ou benzodiazepínicos pode
potencializar o efeito depressor sobre o SNC. Pode diminuir o limiar convulsivante e
diminuir o efeito dos agentes anticonvulsivantes quando associado a esses
medicamentos. O uso simultâneo com IMAO não é aconselhado devido ao risco
hipertensor e convulsivante.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez e lactação. Estados maníacos. Crianças
menores de 12 anos. Crises convulsivantes.
TRAZODONA
DONAREN
INDICAÇÕES
Depressão profunda, expressa como depressão ou humor disfórico, que interfere
na vida diária e inclui pelo menos 4 dos seguintes sintomas: mudanças no apetite,
inversões no sono, atraso ou agitação psicomotora, perda de interesse pelas actividades
diárias, diminuição do desejo sexual, aumento da fadiga, do sentimento de culpa ou de
menosprezo, raciocínio lento ou perda da concentração e idéias ou tentativas de
suicídio.
Também tem sido utilizada isolada ou como coadjuvante no tratamento da
bulimia, da neuropatia diabética, da cleptomania, na profilaxia da enxaqueca e para
alívio dos sintomas de agorafobia dos pacientes com síndromes de abstinência de
álcool.
SUPERDOSE
Ocorreram mortes por superdoses em pacientes que consumiam paralelamente
outras drogas (álcool, álcool + hidrato de cloral + diazepam, amobarbital, meprobamato,
clordiazepóxido). Com tradozona isolada as reacções mais severas têm sido: priapismo,
paragem respiratória, convulsões e modificações no eletrocardiograma. Não existe
tratamento específico; deve-se administrar tratamento sintomático de manutenção,
submeter o paciente a lavagem ou esvaziamento gástrico; a diurese forçada pode ajudar
a eliminar a trazodona.
REACÇÕES ADVERSAS
PRECAUÇÕES
A trazodona tem sido associada ao aparecimento de priapismo, que exige intervenção
cirúrgica em um terço dos casos com uma proporção de impotência ou falhas
permanentes de ereção; por isso, os homens com ereções prolongadas e impróprias
deveriam interromper o uso da droga imediatamente e consultar o médico.
Não operar máquinas pesadas nem dirigir automóveis, enquanto receber a
trazodona. Em animais, observa-se que sua administração eleva a reabsorção fetal; por
isso não deveria ser usada em mulheres grávidas, a menos que o benefício para elas
supere o risco potencial para o feto. A amamentação deve ser interrompida se for
indicada a trazodona. A segurança e a eficácia em menores de 18 anos não foram
estabelecidas.
INTERACÇÕES
Pode elevar os níveis séricos de degoxina e fenitoína. Desconhece-se a
ocorrência de interações entre os IMAO e a trazodona; por isso as transições entre eles
devem ser feitas com extrema cautela.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à trazodona.
MIANSERINA
TOLVON
INDICAÇÕES
Mianserina é indicado no tratamento das patologias depressivas nas quais
estejam indicados os fármacos antidepressivos.
CONTRA INDICAÇÕES
Em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, durante a
fase maníaca de doença bipolar e nos casos de psicose esquizofrênica.
PRECAUÇÕES
Mianserina possui acção sedativa pronunciada e pode diminuir a performance
psicomotora durante os primeiros dias de tratamento, portanto, os pacientes deverão ser
prevenidos quanto à realização de tarefas perigosas como dirigir veículos ou operar
máquinas. Mianserina, como outros antidepressivos, poderá precipitar a ocorrência de
hipomania em indivíduos susceptíveis a doença depressiva bipolar. Nesses casos, o
tratamento deverá ser descontinuado.
O tratamento deverá ser interrompido na vigência de icterícia ou de convulsões.
Os benefícios do uso de Mianserina durante a gravidez e a lactação deverão ser
avaliados em relação aos possíveis riscos para o feto ou lactente.
INTERACÇÕES
O cloridrato de mianserina poderá potencializar a acção depressiva do álcool
sobre o SNC, portanto, os pacientes deverão ser orientados a não usar bebidas alcoólicas
durante o tratamento com Mianserina Comprimidos.
A Mianserina não deverá ser administrado simultaneamente ou dentro de 2
semanas após a interrupção do tratamento com inibidores da MAO. Mianserina não
interage com a betanidina, clonidina, metildopa, guanetidina ou propranolol (isolados
ou em combinação com hidralazina) entretanto, recomenda-se monitorizar a pressão
arterial dos pacientes que estejam em tratamento concomitante com anti-hipertensores.
REACÇÕES ADVERSAS
Discrasias sanguíneas, convulsões, hipomania, hipotensão, distúrbios da função
hepática, artralgia, edema e ginecomastia foram ocasionalmente relatados. Durante os
primeiros dias de tratamento foram relatados casos de tonturas. A fim de assegurar um
efeito antidepressivo óptimo, não é recomendável reduzir a dose de Mianserina.
A freqüência e severidade dos sintomas relacionados com a depressão tais como
visão turva, boca seca e obstipação não aumentam durante o tratamento com
Mianserina, ao contrário, em muitos casos foi observado uma diminuição desses
sintomas.
SUPERDOSAGEM
MILNACIPRANO
IXEL
CONTRA-INDICAÇÕES
O milnaciprano é contra-indicado nas seguintes condições:Hipersensibilidade
conhecida ao milnaciprano ou a outros componentes da formulação; Em pacientes com
menos de 15 anos, por falta de dados clínicos; Em associação com inibidores não
selectivos da MAO (IMAOs), inibidores selectivos da MAO B, digitálicos e agonistas
5HT1D (sumatriptano). É conveniente aguardar um intervalo de pelo menos 15 dias
entre a interrupção do tratamento com um inibidor da MAO e a introdução de
milnaciprano;
De modo geral, este medicamento também não deve ser usado nas seguintes
condições:Em associação com adrenalina e noradrenalina por via parenteral, ou
clonidina e compostos similares, digoxina e inibidores selectivos da MAO. Em
hipertrofia prostática e outros distúrbios gênito-urinários ; Na gravidez e lactação: por
medida de precaução, é preferível não usar o milnaciprano durante a gravidez, pois não
existem informações suficientes sobre seus efeitos sobre o feto; como o milnaciprano
passa para o leite em pequenas quantidades, o seu uso é contra-indicado durante a
amamentação.
PRECAUÇÕES
Como no tratamento com outros antidepressivos, o risco de suicídio em
pacientes deprimidos persiste no início do tratamento, pois o efeito na inibição
psicomotora pode preceder a acção antidepressiva do medicamento. Pacientes com
insónia ou nervosismo no início do tratamento podem necessitar tratamento sintomático
adjuvante transitório. Em caso de evidente ciclagem para mania, o tratamento com
milnaciprano deve ser descontinuado e, na maioria dos casos, um agente antipsicótico
sedativo pode ser introduzido.
Embora interação com álcool não tenha sido evidenciada, recomenda-se evitar a
ingestão de álcool, como com qualquer medicamento psicotrópico. O milnaciprano deve
ser prescrito com prudência nos seguintes casos:
Em pacientes com insuficiência renal: a posologia deve ser reduzida, em razão
do prolongamento da semi-vida de eliminação; Em pacientes hipertensos ou
cardiopatas: recomenda-se reforçar a vigilância clínica, uma vez que o milnaciprano
pode aumentar discretamente a frequência cardíaca em alguns pacientes; Em pacientes
com glaucoma de ângulo aberto.
Estudos em animais evidenciaram a passagem de pequena quantidade de
milnaciprano pela placenta. Actualmente, não há dados relevantes que demonstrem
efeitos teratogênicos ou tóxicos do milnaciprano para o feto quando este é administrado
durante a gravidez.
Na ausência de efeitos teratogênicos demonstrados nos estudos em animais,
malformações em humanos não são esperadas. Entretanto, por medida de precaução, é
preferível não administrar o milnaciprano durante a gravidez. Como pequenas
quantidades do milnaciprano são excretadas no leite materno, a amamentação é contra-
indicada.
INTERACÇÕES
Associações contra-indicadas:
Com inibidores não seletivos da MAO (tranilcipromina): Existe o risco do
desenvolvimento de síndrome serotoninérgica. Deve haver um intervalo de duas
semanas entre o término de tratamento com um IMAO e o início do tratamento com o
milnaciprano e pelo menos uma semana entre a interrupção do milnaciprano e o início
de tratamento com um IMAO.
A síndrome serotoninérgica manifesta-se pelo desenvolvimento simultâneo ou
sequencial (às vezes abrupto) de um conjunto de sintomas que podem requerer
hospitalização ou mesmo levar à morte.
Os seguintes sintomas podem ocorrer:
- psiquiátricos: agitação, confusão mental, hipomania, eventualmente coma;
- motores: mioclonias, tremores, hiperreflexia, rigidez, hiperatividade;
- vegetativos: hipotensão ou hipertensão arterial, taquicardia, calafrios,
hipertermia, diaforese;
- gastrintestinais: náusea, vómitos, cólicas, diarréia.
Com inibidores seletivos da MAO B (selegilina): Existe o risco de crises
hipertensivas. Deve haver um intervalo de duas semanas entre a interrupção do IMAO-
B e o início do tratamento com milnaciprano e pelo menos uma semana entre a
interrupção do milnaciprano e o início do tratamento com IMAO-B.
Com agonistas 5 HT1D (sumatriptano): Por extrapolação com inibidores
selectivos de recaptação da serotonina, existe o risco de hipertensão arterial e
vasoconstrição arterial coronariana, por potencialização de efeitos serotoninérgicos.
Deve-se aguardar um intervalo de uma semana entre a interrupção do milnaciprano e o
início do tratamento com sumatriptano.
Com digitálicos (digoxina): Risco de potenciação de efeitos hemodinâmicos,
particularmente por via parenteral.
Associações desaconselhadas: Com adrenalina, noradrenalina
(simpatomiméticos alfa e beta).
REACÇÕES ADVERSAS
Os efeitos indesejáveis observados durante o tratamento com milnaciprano
ocorrem principalmente na primeira ou nas duas primeiras semanas de tratamento e
regridem, subsequentemente, com a melhoria da depressão. São geralmente benignos e
só raramente levam à interrupção do tratamento.
Vertigem, diaforese, ansiedade e disúria. Os efeitos indesejáveis relatados com
menor frequência são: náusea, vómitos, xerostomia, obstipação, tremores e palpitações.
Observou-se que pacientes com história de distúrbio cardiovascular ou uso
concomitante de medicamento cardiológico podem ter maior incidência de eventos
adversos cardiovasculares (hipertensão, hipotensão, hipotensão postural e palpitações).
Além disso, certos efeitos indesejáveis estão relacionados com a própria
natureza da depressão: eliminação da inibição psicomotora, com risco de suicídio;
ciclagem do humor, com episódio de mania; reactivação de delírios, em pacientes
psicóticos; sintomas de ansiedade paroxística (com antidepressivos psicoestimulantes).
SUPERDOSAGEM
Com doses de 800 mg a 1 g, em monoterapia, os principais sintomas observados
foram: vómitos, distúrbios respiratórios (crises de apnéia) e taquicardia. Após doses
maciças (1,9 g a 2,8 g), em associação com outros fármacos (principalmente
benzodiazepínicos) os seguintes sintomas adicionais ocorrem: sonolência, hipercapnia e
alterações da consciência.
O tratamento deve ser sintomático, com lavagem gástrica, o mais rapidamente
possível após a ingestão oral. Monitoração deve ser mantida no mínimo 24 horas.
TRANILCIPROMINA
PARNATE
STELAPAR
INDICAÇÕES
Tratamento da depressão maior sem melancolia, que não responde ou não tolera outros
antidepressivos.
REACÇÕES ADVERSAS
São de incidência mais frequente: enjoos ou sensação de enjoos graves, visão
turva, obstipação, micção dificil, cansaço e debilidade, sonolência. De incidência rara:
colúria, erupção cutânea, edemas de membros inferiores.
Sinais de superdosagem: ansiedade grave, confusão, enjoos graves, febre,
alucinações, cefaléias, crises convulsivas, sudoração e irritabilidade não habitual.
PRECAUÇÕES
É importante evitar bebidas alcoólicas e com cafeína. Ao produzir sonolência
deve-se ter precaução ao dirigir veículo ou realizar trabalhos que requeiram estado de
atenção. Controlar a glicemia e glicosúria em pacientes diabéticos, dado que os
resultados podem estar diminuídos. Não se recomenda sua administração em menores
de 16 anos, já que pode produzir atraso no crescimento.
INTERACÇÕES
O uso simultâneo de anticonvulsivos pode aumentar os efeitos depressores sobre
o SNC e produzir uma alteração nos quadros de crises epileptiformes. Os
antidepressivos tricíclicos aumentam os efeitos anticolinérgicos e podem produzir crises
hiperpiréticas, crises hipertensivas e convulsões graves.
Os IMAO potencializam os efeitos dos hipoglicemiantes orais e da insulina.
Com o dextrometorfano pode ocorrer excitação, hipotensão e hiperpirexia. Com os
diuréticos pode ocorrer um efeito hipotensor aumentado. Pode-se prolongar e
CONTRA-INDICAÇÕES
Disfunção hepática grave. Feocromocitoma. Disfunção renal. A relação risco-
benefício deve ser avaliada na presença de alcoolismo activo ou tratado, asma ou
bronquite, arritmias cardíacas, patologia cerebrovascular, epilepsia, diabetes mellitus,
hipertensão, hipertireoidismo, esquizofrenia paranóide, Parkinson e disfunção renal e
hepática.
MOCLOBEMIDA
AURORIX
A Moclobemida não deve ser utilizado em crianças uma vez que ainda não se
dispõe de estudos nessa faixa etária. Também está contra-indicado a pacientes com
hipersensibilidade a moclobemida e estados de confusão aguda. Os estudos em animais
não indicam que Moclobemida deva ser contra-indicado na gravidez.
Devido a mínima passagem de moclobemida para o leite materno devem ser
considerados os benefícios para a mãe em relação aos possíveis riscos para a criança.
Os comprimidos devem ser tomados com um pouco de líquido e sempre após as
principais refeições.
Após administração oral, a moclobemida é completamente absorvida, passando
para a circulação portal a partir do trato gastrintestinal. A sua primeira passagem
hepática reduz a fracção do princípio activo disponível a nível sistêmico
(biodisponibilidade).
Esta redução é mais pronunciada após dose única ( 60%) do que doses múltiplas
(80%). Devido à sua natureza lipofílica, a moclobemida é extensivamente difundida
pelo organismo com um volume de distribuição de cerca de 1,2 L/kg.
A ligação às proteínas plasmáticas, principalmente albumina, é relativamente
baixa (50%). Concentrações plasmáticas máximas são atingidas aproximadamente uma
hora após administração.
Após doses repetidas, as concentrações plasmáticas de moclobemida aumentam
durante a primeira semana de tratamento e permanecem estáveis em seguida. Quando a
dose diária é aumentada, ocorre uma elevação proporcionalmente maior nas
concentrações do estado de equilíbrio dinâmico (steady-state).
A moclobemida é quase que inteiramente metabolizada antes de sua eliminação
pelo organismo: menos do que 1% da dose é eliminado por via renal sob forma
inalterada. A metabolização ocorre em grande parte através de reacções oxidativas sobre
a fracção morfolina da molécula.
Os metabólitos são eliminados por via renal. Produtos de degradação
farmacologicamente activos, encontrados in vitro e no animal, estão presentes na
circulação sistêmica no ser humano apenas em concentrações muito baixas. A
moclobemida é rapidamente eliminada do organismo.
O clearance sangüíneo é de aproximadamente 20-50 l/hora e a semi-vida de
eliminação é de uma a duas horas e ligeiramente mais elevada em doses mais altas. A
moclobemida passa para o leite materno em quantidades mínimas (menos de 0,06% da
dose para o adulto).
INDICAÇÕES
Tratamento das síndromes depressivas. Moclobemida é particularmente
adequado para tratamento ambulatorial, uma vez que não possui acção sedativa e não
compromete a atenção nem a capacidade de reacção.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade. Estados de confusão aguda. Moclobemida não deve ser
utilizado em pediatria, uma vez que não se dispõe, até o momento, de experiência
clínica nesta faixa etária.
REACÇÕES ADVERSAS
A Moclobemida é bem tolerado. Os efeitos secundários mais freqüentes que
foram observados: distúrbios do sono, vertigens, náuseas, cefaléia, agitação. Outros
efeitos de carácter transitório ou ocasional: tremor, frio, sonolência, rubor, cansaço dos
membros inferiores. Em casos raros, estados confusionais foram observados, mas
cessaram rapidamente após interrupção do tratamento.
PRECAUÇÕES
Pacientes depressivos nos quais a excitação ou agitação seja o quadro clínico
predominante não devem ser tratados com Moclobemida isoladamente, mas somente em
combinação com um sedativo (p. ex.: um benzodiazepínico). Como ocorre com outros
antidepressivos, é possível uma exacerbação dos sintomas esquizofrênicos durante o
tratamento de pacientes que apresentem psicose esquizofrênica ou esquizoafectiva.
O tratamento com neurolépticos a longo prazo deve, se possível, ser mantido
nestes pacientes. Pacientes hipertensos devem ser alertados no sentido de evitar o
consumo de grandes quantidades de alimentos ricos em tiramina. Durante o tratamento
com Moclobemida, geralmente não se observa diminuição no desempenho em
actividades que requeiram plena capacidade de atenção (p. ex.: condução de veículos).
Entretanto, as reações individuais devem ser controladas durante a fase inicial do
tratamento.
Considerações farmacológicas de natureza teórica indicam que os IMAO em
geral podem precipitar crise hipertensiva em pacientes com tireotoxicose ou
feocromocitoma. Na ausência de experiência clínica com moclobemida nestes grupos,
recomendamos cautela na prescrição a estes pacientes.
Pacientes com tendências suicidas devem ser cuidadosamente monitorizados no
início do tratamento. Deve-se ter cautela ao se administrar a moclobemida junto com a
clomipramina.
INTERACÇÕES
Em estudos farmacológicos, a moclobemida demonstrou um potencial mínimo
de interacção com a tiramina. Ao contrário do que se observa com os inibidores
irreversíveis da monoamino oxidase, a interacção com alimentos ricos em tiramina não
tem importância clínica durante o tratamento com moclobemida em condições dietéticas
normais e quando o produto é administrado após as principais refeições. Em animais, a
moclobemida potencia os efeitos do ibuprofeno e dos opiáceos. Portanto, pode ser
necessário um ajuste posológico. A cimetidina prolonga o metabolismo da
moclobemida. A dose usual de Moclobemida deve, portanto, ser reduzida a metade para
pacientes que estejam a receber cimetidina. A moclobemida não interage com álcool.
Tratamentos com antidepressivos tricíclicos ou outros agentes podem ser instituídos
imediatamente sem necessidade de um período de wash-out. Há possibilidade de
potencialização e prolongamento do efeito farmacológico de drogas simpatomiméticas
administradas por via sistêmica, durante o tratamento concomitante com moclobemida.
SUPERDOSAGEM
Os sintomas observados foram: aumento da agitação, agressividade e alterações
do comportamento. O tratamento de superdose deve visar, em primeiro lugar, à
manutenção das funções vitais.
SELEGILINA
ELEPRIL
JUMEXIL
(queijo, vinho, licores, peixes, leveduras, etc.) pode ser explicada pela presença da
MAO A também ao nível do intestino; dessa forma a tiramina ingerida seria
normalmente metabolizada sob acção dessa enzima.
Seu efeito benéfico no tratamento de Parkinson ocorre, sobretudo, como
coadjuvante a outros fármacos como a levodopa e a carbidopa.
INDICAÇÕES
Parkinson, como coadjuvante de levodopa/carbidopa, em pacientes que
apresentem falha no tratamento com levodopa/carbidopa. Tem sido utilizada de forma
isolada ou como coadjuvante no tratamento da demência do tipo Alzheimer e na
depressão endógena.
SUPERDOSE
Agitação psicomotora, hipotensão severa e sintomas similares aos resultantes da
superdose de inibidores da MAO A. O tratamento deve ser de suporte e sintomático. A
indução do vómito e a administração de diazepam podem ser necessárias. Deve-se
evitar a administração de derivados fenotiazínicos.
REACÇÕES ADVERSAS
Costumam aparecer com frequência, porém não muito severa, náuseas, enjoos,
fraqueza, dor abdominal, confusão, alucinações, sensação de boca seca, sonhos vividos
e discinesias.
PRECAUÇÕES
Depois do início do tratamento observa-se aumento dos efeitos adversos da
levodopa, o que obriga a redução da dose dessa última. Recomenda-se não superar a
dose diária de 10mg para evitar o risco da aparição do efeitos decorrentes da inibição da
MAO A.
O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez. O aleitamento deve ser
suspenso. A segurança e a eficácia em crianças não foram ainda estabelecidas.
INTERACÇÃO
Meperidina: rigidez muscular, estupor, agitação severa.
CONTRA-INDICAÇÕES
São mais seguros e mais bem tolerados do que os tricíclicos. Por exemplo, eles
raramente causam um aumento de peso. O mais popular desses novos antidepressivos é
o Prozac.
Esses novos medicamentos também têm possíveis efeitos colaterais, como
náuseas, insónia, nervosismo e agitação. Como a maior parte dos deprimidos tem
dificuldade para dormir, esses efeitos colaterais podem incomodar.
Infelizmente, nem todas as pessoas com depressão reagem ou toleram bem os
antidepressivos existentes. Entretanto, tem havido muitos avanços na pesquisa sobre a
serotonina, nos últimos anos. Vários novos antidepressivos têm trazido novas
esperanças.
Com uma dessas drogas recentemente comercializadas, os pacientes
possivelmente sofrerão muito menos ansiedade e menos interferência no sono e na
função sexual.
A - FARMACOCINÉTICA
Os ADT sofrem metabolização hepática por oxidação e hidroxilação numa via
metabólica, noutra via sofrem dimetilação originando metabólitos também activos. Eles
têm uma forte tendência para se ligar às proteínas plasmáticas, embora a fracção livre
tenha também uma grande importância na acção terapêutica. Apenas 5% da dose
ingerida é excretada na sua forma original.
Como os metabólitos dos ADT são activos terapeuticamente, as diferenças
individuais de metabolização fazem com que as doses equivalentes prescritas resultem,
com freqüência, em níveis plasmáticos discrepantes de uma pessoa para outra.
O local de acção dos ADT é no Sistema Límbico aumentando a NE e a 5HT na fenda
sináptica.
Este aumento da disponibilidade dos neurotransmissores na fenda sináptica é
conseguido através da inibição na recaptação destas aminas pelos receptores pré-
sinápticos. Parece haver também, com o uso prolongado dos ADT, uma diminuição do
número de receptores pré-sinápticos do tipo Alfa-2, cuja estimulação do tipo feedback
inibiria a libertação de NE. Desta forma, quanto menor o número destes receptores,
menor seria sua estimulação e, consequentemente, mais NE seria libertada na fenda.
Portanto, dois mecanismos relacionados à recaptação; um inibindo directamente
a recaptação e outro diminuindo o número dos receptores.
B - EFEITOS COLATERAIS
1-OFTALMOLÓGICOS
Pode-se observar com certa frequência alguma dificuldade de acomodação
visual dependendo da dose do ADT, facto que não chega a ser importante ao ponto de
obrigar uma interrupção no tratamento. Midríase também é uma ocorrência que pode ser
observada.
2-GASTRINTESTINAIS
Secura na boca ocorre em quase 100% dos pacientes em doses terapêuticas dos
ADT. Embora incómoda, esse sintoma pode perfeitamente ser suportável e em casos
mais severos podemos ter como consequência gengivite e mesmo glossite. Obstipação
intestinal também acontece em quase 100% das vezes e é resolvido com a mudança no
hábito alimentar ou com a utilização de laxantes.
3-CARDIOCIRCULATÓRIOS
Os ADT podem provocar, principalmente no início do tratamento, um aumento
na frequência cardíaca mas as taquicardias importantes são de ocorrência rara. Podemos
observar, às vezes, um aumento do intervalo PR, do complexo QRS ou do intervalo QT
no ECG. Estas alterações são moderadas e não têm significado clínico. Devem ser
4-ENDOCRINOLÓGICO
Alguns trabalhos apontam um aumento nos níveis de prolactina e,
paradoxalmente, outros autores demonstram diminuição e outros ainda, níveis
inalterados. A mesma disparidade encontramos em relação aos trabalhos sobre
alterações das hormonas tereoideanas.
Em relação ao eixo hipófise-suprarenal também não há nada conclusivo. A
maioria dos autores concorda em que não há alterações neste sistema. Entretanto, parece
ser relevante o aumento nos níveis da hormona do crescimento com o uso de
desipramina, um metabólito da imipramina.
5-GENITURINÁRIO
A retenção urinária pode ser observada, principalmente, em pacientes homens e
portadores de adenoma de próstata. Embora deva ser dado mais atenção a estes
pacientes, tal ocorrência não é contra-indicação absoluta ao uso dos ADT. Com muita
frequência encontramos disúria em ambos os sexos.
Na esfera sexual podemos ter uma diminuição da libido, retardamento do
orgasmo e mais raramente, anorgasmia (em ambos sexos). Como frequentemente na
depressão a libido já se encontra diminuída ou até abolida, com a melhora do quadro
afectivo pelos ADT o paciente notar comumente uma melhora desta função, ao
contrário do que poderíamos esperar se considerarmos apenas os efeitos colaterais.
7-ALTERAÇÕES GERAIS
Tremores finos das mãos são observadas com certa frequência e respondem
muito bem aos betabloqueadores (Propranolol). Sudorese excessiva pode também
incomodar o paciente mas não necessita cuidados especiais.
É comum um ganho de peso e, às vezes, os pacientes referem impulso para
comer doces. Apesar disso os estudos controlados sobre o metabolismo dos glicídios
não revelam maiores explicações.
8-INTOXICAÇÃO
Sinais de intoxicação começam a aparecer quando a ingestão de ADT ultrapassa
500 mg/dia, porém, a dose letal e maior que isso: varia entre 1.800 e 2.500 mg(10).
Na intoxicação por ADT podemos encontrar agitação ou sedação, midríase, taquicardia,
convulsões generalizadas, perda da consciência, depressão respiratória, arritmia
cardíaca, paragem cardíaca e morte.
Tendo em vista a grande afinidade protêica dos ADT, sua eliminação por diálise
ou diurese é muito difícil. Nos casos de intoxicação está indicado o uso de
anticolenesterásicos (Prostigmina IM ou EV) e medidas de sustentação geral.
CLOMIPRAMINA
ANAFRANIL
PROPRIEDADES
A Clomipramina droga inibe a recaptação neuronal de norepinefrina e serotonina
(a inibição da recaptação de 5-hidroxitriptamina é o componente dominante). Também
tem propriedades adrenolíticas a1, anticolinérgicas, anti-histamínicas e anti-
serotoninérgicas (bloqueio do receptor de 5-HT).
Após a administração repetida de 50 a 150mg diários de clomipramina por via
IV ou IM, as concentrações plasmáticas correspondentes ao período de estado são
alcançadas na segunda semana de tratamento e variam de <15 até 391ng/ml para a
droga inalterada e de <15 até 600ng/ml para a DMC (metabólito activo -
desmetilclomipramina), no mesmo momento.
A Clomipramina é excretada pela urina 2/3 na forma de conjugados
hidrossolúveis e aproximadamente um terço com as fezes. A sua semi-vida é de 12 a 36,
horas e fixa-se às proteínas em 96%. Possui um efeito antimuscarínico e sedante
moderado.
Oral: a clomipramina é completamente absorvida do trato gastrintestinal.
A biodisponibilidade sistêmica da clomipramina inalterada é reduzida a cerca de
50% pelo metabolismo hepático de primeira passagem para desmetilclomipramina. A
biodisponibilidade da clomipramina não é significativamente afectada pela ingestão de
alimentos.Apenas o início da absorção pode ser ligeiramente retardado e portanto o
tempo para pico prolongado.
As concentrações plasmáticas de steady-state do metabólito activo
desmetilclomipramina acompanham um padrão similar.Contudo, a uma dose de 75mg
de Clomipramina por dia, essas concentrações são 40 a 85% mais elevadas do que as de
INDICAÇÕES
Estados depressivos de etiologia diversa: depressão associada com esquizofrenia
e distúrbios de personalidade, síndromes depressivas senis ou pré-senis, distimias
depressivas de natureza reactiva, neurótica ou psicopática, síndromes obsessivo-
compulsivas, fobias e ataques de pânico, estados dolorosos crónicos, enurese noturna (a
partir dos 5 anos e prévia exclusão de causas orgânica
REACÇÕES ADVERSAS
Reacções anticolinérgicas: secura na boca, obstipação, suores, distúrbios de
micção, distúrbios do SNC, sonolência, fadiga, aumento de apetite. Ocasionalmente
podem ocorrer confusão ou alucinações, distúrbios do sono.
PRECAUÇÕES
Deverá ser administrada com cautela em pacientes com distúrbios
cardiovasculares; controlar a pressão arterial, já que em indivíduos hipotensos ou com
instabilidade circulatória pode haver diminuição da pressão. Dever-se-á ter precaução
com pacientes com hipertireoidismo, com controlo do quadro hemático, uma vez que
pode ocorrer agranulocitose. A função hepática e renal deverá ser controlada.
Os pacientes com distúrbios afectivos bipolares podem passar da depressão para
a mania; nestes casos, suspender o tratamento com clomipramina. Diante de uma
superdose com sintomatologia grave, taquicardia, arritmias, estupor, ataxia, rigidez
muscular, depressão respiratória, será necessária a hospitalização do paciente com
vigilância contínua do sistema cardiovascular durante 48 horas.
INTERACÇÕES
Os pacientes que necessitam de um inibidor da monoaminooxidase deverão
suspender o tratamento com clomipramina 15 dias antes de iniciar a dose de IMAO.
Pode reduzir ou anular o efeito antihipertensivo de clonidina, guanetidina, betanidina,
reserpina e metildopa. Pode reforçar o efeito cardiovascular dos simpaticomiméticos
(epinefrina, norepinefrina e anfetamina), dando origem a arritmias, taquicardia ou
hipertensão.
Administrado em associação com anticolinérgicos ou neurolépticos com efeito
anticolinérgico, podem ocorrer estados de hiperexcitação ou delírio, como ataques de
glaucoma. Também não deverá ser empregado em combinação com antiarrítmicos do
tipo da quinidina.
Se administrada junto com estrogênios, a dose de clomipramina deverá ser
diminuída, pois as hormonas esteróides inibem o metabolismo destas substâncias, dando
origem a toxicidade, mascarando os efeitos terapêuticos e piorando a depressão.
Ao diminuir o limiar das crises convulsivas com doses elevadas, diminui o efeito
da medicação anticonvulsiva, requerendo, portanto, um ajuste da dose para o controle
destas crises. O uso simultâneo com cimetidina inibe o metabolismo da clomipramina e
CONTRA-INDICAÇÕES
É contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida aos
antidepressivos tricíclicos do grupo das benzodiazepinas. Não deve ser administrada
junto com inibidores da monoaminooxidase, bem como no estado agudo de enfarte do
miocárdio.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada nos seguintes quadros clínicos:
asma, doença maníaco-depressiva, alterações cardiovasculares, principalmente em
crianças ou idosos, disfunção hepática ou renal, esquizofrenia, crise convulsiva,
retenção urinária.
IMIPRAMINA
IMIPRA
TOFRANIL
PROPRIEDADES
É uma benzodiazepina que actua aumentando a concentração de norepinefrina
na sinapse ou de serotonina no SNC, ao bloquear sua recaptação pela membrana
neuronal pré-sináptica. Inibe a recaptação tanto de norepinefrina como de serotonina.
Acredita-se que a acção antidepressiva correlaciona-se melhor com as mudanças
nas características dos receptores provocadas pela administração crónica dos
antidepressivos tricíclicos do que com o bloqueio da recaptação dos neurotransmissores;
isso poderia explicar o atraso de 2 a 4 semanas na resposta terapêutica.
Absorve-se bem e com rapidez após a administração oral; seu metabolismo é
somente hepático, com efeito de primeiro passo, e seu metabólito activo é a
INDICAÇÕES
Síndrome depressiva maior, doença maníaco-depressiva, ansiedade associada à
depressão mental. Depressão reactiva ou distúrbios distímicos. O cloridrato de
imipramina é indicado como ajuda ao tratamento temporário da enurese noturna em
crianças de 6 anos ou maiores. Tratamento de dor crónica grave.
REACÇÕES ADVERSAS
Tonturas, sonolência, secura na boca, cansaço ou debilidade, aumento de peso,
diarréia, sudorese excessiva. Visão turva, movimentos de sucção, mastigação,
instabilidade, movimentos lentos, hipotensão, ansiedade. São de incidência rara:
taquipnéia, crises convulsivas, erupção cutânea, prurido, irritabilidade, rigidez muscular
grave, dor de garganta.
PRECAUÇÕES
Deve ser ingerido junto com os alimentos para reduzir a irritação gastrintestinal.
São necessárias de 2 a 6 semanas de tratamento para obter-se os efeitos antidepressivos.
Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas; possível sonolência, motivo pela qual se deve
ter precaução ao dirigir.
Não suspender a medicação de forma abrupta, porém gradualmente. O seu uso
não é recomendável para crianças menores de 12 anos, excepto no tratamento da
enurese em crianças maiores de 6 anos.
INTERACÇÕES
Os corticóides, amantadina, anti-histamínicos ou antimuscarínicos intensificam
os efeitos antimuscarínicos, principalmente confusão mental, alucinações e pesadelos.
Pode bloquear a desintoxicação da atropina, diminuir o umbral das crises convulsivas e,
assim, reduzir os efeitos da medicação anticonvulsiva.
A cimetidina pode inibir o metabolismo da imipramina e aumentar sua
concentração plasmática. O uso simultâneo com guanetidina ou clonidina pode diminuir
os efeitos hipotensores destes medicamentos. Os anticoncepcionais orais que contêm
estrogênios podem aumentar a biodisponibilidade da imipramina.
CONTRA-INDICAÇÕES
Não deve ser usada durante o período de recuperação, imediatamente após
enfarte de miocárdio. A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de
alcoolismo, asma, doença maníaco-depressiva, distúrbios sanguíneos, alterações
cardiovasculares (idosos ou crianças), distúrbios gastrintestinais, doença genito-urinária,
disfunção hepática ou renal, esquizofrenia e retenção urinária.
AMITRIPTILINA
AMITRIPTILINA
AMYITRIL
TRYPTANOL
INDICAÇÕES
Síndrome depressiva maior, doença maníaco-depressiva, distúrbios depressivos
na psicose. Estados de ansiedade associados com depressão. Depressão com sinais
vegetativos. Dor neurogênica: em dose de até 100mg/dia em dor crónica grave.
REACÇÕES ADVERSAS
Visão turva, movimentos de mastigação, sucção, linguais; movimentos
incontrolados das pernas ou braços; confusão, delírio, alucinações. Obstipação,
principalmente em idosos. Dificuldade ao falar ou engolir. Nervosismo. Agitação.
Rigidez muscular. Fotossensibilidade. Crises convulsivas. Sudorese excessiva. Pirose.
Vómitos.
PRECAUÇÕES
Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas. É possível que apresente sonolência,
portanto é necessário ter cuidado ao dirigir. A possível secura da boca implicará o uso
de um substituto da saliva para o alívio. Não suspender a medicação de forma brusca.
Não se recomenda seu uso em menores de 12 anos.
INTERACÇÕES
Os corticóides, anti-histamínicos ou antimuscarínicos potencializam os efeitos
antimuscarínicos; principalmente os de confusão mental, alucinações e pesadelos. O uso
simultâneo com atropina pode bloquear a detoxificação da atropina, e pode produzir íleo
paralítico. Aumenta a acção dos anticoagulantes por inibição do metabolismo
enzimático do anticoagulante. Potencializa a depressão do SNC, o que diminui o limiar
CONTRA-INDICAÇÕES
É contra-indicada a sua prescrição durante o período de recuperação imediato a
enfarte do miocárdio. Deverá ser avaliada a relação risco-benefício na presença de
alcoolismo activo ou tratado, asma, síndrome maníaco-depressiva ou bipolar, distúrbios
hemáticos, alterações cardiovasculares, principalmente em idosos e crianças, glaucoma,
disfunção hepática ou renal, hipertireoidismo, esquizofrenia, crises convulsivas,
retenção urinária.
MAPROTILINA
LUDIOMIL
INDICAÇÕES
Depressão: endógena e depressão de início tardio (involutiva). Depressão
psicogênica, reactiva e neurótica, depressão por exaustão. Depressão somatogênica.
Depressão mascarada. Depressão na menopausa.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade à Maprotilina ou sensibilidade cruzada com antidepressivos
tricíclicos. Transtornos convulsivos ou limiar convulsivo diminuído (ex.: danos
cerebrais de etiologia variada, alcoolismo). Estágio inicial de enfarte do miocárdio ou
distúrbios da condução cardíaca. Insuficiência hepática ou renal grave.
Glaucoma de ângulo fechado ou retenção urinária (ex.: causadas por doença
prostática). Tratamento concomitante com inibidor da MAO. Intoxicação aguda com
álcool, hipnóticos, ou fármacos psicotrópicos.
REACÇÕES ADVERSAS
Os efeitos indesejados são geralmente leves e transitórios, desaparecendo
durante o curso do tratamento ou após a diminuição da dose. Frequentemente é difícil
distinguir-se certos efeitos adversos dos sintomas da depressão, tais como fadiga,
distúrbios do sono, agitação, ansiedade, obstipação e boca seca.
Sistema nervoso central. Efeitos psíquicos frequentes: sonolência, fadiga.
Ocasionais: aumento de apetite, inquietação, sedação diurna, ansiedade, agitação,
mania, hipomania, agressividade, alteração da memória (diminuída), perturbações do
sono, insónia, pesadelos, agravamento da depressão, concentração prejudicada. Raros:
delírios, confusão, alucinações (particularmente em pacientes idosos), nervosismo.
Casos isolados: activação de sintomas psicóticos, despersonalização.
Efeitos neurológicos frequentes: sensação de cabeça leve, cefaléia, tremor leve,
mioclonia. Ocasionais: tontura, disartria, parestesias (dormência, formigamento),
fraqueza muscular. Raras: convulsões, ataxia, acatisia. Casos isolados: alterações do
ECG, discinesia, falta de coordenação, dislalia.
Efeitos anticolinérgicos freqüente: boca seca. Ocasionais: obtipação, sudorese,
visão turva, distúrbios da acomodação visual, distúrbios na micção. Casos isolados:
estomatite, cáries dentárias.
Sistema cardiovascular. Ocasionais: taquicardia sinusal, palpitações, hipotensão
postural, alterações do ECG clinicamente irrelevantes em pacientes com as condições
cardíacas normais (ex.: alterações da onda T e do segmento ST). Raros: arritmias,
PRECAUÇÕES
O risco de suicídio é inerente à depressão grave e pode persistir até que ocorra
remissão significativa. Há relatos de que os antidepressivos, em raras ocasiões,
exacerbam tendências suicidas. Um estudo em que Maprotilina foi administrado como
tratamento profilático para depressão unipolar sugeriu um aumento no comportamento
suicida do grupo tratado.
Relatou-se que Maprotilina é comparável a outros antidepressivos, em termos de
associação à superdose fatal. Os pacientes devem ser supervisionados cuidadosamente,
durante todos os estágios do tratamento.
Embora tenham sido relatados apenas casos isolados de alterações na contagem
de leucócitos com Maprotilina, recomenda-se a contagem periódica das células
INTERACÇÕES
Inibidores da MAO: não administrar Maprotilina pelo menos por 14 dias após a
interrupção de tratamento com inibidores da MAO (há risco de interações graves, tais
como hipertermia, tremores, convulsões clônicas generalizadas, delírio e possível
óbito). O mesmo se aplica quando da administração de um inibidor da MAO após
tratamento prévio com Maprotilina.
Bloqueadores adrenérgicos: Maprotilina pode diminuir ou anular o efeito anti-
hipertensivo da guanetidina, da betanidina, da reserpina, da clonidina e da alfa-
metildopa. Os pacientes que necessitem de co-medicação para hipertensão deverão,
portanto, ser tratados com anti-hipertensivos de mecanismo de acção diferente (ex.:
SUPERDOSAGEM
Os sinais e sintomas de superdose com Maprotilina são similares aos relatados
com antidepressivos tricíclicos. As anormalidades cardíacas e os distúrbios
neurológicos são as principais complicações. A ingestão acidental de qualquer
quantidade por crianças deve ser tratada como séria e potencialmente fatal.
Sinais e sintomas: os sintomas geralmente aparecem dentro de 4 horas após a
ingestão e atingem a severidade máxima em 24 horas. Em virtude da absorção retardada
(efeito anticolinérgico), de semi-vida longa e reciclagem entero-hepática, o paciente
estará em risco por até 4-6 dias.
Os seguintes sinais e sintomas podem ser observados: sistema nervoso central:
sonolência, estupor, coma, ataxia, inquietação, agitação, reflexos alterados, rigidez
muscular e movimentos coreoatetóides, convulsões. Sistema cardiovascular: hipotensão,
taquicardia, arritmia, distúrbios de condução, choque, insuficiência cardíaca e, em casos
muito raros, paragem cardíaca.
Além disso, podem ocorrer depressão respiratória, cianose, vómitos, febre,
midríase, sudorese e oligúria ou anúria. Tratamento: não existe antídoto específico e o
tratamento é essencialmente sintomático e de suporte.
NORTRIPTILINA
PAMELOR
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas de diversas etiologias; a depressão endógena parece
responder melhor que outros estados depressivos. Depressão reactiva, neurose reactiva,
neurose depressiva, coadjuvante da terapêutica hormonal na síndrome do climatério,
arritmia ventricular, incontinência urinária.
SUPERDOSAGEM
Pode provocar confusão, agitação, vómitos, rigidez muscular, hiper-reflexia,
taquicardia, choque, insuficiencia cardíaca congestiva, estupor, coma, convulsões
seguidas de depressão respiratória. Deve ser instituído tratamento de suporte; o uso de
digitálicos pode auxiliar em casos de insuficiência cardiovascular ou falha cardíaca. O
diazepam age como anticonvulsivante com pouco efeito sobre a depressão respiratória.
REACÇÕES ADVERSAS
São basicamente devidas à acção anticolinérgica do medicamento: boca seca,
sonolência, obstipação, retenção urinária, midríase, insónia. No caso de retirada brusca
pode aparecer cefaleias e mal-estar.
PRECAUÇÕES
Pode provocar exacerbação das psicoses dos pacientes esquizofrênicos. Não
deve ser administrada nos primeiros 3 meses da gravidez nem a crianças menores de 6
anos, até não haver maiores informações a respeito. Devido ao seu efeito
anticolinérgico, deve ser empregada com precaução em pacientes com glaucoma ou
hipertrofia de próstata ou com transtornos cardiovasculares, hepáticos ou renais severos
e quando é associada com simpatomiméticos.
INTERACÇÕES
Em pacientes medicados com IMAO é aconselhável deixar passar pelo menos 2
semanas desde a interrupção, antes de iniciar o tratamento com nortriptilina. Deve ser
evitada a ingestão simultânea de álcool ou fármacos estimulantes do SNC. A cimetidina
aumenta os níveis séricos de nortriptilina.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade a outros benzodiazepínicos. Período de recuperação do enfarte de
miocárdio. Não deve ser administrado simultaneamente com IMAO. Se tiver de ser
mudada a medicação de IMAO para nortriptilina ou vice-versa, é necessário abandoná-
la umas duas semanas antes de receber a outra.
CITALOPRAM
CIPRAMIL
PARMIL
INDICAÇÕES
Tratamento da depressão e abuso de álcool.
REACÇÕES ADVERSAS
Sudorese, boca seca, náuseas, cefaléia, alterações do sono, nervosismo, rash
cutâneo, ansiedade.
PRECAUÇÕES
Evitar dirigir veículos ou manusear máquinas perigosas e a ingestão de álcool.
INTERAÇÕES
Com cimetidina, sumatriptana, IMAO, anticoagulantes orais.
CONTRA-INDICAÇÕES
Os pacientes que estam a receber IMAO devem suspendê-lo durante 14 dias
quando se utiliza citalopram. Os pacientes tratados com citalopram e por diferentes
motivos devem trocá-lo por um IMAO, suspender o citalopram 7 dias antes. Menores de
12 anos. Gravidez e lactação. Hipersensibilidade ao fármaco.
SUPERDOSAGEM
Quando o citalopram foi ingerido sem outros medicamentos associados, os sinais
e sintomas observados foram: sonolência, coma, crise convulsiva, taquicardia sinusal,
ritmo juncional, sudorese, náuseas, vómitos, cianose, hiperventilação. Não há nenhum
caso descrito de óbito.
FLUOXETINA
BIOZAC
CLORIXETIN
DAFORIM
DEPRAX
DEPRESS
EUFOR
FLUOXETIN
FLUOXIL
FLUOXON
FLUOZET
FLUXENE
FLUXTINA
NORTEC
PROZAC
PSIQUIAL
SOSTAC
VEROTINA
INDICAÇÕES
Transtornos depressivos. Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade, gravidez e lactação. Não administrar fluoxetina no mínimo
por 5 semanas antes ou depois do uso de IMAO, devido ao risco de interação grave,
com síndrome serotoninérgica.
REACÇÕES ADVERSAS
As reações mais comummentes observadas são ansiedade, nervosismo, insónia,
sonolência, fadiga, astenia, tremor e problemas gastrintestinais, incluindo anorexia,
náuseas e diarréia.
PRECAUÇÕES
A fluoxetina tem acção anorexígena com uma discreta redução ponderal durante
seu uso. Nos pacientes sensíveis ocorre rash, urticária incluindo febre, leucocitose,
artralgias, edema e até linfadenopatias. Usar com cuidado em pacientes com história de
convulsão.
Os suicidas potenciais de alto risco devem ser supervisionados cuidadosamente
durante a terapia, evitando-se prescrever ou deixar grande quantidade de medicamento
junto ao paciente. Uso cuidadoso em idosos (reduzir doses) e renais crónicos. Uso em
pediatria ainda não está indicado. Gravidez. Lactação – concentra-se no leite materno.
A fluoxetina não parece ter potencial de desenvolvimento de abuso, tolerância
ou dependência física, no entanto deve-se evitar a prescrição do medicamento a
pacientes com história de abuso de drogas.
INTERACÇÕES
Com triptofano e lítio podem ocorrer reacções do tipo síndrome serotoninérgica.
Com diazepam pode haver prolongamento da semi-vida dessa droga. Drogas que se
ligam fortemente às proteínas plasmáticas (cumadina, digitoxina) podem concorrer com
a fluoxetina nessa ligação, aumentando o risco de efeitos adversos de uma ou de outra
droga. Evitar o uso concomitante de outras drogas que agem no SNC.
SUPERDOSAGEM
NEFAZODONA
SERZONE
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas. Depressão severa não psicótica.
SUPERDOSAGEM
Aumento de incidência e gravidade das reacções adversas, em especial,
sonolência e vómitos. O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, em especial
para hipotensão e sedação excessiva. Recomenda-se a lavagem gástrica, se a ingestão
for recente.
REACÇÕES ADVERSAS
Secura da boca, náuseas, sonolências, enjoos, astenia, obstipação, cefaléia,
diplopia e insónia, o que leva à interrupção do tratamento em cerca de 10% dos
pacientes.
PRECAUÇÕES
Possibilidade de tentativa de suicídio, exarcebação da mania/depressão em
pacientes tratados com outros antidepressivos. Evitar funções onde a falta de atenção
aumenta o risco de acidentes (operar máquinas pesadas, dirigir veículos, etc). O
risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez e o aleitamento.
INTERACÇÕES
Triazolam: reduzir a sua dose quando se associa com nefazodona. Anti-
hipertensivos: ocorrência de hipotensão ortostática e síncope (bloqueio alfa-
adrenérgico). Anestésicos gerais: suspender a nefazodona vários dias antes da cirurgia.
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade aos antidepressivos fenilpiperazínicos. Pacientes menores de
18 anos.
PAROXETINA
AROPAX
PONDERA
CEBRILIN
BENEPAX
INDICAÇÕES
Síndromes depressivas com melancolia. Episódios depressivos maiores ou
severos. Depressão recorrente. Distimias. Transtorno obessivo-compulsivo. Usos
adicionais, como terapia única ou como coadjuvante no tratamento da neuropatia
diabética e da dor de cabeça tensional crónica. Transtornos da conduta alimentar.
SUPERDOSAGEM
Náuseas, vómitos, sonolência. Não foram observados casos fatais. O tratamento
deve ser de suporte, assegurando o estabelecimento da ventilação e oxigenação. A
diurese forçada, a diálise e a hemoperfusão não são benéficas na eliminação da
paroxetina do organismo.
REACÇÕES ADVERSAS
Dor de cabeça, astenia, dor abdominal, palpitação, vasodilatação, sudorese,
tonturas, sonolência, insónia, agitação, tremores, ansiedade, náuseas, vómitos, boca
seca, alterações na ejaculação.
PRECAUÇÕES
INTERACÇÕES
Entre as manifestações comuns incluem-se rigidez, hipertermia, instabilidade
autonômica (com flutuações rápidas dos sinais vitais), mudanças do estado mental
(agitação extrema que pode progredir a delírio e coma). Essas reacções foram
observadas em pessoas que recentemente tinham suspenso a paroxetina e começavam o
tratamento com um IMAO.
Co-administrado com triptofano, dor de cabeça, náusea, sudorese e tonturas.
Warfarina: administrar com precaução. Os fármacos que afectam o metabolismo
hepático podem alterar o metabolismo e a farmacocinética da paroxetina. A cimetidina
inibe o metabolismo da paroxetina; deve ser ajustada a dose dessa última.
A co-administração de fármacos metabolizados pelo citocromo P450IID6
(nortriptilina, amitriptilina, imipramina, desipramina, fluoxetina, fenotiazinas,
propafenona, flecainida, encainida, quinidina, etc.) deve ser levada a cabo com
precauções. Os pacientes que recebem paroxetina não devem ingerir álcool.
Com digoxina foi observada uma diminuição da área sob a curva média desse
fármaco, quando é co-administrada com paroxetina. Prociclidina: se forem observados
efeitos anticolinérgicos na co-administração com paroxetina, a dose de prociclidina
deve ser reduzida.
CONTRA-INDICAÇÕES
Uso simultâneo com IMAO. Hipersensibilidade ao fármaco. Insuficiência renal
severa. Crianças. Lactação. Gravidez.
SERTRALINA
LIRIOL
NOVATIV
SERCERIN
SERTAX
TOLREST
ZOLOFT
INDICAÇÕES
Depressão com antecedentes de mania, ou sem ela.
REACÇÕES ADVERSAS
PRECAUÇÕES
Não utilizar em combinação com IMAO. No caso de empregá-los com
sertralina, deixar passar 14 dias entre o final de uma medicação e o início da outra.
INTERACÇÕES
Pode produzir-se um aumento das concentrações plasmáticas da sertralina,
quando administrada com outras drogas que são combinadas fortemente com as
proteínas plasmáticas, como por exemplo varfarina e digitoxina.
CONTRA-INDICAÇÕES
Pacientes com hipersensibilidade. Gravidez.
CARBAMAZEPINA
CARBAMAZEPINA
TEGRETARD
TEGRETOL
trigêmeo varia entre 24 a 72 horas. É eliminado em 72% por via renal (3% como
fármaco inalterado).
INDICAÇÕES
Epilepsia. Tratamento das crises convulsivas parciais com sintomatologia
simples ou complexa, crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, crises
convulsivas mistas. Anticonvulsivo de primeira eleição. Neuralgia do trigêmeo.
REACÇÕES ADVERSAS
Em pacientes que apresentam letargia, debilidade, náuseas, vómitos, confusão ou
hostilidade, anomalias neurológicas ou estupor, deve-se suspeitar de hiponatremia. São
de incidência mais frequente: visão turva, cefaléia contínua, aumento da frequência de
crises convulsivas, sonolência e debilidade.
Raramente: bradicardia, dificuldade de respiração, disartria, rigidez, tremor,
alucinações visuais, fezes pálidas, hemorragias ou hematomas, febre, adenopatias,
linfadenopatias e parestesias. Sinais de superdosagem: enjoos agudos, sonolência grave,
taquicardia, depressão respiratória, crises convulsivas, tremores ou contrações. Erupção
cutânea ou prurido.
PRECAUÇÕES
Deve-se ter cuidado ao dirigir, no manuseio de máquinas ou ao realizar trabalhos
que exijam atenção e coordenação. Em pacientes diabéticos poderá haver um aumento
nas concentrações de açúcar na urina.
Os pacientes de idade avançada podem ser mais sensíveis que os jovens à
agitação e confusão, bloqueio cardíaco auriculoventricular ou bradicardia induzidos pela
carbamazepina. Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos podem originar maior
incidência de infecção microbiana, atraso na cicatrização e hemorragia gengival.
INTERACÇÕES
O paracetamol pode aumentar o risco de hepatoxicidade e diminuir os efeitos
terapêuticos desta droga. Pode diminuir o efeito dos corticosteróides devido ao aumento
do metabolismo destes. Se estimulado, o metabolismo hepático das xantinas (teofilina,
aminofilina), podem diminuir os efeitos dos anticoagulantes derivados da cumarina por
indução da actividade enzimática microssômica hepática.
CONTRA INDICAÇÕES
Crises de ausência atípicas ou generalizadas. Crises atônicas. Crises convulsivas
mioclônicas, bloqueio A-V, antecedentes de depressão da medula óssea. A relação
risco-benefício deverá ser avaliada na presença de gravidez, lactação, diabetes mellitus,
glaucoma, disfunção hepática ou renal e reacções hemáticas adversas por outros
medicamentos.
LÍTIO
CARBOLIM
CARBOLITIUM
LITIOCAR
NEUROLITHIUM
INDICAÇÕES
Tratamento da doença maníaco-depressiva.
REACÇÕES ADVERSAS
Frequência de micção aumentada, aumento da sede, náuseas, tremor das mãos,
desvanecimentos, taquicardia, pulso irregular, dispnéia de esforço, sonolência,
confusão.
PRECAUÇÕES
O lítio é excretado no leite materno e em alguns lactentes foram descritos sinais
de toxicidade, tais como hipotonia, hipotermia, cianose e alterações no
eletrocardiograma.
O Lítio é potencialmente tóxico para o sistema nervoso central, inclusive em
concentrações séricas dentro do alcance terapêutico. Deve ser administrado com
precaução na presença de doença cardiovascular (pode exacerbar-se), na presença de
alterações do sistema nervoso central (epilepsia e parkinsonismo), em casos de
desidratação grave (aumenta o risco de toxicidade) e quando existir insuficiência renal
ou retenção urinária.
INTERACÇÕES
O uso simultâneo com antitireóideos, iodeto de cálcio, glicerol iodado ou iodeto
de potássio pode potencializar os efeitos hipotireóideos destes fármacos e do lítio. Os
antiinflamatórios não esteróides (AINE) podem aumentar os efeitos tóxicos do lítio pela
diminuição de sua excreção renal.
O uso de diuréticos pode provocar uma toxicidade grave ao retardar a sua
excreção renal e aumentar, em consequência, as concentrações séricas. A associação
com haloperidol (frequente) tem produzido, em alguns casos, toxicidade neurológica e
lesão cerebral irreversível.
CONTRA-INDICAÇÕES
Gravidez, lactação, disfunção renal ou cardíaca grave.
ÁCIDO VALPRÓICO
DEPAKENE
VALPAKINE
INDICAÇÕES
Tratamento da epilepsia (crise de ausência). Como coadjuvante no tratamento
das crises mistas da epilepsia e do transtorno bipolar do humor.
REACÇÕES ADVERSAS
Hepatotoxicidade grave ou fatal (risco maior em crianças que recebem outros
anticonvulsivos simultaneamente), alterações intestinais, diarréia, tremores, náuseas,
vómitos, erupções cutâneas, hemorragias ou hematomas por trombocitopenia ou
inibição da agregação plaquetária, sonolência.
PRECAUÇÕES
A administração de Ácido Valpróico requer cuidados, especialmente nas
crianças (maior risco de desenvolver hepatotoxicidade grave), na presença de discrasias
sangüíneas, doença cerebral orgânica, doença hepática e disfunção renal. Deve ser
empregado com cautela nos casos que requerem qualquer tipo de cirurgia, tratamento
dental ou de emergência devido ao possível prolongamento do tempo de sangramento.
Não se recomenda a ingestão de álcool ou outros depressores de SNC quando
em uso de Ácido Valpróico. Na suspensão de sua administração a dose deve ser
reduzida gradualmente, pois a suspensão repentina pode precipitar a crise ou o estado
epiléptico. Nos casos em que se utiliza o ácido valpróico para substituir ou suplementar
outra terapêutica anticonvulsiva, as doses devem ser aumentadas de forma gradual
conforme a redução da outra medicação, a fim de manter o controle da crise.
INTERACÇÕES
A hipoprotrombinemia induzida pelo ácido valpróico pode aumentar a
actividade dos derivados da cumarina e indandiona, e aumentar o risco de hemorragia
em pacientes que recebem heparina ou trombolíticos. O uso simultâneo com
antidepressivos tricíclicos, haloperidol, inibidores da monoaminooxidase e fenotiazinas
pode potencializar a depressão de SNC e reduzir o limiar convulsivo.
A administração juntamente com medicamentos hepatotóxicos pode aumentar o
risco de hepatotoxicidade. A associação com fenitoína pode provocar crises convulsivas
inesperadas ou a toxicidade por esta droga devido à interferência na sua união com as
proteínas. O uso em conjunto com carbamazepina pode provocar concentrações séricas
menores e diminuição da semi-vida devido ao aumento do metabolismo induzido pela
actividade das enzimas microssômicas hepáticas.
O uso simultâneo com barbitúricos ou primidona pode aumentar as
concentrações séricas desses medicamentos devido ao deslocamento das uniões com as
proteínas e, por conseguinte, o risco de toxicidade neurológica e depressão de SNC. A
administração juntamente com inibidores da agregação plaquetária pode aumentar o
risco de hemorragias.
CONTRA-INDICAÇÕES
Disfunção hepática grave, gravidez (pode produzir anomalias no tubo neural do
feto).
DIVALPROATO DE SÓDIO
DEPAKOTE
INDICAÇÕES
Divalproato de Sódio está indicado para o tratamento de episódios de mania
associados com desordens bipolares. Um episódio de mania é um período distinto de
anormalidade de humor persistentemente elevado, expansivo, ou de humor irritável.
Os sintomas típicos de mania incluem taquilalia, hiperatividade motora, redução
da necessidade de dormir, fuga de idéias, grandiosidade, pobreza de julgamento,
agressividade e possível hostilidade.
CONTRA-INDICAÇÕES
Divalproato de Sódio não deve ser administrado a pacientes com doença
hepática ou disfunção hepática significante. Divalproato de sódio é contra-indicado para
pacientes com hipersensibilidade conhecida a esta medicação.
PRECAUÇÕES
Insuficiência hepática resultando em morte, tem ocorrido em pacientes que
fazem ácido valpróico ou os seus derivados. Estes incidentes usualmente têm ocorrido
durante os primeiros seis meses de tratamento. Hepatotoxicidade séria ou fatal pode ser
precedida por sintomas não específicos, como mal-estar, fraqueza, letargia, edema
facial, anorexia e vómitos.
Em pacientes com epilepsia, a perda de controlo de crises também pode ocorrer.
Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados para o aparecimento desses
sintomas
Pacientes em uso de múltiplos anticonvulsivantes, crianças, pacientes com
doenças metabólicas congênitas, aqueles com doença convulsiva severa associada a
atrasos mentais e pacientes com doença cerebral orgânica podem ter um risco acrescido.
A experiência tem demonstrado que crianças abaixo de dois anos de idade têm
um risco consideravelmente maior de desenvolver hepatotoxicidade fatal, especialmente
aquelas com as condições anteriormente mencionadas.
Há múltiplos relatos na literatura clínica, que indicam que o uso de medicações
anticonvulsivantes em geral, durante a gravidez, resulta em um aumento da incidência
de defeitos congénitos no feto. Embora os dados sejam mais extensos com respeito à
trimetadiona, parametadiona, difenil-hidantoína e fenobarbital, relatos indicam uma
possível associação similar com o uso de outras medicações anticonvulsivantes.
Portanto, medicações anticonvulsivantes só devem ser administradas a mulheres
com potencial para engravidar se demonstrarem claramente serem essenciais no
tratamento das suas crises.
Segundo informações da literatura médica, Ácido Valpróico e seus sais podem
produzir efeitos teratogênicos em mulheres que recebam esta medicação durante a
gestação.
Pelo facto do valproato ser eliminado pelo leite materno e devido à inexistência
de dados conclusivos sobre a acção do medicamento em recém-nascidos, não se
recomenda o aleitamento materno por pacientes sob tratamento com esta medicação.
INTERACÇÕES
Álcool - O Divalproato de Sódio pode potencializar a actividade depressora do
álcool sobre o SNC.
Aspirina - A fracção livre de valproato aumenta quatro vezes a aspirina
comparada com o valproato, administrado como monoterapia.
Carbamazepina - Níveis séricos de CBZ diminuem 17%.
Clonazepam - O uso concomitante de ácido valpróico e de clonazepam pode
induzir estado de ausência em pacientes com história desse tipo de crises.
Etossuximida - A administração de uma dose única de etossuximida 500 mg
com valproato (800 a 1600 mg/dia) a voluntários sãos, foi acompanhada por um
aumento de 25% na semi-vida de eliminação da etossuximida e um decréscimo de 15%
na sua depuração total quando comparado a etossuximida administrada como
monoterapia.
Felbamato - Um decréscimo na dosagem de valproato pode ser necessária
quando a terapia com felbamato for iniciada.
Lamotrigina - A semi-vida de eliminação da lamotrigina aumentou de 26 para 70
horas quando administrada em conjunto com valproato, portanto a dose de lamotrigina
deverá ser reduzida nesses casos.
Lítio - A co-administração de valproato (500 mg duas vezes ao dia) e lítio (300
mg três vezes ao dia) a voluntários sãos do masculino não apresentou efeitos no estado
de equilíbrio cinético do lítio.
Fenobarbital - Existem evidências de que o ácido valpróico pode causar
decréscimo na depuração não renal do fenobarbital (50% de aumento na semi-vida e
30% de decréscimo na depuração do , plasma). Foi também relatado que a combinação
dessas duas medicações pode produzir depressão do SNC, sem elevações significativas
dos níveis plasmáticos de barbiturato ou de valproato. Este fenómeno pode resultar
numa severa depressão do SNC. Apesar de não se conhecer o mecanismo de interacção,
devem-se observar cuidadosamente todos os pacientes que recebam terapêutica
barbitúrica concomitante, em relação à toxicidade neurológica e a níveis séricos de
barbiturato, para, se necessário, diminuir as doses administradas.
Fenitoína - O valproato desloca a fenitoína da sua ligação com a albumina
plasmática e inibe o seu metabolismo hepático. A co-administração de valproato (400
mg, 3 vezes ao dia) e fenitoína (250 mg), em voluntários sãos, foi associada com
REACÇÕES ADVERSAS
Os seguintes efeitos colaterais tiveram incidência acima de 5% ou
significantemente maior do que o grupo placebo: náuseas, sonolência, tontura, vómitos,
astenia, lesões acidentais, dor abdominal, dispnéia e erupção cutânea. Os efeitos
adversos a seguir relatados tiveram uma incidência maior que 1%, porém não mais do
que 5% em 89 pacientes tratados com divalproato de sódio em estudos clínicos
controlados.
Gerais - Dor torácica, arrepios e febre, infecção, dor e rigidez no pescoço.
Cardiovasculares - hipertensão, hipotensão, palpitação, hipotensão postural,
taquicardia, anomalias vasculares, vasodilatação.
Digestivas - Anorexia, incontinência fecal, flatulência, gastrenterite, glossite e
abscesso periodontal.
Hemáticas e linfáticas - Equimoses.
Desordens metabólicas e nutricionais - Edema e edema periférico.
Músculo-esqueléticas - Artralgia, artrose, cãibras nas pernas e contracções
musculares.
SNC - Sonhos anormais, marcha anormal, agitação, ataxia, reação catatônica,
confusão, depressão, diplopia e disartria, alucinações, hipertonia, hipocinesia, insónia,
parestesia, reflexos aumentados, discinesia tardia, anormalidades de pensamento e
vertigens.
Respiratórias - Dispnéia e rinite.
Pele e anexos - Alopecia, lupus eritematoso discóide, furunculose, erupção
máculo-papular e seborréia.
Sentidos - Visão anormal, ambliopia conjuntivite, surdez, olhos ressecados,
alterações auditivas, dor nos olhos, dor de ouvido e zumbidos.
Urogenitais - Dismenorréia, disúria e incontinência urinária.
LAMOTRIGINA
LAMICTAL
NEURIUM
INDICAÇÕES
A Lamotrigina é uma droga antiepiléptica indicada para o tratamento de crises
parciais e crises tônico-clônicas generalizadas, não satisfatoriamente controladas com
outras drogas antiepilépticas.
CONTRA-INDICAÇÕES
Lamotrigina é contra-indicado para indivíduos com conhecida hipersensibilidade
à droga.
PRECAUÇÕES
Dados disponíveis sugerem que se a dose recomendada para o início da terapia
com Lamotrigina for excedida, pode haver um aumento na incidência de rash
requerendo a retirada da terapia. Lamotrigina é um fraco inibidor da diidrofolato-
redutase; portanto, há possibilidade de interferência com o metabolismo do folato
durante tratamentos prolongados. Entretanto, em períodos de até um ano, a Lamotrigina
não provocou alterações significativas na concentração da hemoglobina, no volume
corpuscular médio e nas concentrações séricas de folato ou de glóbulos vermelhos.
Como ocorre com outras drogas antiepilépticas, a suspensão abrupta de
Lamotrigina pode provocar crises. Este risco pode ser evitado pela redução gradual da
dose por um período de duas semanas. Em estudos de dose única em pacientes com
insuficiência renal terminal, as concentrações plasmáticas de Lamotrigina não foram
REACÇÕES ADVERSAS
Em estudos clínicos duplo-cegos, onde Lamotrigina foi adicionado a regimes
padrão de drogas antiepilépticas, ocorreram rashes cutâneos em até 10% dos pacientes
que tomavam Lamotrigina e em 5% dos pacientes que tomavam placebo. Os rashes
cutâneos levaram à suspensão do tratamento com Lamotrigina em 2% dos pacientes. O
rash, normalmente de aparência máculo-papular, geralmente aparece dentro de quatro
semanas após o início do tratamento, ocorrendo regressão com a suspensão da droga.
Raramente, foram observados rashes cutâneos graves, inclusive angioedema e
síndrome de Stevens-Johnson. Outras reacções adversas relatadas durante estudos com
Lamotrigina, adicionado a regimes padrão de drogas antiepilépticas, incluíram:
diplopia, visão turva, tonturas, sonolência, cefaléia, falta de firmeza de movimentos,
cansaço, distúrbios gastrintestinais e irritabilidade/agressividade.
SUPERDOSAGEM
GABAPENTINA
NEUROTONTIN
PROGRESSE
INDICAÇÕES
Gabapentina é indicado como terapia adjuvante, junto com drogas
antiepilépticas padrões, em pacientes que não obtiveram controle adequado das crises
com estas drogas usadas isoladamente ou em combinação.
A eficácia foi estabelecida em pacientes com crises parciais que são refractários
aos anticonvulsivantes padrões ou que não toleram as doses terapêuticas destas drogas.
Em estudos clínicos controlados com placebo, a Gabapentina, quando
adicionada à terapia antiepiléptica vigente, foi eficaz no controle tanto de crises simples,
como de crises complexas parciais, tendo sido particularmente eficaz no controle de
crises convulsivas tonicoclônicas secundariamente generalizadas.
CONTRA-INDICAÇÕES
PRECAUÇÕES
Gerais: Embora não haja evidência de crises de rebote com a Gabapentina, a
suspensão abrupta da administração de anticonvulsivantes em pacientes epilépticos
pode precipitar um estado epiléptico. Quando, na opinião do clínico responsável, houver
necessidade de uma diminuição de dose, de uma interrupção do tratamento ou de
substituição por medicação anticonvulsivante alternativa, isto deve ser feito
gradualmente, durante uma semana no mínimo.
A Gabapentina geralmente não é considerada eficaz no tratamento de crises de
ausência. Foi observado um aumento estatisticamente significativo da incidência de
tumores pancreáticos de células acinosas, apenas em ratos machos e na dose mais alta.
Os tumores pancreáticos de células acinosas, nos ratos machos, são de baixo grau de
malignidade, não afectaram a sobrevida, não geraram metástases ou invadiram tecidos
vizinhos e foram semelhantes aos vistos nos controlos.
A Gabapentina não demonstrou potencial genotóxico. Ela não foi mutagênica in
vitro, em testes padrões empregando células de mamíferos ou bacterianas.
A Gabapentina não induziu aberrações estruturais dos cromossomos em células
de mamíferos in vitro ou in vivo e não induziu a formação de micronúcleos na medula
óssea de hamsters. Não foram observados efeitos adversos sobre a fertilidade ou sobre a
reprodução em ratos.
A Gabapentina não aumentou a incidência de malformações, quando comparada
aos controlos. Contudo, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres
grávidas.
A Gabapentina é excretada no leite humano. Como o efeito em lactentes é
desconhecido deve-se ter cuidado quando a Gabapentina for administrada a lactantes. A
Gabapentina deve ser usada somente quando os benefícios superarem claramente os
riscos. Uso pediátrico: Ainda não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em
pacientes pediátricos com menos de 12 anos de idade.
INTERACÇÕES
Não foi observada interação entre a Gabapentina e fenobarbital, fenitoína, ácido
valpróico ou a carbamazepina. A farmacocinética da Gabapentina, no estado de
equilíbrio, é similar para voluntários sadios e para pacientes epilépticos, que recebem
estas medicações antiepilépticas. A co-administração de Gabapentina com
anticoncepcionais orais, contendo noretindrona e/ou etinilestradiol, não influencia a
farmacocinética, em estado de equilíbrio, de quaisquer dos componentes.
A co-administração da Gabapentina com antiácidos contendo alumínio e
magnésio reduz a biodisponibilidade da Gabapentina em cerca de 20%. É recomendado
que a Gabapentina seja administrada duas horas após a administração de antiácidos.
Quando a Gabapentina é co-administrada com cimetidina, há uma pequena
diminuição da excreção renal da Gabapentina que não se espera ser de importância
clínica.
REACÇÕES ADVERSAS
Organismo como um todo: Astenia, mal-estar, edema facial. Sistema
cardiovascular: Hipertensão. Sistema digestivo: Flatulência, anorexia, gengivite.
Sistema sanguíneo e linfático: Púrpura, mais frequentemente descrita como abrasões
resultantes de traumatismo físico. Sistema músculo-esquelético: Artralgia. Sistema
nervoso: Vertigem, hipercinesia, aumento, diminuição ou ausência de reflexos,
parestesia, ansiedade, hostilidade. Sistema respiratório: Pneumonia. Sistema urogenital:
Infecção do trato urinário. Órgãos dos sentidos: Visão anormal, mais frequentemente
descrita como um distúrbio da visão. Experiência pós-marketing: Mortes súbitas
inexplicáveis foram relatadas sendo que a relação causal com Gabapentina não foi
estabelecida.
Os eventos adversos adicionais pós-marketing relatados incluem pancreatite,
eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson, flutuação da glicose sanguínea em
pacientes com diabetes e testes da função hepática elevados.
Em todos os estudos clínicos, os eventos que ocorreram com maior frequência e
que contribuíram para a interrupção do tratamento com a Gabapentina, incluíram
sonolência, ataxia, tontura, fadiga, náusea e/ou vómito. Quase todos os participantes
tiveram queixas múltiplas e nenhuma delas pôde ser caracterizada como primária.
SUPERDOSAGEM
Os sinais de toxicidade aguda em animais incluem ataxia, respiração difícil,
ptose, hipoatividade ou excitação. Não foi observada toxicidade aguda, com risco de
vida, com superdoses de Gabapentina de até 49 g. Os sintomas da superdosagem
incluíram tonturas, visão dupla, fala indistinta, sonolência, letargia e diarréia leve.
Todos os pacientes se recuperaram totalmente com cuidados de suporte.
Entretanto, em pacientes com insuficiência renal severa, a hemodiálise pode ser
necessária.
BUPROPIONA: Zyban
Antidepressivo mais utilizado como facilitador para deixar de fumar.
RIVASTIGMINA: Exelon
Para estados demênciais leves a moderados (Doença de Alzheimer).
SIBUTRAMINA: Plenty
Para tratamento da obesidade.
BUFLOMEDIL: Bufedil
Tratamento de problemas circulatórios, centrais e periféricos.
METILFENIDATO: Ritalina
Tratamento de Transtorno Hipercinético (Hiperactividade Infantil).
NALTREXONA: Revia
É um medicamento usado para o alcoolismo.
ARGININA
DESFATIGAN (aspartato)
REFORGAN (aspartato)
TARGIFOR (aspartato)
BASILAN
INDICAÇÕES
A ARGININA parece ter algum efeito na redução da memória e capacidade de
concentração, dificuldade de aprendizagem, fadiga, na astenia física (muscular) e
mental, intelectual e sexual, nas insuficiências do fígado, das supra-renais e das
gônadas.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Os efeitos colaterais, se ocorrerem, são geralmente observados no início da
terapia e desaparecem, usualmente, com a continuação do tratamento ou redução da
dosagem. O efeito colateral mais comum verificado com ALPRAZOLAM foi a
sonolência. Os efeitos colaterias menos frequentes foram, aturdimento, visão turva,
desordens de coordenação, vários sintomas gastrointestinais e manifestações
neurovegetativas. A exemplo de outras benzodiazepinas, reacções paradoxais como
SUPERDOSAGEM
Manifestações decorrentes de superdosagem de ALPRAZOLAM incluem
extensões de sua actividade farmacológica, isto é, ataxia e sonolência. Indica-se a
indução do vómito e/ou lavagem gástrica. Como em todos os casos de superdosagem, a
respiração, as pressões sanguíneas e do pulso devem ser monitorizadas e apoiadas por
medidas gerais, quando necessário. Pode-se administrar fluidos intravenosos mantendo-
se ventilação adequada para as vias respiratórias. Experimentações efectuadadas em
animais indicaram que pode ocorrer colapso cardiopulmonar após grandes doses
intravenosas de ALPRAZOLAM (cerca de 195 mg/Kg; mais que 2000 vezes a dose
máxima diária para seres humanos). Os animais puderam ser reanimados com
ventilação mecânica positiva e infusão endovenosa de levarterenol. Outros estudos
efectuados em animais sugeriram que a diurese forçada ou hemodiálise mostraram-se
provavelmente de pouco valor no tratamento da superdosagem.
Nos últimos anos foram descobertas três isoformas da enzima Óxido Nítrico
Sintase. Duas são denominadas constitutivas (endotelial e neuronal), são citosólicas e
dependentes de Ca++/Calmodulina. Libertam Oxido Nítrico por períodos curtos, em
resposta à estimulação física ou de receptores, e ocorrem nas mais diversas condições
fisiológicas. A terceira denominada induzida, manifesta-se após activação dos
macrófagos e de outras células imunitárias, por citocinas, geralmente por condições
patológicas. Uma vez activada, sintetiza Oxido Nítrico por longos períodos e pode ser
inibida por N-Mono Metil Arginina (L-NMMA) e glicocorticóides. A activação de cada
uma delas pode apresentar consequências diversas.
Os trabalhos de investigação neste campo demonstram, de forma clara,
convergência, revelando o importante mecanismo de amplificação, no qual o Oxido
Nítrico actua como factor central. Assim sendo, a formação de Oxido Nítrico, a partir da
Arginina, faz parte do amplo sistema de comunicação intercelular, cujo alvo principal, a
nível intracelular, é a guanilato ciclase, responsável, quando estimulada, pela formação
de monofosfato de guanosina cíclica (GMPc). De forma inequívoca, temos que o Oxido
Nítrico é libertado por neutrófilos, por células mononucleares sanguíneas, pelo tecido
cerebral, pelas células epiteliais renais, pela medula adrenal e pelos mastócitos. Além
destas, algumas células, tais como macrófagos e as células de Kupffer hepáticas,
"matam" outras células, através do Óxido Nítrico. É interessante observar que, as
células produtoras de Oxido Nítrico possuem mecanismos para manter a concentração
de Arginina livre, através de sua produção intracelular, possivelmente a partir da L-
Citrulina.
e efeitos do Oxido Nítrico. Esta elevação nas taxas de GMPc determina uma diminuição
dos níveis intracelulares de cálcio, redução da força de contração muscular, relaxamento
da musculatura, com consequente vasodilatação e queda da pressão arterial.
Lerman e Cols demonstraram em seres humanos, que a administração de
Arginina, por via oral, determina melhora da função endotelial em vasos coronários de
pequeno calibre, assim como uma redução nos niveis plasmáticos de endotelina. Com
base nos resultados obtidos, estes autores propuseram que a Arginina poderia
representar uma opção terapêutica, em pacientes com disfunção endotelial coronariana e
naqueles portadores de doença coronária não obstrutiva. Desta forma, temos que o
Óxido Nítrico, além de relaxar o músculo liso vascular, causando vasodilatação, tem a
função de inibir outros processos como a agregação plaquetária, a adesão de leucócitos
ao endotélio e a produção de endotelina (potente substância vasoconstritora). O Óxido
Nítrico causa, ainda, variação nas propriedades contráteis (efeito inotrópico negativo) e
na frequência cardíaca. No sistema cardiovascular a libertação de Óxido Nítrico actua
como mecanismo adaptativo geral, de tal forma que o endotélio responde às alterações
do seu meio ambiente e regula o fluxo sanguíneo e a pressão arterial, através de sua
acção sobre a musculatura lisa. Além disto, o Oxido Nítrico regula a interacção entre o
endotélio, as plaquetas e as células sangüíneas em geral, podendo, ainda, exercer papel
no controlo da proliferação do músculo liso vascular.
O sistema Arginina - Óxido Nítrico, proposto por Hibbs e Cols., em 1990, pode
ser o mecanismo primário de defesa orgânica contra microrganismos intracelulares,
assim como contra agentes patogênicos, tais como fungos e helmintos que, entretanto,
pelo seu tamanho, não podem ser fagocitados. Em lesões e outros locais onde ocorre
inflamação, foi observada redução na concentração de Arginina e aumento na
concentração de Ornitina, resultantes da acção da Arginase, derivada de macrófagos. A
actividade da Arginase, que também está aumentada em células tumorais, promove
proliferação e regeneração tissular, por fornecer Ornitina, substrato para a síntese de
poliaminas e de tecido colágeno. Desta forma, a baixa concentração, resultante do
consumo da Arginina, aumenta as funções associadas com a activação dos macrófagos.
A interacção entre estas duas vias metabólicas da Arginina, levando à formação de
Uréia/Ornitina ou Óxido Nítrico/Citrulina, é da maior importância na biologia dos
macrófagos.
macrófagos, liberta Oxido Nítrico, como parte dos mecanismos de defesa, uma vez que
demonstrou ser citotóxica ou citostática, para células tumorais e organismos invasores.
De acordo com Moncada e Cols, a resistência às infecções e às células tumorais
pode ser aumentada, de maneira não específica, por produtos bacterianos, facto este
conhecido, mas não explicável, há pelo menos um século, desde as publicações
pioneiras de Fehleisent (1882) e Coley (1893), quando usaram Streptococcus vivos,
para induzir erisipela, no tratamento de pacientes com cancro, sendo que,
posteriormente, as bases biológicas deste fenómeno foram relacionadas com a função
macrofágica.
Actualmente, sabemos que esta imunidade não específica está relacionada com a
indução do Óxido Nítrico Sintase e que é um fenómeno geral, envolvendo não somente
o sistema reticuloendotelial, mas, também, outras células notadamente o endotélio
vascular, que é o mais "espalhado" de todos os tecidos. Neste contexto, o papel dos
pulmões e do fígado, na imunidade não específica, dependente de Óxido Nítrico, é
crucial, uma vez que ambos os órgãos estão estrategicamente localizados na circulação,
para funcionar como filtros imunológicos.
Em condições normais, a Arginina endógena é suficiente para a manutenção do
bem-estar, mas, em condições de estresse orgânico ou de indução enzimática, a sua
suplementação se faz necessária, uma vez que foi demonstrado, em macrófagos, que a
depleção da Arginina pode levar à própria morte celular. Modernamente, sabemos que a
depleção de Arginina pode estar envolvida na hipertensão, espasmo vascular e/ou
aterosclerose. Wrightham, com base na indução ampla da resposta imune, tanto "in
vitro" quanto "in vivo", sugere, pelos seus efeitos e ausência de toxicidade, a sua
utilização como mais uma tentativa terapêutica no tratamento da AIDS/HIV.
PRECAUÇÕES
Pacientes portadores de doença renal ou em anúria, doenças hepáticas ou
diabetes mellitus devem utilizar o produto com cautela. Durante a gravidez e lactação, o
produto deve ser utilizado sob estrita orientação médica. Como qualquer outro
medicamento, não se recomenda sua utilização no primeiro trimestre da gravidez.
BUPROPIONA
ZYBAN
PRECAUÇÕES
A Bupropiona, como qualquer antidepressivo, não deve ser usado sem
supervisão médica. Essa substância está relativamente contra-indicada nos pacientes
com Transtornos Disrítmicos Cerebrais e/ou Epilepsia.
Também se deve evitar em pacientes alérgicos a essa substância, a qual pode
desencadear reacções de urticária, prurido, eczemas e outras nesses pacientes. A insónia
foi observada em 35% dos pacientes tratados com 300 mg/dia de Bupropiona, contra
21% dos pacientes que apresentaram insónia com o placebo. Esse efeito colateral tem
sido suficientemente importante para que 0,8% dos pacientes interrompam o tratamento.
Em relação à hipertensão, 6,1% dos pacientes em uso da Bupropiona, contra
2,1% dos que tomaram placebo tiveram aumento da pressão arterial. Na grande maioria
dos casos, eram pacientes previamente portadores de transtorno hipertensivo.
Em pacientes com problemas renais as doses devem ser diminuídas, tendo em vista a
excreção renal da substância e a existência de metabólitos activos.
Embora não tenham sido feitos estudos suficientes em seres humanos, coelhos e
ratas grávidas tratadas com 14 a 10 vezes a dose recomendada não mostraram efeitos
teratogênicos.
EEITOS SECUNDÁRIOS
Torcicolo, Reacções Alérgicas, Hipertensão, Hipertermia, Boca seca, Aumento
do apetite, Diminuição do apetite, Artralgia, Mialgia, Insónia, Tonturas, Sonolência,
Tremor, Prurido, Rubor, Urticária, Pele seca.
RIVASTIGMINA
EXELON
INDICAÇÕES
Tratamento de pacientes com demência leve e/ou até moderadamente grave,
notadamente do tipo Doença de Alzheimer.
CONTRA-INDICAÇÕES
Pacientes com conhecida hipersensibilidade à Rivastigmina, a outros derivados
do carbamato.
PRECAUÇÕES
Cuidado em pacientes com doença do nó sinusal ou com arritmias cardíacas
graves. Recomenda-se cautela em pacientes predispostos a estados ulcerosos, em
pacientes portadores ou com histórico de doença respiratória e em casos de obstrução
urinária e convulsões. Rivastigmina deve ser utilizado em mulheres grávidas apenas se
o benefício potencial for superior ao possível risco ao feto. Pacientes que utilizam
Rivastigmina não devem amamentar. Efeitos na habilidade de dirigir veículos e/ou
operar máquinas: a habilidade de dirigir veículos e operar máquinas deve ser
rotineiramente avaliada pelo médico.
INTERACÇÕES
Não são antecipadas interacções farmacocinéticas com outras drogas
metabolizadas por isoenzimas do citocromo P450. Não foram observadas interacções
farmacocinéticas com digoxina, warfarina, diazepam ou fluoxetina em estudos em
voluntários sadios. Em pacientes, a administração concomintante com antiácidos,
antieméticos, antidiabéticos, anti-hipertensivos de acção central, betabloqueadores,
bloqueadores do canal de cálcio, drogas inotrópicas, antianginosos, antiinflamatórios
não esteroidais, estrógenos, analgésicos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos não foi
associada a alterações farmacocinéticas. Rivastigmina não deve ser administrado
concomitantemente com outras drogas colinomiméticas e pode interferir na actividade
de medicações anticolinérgicas. Rivastigmina pode potencializar os efeitos de relaxantes
musculares do tipo succilcolina durante a anestesia.
REACÇÕES ADVERSAS
Incidência igual ou superior a 5%, independente de apresentar uma relação de
causa com Rivastigmina: trauma acidental, fadiga, astenia, tontura, cefaléia, sonolência,
náusea, vómito, diarréia, dor abdominal, perda de apetite, dispepsia, agitação, insónia,
confusão, depressão, infecções do trato respiratório superior e infecções do trato
urinário. Incidência 2% superior ao placebo em pacientes que utilizaram Rivastigmina:
aumento da sudorese, mal-estar, perda de peso e tremor. Pacientes do sexo feminino
mostraram-se mais susceptíveis à náusea, vómito, perda de apetite e perda de peso.
SUPERDOSAGEM
Nos casos de superdosagem assintomática, nenhuma dose de Rivastigmina deve
ser administrada pelas próximas 24 horas. Nos casos de superdosagem acompanhada
por vómito e náusea grave, o uso de antieméticos deve ser considerado. Tratamento
sintomático para outros eventos adversos deve ser realizado se necessário. Em casos de
superdosagem grave, a atropina pode ser utilizada. Recomenda-se uma dose inicial i.v.
de 0,03 mg/kg de sulfato de atropina, com doses subsequentes baseadas na resposta
clínica. Não é recomendado o uso da escopolamina como antídoto.
7.12. FITOTERÁPICOS
Como tem sido feito pelos farmacêuticos, a eficácia médica das plantas
medicinais foi verificada por testes farmacológicos e clínicos com a intenção de
estabelecer as reais potencialidades, evidenciando a eficácia e os eventuais efeitos
colaterais de tais medicamentos.
HIPÉRICO
INDICAÇÕES
Quadros de distúrbios psicovegetativos (distúrbios psíquicos com efeitos sobre o
estado físico), estados depressivos leves e moderados, medo e/ou agitação emocional
(ansiedade).
Actualmente a planta não é muito usada para estes propósitos, mas sim,
largamente usada para o tratamento da depressão. Na medicina caseira, o extrato oleoso
das partes aéreas da planta colhidas durante sua florescência, exposto a luz solar por
pelo menos várias semanas, apresenta acção antiinflamatória e cicatrizante.
O produto medicamente comercial contém o extrato seco padronizado da parte
aérea do Hypericum perforatum, colhido no momento de sua florescência. A
padronização desse extrato é que garantirá a qualidade deste fitoterápico em suas
diversas apresentações comerciais.
A parte do Hypericum perforatum utilizada para fins medicinais são as flores e
folhas. A colheita deve ser feita antes do florescimento da planta. Após a colheita, a
planta deve ser imediatamente seca para evitar a degradação de seus princípios activos.
Efeitos sobre os potenciais visuais e auditivos no EEG e durante o sono
As alterações dos potenciais visuais evocados foram medidas em 12 indivíduos durante
o tratamento de seis semanas. Após duas semanas as latências estavam
consideravelmente encurtadas em comparação com os valores basais, com essa redução
atingindo sua maior extensão após quatro a seis semanas.
Os efeitos do Hipérico foram comparados com os da maprotilina (antidepressivo
tetracíclico) num estudo duplo-cego randomizado em 24 indivíduos sadios. As
pesquisas foram baseadas nas medidas do EEG de repouso e sobre os potenciais visuais
e auditivos evocados. No EEG de repouso as duas medicações provocaram alterações
antagônicas na região teta, mas alterações predominantemente uniformes nas regiões
alfa e beta.
As medidas dos potenciais evocados nas regiões teta e beta confirmaram esses
achados. Globalmente, os resultados foram sugestivos de melhoras da função cognitiva,
assim como de propriedades relaxantes, especialmente com o extrato de Hipérico.
Em um estudo duplo-cego posterior, foram examinados os efeitos sobre o com-
portamento no sono de quatro semanas de tratamento com 1 drágea 300 mg de Hipérico
três vezes ao dia. Esse estudo controlado com placebo foi realizado com 12 mulheres
idosas, sadias, segundo um esquema cruzado, com uma fase de duas semanas de "wash-
out" entre os tratamentos.
Não foram observadas com este fitoterápico as alterações do sono REM, típicas
dos antidepressivos tricíclicos e dos inibidores da MAO. O Hipérico, entretanto,
aumentou a proporção de sono profundo no período total de sono. Isso foi observado
INTERACÇÕES
A possibilidade de interacções entre o Hipérico e álcool foi pesquisada em um
estudo duplo-cego controlado com placebo. A amostra consistiu de 3 2 voluntários
sadios de ambos os sexos, com 25 a 40 anos de Idade. Um grupo recebeu na primeira
semana, 1 drágea de 300 mg de Hipérico três vezes ao dia e, em seguida, placebo
durante sete dias; no segundo grupo a ordem foi invertida.
No 7° e 14° dias os participantes foram submetidos a testes padronizados de
desempenho, tendo concentrações respiratórias de álcool de 0,21 e 0,38 mg/l
(concentrações de álcool no sangue de 0,46 a 0,80%). Os testes avaliaram alterações no
tipo de desempenho exigido para a operação adequada de máquinas e para dirigir um
veículo. A análise estatística dos resultados mostrou que não ocorreu nenhuma
interacção entre o Hipérico e o álcool que pudesse afectar a função psicomotora ou
mental.
A segurança de um tratamento de quatro semanas com o extracto de Hipérico foi
monitorizada por 663 clínicos gerais. Foram registrados os dados de 3.250 pacientes,
76% deles mulheres e 24% homens. A idade dos pacientes variou de 20 a 90 anos
(média de 51 anos). Dos pacientes, 49% apresentava distúrbios depressivos leves, 46%
moderadamente graves e 2% graves.
Os sintomas típicos estavam presentes com frequência de 5O-90% antes de ser
iniciada a terapia, tendo diminuído aproximadamente 50% com o tratamento, tanto em
frequência como em gravidade. Com a terapia, a condição normalizou-se ou melhorou
em cerca de 80% dos pacientes. Foram relatadas reacções adversas num total de 79
pacientes (2,43%) e abandono do tratamento por 48 (1,45%).
Os efeitos fototóxicos conhecidos da medicina veterinária, os quais ocorreram
com quantidades de hipericina 30 a 50 vezes mais elevadas que as usadas clinicamente,
até agora nunca foram relatados com as doses recomendadas, por motivos quantitativos,
é improvável que ocorram.
QUÍMICA
Dos princípios activos isolados da planta, os mais importantes são a hipericina,
pseudo-hipericina, hiperforina, amentoflavonóide, biapigenina e xantonas. Também
estão presentes flavonóides, tais como a Rutina, Hiperosídeos e óleos essenciais. Outros
componentes de importância biológica isolada de diferentes partes da planta são a
hiperforina, hiperisina, adhiperforina e 1,3,6,7 tetrahiddoxi-xantona dotados de
actividade antimicrobiana.
Um dos modos de acção aceite para o Hipérico seria como um inibidor da monoamino-
oxidase (IMAO), mas essa acção não pôde ser confirmada unanimemente em estudos
mais recentes. Há, em realidade, indicações de um tipo de mecanismo imunomodulador.
O sistema imunológico e o sistema nervoso são as únicas estruturas biológicas
equipadas com uma memória. Eles caracterizam-se por numerosas interacções
reguladoras e processos bioquímicos comuns. Moléculas importantes são conjuntamente
produzidas, secretadas e activamente reconhecidas por ambos os sistemas.
A influência do Hipérico sobre a expressão estimulada da citocina foi estudada
em indivíduos sadios e em pacientes depressivos. A libertação de várias citocinas foi
quantitativamente medida após 24 horas de incubação sobre placas microtituladas. Com
o extrato de Hipérico foi observada uma acentuada supressão da libertação da
interleucina-6 estimulada, o que levou os autores a concluir que o efeito antidepressivo
dessa substância poderia perfeitamente se manifestar por meio de modulação
imunológica nas vias neuro-hormonais.
Pelas pesquisas até agora realizadas sobre os efeitos farmacológicos dos extratos
de Hipérico, pode-se concluir que a acção antidepressiva se deve não apenas a diversos
constituintes, mas também a diferentes mecanismos de acção.
Apesar das controvérsias, a hipótese mais aceita é de que a acção terapêutica é
devida a presença da hipericina ou de compostos derivados da hipericina. Ainda existem
muitos pesquisadores que relacionam o mecanismo de acção do Hipérico com a inibição
da MAO e/ou COMT: enzimas responsáveis pelo catabolismo de aminas biológicas,
entre elas, a serotonina, noradrenalina, adrenalina, dopamina.
A hipericina é considerada por alguns autores, um inibidor da MAO, dos tipos A
e B. Entretanto, estudos demontram que usando somente hipericina pura a acção
terapêutica na depressão não é relevante. Outros e estudos confirmam a acção inibitória
CONTRA-INDICAÇÕES
O produto é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade a quaisquer dos
componentes da fórmula.
PRECAUÇÕES
Uso na gravidez e lactação. Uma vez que até ao presente momento não foi
comprovada a segurança do Hypericum perforatum em mulheres grávidas ou que
amamentam, este produto não deverá ser utilizado por gestantes e lactantes.
REACÇÕES ADVERSAS
VALERIANA
Componentes Activos:
1 - valepotriatos = ésteres não-glicosídeos valtrato, isovaltrato, acevaltrato
presentes em todas as partes da planta e em maior concentração nas raízes.
2 - ácido valérico
3 - pequeno número de alcalóides
actinidina
isovaleramida
valerianina
valerina
catinina
4 - óleo voláctil contendo sesquiterpenas activas
VÁRIAS ESPÉCIES
Quando se fala de Valeriana, normalmente se pensa em Valeriana officinalis,
que é a mais difundida no nosso meio, mas existem 150 espécies de Valeriana. De
qualquer forma, são 6 as espécies com finalidade medicinal, relacionadas por ordem de
importância curativa: Valeriana officinalis, que se colhe de março a maio, de agosto a
outubro, presente em toda a península italiana e Sicília; Valeriana palustre, típica de
lugares mais húmidos, cuja florada se dá de abril a junho; Valeriana grande, usada e
colhida como a Valeriana officinalis; Valeriana céltica, que nasce nos rochedos dos
Alpes; Valeriana saliunca, também nativa dos Alpes e Apeninos; e Valeriana marina,
que dá, sobretudo, em colinas de terras calcárias.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Com a descoberta dos princípios activos contidos na Valeriana, notou-se que ela
não apenas tinha uma acção efectivamente específica sobre o sistema nervoso central,
mas também, que poderia produzir ofuscamento da vista e convulsões quando usada em
dosagem muito elevada. Esse seria um dos motivos pelo qual se aconselha utilizar a
Valeriana em doses menores, mais como um sedativo brando.
O facto de tratar-se de um produto "natural" não significa que a droga é
completamente inócua e destituída de qualquer perigo. Altas doses podem causar
problemas e ela pode, mesmo em doses recomendadas, potenciar outras substâncias
com acção no Sistema Nervoso Central. Mal utilizada a Valeriana pode causar vómito,
GINKGO BILOBA
BIOFLAVIN
KIADON
TANAKAN
TEBONIN
O Ginkgo biloba tem sido usado para tratar desordens de circulação relacionadas
com a idade, perda de memória, cancro, asma e outras doenças pulmonares, deficiência
na audição e disfunções sexuais. O Ginkgo biloba é um fitoterápico com as seguintes
propriedades farmacológicas: efeitos protectores neurocerebrais pela melhoria da
permeabilidade da membrana cerebral, elevando a tolerância à hipóxia e inibindo o
edema cerebral, protegendo, portanto todo o tecido cerebral dos efeitos da hipóxia e da
isquemia.
O extracto inibe a redução dos receptores muscarinérgicos, alfa2 e 5HT1A
provocada pela idade, melhora a absorção de colina para o hipocampo, e aumenta a
performance da memória e da capacidade de aprendizagem, melhora as propriedades
hemorreológicas do sangue e da perfusão circulatória, primariamente na área de
microcirculação. Combate os radicais livres e actua antagonicamente no PAF: factor de
agregação plaquetária.
Estudos toxicológicos revelaram uma grande segurança no extracto de ginkgo
sem apresentar efeitos teratogênicos, mutagênicos ou carcinogênicos. Em estudos
clínicos duplo-cego foi possível substanciar a eficácia clínica do Extrato de Ginkgo
Biloba em pacientes idosos com distúrbios leves a moderados da função cerebral e os
seus sintomas relacionados, ambos de origem vascular e na demência degenerativa
primária do tipo Alzheimer, bem como uma forma mista de ambos.
INDICAÇÕES
Ginkgo Biloba é um facilitador do fluxo sanguíneo arterial, cerebral e periférico.
Activador do metabolismo neuronal. Redutor da hiperagregabilidade de plaquetas e
eritrócitos. Protector da rede capilar, aumentando sua resistência e diminuindo sua
hiperpermeabilidade. Protector da integridade estrutural das membranas celulares contra
ataque de radicais livres.
Está indicado para casos de deficit de memória, dificuldade de concentração,
tonturas, vertigens, zumbidos.
Claudicação intermitente, parestesias, cãibras noturnas, extremidades frias,
edemas ortostáticos, tratamento auxiliar das úlceras varicosas e distúrbios tróficos.
Tratamento de microvarizes, ulceras varicosas, cansaço das pernas, artrite dos
membros inferiores.
Processos causados pelo abastecimento deficiente de oxigênio e substâncias
nutritivas. Casos de dor, palidez e cianose das extremidades com sensação de frio.
Tratamento de toda ísquemia seja cerebral ou periférica. Casos de vertigens,
deficiências auditivas, perda de memória e dificuldade de concentração.
Tratamento profilático do envelhecimento celular e tratamento estético pela sua
acção protectora contra radicais livres e pela inibição da destruição do colágeno.
Tratamento nos processos vasculares degenerativos. Prevenção de edema
cerebral.
CONTRA-INDICAÇÕES
Podem ocorrer distúrbios gastrintestinais e, especialmente em casos de
predisposição alérgica, transtornos circulatórios, Incluindo queda de pressão arterial,
cefaléia ou reacções cutâneas.
Pacientes com distúrbios de coagulação ou em terapia com anticoagulantes em
doses elevadas. Por ausência de estudos clínicos em gestantes e lactantes, o uso de
extracto de Ginkgo Biloba nessas situações deve ser cuidadosamente analisado pelo
médico.
Não há casos de interacções com outros medicamentos, podendo haver
administração concomitante de agentes antianginosos, uricosúricos, hipoglicemiantes
orais e anticoagulantes. Pacientes com distúrbios de coagulação devem ser
cuidadosamente acompanhados pelo médico.
Nos normotensos, verifica-se uma perfeita estabilidade tensional; já nos
hipertensos se verifica muitas vezes uma baixa, discreta e progressiva, dos valores
tensionais.
Não deve ser utilizado durante a gestação e lactação devido à ausência de
estudos clínicos nessas condições.
SUPERDOSAGEM
Os sintomas característicos de superdosagem são: irritabilidade, agitação,
diarréia e vómito.
KAVA-KAVA
BIOFLAVIN (HERBARIUM)
KIADON (MERCK)
TANAKAN (KNOLL)
TEBONIN (BYK)
INDICAÇÕES
Estados de ansiedade, tensão e agitação.
CONTRA-INDICAÇÕES
PRECAUÇÕES
Apesar dos estudos demonstrarem que não influencia a capacidade de reacção do
paciente, entretanto, devido às variações individuais, podem ocorrer alterações na
capacidade visual ou na habilidade de dirigir veículos ou de operar máquinas,
principalmente, se houver ingestão concomitante de álcool ou substâncias que actuam
sobre o sistema nervoso central.
INTERACÇÕES
O efeito de substâncias activas sobre o sistema nervoso central como álcool,
barbitúricos e drogas psicoativas, pode ser potencializado pela administração
concomitante do medicamento.
REACÇÕES ADVERSAS
Queixas gastrointestinais leves e reacções alérgicas cutâneas têm sido raramente
observadas após a administração do medicamento. Também foram relatados casos de
dilatação das pupilas, perturbação da visão e da coordenação dos movimentos oculares
após ingestão de bebidas de kava-kava.
SUPERDOSAGEM
Sintomas de intoxicação, após o uso de altas doses de infusão (chá) de kava-
kava por tempo prolongado, foram descritos na literatura: ataxia, dificuldade de
acomodação visual, dilatação das pupilas, distúrbios no balanço oculomotor, alterações
ictiosiformes da pele, coloração amarelada da pele e apêndices cutâneos, redução do
peso corporal, perda de apetite e diarréia. Caso estes sintomas ocorram após a
administração, o seu uso deverá ser interrompido. Na eventualidade da ingestão
acidental de doses muito acima das preconizadas, comunique imediatamente ao médico
para que sejam adoptadas as medidas habituais de controlo das funções vitais.
BIBLIOGRAFIA
WWW.Psiqweb.com