Professional Documents
Culture Documents
PNEUMONIA
João Pessoa-PB
2010
Jessika Amorim Batista Monteiro
PNEUMONIA
João Pessoa - PB
2010
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO
2.0 CONCEITO
3.0 FISIOPATOLOGIA
3.1 CLASSIFICAÇÃO
Das doenças que atingem o homem, nenhuma dispõe de tantos critérios para
sua classificação como as Pneumonias. Tal premissa por si só, diz as dificuldades
enfrentadas por aqueles que tentam adotar a que julgam ser melhor.
Os critérios invocados com essa finalidade são tão variáveis quanto
numerosos. Assim caso adotassem o critério de idade, teríamos pneumonia que têm
preferência por crianças e outras por idosos; hábitos de vida; dos fumantes; grandes
alcoólatras e abstêmios; quanto a habitação (urbanas e rurais); que atingem os pulmões
sadios ou previamente comprometidos; primárias ou secundárias: Sede, alveolar,
intersticial ou mista, critério anatomo-radiológico, subsegmentares, segmentares ou
lobar, em relação à patogenia: Inalatória, aspirativa ou hematogênica; Classificação dos
principais subtipos das pneumonias, tendo por base a sua distribuição anatômica:
Pneumonia lobar (O processo inflamatório tem disseminação relativamente uniforme
nos lobos pulmonares, onde o microorganismo mais associado à pneumonia lobar é o
pneumococo), Pneumonia Lobular ou Broncopneumonia (Focos inflamatórios múltiplos
que acometem lóbulos pulmonares, caracterizando disseminação do agente através das
vias aéreas, acomete mais comumente crianças, idosos e pessoas debilitadas),
Pneumonia Intersticial (Reação inflamatória que afeta predominantemente o interstício
pulmonar.Vírus, Legionella e Mycoplasma são os agente infecciosos) e por último a
classificação de acordo com seus agentes, ou seja, pneumonias causadas por: bactérias
Gram-positivas Bacilos, Gram-Negativos Aeróbios, vírus, mycoplasma, parasitos e
outros.
Ainda hoje, quando nos referimos a uma pneumonia bacteriana, entre todas as
camadas por germes aeróbios Gram–positivos, o pneumococo surge como seu maior
responsável. Embora sua verdadeira incidência não esteja perfeitamente estabelecida é
universamente considerado como o principal agente etiológico das pneumonias em
geral, tanto no adulto como na criança, quer entre as comunitárias, quer entre o
nosocomiais. São poucas as bactérias Gram–positiva com essa capacidade sendo os
Diplococos pneumoniae e o Staphylococcus as principais. Outros microorganismos
coráveis pelo método de Gram podem provocar pneumonia, embora à escala seja bem
menor.
Acredita-se anualmente, que pelo menos dois pacientes em cada 1000
habitantes, da população, seriam atingidos por pneumonia pneumocócica. O tratamento
das pneumonias por bactérias Gram-positiva aeróbias, na maioria das vezes, não
constitui problema. Além de serem as mais comuns, são menos graves, de diagnóstico
mais fácil e de evolução bem conhecida, raramente se fazendo acompanhar de
complicações resultantes de bacteriemia. Embora haja cepas que vem se tornando cada
vez mais resistentes a penicilina, a grande sensibilidade dos pneumococos ás pequenas
doses desses grupos de antibióticos é universalmente reconhecida. Portanto, desde que
haja suspeita de que uma pneumonia possa ser de natureza pneumocócica, justifica-se a
prescrição empírica de um antimicrobiano, de preferência a penicilina. (TARANTINO,
1997).
• PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA
PATOGENIA
A lesão inicial da pneumonia pneumocócica é uma alveolite resultante de um
inoculo constituído por um impacto mucoso séptico que, através da traquéia, por ação
gravitacional e aspirativa vai se alojar nos alvéolos mais periféricos do pulmão. Essa
tendência existe em relação à parede, quanto ao lobo vizinho, mediastino ou diafragma,
como já foi experimentalmente comprovado. O muco que conduz a bactéria não serve
apenas de veículo, mais comportar-se também como meio de cultura protegendo o
germe contra as reações locais de defesa. O número de pneumocócicos contidos no
inoculo pode ser pequeno, mas no alvéolo que irá proliferar. O pneumococo ao atingir
os alvéolos se desintegra, liberando produtos tóxicos, fermentativos e antigênicos que
vão provocar uma alveolite. O processo inflamatório alveolar se propaga aos espaços
aéreos contíguos de maneira centrifuga através dos poros de kohn e canais de Lambert.
Os septos lobulares segmentares e lobares, bem como a pleura visceral, dificultam a
propagação do processo.
QUADRO CLINICO
Diante de um indivíduo previamente sadio atingido por uma pneumonia
supostamente bacteriana, justifica-se considerá-la em princípio de natureza
pneumocócica; o pneumococo pneumoniae estar para a pneumonia bacteriana em geral,
assim como o Mycobacterium tuberculosis está para o derrame pleural. O quadro
clínico das infecções respiratórias modificou-se profundamente com o advento dos
antibióticos mesmos quando prescrito de maneira incorreta. De início quase sempre
súbito, a doença acomete pessoas em plena atividade ou no decursso de “estado gripal
prolongado”. Muitos referem história prévia de infecção das vias aéreas superiores, a
sensação de calafrios, na maioria das vezes única, é quase sempre manifestações
precoce dessas pneumonias. Como primeiros sintomas surgem: tosse, dor torácica em
forma de pontada, temperatura elevada, hipersudorese, cefaléia, astenia, mialgia,
taquipnéia e taquicardia. A tosse que nos primeiros dias pode faltar, é seca, tornando-se
produtiva, mucoide após 48–72 horas; posteriormente a secreção assume aspecto
sanguinolento que, nos dias subseqüentes, podem adquirir a cor de tijolo. O aspecto
cianótico de certos doentes resulta mais de sua respiração superficial, devido à dor do
que da redução da superfície respiratória. Pela inspeção e palpação percebe-se maior ou
menor redução da mobilidade torácica quer difusa ou localizada; o frêmito toracovocal
de início esta normal ou diminuído aumenta quando surge a consolidação, coincidindo
com a maciez obtida pela percussão. A redução do murmúrio vesicular precede o
aparecimento dos estertores crepitantes audíveis precocemente desde o início da doença
(TARANTINO, 1997).
DIAGNÓSTICO
Radiologia
Laboratório
TRATAMENTO
• PNEUMONIA ESTAFILOCÓCICA
PATOGENIA
QUADRO CLINICO
DIAGNOSTICO
Radiologia
Em nenhuma outra pneumonia o aspecto radiológico muda tanto e de maneira
tão rápida como nas estafilocócicas; essas particularidades, pela sua importância
diagnostica, exige radiografias diárias e até mais vezes. Na pneumonia estafilocócicas a
radiografia de véspera deve ser considerada ‘antiga’ ( TARANTINO, 1997).
Laboratorial
TRATAMENTO
• PNEUMONIA ESTREPTOCÓCICA
ETIOLOGIA
PATOGENIA
QUADRO CLINICO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
É semelhante ao da pneumonia pneumocócicas, sendo a penicilina G cristalina o
antibiótico de escolha.
• HAEMOPHILUS INFLUENZAE
ETIOLOGIA
Nas otites mediais e sinusites maxilares ocupam lugar em destaque, na primeira
infância esse microorganismo é considerado como o principal agente de patogênico de
natureza bacteriana; nesse período pode ser identificado na nasofaringe de quase 100 %
de crianças com idade em torno de 5 anos. No adulto desempenha importante papel nas
infecções do trato respiratórios. É comum e fácil identificá-lo nas vias aéreas dos
portadores de DPOC (TARANTINO, 1997).
PATOGENIA
QUADRO CLÍNICO
Seu inicio pode ser súbito ou precedido do trato respiratório superior. Desde que
o paciente seja portador de outra doença, particularmente bronquite e enfisema esse
diagnostico ocupa em primeiro lugar. Essas pneumonias não se instalam de maneira
muito diferente das demais; há casos em que a única manifestações é a febre isolada.
Hemópticos são raros, e a bacteriemia, incomum. A leucocitose habitualmente não alta.
DIAGNOSTICO
Radiologia
TRATAMENTO
Tanto a Ampicilina como a amoxicilina, associadas ao acido clavulânico ou ao
sulbactama estão indicados para o tratamento dessa pneumonia.
• KLEBSIELLA PNEUMONIAE
PATOGENIA
QUADRO CLÍNICO
DIAGNOSTICO
Para o diagnostico, alem da baciloscopia direta do escarro, que mostra bacilos
gram negativos encapsulados em grande quantidade, deve-se exigir a cultura do material
colhido. O hemograma que em geral revela intensa leucocitose pode mostrar ate
leucopenia, verificação essa que agrava o prognostico.
Na radiologia pode se observar que a doença atinge de preferência os lobos
superiores, na s formas clássicas é inconfundível, pelo bombeamento da cissura
interlobar correspondente, quando a infecção for no lobo superior a cissura se desloca
para baixo; quando no lobo inferior para cima. Essa mudança de posição resulta do
aumento de volume do lobo devido ao grande edema periférico, que ao envolver a lesão
leva consigo a cissura.
TRATAMENTO
Os aminoglicosídeos associados ás cefalosporinas, não necessariamente de
terceira geração, constituem o tratamento ideal dessas pneumonias, prescrito por via
venosa, durante pelo o menos três semanas. Nos casos mais graves a duração do
tratamento será maior.
• PSEUDOMONAS AERUGINOSA
ETIOLOGIA
A P.A. é considerada como a principal responsável pelas pneumonias que
atingem pacientes hospitalizados. Nos EUA contribui aproximadamente com 17 % de
todas as pneumonias nosocomiais, sendo que mais de 75% delas procedem do CTI do
próprio hospital. Nesse país também pode se verificar que entre os pacientes
transferidos de abrigos para idosos 5,7% deles eram portadores de pneumonia dessa
natureza (TARANTINO, 1997).
PATOGENIA
QUADRO CLÍNICO
DIAGNOSTICO
A bacterioscopia do escarro ou do material colhido por aspirado traqueal
identifica bacilos delgados em abundancia, corados pelo método de gram. O
hemograma na maioria dos pacientes mostram leucocitose.
Na radiologia o seu padrão não é sugestivo, há casos em que o grau de
comprometimento sistêmico não conduz com o das lesões. Comumente, verificam-se
um ou mais infiltrados de limites imprecisos que posteriormente se escavam. Pela sua
capacidade de invadir a vasculatura pulmonar, provocando vasculite, pode sugerir o
diagnostico de tromboembolismo (TARANTINO, 1997).
TRATAMENTO
• PNEUMONIAS ATÍPICAS
Este termo serve para designar às pneumonias cujas características fogem aos
padrões clássicos das pneumonias bacterianas lobares, particularmente as
pneumocócicas.
A expressão pneumonia atípica foi usada pela primeira vez em 1938, para definir
uma diferente pneumonia caracterizada por uma traqueobroncopneumonia,
acompanhada de sintomas atípicos e graves.
Sua mais importante característica sorológica consistia no aumento, em níveis
muito elevados, das crioaglutininas. Essas macroglobulinas séricas são assim chamadas
pela sua capacidade de aglutinarem hemácias humanas tipo O, a zero grau, e não a
37ºC.
ETIOLOGIA
PATOGENIA
Dar-se por via inalatória o agente ao aderir ao epitélio brônquico, lesa os cílios e
respeita a membrana basal, habitualmente não compromete o trato respiratório, embora
a traquéia e os brônquios possam ser lesados. O quadro que caracteriza pela a presença
de exsudato no interior dos bronquíolos. As lesões intersticiais predominam sobre os
alvéolos, sendo pobre em bactérias (TARANTINO, 1997).
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Macrolideo, ciclinas ou novas quinolonas. A antibioticoterapia não deve durar
menos do que duas semanas.
ETIOLOGIA
PATOGENIA
• INFLUENZA (GRIPE)
• PARAINFLUENZA
• ADENOVÍRUS
A infecção é de caráter universal, costuma ser transmitida por via parenteral, por
contato direto, por via materno-fetal e por transplante de órgãos. A doença sendo
adquirida na vida intra-uterina resulta em graves anomalias congênitas.
As lesões causadas se caracterizam pela presença de grandes inclusões
nucleares, com muita propriedade conhecida como células em olho de peixe
(TARANTINO, 1997).
O tratamento dessas pneumonias se faz com ganciclovir e foscarnet, a
associação de um antivirotico ás imunoglobulinas especificas reduz a mortalidade entre
os transplantados acometido3. Pneumonias atípicas
Este termo serve para designar às pneumonias cujas características fogem aos
padrões clássicos das pneumonias bacterianas lobares, particularmente as
pneumocócicas (TARANTINO, 1997).
A expressão pneumonia atípica foi usada pela primeira vez em 1938, para definir
uma diferente pneumonia caracterizada por uma traqueobroncopneumonia,
acompanhada de sintomas atípicos e graves (TARANTINO, 1997).
Sua mais importante característica sorológica consistia no aumento, em níveis
muito elevados, das crioaglutininas. Essas macroglobulinas séricas são assim chamadas
pela sua capacidade de aglutinarem hemácias humanas tipo O, a zero grau, e não a 37ºC
ETIOLOGIA
PATOGENIA
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Teoricamente a elevada letalidade associada às pneumonias nosocomiais pode
ser prevenida com o diagnóstico precoce, tratamento apropriado e estratégias de
prevenção eficazes
Visando à melhor resposta clínica aos antimicrobianos, estes devem ser iniciados
em tempo hábil e apresentar eficácia nos pacientes graves; para se alcançar este
objetivo, a escolha do esquema antimicrobiano, usualmente introduzido no momento do
diagnóstico clínico da pneumonia, geralmente é empírica; tal escolha deve levar em
consideração a história clínica do paciente, gravidade da condição de base, presença e
grau de imunossupressão, uso prévio de antibióticos, tempo de hospitalização, pro-
cedimentos cirúrgicos, intubação endotraqueal, ventilação mecânica, gravidade e
progresso da pneumonia, estudo microbiológico prévio e informações sobre os
patógenos nosocomiais de ocorrência endêmica e os respectivos padrões de
sensibilidade da instituição em questão. O tratamento empírico é justificado pela
necessidade de iniciar o esquema enquanto se aguardam os resultados dos testes
diagnósticos empregados para comprovação da pneumonia e identificação do(s) agentes
etiológicos.
Os critérios clínicos de pneumonia apresentam sensibilidade diagnóstica,
entretanto carecem de especificidade; é portanto necessário, antes de instituir a
terapêutica empírica, realizar uma avaliação cuidadosa de outras causas alternativas de
febre e infiltrados pulmonares no paciente gravemente enfermo. Entretanto, alguns
pacientes com pneumonia nosocomial podem apresentar doença rapidamente
progressiva e, portanto, a incerteza diagnóstica não deve levar a um retardo na
introdução do esquema antimicrobiano. (TARANTINO, 1997)
O esquema terapêutico inicial, na ausência de estudo micro-biológico específico,
deve ter amplo espectro abrangendo os patógenos mais freqüentemente implicados nas
pneumonias hospitalares, levando em consideração as características da instituição. Por
vezes o estudo microbiológico pode fornecer dados permitindo uma terapêutica mais
específica; entretanto, o Gram e cultivo do escarro e da secreção traqueal, disponíveis
na maioria das instituições, apresentam baixa especificidade e freqüentemente não
auxiliam no diagnóstico etiológico ou então demonstram flora bacteriana mista.
ETIOLOGIA
PATOGENIA
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
Radiológico
Infiltração lobar, característica da pneumonia pneumocócica, e particularmente
encontrada em pré-escolares e escolares. Há consolidação de um lobo, ou mesmo de um
pulmão inteiro. Às vezes coincidem sinais de atelectasia parcial na região afetada.
(TARANTINO, 1997)
Os outros tipos de pneumonias bacterianas dão imagem radiológica de infiltração Peri
brônquica e áreas mal definidas de opacidade. (TARANTINO, 1997)
Laboratorial
O hemograma fornece dados inespecíficos de infecção bacteriana aguda:
leucocitose (15 a 60 mil leucócitos) com neutro-filia e desvio para a esquerda.
Leucopenia tem mau significado prognóstico; encontra-se particularmente em crianças
de muito tenra idade, desnutridas ou com problemas imunológicos. Anemia desenvolve-
se no curso da moléstia, particularmente na de origem estafilocócica, bem como na
pneumonia pneumocócica.
TRATAMENTO
5.0. DIAGNÓSTICO
• Exame de escarro;
• Raio- X;
• Tomografia computadorizada do peito;
• Hemocultura.
7.0 CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto neste estudo podemos concluir que as pneumonias são
causas freqüentes de abstenção na escola e no trabalho, englobando tanto adultos quanto
crianças.
Das patologias que atinge o homem, nenhuma pode ser comparada às pneumonias,
quanto aos aspectos de classificação, na literatura atual existem muitos tipos, o que
torna uma patologia extremamente difícil de ser estudada a fundo, por isso acredita-se
que hoje seja mais fácil o seu tratamento do que a sua classificação.
Na tentativa de atingir o objetivo do tratamento, convém classificá-la de acordo
com seus agentes causadores, podendo ser do tipo gram-positiva, gram-negativa, por
bacilos aeróbicos ou anaeróbicos, por vírus, por micoplasma, na infância, entre outros.
Desta maneira, concluímos que as pneumonias precisam ser cuidadas
precocemente, para que não tenha complicações maiores e que a Fisioterapia
Respiratória dispõe de técnicas terapêuticas que iram melhorar as manifestações das
determinadas infecções.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- SILVEIRA, I. A. O pulmão na prática médica. V. 2. Rio de Janeiro: EPUB, 1985.
161 -181 p.