Instituída em 2004, através da Portaria 019/2004, e regulamentada pela
Lei 10.861, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), a Comissão Permanente de Avaliação (CPA) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais constitui, de fato, seu principal e mais relevante instrumento institucional de autoavaliação, por meio do qual se aferem, mediante prática difusa e descentralizada, as diversas manifestações, de caráter opinativo, vertidas ao que se poderia intitular, porque real objetivo a que se dirige: “controle de qualidade institucional”. Assim, verifica-se, para além da obrigatoriedade da entrega do relatório com os resultados conquistados pela instituição ao Ministério da Educação (MEC), sua inquestionável importância - em sede interna - prática. Por meio de afixação de cartazes nas salas de aula, laboratórios e bibliotecas, de todos os campi da PUC-MG, e, ainda, com a divulgação eletrônica, a manifestação do processo avaliativo torna-se extremamente ampla, a tornar possível, portanto, que toda a comunidade acadêmica dele tome conhecimento. Nesta senda, surge a importantíssima participação do discente nesse processo, enquanto agente, de um lado, que contribui para as soluções das mazelas que acometem a Academia - papel ativo do discente -, e, do outro, que, mediante um controle substancial do conteúdo fornecido pelo docente, racionaliza, para irradiá-lo, o conhecimento percebido na Universidade - papel passivo. Avaliar é transformar! Daí o acerto das palavras do douto professor de Semiótica da PUC-MG, Júlio Pinto, para quem “uma avaliação realmente eficaz é aquela em que a instituição procura metas, propõe-nas, e depois vê se as atingiu. Para tal, todos os constituintes desse corpo precisam contribuir, já que todos são, ao mesmo tempo, sujeitos e objetos dessa grande comunicação, que só surge no momento da interação, já que a informação só significa alguma coisa no momento em que ela é comunicada. Por isso é que não se avaliam pessoas, mas processos, não se avaliam estruturas, mas fluxos. Por isso é que as atividades meios e atividades fins são igualmente importantes. Ambas apontam numa única direção: a coerência da instituição a caminho de suas metas. Por isso é que se deve ter um Plano de Desenvolvimento Institucional e um programa de avaliação institucional instalado. Um vê o outro. Na verdade, todos vêem a todos porque somos todos mapas uns dos outros”. Avaliar é mudar, progredir, melhorar. Avaliemos, e mudaremos!