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Favelas
A subprefeitura tem atualmente 9 favelas, sendo estas 2 no distrito Moóca, 2 no Pari, 2 no Belém e 3
no Tatuapé. (Vide mapa x em anexo)
Essa tabela encontra-se desatualizada, mas para efeito de análise, podemos usá-la para comentar os
bons indicadores apresentados. De toda população da subprefeitura Moóca, apenas 2% residiam em favelas
no ano 2000, hoje esse número cresceu, mas mesmo tendo se elevado, ainda é baixo com relação ao total do
município de São Paulo. Essas favelas em sua maioria encontram-se nos extremos dos distritos, praticamente
escondidas das rotas de maior circulação, concentração de residencias de médio a alto padrão, comércios,
serviços e equipamentos públicos. Isso deve-se ao fato da ausência de terrenos propícios para a instalação de
favelas nesses locais, como é o caso do Tatuapé. Sabemos que geralmente as favelas se iniciam em áreas
abandonadas, vagas ou de risco, e além do fator mencionado acima, é interessante observar que o número de
áreas de risco na Moóca é zero. Já no caso das favelas do Belém, podemos observar mais adiante que ela está
situada num local que oferece infra-estrutura para que um projeto de conjunto habitacional seja absorvido
sem maiores problemas.
Não há obras de reurbanização nessas favelas, portanto a previsão é de que elas permacenerão ali nos
próximos anos, infelizmente, seguindo um ritmo considerável de crescimento, assim como nos últimos nove
anos. Dessas oito favelas, apenas 4 encontram-se em ZEIS (zonas especiais de interesse social). As duas do
Belém estão sob ZEIS 3, e duas do Tatuapé sob ZEIS 1. De acordo com a definição do Plano Diretor do
município de São Paulo, capítulo II, Art. 171, essas ZEIS são:
-ZEIS 1: “áreas ocupadas por populaçãode baixa renda, abrangendo favelas, loteamentos precários ou
empreendimentos habitacionais de interesse social ou do mercado popular, em que haja interesse público
expresso por meio desta lei, ou dos planos regionais ou de lei específica, em promover recuperação
urbanística, a regularização fundiária, a produção e manutenção de Habitações de Interesse Social – HIS,
incluindo equipamentos sociais e culturais, espaços públicos, serviço e comércio de caráter local.”
-ZEIS 3: “áreas com predominância de terrenos ou edificações subutilizados situados em áreas dotadas de
infra-estrutura, serviços urbanos e oferta de empregos, ou que estejam recebendo investimentos desta
natureza, onde haja interesse público, expresso por meio desta lei, dos planos regionais ou de lei específica,
em promover ou ampliar o uso por Habitação de Interesse Social – HIS ou do Mercado Popular – HMP, e
melhorar as condições habitacionais da população moradora.”
Cruzando os mapas de uso predominante do solo por quadra (vide mapa x em anexo) com o das
habitações em situação precária (vide mapa x em anexo), vemos que a maioria das favelas situadas na
subprefeitura Moóca, exceto as do distrito Tatuapé, estão na região de indústrias e armazéns antigos ou
abandonados. Essas antigas edificações, provas históricas do passado industrial da Moóca e arredores na
região central, precisam de uma revisão para que sejam preservadas, para que a região seja revitalizada e
para que a população que ocupa o local tenha melhores condições de moradia.
Cortiços
Os cortiços são opções baratas de moradia desde o século 19, e continuam sendo até hoje, no século
21. Os cortiços são procurados e habitados por pessoas com renda até R$ 700,00, que preferiram ficar
próximas da região central, e seus comércios, do que partir para as favelas da periferia. A mais densa
concentração de cortiços de toda subprefeitura encontra-se na região Brás-Belém, onde existem muitos
galpões industriais antigos.
Na subprefeitura Moóca, a situação dos cortiços é bastante diferente das favelas. São 725 cortiços
densamente espalhados nos distritos Pari, Brás, Belém, Moóca, e alguns no Tatuapé e Água Rasa. (Vide
mapa x em anexo)
Imóveis Famílias %
Água Rasa 27 268 4%
Belém 194 1.926 27%
Brás 253 2.512 35%
Moóca 154 1.529 21%
Pari 93 924 13%
Tatuapé 4 40 1%
TOTAL 725 7.199 100%
Conjuntos Habitacionais
Os conjuntos Bresser I, Bresser II, Bresser III, Bresser IV, e Bresser V, localizados nas ruas Doutor
Almeida Lima, rua Visconde de Parnaíba, rua Bresser, e rua Inácio de Araújo. totalizaram por volta de 5.220
moradores beneficiados.
Tecnologia
Moradores de Rua
No Largo do Bom Parto, no Tatuapé, comerciantes reclamam da presença de moradores de rua que
tem acumulado lixo, usando árvores como guarda-roupas e varais, e deixado colchões nos caminhos de
passagem. Isso conseqüentemente diminui o número de pessoas que visitam a praça. Além disso, a feirinha,
que antes contava com 40 barracas, hoje tem pouco mais de 10. O Largo do Bom Parto é um local agradável,
rodeado por escolas infantis, comércios, a barraca de frutas, e a igreja Nossa Senhora do Bom Parto. Não
podemos nos esquecer que a diminuição de fluxo de pessoas num local, acaba resultado no aumento da
criminalidade, e isso não pode acontecer ali, e nem em outros lugares, senão em breve a praça estará
abandonada, afetando todo o entorno.
Os moradores de rua não participam do censo do IBGE, o que não nos permite ter uma informação
exata. Mas FIPE em 2000, contou por volta de 8.088 moradores, e em 2007, 18.000, traçando um perfil dessa
população, que em sua maioria são homens com a idade média de 40 anos e negros.
Na subprefeitura Mooca existem alguns albergues que oferecem comida, banho, roupas e dormitório
para moradores de rua. Segue a lista:
- Arsenal da Esperança
Rua Dr. Almeida Lima, 900 – Brás
-Associação Recilázaro
Rua do Gasômetro, 821 – Brás
-Cor-Ação
Av. Alcântara Machado, 91 – Brás
-São Camilo I
Av. Celso Garcia, 3316/2440 – Mooca
-São Camilo II
Rua Ivaí, 187 – Mooca
-Casa de Simeão
Rua Assunção, 480 – Brás
-São Lázaro
Rua José de Alencar, 104/108 – Brás