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CESEC – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ARTE
Ensino Médio

1º Módulo
Pré-História
PRÉ-HISTÓRIA
MÓDULO 01:
Paleolítico, Neolítico,
Idade dos Metais e a Escrita

IDADE ANTIGA
MÓDULO 02:
Grandes Civilizações:
Grécia, Egito, Roma e Era Cristã

IDADE MÉDIA
MÓDULO 03:
Artes: Clássica, Românica, Gótica, Arte Paleocritã,
Arte Bizantina, Arte Islâmica e Renascimento

IDADE MODERNA
MÓDULO 04:
Movimentos: Barroco e Rococó
Neoclassicismo, Romantismo e Realismo

IDADE CONTEMPORÂNEA
MÓDULO 05:
Estilos: Impressionismo, Fouvismo, Expressionismo,
Cubismo, Abstracionismo, Surrealismo,
Op. Art, Pop Art, Graffiti,
Interferência e Instalação
OBJETIVO GERAL DE ARTES

A arte tem como objetivo levar o ensino das artes visuais,


a dança, a música e o teatro para serem aprendidas na
escola. Não apenas para recreação, equilíbrio Psíquico,
expressão criativa ou simplesmente treino de habilidades
motoras.
A arte é apresentada como área de conhecimento que
requer espaço e constância, como todas as áreas do
currículo escolar.
Aprender a estabelecer relações entre seus trabalhos
Artísticos individuais, em grupo ou em relação a
Produção social de arte bem como seus produtores,
assimilando e percebendo correlações entre o que faz
na escola e o que foi realizado por artistas na sociedade
seja no âmbito local, regional, nacional, e internacional
nos remete ao conhecimento do mundo .

Professor Fernando
Formado em Artes Plásticas
Pelas Faculdades Integradas Tereza d’ Ávila
Pós-Graduado em Artes Visuais
Pela Universidade Federal de Minas Gerais
Pós Graduado em Tecnologias da Informação e
Comunicação
Pela Universidade Federal de Juiz de Fora
ORIENTAÇÕES

O aluno deverá ler a apostila, responder ao questionário e anotar


no caderno as dúvidas ou dificuldades encontradas para serem
esclarecidas pelo professor orientador durante as aulas. O aluno deverá
fazer as atividades com orientação do professor, pois cada uma delas
tem seus objetivos a serem desenvolvidos. Cada aluno deverá fazer
uma prova chamada de T.U. (Teste de Unidade) em uma sala própria
para cada módulo estudado e deverás tirar cinqüenta por cento (50%) ou
mais para ser aprovado no teste.

Plano de estudo

Pesquise sobre os assuntos estudados, descubra os artistas,


pintores e escultores, conjuntos arquitetônicos, formas de desenho,
cores, formas e decorações, etc.
Faça as atividades propostas seja através do desenho, colagem,
pintura, escultura, música, teatro ou dança.

ESCULTURA
Os homens trabalhavam escultura em osso, madeira e pedra. Outro
material muito utilizado naquela época era à argila (barro), com o qual
modelavam vasos, panelas e recipientes para guardar água e alimentos,
ornamentando estes objetos.
O tema preferido era as mulheres.

SUGESTÕES:

Acesse na internet, em um site de busca como o google e pesquise


sobre o tema pré-história, assista ao filme: “A Guerra do Fogo”.
Veja desenhos ou pinturas de animais ou do homem em sentido de caça
ou combate, utensílios materiais de argila (barro) ou esculturas de madeira,
osso ou ferro, mímicas, teatro ou dança entre outros.
Módulo I
HISTÓRIA DA ARTE

Para uma melhor compreensão dos conteúdos de artes você


estudará sobre o homem e seu desenvolvimento artístico através dos
tempos.
A história da arte está dividida em cinco períodos diferentes: Pré-
História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, e Idade
Contemporânea o que pode variar de acordo com a região ou com o
passar do tempo.
Você ira entrar na fascinante história do homem, vai descobrir
como o homem se desenvolveu no decorrer do tempo e como foi o seu
desenvolvimento artístico.
“De tudo que o homem tem ele deve adquirir o conhecimento”, e
para ampliar os seus horizontes você devera ler livros de acordo com os
conteúdos estudados, ver vídeos sobre o assunto, pesquisar na internet,
comentar com os colegas, professores ou pessoas com conhecimento e
experiência para melhor organizar suas idéias e com isso entender a
matéria. “Só adquire o conhecimento àquele que a busca como o ouro
ou como a pedras preciosas”. É preciso querer para conquistar.
PRÉ-HISTÓRIA
O que é pré-história?

A Pré–história é o período que se estende desde o surgimento do


homem até a invenção da escrita, cerca de 3.600 anos antes de Cristo. O que
aconteceu nesse vastíssimo período pode ser conhecido pelo estudo dos
fosseis, utensílios, desenhos, ruínas, habitações e outros vestígios da vida
humana naquela época.
Tem início com os nossos antepassados mais remotos que viviam em
cavernas naturais onde encontramos uma das primeiras formas de expressão
através da arte RUPESTRE (é o nome dado a toda pintura feita nas paredes
das cavernas).
Podemos estudar a Pré-história em três períodos distintos: o período
Paleolítico, o período Neolítico e a Idade dos Metais.

A Pré-história e seus períodos

A Pré-história foi dividida em duas idades: Idade da Pedra (Paleolítico e


Neolítico) e Idade dos Metais. Chegou-se a essa divisão de acordo com o
material utilizado pelos primeiros homens na fabricação de suas ferramentas.
Essa arte era realista (inspirada no mundo que o cercava), ritualista
(mágica) e simbólica (representada por desenhos ou figuras geométricas).
São registradas nas cavernas as cenas de caça e combate que são
as mais marcantes pinturas dessa época.
O homem começa a construir seus primeiros utensílios com materiais
encontrados na natureza como pedras, ossos e madeira.
Com o passar dos anos ele começa a aperfeiçoar estes instrumentos,
descobre a utilização do barro e da cerâmica, começam a construir suas
casas e monumentos.
A partir desse momento, o homem começou a fabricar vasos, pratos e
potes de barro, e passou a decorá-los com sinais geométricos.
As imagens feitas na pré-história significavam algum poder. As cenas,
quase sempre de caça e combate ou de animais como: mamutes, bisões,
cavalos e cenas místicas.
Usavam corantes naturais: terra, carvão vegetal, oxida de ferro, sangue
entre outros, e obtinham cores ocres, vermelhas e pretas.
Temos como exemplos de pinturas rupestres as cenas da gruta de
Lascaux na França e da gruta de Altamira na Espanha.
As imagens nas cavernas passam a ser menos realistas.
O homem já desenhava símbolos e ideogramas, os primeiros passos
para a escrita.
Com a descoberta e utilização dos metais, com o comercio e com o
artesanato, floresceram as primeiras civilizações.
O primeiro material a ser usado foi o bronze, depois o ferro, e por fim, o
ouro.
Começam a construir suas casas e monumentos.
Com a união da arquitetura, da escultura e da pintura temos as
chamadas artes plásticas ou belas artes.
As pinturas nas cavernas provavelmente devem ter sido feitas com
pincéis, de pêlos de animais, preso a um pequeno osso.
As tintas eram preparadas com cascas de arvores e peles de animais,
trituradas de moídas.
Dessa forma, o homem obtinha pigmentos avermelhados, castanhos e
amarelos.
Esses materiais eram triturados e misturados com sangue, gordura
animal, clara de ovo e suco de plantas. As tintas eram guardadas, nos ossos
ocos dos animais, revestidos, de gordura animal nas extremidades.
Provavelmente o homem das cavernas começou a fazer musicas
por meio de gritos, batendo os pés, palmas, objetos e até fazendo apitos de
chifres de rena para imitar o cântico dos pássaros.
É provável que os primeiros instrumentos tenham sido apenas galhos de
árvore e pedaços de pau, utilizados para desenterrar raízes, derrubar frutos,
fisgar peixes, matar animais e para se defender. Mas pouco restou desses
instrumentos. As ferramentas mais antigas encontradas em escavações são
de pedra, chifres ou marfim.
As imagens feitas na pré-história significavam algum poder.
Outro material muito utilizado naquela época era à argila (barro), com o
qual modelavam vasos, panelas e recipientes para guardar água e alimentos,
ornamentando estes objetos.
O tema preferido eram as mulheres.

PALEOLÍTICA - Idade da Pedra Lascada

Neste período a maior parte dos utensílios era constituída de pedras,


das quais eram tiradas algumas lascas para formar uma borda cortante.
Nesta época o homem vivia em cavernas naturais. Sua vida
dependia principalmente da caça e da pesca.
A descoberta do fogo representou um grande progresso o
homem passa a cozer seus alimentos, aquecer seu ambiente e se
proteger de animais perigosos. O fogo representava poder.
A procura de alimentos obrigava o homem a mudar de região
em região e por isso ele era chamado de nômade.
È nesta época que surgem as primeiras manifestações artísticas.
Na escultura paleolítica os homens trabalhavam com osso, madeira e
pedra. Todo o realce era dado ao corpo: o ventre, os seios e as nádegas são
exageradamente volumosos, ao passo que a cabeça e as pernas são apenas
prolongamentos disformes do tronco.
Na arquitetura, apareceram os primeiros monumentos sacros
(megalíticos, templos e santuários) e muitas habitações, semelhantes a
verdadeiras fortalezas.

NEOLÍTICA – Idade da Pedra Polida

Neolítico significa Nova Idade da Pedra ou Idade da Pedra Polida


abrange aproximadamente o período entre 18.000 e 5.000 a.C. Os
instrumentos de pedra se apresentam mais aperfeiçoados, mediante o
polimento, o corte afiado, o material de melhor qualidade.
O significado da palavra Neolítico é pedra nova. Nesta época o homem
torna-se um produtor de alimentos, aprende a criar animais e a construir
suas casas passando a ter uma vida sedentária.
Surgem os primeiros objetos de cerâmicas e passam a viver em
comunidade. Surgem os primeiros arquitetos.
Na escultura neolítica, não há nenhuma preocupação naturalista. As
figuras são mais símbolos que representação de modelos.
A Arte

A característica fundamental do Neolítico está nas novas formas de


relação do homem com o meio ambiente.
No Neolítico o homem passou a interferir decisivamente no meio
ambiente. Cultivando plantas e domesticando animais, conseguiu controlar
as fontes de sua alimentação. Assim, a sobrevivência humana foi se
libertando das mãos coletoras, passando a depender cada vez mais das
mãos produtoras.
Essa mudança de comportamento representou uma das mais
extraordinárias revoluções culturais da história, pois influenciou
decisivamente o modo de vida do homem. No decorrer de um longo
processo, à medida que as atividades agrícolas e pastoris se consolidavam,
o homem foi abandonando a vida nômade e adotando sistematicamente o
modo de vida sedentária.
Inovações do Período Neolítico
Entre as principais transformações que marcaram o período Neolítico,
podemos destacar:
Aperfeiçoamento dos instrumentos de pedra - facas, machados, foices
e enxadas, pilão para transformar o grão em farinha etc. passaram a ser
feitos de pedra polida.
Cerâmica - a necessidade de cozinhar e armazenar os alimentos levou
o homem a criar recipientes que suportassem o calor do fogo e
pudessem conter líquidos. Assim, ele desenvolveu a técnica de moldar
argila, dando-lhe forma, e produziu os primeiros utensílios cerâmicos.
Tecelagem - o homem neolítico desenvolveu técnicas de fiar e tecer,
acrescentando às suas vestimentas de couro roupas feitas de linho,
algodão e lã.
Cerâmica

A cerâmica se caracteriza, basicamente, pelo uso do barro como


matéria-prima. Geralmente as peças, após a modelagem, são cozidas em
fornos especiais a temperaturas elevadas variáveis, de acordo com a função
a que se destinam. Elas podem ser figurativas ou utilitárias.Além de
cerâmica, podemos empregar o barro de muitas outras madeiras, fazendo
objetos, placas com baixo relevo e alto relevo.

MODELAGEM

A argila é uma substância terrosa que se desfaz na água, formando uma


pasta untuosa. È um material muito bom para modelagem, mas requer certos
cuidados ao se trabalhar com ele. À medida que vai sendo trabalhada, a
argila costuma ressecar. A água é o elemento de ligação desse material. Se
as peças são finas deve-se Ter o cuidado, pois podem quebrar.
Para modelar, procure sempre trabalhar sobre madeira ou fórmica.
Quando terminar deixe sempre a tábua de trabalho limpa.
Geralmente, modela-se com os dedos, porém, muitas vezes, é
necessário fazer sulcos, nervuras na peça em que se esta trabalhando.
Nesse caso, os dedos não dão bons resultados e é necessário usar
desbastadores. Os desbastadores são peças toscas de madeira que servem
para modelar a peça que estamos trabalhando. Convém sempre limpá-los
após o uso. Você pode modelar em argila formas de corpos geométricos ou
figuras. Para cortar a argila, o ideal é usar arame fino ou cordão resistente
que você mesmo pode preparar. Depois que a argila secar, você poderá
pintar com guache ou tinta acrílica.
IDADE DOS METAIS

A Idade dos Metais caracterizou-se pelo desenvolvimento e difusão do


processo de fundição de metais (cobre, bronze e ferro).
A metalurgia representou um enorme progresso tecnológico, pois
possibilitou a produção de instrumentos e objetos resistentes e das mais
variadas formas. Embora os metais, em geral, sejam tão duros, quanto
certas pedras, eles podem ser modelados através do processo de fusão.
Com metal fundido, o homem passou a confeccionar panelas, vasos,
enxadas, machados, pregos, agulhas, facas e lanças de metal, entre outros
objetos.

Etapas da idade dos Metais


Costuma-se dividir a Idade dos Metais em três grandes fases:
Metalurgia do cobre - o primeiro metal a ser fundido em larga escala
foi o cobre. Sua utilização não significou um fim abrupto dos
instrumentos de pedra, mas sua gradativa substituição.
Metalurgia do bronze - misturando-se cobre e estanho, obteve-se o
bronze. Mais duro que o cobre, o bronze era empregado na confecção
de instrumentos como espadas, lanças, martelos etc. A fundição do
bronze desenvolveu-se nas primeiras cidades, onde crescia a divisão
social do trabalho (funções especializadas na produção).
Metalurgia do ferro - por volta de 1500 a.C., teve início, em grande
escala, a metalurgia do ferro, difundindo-se em cidades onde a vida
social tornava-se mais complexa, com o desenvolvimento da civilização.
A Escrita

A Escrita, como um sistema de signos que serve para exprimir


graficamente a linguagem, constitui uma das grandes conquistas da
Humanidade. Desde os primeiros

Evolução do Alfabeto

A grande conquista da escrita foi a criação do Alfabeto. A palavra


alfabeto é de origem latina (alfabetum), sendo constituída pelas duas
primeiras letras do alfabeto grego, alfha e beta. O alfabeto fenício, que
parece baseado na escrita do proto-Sinai (anterior ao séc. XV a.C.), foi o
mais perfeito e mais difundido alfabeto antigo, com uma antiguidade de três
mil anos.

Constituído por cerca e vinte e dois signos, que permitiam escrever


qualquer palavra, a sua simplicidade foi a chave da sua rápida expansão.
Foi adotado, a partir do séc. X a.C., pelos Arameus, que o transmitiram aos
Nabateus, Sírios, Persas e Hebreus. O alfabeto árabe parece derivar
também dele, embora seja difícil determinar como e quando se deu essa
transformação.
Alfabeto Latino

Na história da arte podemos notar uma mudança nos signos conhecidos


até chegar aos sistemas alfabéticos atualmente em uso, a escrita passou
por inúmeras mudanças e transformações. Nesta evolução distinguem-se
claramente duas fases essenciais: a escrita ideográfica e a escrita fonética.
No primeiro estádio, a escrita compunha-se por signos pictóricos que
representavam objetos ou idéias, com um simples valor ideográfico. Por
isso, eram necessários tantos signos quantos os objetos e idéias a exprimir.
Numa segunda fase, os signos começaram a representar não já objetos ou
idéias, mas os sons com que tais objetos ou idéias eram nomeados no
respectivo idioma. Os signos além do valor ideográfico passaram a ter
também um valor fonético, conforme o texto em que surgiam. Os mais
antigos vestígios de escrita provêm de Sumer (baixa Mesopotâmia), cuja
antiguidade atinge 5 500 anos aproximadamente. Tanto a escrita suméria
como a escrita egípcia (hieroglífica) são, ao mesmo tempo, escritas
ideográficas e fonéticas, que repousam no uso muito elevado de signos. A
escrita Suméria, por exemplo, dispunha quase de 20 000 ideogramas
simples e compostos.
A escrita, inicialmente figurativa, chegou, após um lento processo de
evolução, aos vários tipos de caracteres hieroglíficos e cuneiformes.
Escrita pictográfica: neste tipo de escrita os desenhos são bastante
simplificados, representam coisas, condição ou ações.

Escrita grega

Escrita hieroglifica

ESTUDO DAS CORES

COR: ORIGEM E EVOLUÇÃO

Observamos uma grande evolução quanto aos meios de obtenção e uso


da cor.
No principio era usado o preto do carvão, o branco do gesso e os tons
amarelos, esverdeados e marrons da terra.
Com o passar do tempo, surgiram às cores roxas, vermelhas, amarelas,
azuis e outras que foram obtidas a partir de estudos e combinações diversas
resultantes de misturas e com o emprego de técnicas constantemente
aperfeiçoadas.
A evolução das cores gerou a necessidade do desenvolvimento dos
suportes para a pintura. Depois de utilizar as paredes rochosas das
cavernas, o homem passou a pintar em peles de animais, placas de
madeiras e argila, telas e papeis diversos.

CORES PRIMÁRIAS

São encontradas na natureza e são chamadas de primárias porque


a partir da mistura delas podemos criar novas cores. São elas: o
amarelo, o vermelho e o azul .

CORES SECUNDÁRIAS: são obtidas pela mistura de duas cores


primárias:

Amarelo + azul = verde


Amarelo + vermelho = laranja
Vermelho + azul = violeta ou roxo

Para a mistura correta com tinta guache, coloque no godê primeiro a cor
mais clara.

MONOCROMIA: são os diversos tons de uma mesma cor.

Quando eu tenho diversas cores reunidas eu chamo de policromia

Quando eu tenho diferentes tons eu chamo de tonalidades que


podem ir do mais claro para o mais escuro ou vice-versa.
Para compreendermos melhor, faremos um exercício com o lápis
que consiste em colorir três quadros segurando em posições diferentes
no lápis. Exemplo: para o primeiro quadro, segurar no final do lápis bem
de leve, para o segundo quadro segurar o lápis ao meio com um pouco
de esforço e para o terceiro quadro segurar na ponta do lápis com
firmeza.

01 02 03
Com as cores primárias e secundárias temos as chamadas cores
quentes e cores frias que estão relacionadas com os elementos da
natureza como o sol, as nuvens, a água, o fogo ou a natureza.

As cores quentes são: amarelo, vermelho e laranja.


As cores frias são: azul, violeta e verde.
Temos também as cores neutras melhor representadas pelo preto,
branco e cinza.
Para obtermos a cor cinza basta misturarmos as cores: branco e preto
conforme o exercício abaixo:

Branco + preto = cinza

As cores terciárias são o resultado da mistura de uma cor primária e


uma secundária.
Elas são: Amarelo x laranja = amarelo-alaranjado
Vermelho x laranja = vermelho-alaranjado
Vermelho x violeta = vermelho-violeta
Azul x violeta = azul-violeta
Azul x verde = azul-esverdeado
Amarelo x verde = amarelo esverdeado

PRÉ-HISTÓRIA

01 – Qual é o período considerado pré-histórico?


02 – Que elementos nos permite estudar o que aconteceu naquele período?
03 – Qual é a divisão da pré-história?
04 – O que é arte rupestre? Como ela era?
05 – Que fatos ocorreram e contribuíram para o surgimento das primeiras
civilizações?
06 – Que metais foram utilizados por elas?
07 – Como eram feitas as pinturas por aquelas civilizações?
08 – Como era o ritmo musical do homem pré-histórico?
09 – Quais são os três períodos da pré-história?
10 – Por que o período Paleolítico é chamado de Idade da Pedra Lascada?
11 – Como era a escultura paleolítica?
12 – Como era chamado o período o período Aleolítico? Por que?
13 – Quais são as principais transformações do período Neolítico?
14 – Qual era a característica da Idade dos Metais?
15 – Qual a importância da metalurgia na Idade dos Metais?
16 – Na evolução da escrita, temos duas fases essenciais. Quais são elas e côo
eram representadas?

ESTUDO DAS CORES


01 – Quais foram as primeiras cores?
02 – Que são cores primárias? Quais são elas?
03 – que são cores secundárias?
04 – As cores primárias são chamadas de:_________________________________
As cores secundárias são chamadas de: _______________________________
05 – Quais são os usos das peças de cerâmica?
06 – O que é monocromia e Policromia?
07 – O que são cores terciárias?

AVALIAÇÃO PRÉ-HISTÓRIA

1. QUAIS SÃO OS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA ARTE?

( A ) PRÉ-HISTÓRIA, IDADE ANTIGA, ID. MÉDIA, ID. MODERNA E ID. CONTEMPORÂNEA


( B ) PRÉ-HISTÓRIA, NEOLÍTICA, PALEOLÍTICA, IDADE DOS METAIS E ESCRITA
( C ) IDADE DOS METAIS, CLÁSSICA, RENASCIMENTO E IDADE MODERNA

2. COMO ESTA DIVIDIDA A PRÉ-HISTÓRIA?

( A ) PALEOLÍTICA NEOLÍTICA IDADE DOS METAIS


( B ) PRÉ-HISTÓRIA, IDADE DOS METAIS E ESCRITA
( C ) APARECIMENTO DO HOMEM, CIDADES-ESTADOS E ESCRITA

3. SABEMOS QUE GRÉCIA, EGITO E ROMA SÃO AS GRANDES CIVILIZAÇÕES QUE


MARCAM O PERÍODO DA:

( A ) PRÉ-HISTÓRIA ( C ) IDADE DOS METAIS


( B ) IDADE ANTIGA ( D ) IDADE MÉDIA

4. LIGUE O CORRESPONDENTE:

( A ) PALEOLÍTICO ( ) METAL
( B ) NEOLÍTICO ( ) PEDRA
( C ) IDADE DOS METAIS ( ) BARRO

5. LIGUE O CORRESPONDENTE:
( A ) NOMADE ( ) IDADE DOS METAIS
( B ) SEDENTARIO ( ) PALEOLÍTICO
( C ) CIDADES-ESTADO ( ) NEOLÍTICO

6. ASSINALE QUAIS SÃO OS MATERIAIS USADOS PELO HOMEM DA PRÉ-HISTÓRIA:

( )ALUMIMIO ( )BARRO ( )GESSO ( )PAPEL ( )


METAL ( )OSSO ( )PEDRA ( )CIMENTO

7. QUAIS SÃO OS MATERIAIS MAIS USADOS PELOS ESCULTORES MODERNOS:

( )OSSO ( )METAL ( )PEDRA ( )BARRO ( )PAPEL

8. SABENDO QUE OS HOMENS DA PRÉ-HISTÓRIA FAZIAM PINTURAS DO MUNDO QUE O


CERCAVAM PODEMOS DIZER QUE SUA ARTE ERA:

( )SURREAL ( )IMAGINATIVA ( )REALISTA ( )ABSTRATA

9. PODEMOS DIZER QUE A ARTE RUPESTRE É:

( A ) PINTURA NO PAPEL ( C ) PINTURA NAS PAREDES DAS CAVERNAS


( B ) PINTURA NO METAL ( D )PINTURA NA MADEIRA

10. A DESCOBERTA DA ESCRITA É UM MARCO QUE SEPARA DOIS PERÍODOS DA


HISTÓRIA. QUAIS SÃO ELES:

( A ) 4.000 A.C. ( C ) ANO DOMINE


( B ) SÉCULO V ( D ) SÉCULO
CESEC – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ARTE
Ensino Médio

2º Módulo
Idade Antiga
IDADE ANTIGA

Podemos definir Idade Antiga como o período Histórico


compreendido entre a Invenção da escrita como o aparecimento das
primeiras civilizações no Oriente até a queda do Império Romano do
Ocidente no século V.
Veremos os povos da Antigüidade Oriental, a Mesopotâmia, o Egito, a
Grécia e a Roma,

Arte na Antiguidade
As manifestações artísticas mais importantes desse período
desenvolveram-se principalmente no Egito, na Grécia e em Roma.
Além da civilização egípcia, outros povos se desenvolveram na região
do Oriente Médio. Os principais foram: os sumérios, os assírios e os
babilônios, na Mesopotâmia, região formada pelas bacias dos rios Tigres
e Eufrates. Os hebreus, na Palestina, região cortada pelo rio Jordão. Os
fenícios numa estreita faixa de terra no Mediterrâneo Oriental, onde se
localizava o Líbano. Os medos e os persas, no planalto do Irã. E os
hititas, no Planalto da Anatólia, hoje Turquia.

MESOPOTÂMIA
Principais civilizações: sumérios, assírios, babilônios, caldeu, hebreus,
fenícios, medos, persas e hititas.
Aspectos Geográficos: A mesopotâmia situava-se na Ásia Ocidental,
delimitada, ao norte, pelo maciço da Armênia, • hoje Turquia, e pelo
deserto da Arábia, ao sul. Ficava entre os rios Tigre, a leste, e Eufrates,
a oeste; daí o nome Mesopotâmia (“Entre Rios”, em grego).A
mesopotâmia hoje é a República do Iraque.
Devido a sua localização geográfica, a mesopotâmia era uma passagem
natural para os povos em constantes deslocamentos à procura de
melhores condições de vida e para caravanas de mercadores. Daí a
grande mistura de povos que compunha seus habitantes,

Na mesopotâmia era comum encontrar cenas pintadas como em


histórias em quadrinhos. Eles faziam monumentos sobre suas vitórias e
nas pinturas sobre guerras os assírios apareciam sempre vencendo e o
inimigo caindo. Acabavam propagando suas vitórias como um povo mais
forte, superior.

SUMÉRIOS
Os Sumérios ali se fixaram. Criaram as primeiras cidades- estado,
como Ur, Uruk, Lagash e iniciaram uma época de grande progresso.
Atraidos por estas melhorias, os acádios conquistaram a região, ali se
fixaram e dedicam-se à agricultura; dominaram as cidades sumérias e
fundaram Babilônia.
Os sumários e acadios ocupavam a região sul (baixa mesopotâmia) que
depois ‘se chamou caldéiã, onde fundaram numero cidades com vida
política independente. A não ser quando o rei de uma delas conseguia
dominar as outras.
Sabe-se que os sumários eram um povo adiantado quatro mil anos
antes de Cristo sendo, portanto, a sua civilização anterior a dos egípcios.
Ruínas da Babilônia

O PRIMIRO IMPÉRIO BABILÔRIO (sumérios e acádios)

O domínio desta região foi alternando entre sumários e acádios, ,


também chamado babilônios, até que Hamurábi, rei acádio, conseguiu a
unificação da Mesopotâmia, fundando o Primeiro Império Babilônio.
Hamurábi foi um conquistador. Foi também obra sua um código de leis e
princípios morais, chamados por isso de Código de Hamurábi.

Código de Hamurabi
Os babilônios foram célebres na história da arte, especialmente
Arquitetura e Escultura. Na falta de pedra, os arquitetos usaram tijolos
de barro. Por isso quase nada resta dessas obras.
IMPÉRIO ASSÍRIO

Seus sucessores não conseguiram deter os assírios que aí se


estabeleceram e fundaram um grande império. Fixaram sua capital em
Assur e mais tarde em Nínive, tornando-se logo senhores de toda a
mesopotâmia.
Os assírios realizaram grandes conquistas, graças a sua
organização militar e às armas por eles usadas, como cavalos, carros de
combate, aríete, catapulta e escada-sobre-rodas. Enfraquecidos pelas
guerras e odiados por seus vizinhos devido aos maus tratos infligidos
aos vencidos, foram derrotados pelos medos, aliados aos caldeus,
terminando assim o império assírio.
Não havia na Mesopotâmia o papiro, planta nativa do vale do Nilo
e, por isso, seus habitantes escreviam em pequenos tijolos. Essa escrita
chamou-se cuneiforme porque imprimiam os sinais, em forma de cunha,
no barro ainda mole Mais de vinte mil desses tijolos foram encontrados
nas ruínas do palácio de Assurbanipal constituindo a biblioteca desse
soberano.
A decifração da escrita cuneiforme, mais difícil que a dos dois
hieroglifos egípcios, foi feita pelo inglês Rawlinson e, por haver sido
encontrada na Assíria a maioria dos monumentos, chamou-se
Assiriologia o estudo dos povos da Mesopotâmia feito pela leitura das
inscrições.

O SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNIO

O mais celebre rei deste período foi Nabucodonor que construiu os


Jardins Suspensos e conquistou o reino de Judá.
Seus sucessores não foram tão hábeis administradores e, em 539
a.C. o rei persa, Ciro, conquistou a babilônia, libertou os hebreus, e pôs
fim ao Segundo Império Babilônico ou Caldeu.
Na caldeia foram construídos muitos monumentos, mas, como não
havia pedras na região, que é plana e pantanosa, os caldeus
empregaram o tijolo e, por isso, suas construções não resistiram ao
tempo Os sacerdotes caldeus dedicaram-se ao estudo de várias ciências
principalmente à astronomia, pois eram favorecidos por um céu sempre
límpido e estrelado. Como, porém, pretendessem ler o futuro dos
homens nos astros, confundiram a astronomia com a astrologia,
superstição que chegou até nossos dias. Daí certas expressões que
atualmente se usam e tiveram origem na Caldeia, como a de se dizer,
quando alguém tem muita sorte, que «possui uma boa estrela”. Os
sacerdotes caldeus fizeram também grandes progressos na matemática
criaram um sistema de pesos e medidas, o sistema sexagesimal, porque
era baseado no número sessenta.

HEBREUS
Situada na palestina, em uma estreita faixa de terra. Sua história
começou nas proximidades da cidade de Ur, na mesopotâmia, onde
viviam em clãs comandados pelos patriarcas (chefe de família, ao
mesmo tempo sacerdote, juiz e chefe de uma pequena tribo);
A história política dos hebreus apresenta três períodos:
Dos Patriarcas quando o povo era ainda nômade e teve como
chefes Abraão, Moisés e Josué;
Dos Juizes quando já estavam fixados na Palestina e lutavam
contra os povos lá estabelecidos, chefiados por líderes militares como
Jefté, Sansão, Samuel;
Dos reis quando foram unificados num reino, cujos soberanos
principais foram Saul, Davi e Salomão.
A Torre de Babel, da qual fala a bíblia, foi construída na cidade de
Babilônia e durante longo tempo fascinou a imaginação de homens
como Alexandre Magno, da Macedônia, que pretendia reconstruí-la.
Monoteísmo: os hebreus tinham a crença em um único Deus, por
isso eram proibidos de representar Deus (livro do Êxodo) por isso a
inexistência de imagens (esculturas, e pinturas) a religião era revelada:
resultante da aliança entre Deus e seu povo.
A religião dos hebreus, povos semitas que viviam na Palestina,
compreendia três festas importantes:
Da Páscoa em comemoração á saída dos hebreus do Egito;
Do Pentecostes comemorando a entrega das tábuas da lei a
Moisés, no Monte Sinai;
Dos Tabernáculos celebrando a permanência dos hebreus no
deserto.
A Bíblia, originalmente livro sagrado do judaísmo e que, acrescido
do Novo Testamento, nos primeiros anos da era cristã, é também obra
básica do cristianismo e do islamismo, a religião dos árabes. Além de
seu inestimável interesse religioso e histórico, ela apresenta importante
conteúdo artístico: dos Salmos e do Cântico dos Cânticos.

EGITO
Os egípcios eram um povo muito religioso. Acreditavam que depois
da morte os homens podiam voltar à vida e por este motivo, deviam
preparar-se para enfrentar a perigosa viagem ao além e o julgamento no
temível tribunal de Osíris o deus da morte. Os corpos deviam ser
embalsamados e colocados em locais devidamente preparados.
O povo egípcio era culto e trabalhador, grande conhecedor das
ciências exatas e da Medicina. Havia os homens que cultivavam a terra,
os artesãos e os sábios.
A escrita
A escrita egípcia é denominada pictográfica; os gregos chamam de
hieroglífica.
Os hieroglíficos ou inscrições sagradas egípcias foram decifrados pelo
sábio francês Chapollion, em 1799, escritos na famosa Pedra de
Rosetta. Com o tempo foram sofrendo modificações.
Os egípcios costumavam decorar os espaços, paredes e colunas com os
hieróglifos.
Os escribas eram responsáveis pela escrita. Graças a eles, muitas
informações sobre este passado tão distante chegaram até nós.

Amenofis

Para os egípcios mais que a beleza era a plenitude e a maior


clareza possível, desenhavam de memória perfeitamente.
Representavam o corpo humano com a cabeça de perfil (lateralmente), e
olhos,ombros e tronco de frente, os braços e pernas de lado (em
movimento) e os dois pés visto do lado de dentro (os dois pés
esquerdos), chamada de LEI DA FRONTALIDADE.
A arte egípcia não se baseava no que pode ser visto mas sim no
que ele sabia fazer parte de uma pessoa ou cena.Os homens sempre
eram pintados com a pele mais escura (ocre) e a mulher de
vermelho.Também faziam diferentes tamanhos pare representar as
pessoas conforme a posição social.
Os egípcios desenhavam o que conheciam e os gregos o que
viam.

Tutankhamon

GRÉCIA

Teatro
Período Homérico - século XII ao VIII a.C.
Período Arcaico - século VIII ao VI a.C.
Período Clássico - século VI ao IV a.C.
Período Helenístico século VI ao I a.C.

Os gregos usaram métodos de pintura egípcia mas nem tudo o


que sabiam estar ali deveria ser mostrado. Com o passar do tempo eles
começam a mostrar as cenas tal como ela é.
Além de desenvolverem o teatro, a filosofia e a arquitetura foram
hábeis escultores.
Em duzentos anos a escultura teve o seu aperfeiçoamento devido
à busca do ideal de beleza, houve uma valorização do corpo humano.

Histórico
Dois grupos formaram o povo grego: os dórios e os jônicos Os gregos
eram amantes da beleza e grandes artistas. Suas manifestações
artísticas; ao contrário dos egípcios, não se limitavam a uma função
religiosa.
A história da Grécia e a história de sua arte dividem-se nos seguintes
períodos:
• Homérico - é a fase da aprendizagem, de estruturação da arte.
Desenvolvem-se em Creta, Micenas e Chipre.
• Arcaico - é a fase de definição da arte.
• Clássica - é a fase de perfeição em todos os sentidos, da cultura e da
arte. Fídias foi o artista de destaque.
• Helenístico - é a fase de expansão Egito, Ásia Menor, Síria e Roma.

Arte

Foi um momento que a arte perde a vinculação com a magia e


religião.
A princípio os artistas eram olhados como artífices. Na escultura
clássica durante o período helenístico os artistas passam a se interessar
sobre a arte pela arte, da se início a coleções de obras de arte onde as
cópias começam a existir quando não se podia ter o original devido a
preços fabulosos.
A arte oriental era usada em molduras.
No movimento de Laocoonte vemos uma arte tumultuosa,
impressionante, com muito movimento.
oi um momento que a arte perde a vinculação com a magia e religião.
A civilização grega:
Pintura e escultura
A preocupação pela beleza fez dos gregos grandes escultores.As
esculturas eram colocadas nas praças, nos templos, no interior dos
edifícios, etc.
Os principais escultores foram Miron, Fidias, Policleto e Praxíteles.
Também na pintura os gregos se destacam. Infelizmente, a ação do
tempo e dos homens destruiu quase que totalmente suas obras.

A GRÉCIA

Helenística: é a mistura da cultura grega com a de povos orientais.

Figuras vermelhas sobre fundo preto, Figuras vermelhas sobre fundo


branco.
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo
homem. Na ___ escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas
humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e
perfeição’ das formas, o movimento.

No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores,


grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas
simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente
distribuído sobre
as dtias.. pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra
grega: homem jovem).

No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas,


para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o
mármore podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu
feminino pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas
sempre vestidas.
da arte para o

No Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os


seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade
e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de
espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista das
esculturas do período helenístico foi a representação não de uma figura
apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem á sugestão de
mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser
observados.
Os principais mestres da escultura clássica grega são:
- Praxíteles celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida
pose em “S” (Hermes com Dionisio menino), foi o primeiro artista que
esculpiu o nu feminino.
Policleto, autor de Doríforo - condutor da lança, criou padrões de beleza
e equilíbrio através do tamanho das estatuas que deveriam ter sete
vezes e meia o tamanho da cabeça
- Fidias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua
obra-prima, e Atenéia.

Partenon
Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon:
as esculturas dos frontões, métopas e frisos.
- Lisipo, representava os homens “tal como se vêem” e “não como são”
(verdadeiros retratos). Foi Lisipo que introduziu a proporção ideal do
corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças.
- Miron, autor do Discóbolo - homem arremessando o disco.
A arquitetura grega, que tinha como característica marcante o uso
da linha reta e da coluna, estava bastante ligada à escultura. Os frisos e
os frontões dos templos eram primorosamente trabalhados em baixo-
relevo; a estátua da divindade à qual o templo era dedicado ocupava
lugar de destaque no interior; ao ar livre, na parte exterior do templo, e
muitas outras estátuas compunham um magnífico conjunto artístico. Os
templos constituíram a principal realização arquitetônica dos gregos. A
princípio, voltava-se, principalmente, para a construção de templos em
madeira e pedra, bastante rústicos e de reduzidas dimensões. Aos
poucos, os templos e outros edifícios vão —se tornando mais amplos e
cuidados, passando a contar com o mármore em seu acabamento.
No período clássico, as construções primam pelo equilíbrio e harmonia
geral, bem como pela perfeição dos detalhes. Por essa época, já se
encontravam d os três estilos arquitetônicos fundamentais da Grécia, o
dórico, o jônico e o Corinto, reconhecíveis pelas características
particulares das colunas.
No mundo grego, os estilos eram identificados de acordo com as ordens
arquitetônicas que regulamentas toda a obra dos artistas. A ordem
dórica é expressa por uma coluna simples, com caneluras profundas,
sem base e encimada por um capitel. A jônica é mais fina e graciosa,
tem coluna canelada e capitel com volutas. A ordem de Corinto, por sua
vez, tem coluna bem canelada e capitel profusamente decorado com
folhagens, o que o faz bastante diferente dos outros.
A coluna dórica, de concepção mais antiga, apresenta-se com capitel
simples e sem base saliente. A coluna jônica apresenta capitel com
volutas, anéis circundando a base e elegância no conjunto, pelo
equilíbrio d proporções entre largura e a a1tura. a coluna de Corinto, em
seus elementos gerais, é semelhante à jônica, tendo, contudo, o capitel
revestido com folhas estilizadas.
Foi este o tipo mais utilizado na fase helenística e o que mais Influenciou
os romanos.

Os gregos usaram métodos de pintura egípcia mas nem tudo o


que sabiam estar ali deveria ser mostrado. Com o passar do tempo eles
começam a mostrar as cenas tal como ela é.
Além de desenvolverem o teatro, a filosofia e a arquitetura foram
hábeis escultores.
Em duzentos anos a escultura teve o seu aperfeiçoamento devido
à busca do ideal de beleza, houve uma valorização do corpo humano.

Arte Helenística: é a mistura da cultura grega com a de povos


orientais.
Foi um momento que a arte perde a vinculação com a magia e
religião.
A princípio os artistas eram olhados como ártifes. Na escultura
clássica durante o período helenístico os artistas passam a se interessar
sobre a arte pela arte, da se início a coleções de obras de arte onde as
cópias começam a existir quando não se podia ter o original devido a
preços fabulosos.
A arte oriental era usada em molduras
No movimento de Laocoonte vemos uma arte tumultuosa,
impressionante, com muito movimento.

O império Romano se levantou sobre ruínas dos reinos


helenísticos, muitos artistas gregos trabalharam em Roma.Buscavam
sempre a praticidade em suas construções desenvolvendo a engenharia
civil com a construção de estradas, aquedutos, monumentos, basílicas,
banhos públicos e monumentos com enormes pilares com estruturas
utilitárias usados nos estilos,dórico, jônico e coríntio.A construção do
Coliseu utilizou os três tipos.
As mais importantes características da arquitetura romanas são os
arcos que não tiveram importância nas edificações gregas.
Os gregos foram inventores do retrato que eram feitos em cera a
imagem dos ancestrais que eram usados em procissões fúnebres.

A ARTE ROMANA

Os romanos acreditavam na história de Rômulo e Remo, ainda hoje é


possível ver uma loba é mantida viva numa jaula perto do lapitólio.
Os desenhos nessa época já apresentavam posições relativas:
desenhavam o rosto usando traços diferentes para olhos, nariz e boca
mas mantinham as posições da cada parte relativas, cada qual no seu
lugar.Mesmo não tendo um resultado de vida real havia uma certa
unidade e harmonia de padrão.
Para os egípcios mais que a beleza era a plenitude e a maior clareza
possível, desenhavam de memória perfeitamente. Representavam o
corpo humano com a cabeça de perfil (lateralmente), e olhos,ombros e
tronco de frente, os braços e pernas de lado (em movimento) e os dois
pés visto do lado de

dentro (os dois pés esquerdos), chamada de LEI DA


FRONTALIDADE.
A arte egípcia não se baseava no que pode ser visto mas sim no que ele
sabia fazer parte de uma pessoa ou cena.Os homens sempre eram
pintados com a pele mais escura (ocre) e a mulher de
vermelho.Também faziam diferentes tamanhos pare representar as
pessoas conforme a posição social.
Os egípcios desenhavam o que conheciam e os gregos o que
viam.

Os gregos usaram métodos de pintura egípcia mas nem tudo o que


sabiam estar ali deveria ser mostrado. Com o passar do tempo eles
começam a mostrar as cenas tal como ela é.
Além de desenvolverem o teatro, a filosofia e a arquitetura foram
hábeis escultores.
Em duzentos anos a escultura teve o seu aperfeiçoamento devido
à busca do ideal de beleza, houve uma valorização do corpo humano.

Arte Helenística: é a mistura da cultura grega com a de povos orientais.


Foi um momento que a arte perde a vinculação com a magia e
religião.
A princípio os artistas eram olhados como ártifes. Na escultura
clássica durante o período helenístico os artistas passam a se interessar
sobre a arte pela arte, da se início a coleções de obras de arte onde as
cópias começam a existir quando não se podia ter o original devido a
preços fabulosos.
A arte oriental era usada em molduras
No movimento de Laocoonte vemos uma arte tumultuosa,
impressionante, com muito movimento.

O império Romano se levantou sobre ruínas dos reinos


helenísticos, muitos artistas gregos trabalharam em Roma.Buscavam
sempre a praticidade em suas construções desenvolvendo a engenharia
civil com a construção de estradas, aquedutos, monumentos, basílicas,
banhos públicos e monumentos com enormes pilares com estruturas
utilitárias usados nos estilos: dórico, jônico e coríntio.A construção do
Coliseu utilizou os três tipos.
As mais importantes características da arquitetura romanas são os
arcos que não tiveram importância nas edificações gregas.
Foram inventores do retrato que eram feitos em cera a imagem dos
ancestrais que eram usados em procissões fúnebres.

Foram os inventores do retrato, que eram feitos em cera, a imagem dos


ancestrais e que eram usados em procissões fúnebres.
A arte romana é uma imitação das artes gregas e etruscas. Os
arquitetos romanos foram mais engenheiros do que artistas. Suas
construções são monumentais e nelas a massa domina a linha. Os
edificios, tanto civis como religiosos, apresentam construções abdbadas
e são revestidos com elementos de inspiraç helênica.
Os templos seguem os modelos etruscos, com influências gregas.
O Pânteon, templo dedicado a todos os deuses é a obra que mais se
destaca na arquitetura romana. Outras construções romanas são:
basílicas, termas, foros, teatros, anfiteatros, circo vias, muralhas, pontes
e aquedutos
Fórum Geral e Monte Palatino
JA escultura o estilo que predominou foi o helenístico. Artistas gregos,
instalados em Roma, fizeram réplicas e imitações fiéis das obras gregas
mais apreciadas. Possibilitando a escultura romana desenvolver um
estilo próprio. A aversão dos romanos à nudez atlética da escultura
grega explica, em parte, a ausência de estudos de anatomia nessa arte.
O rosto é à parte Mais importante das peças e são desenvolvidas ao
máximo as tendências realistas e psicológicas da época Helenística. A
escultura floresceu nos séculos 1 e II, sob forte influência grega,
predominavam na arte romana os bustos, retratos de corpo inteiro e
estátuas eqüestres de imperadores e patrícios. Um segundo período
áureo iniciou-se no ano 193. Entretanto, as condições políticas a partir
do século III e a mediocridade dos artistas trouxeram a decadência de
todas as artes e da escultura em particular.
Pintura
A pintura romana sempre esteve estreitamente ligada à arquitetura, e
sua finalidade era quase exclusivamente deco A maior parte das
pinturas romanas que conhecemos das cidades de Pompéia e
Herculano, que foram soterradas pela erupção do Vesúvio em 79 a.C.
- O estudiosos da pintura existente Pompéia classificam a decoração
das paredes internas dos edifícios em quadro estilos.

• Primeiro estilo: Incrustação: recobriam as paredes de uma sala com


uma camada de gesso pintado; que dava a impressão de placas de
mármore.
• Segundo estilo: Monumental: criaram a ilusão do bloco saliente,
surgindo à profundidade. Os artistas começaram então a pintar
painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas.
Paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
• Terceiro estilo: Decorado: representações fiéis da realidade,
valorização da delicadeza dos pequenos detalhes (por volta do final
do séc. I a. C.).
• Quarto estilo: Fantástico: ampliação do espaço com a delicadeza de
pequenos detalhes.
O Mosaico foi muito utilizado na de coração dos muros e pisos da
arquitetura em geral.
As cores secundárias são o resultado da mistura de duas cores
primárias:
Amarelo x vermelho = laranja
Vermelho x azul = violeta
Amarelo x azul = verde

Com as cores primárias e secundárias temos as chamadas cores


quentes e cores frias que estão relacionadas com os elementos da
natureza como o sol , as nuvens, a água, o fogo ou a natureza.

As cores quentes são: amarelo, vermelho e laranja.


As cores frias são: azul, violeta e verde.

ESTRELA DAS CORES

Você deverá colorir com as pontas da estrela com as cores primárias


intercaladas com as CORES secundárias correspondente a sua mistura.
(Esta atividade poderá ser feita com lápis de cor).As cores secundárias
são o resultado da mistura de duas cores primárias:
Amarelo x vermelho = laranja
Vermelho x azul = violeta
Amarelo x azul = verde
Com as cores primárias e secundárias temos as chamadas cores
quentes e cores frias que estão relacionadas com os elementos da
natureza como o sol , as nuvens, a água, o fogo ou a natureza.
As cores quentes são: amarelo, vermelho e laranja.
As cores frias são: azul, violeta e verde.

IDADE ANTIGA

01 – Qual o período da Idade Antiga?

02 – Que povos viveram neste tempo?

03 – Quais os lugares onde a arte mais se desenvolveu nesta época?

04 – Os babilônicos se desenvolveram em que aspecto da arte? E

porque não resta nada de suas obras?

05 – Como os assírios escreviam?

06 – Fale sobre a Bíblia como obra de arte.

07 – Como se chama a escrita egípcia e a grega?

08 – O que é a lei da frontalidade?

09 – Como os egípcios pintavam o homem e a mulher?

10 – Como se divide a arte grega?

11 – Os gregos se destacaram mais na: ( ) pintura ( ) arquitetura ( )

escultura

12 – Com base na resposta acima, faça um comentário.

13 – A principal característica da arquitetura romana é os:

_________________________
Arte antiga

É na Antigüidade que surgem os primeiros conceitos teóricos a respeito


da sistematização e estudo das artes. Ainda que cubra um período
bastante longo, destaca-se aí a formulação da estética clássica,
reunindo as culturas grega e romana.

Durante praticamente toda a Antigüidade, a arte esteve bastante


associada às necessidades formais dos rituais religiosos: as várias
formas de produção artística (pintura, escultura, arquitetura), buscavam
de alguma forma trazer para o mundo mortal os valores do mundo
divino. Esta visão de arte é especialmente encontrada nos egípcios e
babilônios. Os gregos e romanos, porém, ainda que cultivem esta
necessidade, caminharão para uma arte com novos significados. A arte,
para eles, tornar-se-á uma forma de humanismo.

Não existia a noção de perspectiva, que só foi (brevemente)


desenvolvida pelos gregos, em um conceito chamado escorço, mas
ainda não sistematizado (algo que será feito apenas no Renascimento).
Desta forma, a pintura egípcia, por exemplo, caracterizou-se por propor
uma realidade em suas pinturas que se mostrava não apenas
bidimensional como simbólica: os personagens de maior importância,
como os faraós, eram representados em uma escala bem maior que as
demais figuras.

Arte clássica: Grécia e Roma

Arte clássica

Estatuária clássica
Os gregos são responsáveis pelo conceito de arte que permeará
praticamente toda a produção ocidental durante mais de 2000 anos. A
palavra grega para a arte é tekné, que também significa técnica ou
ofício. Este conceito está associado à idéia de mímese, que considera
que no mundo real, a manifestação artística deve representar a busca do
ideal. O ideal, para os gregos, é representado pela Perfeição da
Natureza, desta forma, a arte deve ser perfeita. Portanto, segundo o
ponto de vista clássico, a arte é imitação da Natureza, mas não se
resume a um simples retrato dela, mas à busca de uma Natureza ideal e
universal. A busca deste ideal universal de Natureza é, para a arte
clássica, a busca da Beleza universal, pois a Natureza, sendo perfeita, é
bela. Não existe separação, segundo este ponto de vista, entre arte,
ciência, matemática e filosofia: todo o conhecimento humano está
voltado à busca da perfeição.

Os gregos são responsáveis também por uma série de avanços do


ponto de vista técnico da produção artística. A arte grega por excelência
foi a escultura: os gregos desenvolveram-na de forma impressionante,
considerados os exemplares de outras culturas do mesmo período. A
busca pelas relações naturais perfeitas levou também a que a estatuária
grega estabelecesse determinados padrões de beleza que a tornavam,
ainda que absolutamente naturalista, distante da realidade cotidiana. As
proporções dos corpos humanos ideais seguiam normas rígidas, de
forma que a produção escultórica fosse uma busca e uma conseqüência
destes padrões: como exemplo, a altura do corpo masculino deveria
possuir aproximadamente sete vezes e meia a altura da cabeça. Esta
canonização chegou até os dias atuais principalmente pela preservação
dos textos vitruvianos durante a Idade Média, mas é possível que
tratados diversos possuíssem regras diferentes.
CESEC – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
CONTINUADA

ARTE
Ensino Médio

3º Módulo
Idade Média
IDADE MÉDIA

ARTE CLÁSSICA / ARTE ROMÂNICA / ARTE GÓTICA

ARTE DO RENASCIMENTO
IDADE MÉDIA

Período compreendido entre 476 a 1453 com a tomada de


Constantinopla pêlos turcos otomanos.
Na idade média há uma mistura de processos primitivos com refinados
deixando o poder de observação da natureza adormecer. Deixaram de
fazer descobertas.
A pintura clássica era diferente na idade média cristã, a finalidade
passou a ser importante e a igreja foi a principal produtora e
consumidora de obras de arte.
Com a invasão dos bárbaros, desaparece a cultura clássica, eles
tinham valores radicalmente diferentes. Desenvolveram uma arte
decorativa, com ausência total da figura humana, Destaca-se a produção
de jóias e de objetos de grande valor artístico.
Neste período surgem grandes ateliês, sendo a pintura e a
escultura baseadas nas passagens do evangelho, empregava-se pintura
mural, sendo o afresco a técnica mais utilizada.
Regiões orientais de fala grega do império romano onde a capital
era Bizâncio (Constantinopla) começaram a recusaram a liderança do
papa latino e uma das controvérsias era a idéia contrária a toda e
qualquer imagem de natureza religiosa (dos chamados iconoclastas ou
destruidores de imagens).Em 754 a igreja oriental proibiu toda a arte
religiosa.
Para Gregório as imagens eram não só didáticas mas sagradas.
Foi nessa época que começou a levantar o império islâmico
liderado por Maomé que conseguiu unir o mundo árabe com o
islamismo. Eram mais rigorosos que o cristianismo e chegaram a proibir
a música.
Destacam-se os estilos:

Clássico
Os artistas inspiravam-se na arte grega, tanto na pintura, na
estatuária e na arquitetura, tendo como princípios básicos à natureza, a
razão, a beleza com extrema perícia retratando a realidade nos mínimos
detalhes.

Estilo românico - A revalorização da estética clássica caracteriza o


estilo românico, no século XI. Caracterizava-se pela idéia de liberdade
que passava a ser maior fonte da inspiração artística. Na arquitetura, há
um retorno à grandiosidade. Com noção de beleza simples, que se
manifesta nos arcos de forma arredondada, o estilo românico surge na
arquitetura da Borgonha (abadia de Cluny) e Normandia (catedral de
Rouen), é levado para a Inglaterra e estende sua influência sobre a
Espanha e a Itália, presente na fachada da igreja de San Miniato, em
Florença.

Românico
Com a revalorização da estética clássica, caracterizava-se pela
idéia de liberdade que passava a ser maior fonte da inspiração artística e
pela volta da grandiosidade na arquitetura com noção de beleza simples,
que se manifesta nos arcos de forma arredondada.

Estilo gótico

Na metade do século XII, surge a arte gótica. Inicialmente uma


variante do estilo românico, ganha particularidade cada vez maior. A
arquitetura gótica se caracteriza por arcos de forma ogival, vitrais
multicoloridos com cenas bíblicas e amplas naves (como na basílica de
Saint-Denis e nas catedrais de Chartres e Notre-Dame). Na pintura e na
escultura, as figuras são esguias e delicadas e a composição
hierarquizada, com rígida simetria - o santo homenageado ocupa a
posição central, enquanto anjos e santos secundários são colocados
lateralmente. No século XIV, desenvolve-se uma radicalização do gótico,
o estilo flamboyant (flamejante), de decoração rebuscada, formas leves
e elegantes (catedral de Colônia, na Alemanha).

Gótico
Um estilo caracterizado por arcos de forma ogival, vitrais
multicoloridos com cenas bíblicas e amplas naves nas catedrais. Na
pintura e na escultura as figuras eram esguias e delicadas e a
composição hierarquizada, com rígida simetria.

Renascentista
A arte passa a caminhar com a ciência, o artista passa a ser
intelectual e humanista, Os objetos de arte passam a fazer parte de
palácios e residências e não mais somente da igreja tornando a arte
mais voltada a família.
Período compreendido entre 476 a 1453 com a tomada de
Constantinopla pêlos turcos otomanos.
Na idade média há uma mistura de processos primitivos com
refinados deixando o poder de observação da natureza adormecer.
Deixaram de fazer descobertas.
A pintura clássica era diferente na idade média cristã, a finalidade
passou a ser importante e a igreja foi a principal produtora e
consumidora de obras de arte.
Com a invasão dos bárbaros, desaparece a cultura clássica, eles
tinham valores radicalmente diferentes. Desenvolveram uma arte
decorativa, com ausência total da figura humana, Destaca-se a produção
de jóias e de objetos de grande valor artístico.
Neste período surgem grandes ateliês, sendo a pintura e a
escultura baseadas nas passagens do evangelho, empregava-se pintura
mural, sendo o afresco a técnica mais utilizada.
Regiões orientais de fala grega do império romano onde a capital
era Bizâncio (Constantinopla) começaram a recusaram a liderança do
papa latino e uma das controvérsias era a idéia contrária a toda e
qualquer imagem de natureza religiosa (dos chamados iconoclastas ou
destruidores de imagens).Em 754 a igreja oriental proibiu toda a arte
religiosa.
Para Gregório as imagens eram não só didáticas mas sagradas.
Foi nessa época que começou a levantar o império islâmico
liderado por Maomé que conseguiu unir o mundo árabe com o
islamismo. Eram mais rigorosos que o cristianismo e chegaram a proibir
a música.
Destacam-se os estilos:

A arte na Idade Média

A pintura medieval refere-se à maior parte da arte produzida na


Europa durante um período de cerca de mil anos; começou com a queda
do Império Romano no século V D.C e terminou com o começo do
século V D.C e terminou com o começo do Renascimento, no século
XIV. A sociedade européia medieval girava em torno do cristianismo.
Assim a pintura medieval refletia esta atitude. E era a fonte principal de
seus temas. Estes artistas não estavam interessados em técnicas,
ignoravam a perspectiva, seus trabalhos eram sem relevo a faziam
grande uso de símbolos para narrar histórias. Em fins do século XII um
artista italiano chamado Giotto criou um estilo realista que marcou o fim
do período medieval na história da arte e o começo do Renascimento.
O Séc. V foi marcado por invasões germânicas (bárbaros),
visigodos, vândalos, ostrogodos e francos (Império Carolíngio) de Carlos
Magno (768 – 814).

Assim pode-se dizer que


juntamente com as
Migrações migrações bárbaras, a
Unidade do Império
Bárbaras Romano
(Séc. V). unidade do Império Romano
e o Cristianismo foram os
Cristianismo
fatores essenciais da cultura

CULTURA OCIDENTAL ocidental, cujo nascimento e


infância se deram na Idade Média.
Durante toda a Idade Média a igreja foi a principal produtora e
consumidora de obras de arte.
Neste período surgem grandes ateliês, sendo a pintura e as
esculturas baseadas nas passagens dos evangelhos. Empregava-se a
pintura mural, sendo o afresco a técnica mais utilizada.
Na idade média há uma mistura de processos primitivos com
refinados deixando o poder de observação de a natureza adormecer.
Deixaram de fazer descobertas.
Destacam-se os estilos:
CLÁSSICO –
Os artistas inspiravam-se na arte grega, tanto na pintura, na
estatuária, e na arquitetura, tendo como princípios básicos à natureza, a
razão, a beleza com extrema perícia retratando a realidade nos mínimos
detalhes.
A pintura clássica era diferente na idade média cristã, a finalidade
passou a ser importante e a igreja foi a principal produtora e
consumidora de obras de arte.
Com a invasão dos bárbaros, desaparece a cultura clássica, eles
tinham valores radicalmente diferentes. Desenvolveram uma arte
decorativa, com ausência total da figura humana, Destaca-se a produção
de jóias e de objetos de grande valor artístico.
Neste período surgem grandes ateliês, sendo a pintura e a
escultura baseadas nas passagens do evangelho, empregava-se pintura
mural, sendo o afresco a técnica mais utilizada.
Regiões orientais de fala grega do império romano onde a capital
era Bizâncio (Constantinopla) começaram a recusaram a liderança do
papa latino e uma das controvérsias era a idéia contrária a toda e
qualquer imagem de natureza religiosa (dos chamados iconoclastas ou
destruidores de imagens).Em 754 a igreja oriental proibiu toda a arte
religiosa.
Para Gregório as imagens eram não só didáticas mas sagradas.
Foi nessa época que começou a levantar o império islâmico
liderado por Maomé que conseguiu unir o mundo árabe com o
islamismo. Eram mais rigorosos que o cristianismo e chegaram a proibir
a música.

O Império Bizantino e o Ocidente


Entre os séculos VIII e X, a arte se manifesta em
novas atividades, como a iluminura (ilustração
manual de livros), a tapeçaria, a ourivesaria, as
fundições em bronze e os esmaltes. Com as
invasões bárbaras, a arte cristã adquire certa
descontração e colorido.

Arte Bizantina

A fórmula da arte romana se estende por todo o


período Paleocristã, quando ganha maior sacralização das figuras, em
detrimento de sua perfeição física. Essa arte só vai passar por
transformações significativas por volta do século VIII, com a influência da
arte bizantina, sobretudo nos entalhes em marfim e mosaicos - veja foto
ao lado. A estilização é retomada, à maneira oriental, e as figuras
ganham delicadeza, tornando-se mais espirituais. Um rosto é geralmente
retratado de perfil, com alguns traços e a composição bastante sintética.
Finda o espírito ático; agora as figuras humanas perdem peso e
aparência.

Arte Islâmica

Ocorre no Islã, depois da fundação da religião muçulmana por Maomé


(570?-632?), uma produção artística que toma o norte da África. Na
sucessão de impérios islâmicos, até o século XV, a arte bizantina
experimenta variações, em que se destaca a arquitetura surgida entre os
séculos VIII e X, notável pela ausência de monumentalidade. A
suntuosidade dos materiais, os excessos ornamentais e o uso de
elementos curvos (ogivas, arcos, arabescos) conferem grandeza à
construção. Essas características influenciam a arte ocidental no início
da Alta Idade Média.
Estilo românico - A revalorização da estética clássica caracteriza
o estilo românico, no século XI. Caracterizava-se pela idéia de liberdade
que passava a ser maior fonte da inspiração artística. Na arquitetura, há
um retorno à grandiosidade. Com noção de beleza simples, que se
manifesta nos arcos de forma arredondada, o estilo românico surge na
arquitetura da Borgonha (abadia de Cluny) e Normandia (catedral de
Rouen), é levado para a Inglaterra e estende sua influência sobre a
Espanha e a Itália, presente na fachada da igreja de San Miniato, em
Florença.

Estilo gótico

Na metade do século XII, surge a arte gótica. Inicialmente uma


variante do estilo românico, ganha particularidade cada vez maior. A
arquitetura gótica se caracteriza por arcos de forma ogival, vitrais
multicoloridos com cenas bíblicas e amplas naves (como na basílica de
Saint-Denis e nas catedrais de Chartres e Notre-Dame). Na pintura e na
escultura, as figuras são esguias e delicadas e a composição
hierarquizada, com rígida simetria - o santo homenageado ocupa a
posição central, enquanto anjos e santos secundários são colocados
lateralmente. No século XIV, desenvolve-se uma radicalização do gótico,
o estilo flamboyant (flamejante), de decoração rebuscada, formas leves
e elegantes (catedral de Colônia, na Alemanha).

Renascentista
A arte passa a caminhar com a ciência, o artista passa a ser
intelectual e humanista, Os objetos de arte passam a fazer parte de
palácios e residências e não mais somente da igreja tornando a arte
mais voltada à família.
Alguns artistas consagrados na Idade Média:
Boccacio, Albert, Leonardo, Rafael, Michelangelo, Poussin, Cornielli,
Racine, David, Buonaroti, etc.

Renascimento

O pensamento medieval, dominado


pela religião, cede lugar a uma
cultura voltada para os valores do
indivíduo. Os artistas, inspirando-se
uma vez mais no legado clássico
grego, buscam as dimensões ideais
da figura humana e a representação
fiel da realidade. Esse período
corresponde à Baixa Idade Média e
início da Idade Moderna (do século
XIII ao XVI) e pode ser dividido em Duocento (1200 a 1299), Trecento
(1300 a 1399), Quattrocento (1400 a 1499) e Cinquecento (1500 a
1599).

Duocento e Trecento - No século XIII, o gótico começa a dar lugar para


uma arte que resgata a escala humana. São as primeiras manifestações
do que, mais tarde, se chamaria Renascimento. A principal característica
dessa mudança é o surgimento da ilusão de profundidade nas obras. Em
Siena, Duccio da Buoninsegna e, em Florença, Cimabue e sobretudo
seu aluno Giotto são os pioneiros desse novo mundo. Nos afrescos de
Giotto, na igreja de Santa Croce, em Florença, por exemplo, podem-se
ver figuras mais sólidas do que as góticas, situadas em ambientes
arquitetonicamente precisos, dando impressão de existência concreta: é
o nascimento do naturalismo. No século XIV, escultores como Donatello
(o "Michelangelo" do Trecento) aprimoram a técnica.

Giotto da Bondone (1266?-1337?), pintor e arquiteto italiano. Nasce em


Florença, estuda com o pintor Cimabue, com quem trabalha também em
Roma, e se torna um dos principais artistas de sua época. Os afrescos
de Santa Croce e a torre do Duomo são suas principais obras em sua
cidade natal. Revoluciona a arte ao conseguir dar expressão e
profundidade às figuras humanas.

Quattrocento - No século XV, Piero della Francesca (afrescos na


catedral de Arezzo) desenvolve uma pintura impessoal e solene,
misturando figuras geométricas e cores intensas. O arquiteto e escultor
Filippo Brunelleschi, criador da cúpula do Duomo de Florença, concebe
a perspectiva, artifício geométrico que cria a ilusão de
tridimensionalidade numa superfície plana. Defende a técnica e seus
princípios matemáticos em tratados. A ela aderem artistas como Paolo
Uccello (Batalha de São Romano), Sandro Botticelli (Nascimento de
Vênus), Leonardo da Vinci (Mona Lisa), Rafael Sanzio (Madona com
menino) e Michelangelo (Davi, Moisés e Pietá - ver foto ao lado -; teto e
parede da Capela Sistina, no Vaticano; cúpula da Basílica de São
Pedro). Michelangelo chega a um grau de sofisticação representativa
que prenuncia o barroco em suas figuras. Na Bélgica e Holanda, nesse
período, surgem os representantes do renascimento flamengo como Jan
van Eyck, Hans Memling e Rogier van der Weyden, que desenvolvem a
pintura a óleo.

Donatello (1386?-1466), escultor italiano. Donatto di Bardi nasce em


Florença, começa como ourives e aos 17 anos aprende a esculpir em
mármore. Inicia-se, como assistente, nas portas do batistério de
Florença e realiza uma obra imensa. Esculturas como Davi, Madalena e
São Jorge estão entre as mais marcantes, por seu poder de produzir
tensão emocional.

Leonardo da Vinci (1452-1519), artista, arquiteto,


inventor e escritor italiano. Nasce em Florença, se
torna aprendiz de Andrea Verrocchio e recebe a
proteção de Lorenzo de Medici. Entre 1482 e 1499
vive em Milão, onde pinta o afresco da Última ceia.
Em Florença, entre 1503 e 1506, pinta a Mona Lisa
- ver foto ao lado. Vive em Roma, entre 1513 e
1517, onde se envolve em intrigas do Vaticano, e decide ir se juntar à
corte do rei francês Francisco I. Nos estudos científicos, prenuncia a
invenção de peças modernas como o escafandro, o helicóptero e o pára-
quedas. Seu Tratado sobre a pintura é um dos livros mais influentes da
história da arte. O maior representante do Renascimento, Da Vinci
inaugura o antropomorfismo em sua arte e pensamento: "O homem é a
medida de todas as coisas".

Michelangelo Buonarroti (1475-1564) escultor, pintor, poeta e arquiteto


italiano. Nasce em Caprese, estuda em Florença e ganha a proteção de
Lorenzo Medici. Em Roma, aos 23 anos, inicia a Pietá. De volta a
Florença, esculpe Davi e pinta A Sagrada Família. Em 1508 começa a
pintar sozinho os afrescos do teto da Capela Sistina, trabalho que dura
quatro anos. Em 1538 pinta a parede do Juízo Final, na mesma capela.
Oito anos depois, projeta a cúpula da Basílica de São Pedro. Ao mesmo
tempo, retoma a Pietá e esculpe também a Pietá Palestrina e a Pietá
Rondanini.
Cinquecento - Em Veneza, no século XVI, com pintores como
Tintoretto, com sua grandiosidade, Ticiano, com seu uso de cores,
Veronèse, com seu senso espacial, e Giorgione, com sua
expressividade, começa a última fase do Renascimento. Abandonam a
primazia da forma sobre a cor e a perspectiva rigorosa. Na Espanha,
influenciado por Tintoretto, El Greco (pseudônimo de Domenico
Theotokopoulos) alonga as figuras, usa cores mais expressivas e
contrastes dramáticos de luz e sombra (O enterro do conde de Orgaz).
Na França, além do maneirismo (o naturalismo levado ao máximo de
detalhes e efeitos) da Escola de Fontainebleau, destacam-se os retratos
alegóricos de François Clouet (Diana). Na Holanda, Pieter Bruegel cria
uma rica pintura narrativa, documentando costumes de época
(Caçadores na neve), e Hieronymus Bosch pinta figuras oníricas, em
cenários fantásticos, repletos de simbolismo (O jardim das delícias
terrenas). Na Alemanha, surge uma pintura mais clássica, próxima do
renascimento romano-florentino. O grande mestre é Albrecht Dürer, que
influencia Lucas Cranach, Albrecht Altdorfer, Matthias Grünewald e os
dois Hans Holbein, pai e filho.

Jacopo Robusti Tintoretto (1515-1594), pintor italiano. Nasce em


Veneza. Pouco se sabe de sua vida. Em 1564, pinta cenas do Velho
Testamento no teto da irmandade de San Rocco, da qual é membro.
Influenciado por Michelangelo e Ticiano, experimenta composições
grandiosas e efeitos de luz que influenciam a arte posterior. Revoluciona
a forma narrativa, modificando a hierarquia clássica das histórias
religiosas.

As cores terciárias são o resultado da mistura de uma cor primária e


uma secundária. Elas são: Amarelo x laranja = amarelo-alaranjado
Vermelho x laranja = vermelho-alaranjado
Vermelho x violeta = vermelho-violeta
Azul x violeta = azul-violeta
Azul x verde = azul-esverdeado
Amarelo x verde = amarelo esverdeado

EXERCÍCIOS

1 – Qual era o tema da pintura medieval?


2 – Comente a atuação da Igreja nas atividades artísticas na Idade
média.
3 – Quais são os estilos de arte na Idade média?
4 – Qual é o princípio do estilo clássico?
5 – Complete – No estilo clássico, a arte era
______________________com ausência de __________________,
destacando a produção de ________________________.
6 – Qual a característica do estilo romântico?
7 – Como se caracteriza, no estilo Gótico, a arquitetura?
8 – Os objetos de arte passam a fazer parte das residências e não mais
somente das Igrejas. Esta mudança acontece no estilo:
( ) Gótico
( ) Renascentista
( ) Clássico
( ) Romântico

9 – Marque o item que completa: No _______________, o pensamento


dominado pela religião, cede lugar a uma cultura voltada para os valores
da pessoa.
( ) Renascimento
( ) Gótico
( ) Romântico
( ) Clássico

10 – O mais importante pintor do Renascimento que pintou Mona Lisa é:


( ) Michelangelo
( ) Leonardo da Vinci
( ) Tintoretto
( ) Botticelli

11 – Quais as características da Arte Islâmica?

CESEC – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ARTES
Ensino Médio

4º Módulo
Idade Moderna

Idade Moderna

Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis


realizações no campo das artes. Num sentido amplo, esse ideal
pode ser entendido como a valorização do homem e da
natureza, contestando o divino e o sobrenatural, conceitos que
haviam impregnado a cultura da Idade Média. As marcantes
características desse período abrangem a racionalidade, a
dignidade do ser humano, o ideal humanista, o rigor científico e
a reutilização das artes greco-romana (clássica), foi um período
artístico caracterizado pela liberdade de criação. A Idade
Moderna compreende o período histórico que, na Europa, se
estende da queda do Império Romano do Oriente para os
turcos (1453) até a Revolução Francesa (1789), além de ser a
época de transição do feudalismo para o capitalismo.

Este período artístico se caracteriza por valorizar o homem


e a natureza e ir contra o divino e o sobrenatural (conceitos que
foram o marco da cultura na Idade Média).
Os movimentos de arte que podemos reconhecer neste período
são: Barroco, Rococó, Neoclassicismo (1780 a 1830), Romantismo
(1830 a 1850)e Realismo (1850 á 1874).

MANEIRISMO O movimento artístico conhecido como maneirismo,


uma tendência exagerada para a estilização, considerada por alguns
historiadores a fase intermediária entre o renascimento e o barroco;

A arte renascentista, que retratava claramente o equilíbrio entre o


sentimento e a razão;

Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em


Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento
artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade
clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira).
Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um
capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando
assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.
Alguns historiadores o consideram uma transição entre o
renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo
como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o
maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico
que entra em decadência. Os artistas se vêem obrigados a
partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e
desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante
o renascimento.
Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito
religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja,
mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero.
Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice,
saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os
grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a
principal e única medida do universo.
Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma
com destino

a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do


renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente,
criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas,
que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo
maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas
as grandes cidades européias.

ARQUITETURA

A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas


de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos,
com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as
de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No
entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este
novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em
si, mas também na distribuição da luz e na decoração.

Principais características:
Nas igrejas:
Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros
com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não
levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara
singularidade.
Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras
caprichosas são a decoração mais característica desse estilo.
Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares,
lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a
vista.
Nos ricos palácios e casas de campo:
Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra
prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.
A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos
das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que,
mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a
necessidade de renovação.

Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), GIORGIO VASARI,


(1511-1574), PALLADIO, (1508-1580).

PINTURA

É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro


lugar. São os pintores da segunda década do século XV que,
afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo,
procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e
tentando revalorizar a arte pela própria arte.

Principais características:

Composição em que uma multidão de figuras se comprime em


espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de
planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de
tensão permanente.
Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os
membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem
agora contorções absolutamente impróprias para os seres
humanos.
Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de
um drapeado minucioso e cores brilhantes.
A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras
inadmissíveis.
Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam
no centro da perspectiva,
mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve,
não sem certa dificuldade, encontrá-lo.

Principal Artista:
EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas
bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a
religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi
totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido
em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no
convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com
documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza,
onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem
realizou algumas obras.
Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se
estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente
com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos
locais e para a nobreza toledana.
Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde
de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade
mística. Homem com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O
Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da
corte.

ESCULTURA

Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por


Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito
intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade.
Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da
pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções
estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos
detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão
característica do espírito maneirista.

Principais características:

A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras


dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente
frágil, as figuras são unidas por contorções extremadas e
exagerado alongamento dos músculos.
O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de
posturas impossíveis, permite que elas compartilhem a
reduzida base que têm como cenário isso sempre respeitando
a composição geral da peça e a graciosidade de todo o
conjunto.

Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos


em várias cidades italianas. Decorou também o palácio dos
Mantova e o túmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa
Laura Battiferi, com quem se casou, e juntos se mudaram para
Roma a pedido do papa Júlio II, que o incumbiu da construção
de sua villa na Porta del Popolo. Começou assim seus
primeiros passos como arquiteto.
No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença,
onde venceu um concurso para a construção da fonte da
Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a
estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos
quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos
dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles
todos os seus bens.

GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga,


Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na
oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois
mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com
Michelangelo em muitas de suas obras.
Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O
Rapto das Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão
entre as obras mais importantes desse período.
Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para
o qual realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte
de Netuno.Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o
mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os
metais, como demonstram suas esculturas de bronze.
Giambologna está para o maneirismo como Michelangelo está
para o renascimento.

BARROCO
O Barroco foi um movimento mais relacionado com a emoção do que a
razão, com um espírito decorativo exuberante. Suas principais
características foram: linhas curvas, contorcendo-se sucessivamente em
espiral, equilíbrio assimétrico, dinamismo na composição, formas não
obedecendo a leis lógicas, total liberdade de criação do artista,e
arquitetura e escultura inteiramente inter-relacionadas.
Uma das causas deste movimento foi a Contra-Reforma (atuação
da igreja católica contra a Reforma Protestante), que fez a sociedade
reagir contra as tendências pagãs do renascimento através da arte.
A escultura teve expressão reduzida servindo mais como
decoração. Está intimamente relacionada com a arquitetura

A pintura teve como principais características à aplicação de


contrastes fortes de luz e sombra movendo o espaço pictórico (a figura
vem para frente, contrastando com o fundo escuro do quadro);cores
fortes; linhas em espiral, retorcidas criando um ritmo dinâmico, através
de um movimento em cadeia sempre contínua, expressando as
emoções humanas .

.A arte barroca que rompeu com o equilíbrio entre o sentimento e a


razão, predominando as emoções, refletindo uma época de muitos
conflitos espirituais e religiosos;

A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII), mas não tardou


a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também
ao continente americano, trazida pelos colonizadores
portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a
razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas
procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca
predominam as emoções e não o racionalismo da arte
renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo
barroco traduz a tentativa angustiante de conciliar forças
antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra; pureza e
pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e
matéria.

Suas características gerais são:


emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os
sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o
qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da
emoção e não apenas pelo raciocínio.
busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas,
contracurvas, colunas retorcidas;
entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
violentos contrastes de luz e sombra;
pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a
impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade
conseguida.

PINTURA

A pintura teve como principais características à aplicação de


contrastes fortes de luz e sombra movendo o espaço pictórico
(a figura vem para frente, contrastando com o fundo escuro do
quadro); cores fortes; linhas em espiral, retorcidas criando um
ritmo dinâmico, através de um movimento em cadeia sempre
contínua, expressando as emoções humanas.

Características da pintura barroca:

Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num


estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a unidade
geométrica e o equilíbrio da arte renascentista.
Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos
sentimentos) - era um recurso que visava a intensificar a
sensação de profundidade.
Realista, abrangendo todas as camadas sociais.

Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade


dramática.

Dentre os pintores barrocos italianos:

Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo


revolucionário como ele usa a luz. Ela não aparece como
reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo artista,
para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.

Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva


nas pinturas dos tetos das igrejas barrocas, causando a ilusão
de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de
que este se abre para o céu, de onde santos e anjos convidam
os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio.

A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os


pintores mais representativos, de outros países da Europa,
temos:

Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do


século XVII procurou registrar em seus quadros também os
tipos populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo
espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.

Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se


notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas
contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso
movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que
se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o
amarelo - que contrabalançam a luminosidade da pele clara
das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor.

Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos


quadros deste pintor não é propriamente o contraste entre luz e
sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons, as
penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.
O movimento Rococó teve origem na França. Caracteriza-se por
expressar apenas sentimentos agradáveis e pela procura da perfeição
técnica.
O rococó aplica cores suaves, tons pastel e linhas mais suaves e
delicadas.

O movimento Neoclássico também conhecido como academismo


retorna os princípios da arte clássica: valorização das ações humanas e
expressão da beleza ideal, uma volta à imitação dos movimentos
clássicos, isto é, da cultura greco-romana.
O ARTISTA CLÁSSICO TRABALHA CORRIGINDO AS
IMPERFEIÇÕES DA NATUREZA (NOBREZA, HIERARQUIA,
MITOLOGIA COMO TEMA PREFERIDOS).

O movimento Romântico foi uma reação ao movimento


neoclássico surgido na Alemanha com as seguintes características: a
natureza e o nacionalismo passaram a ser os temas preferidos pelos
artistas, substituindo os da antiguidade, as composições revelam
liberdade técnica e sentimento; as pinturas apresentam grande riqueza
cromática; as imagens não tinham contornos precisos.
O ARTISTA ROMÂNTICO TRANSMITE: DOR, ANGÚSTIA,
CÓLERA (DRAMATICIDADE) ALEGRIA, TRISTEZA E SUBJETIVISMO.
A arquitetura denomina de neogótico com mistura de elementos
dos mais diferentes estilos.
Na arquitetura romântica, distinguiram-se duas correntes: a dos
que pretendiam atribuir vida, movimento e gesticulação às figuras
esculpidas e a dos que procuravam a beleza na perfeição anatômica dos
corpos.
Temos o inicio da escola paisagística.

O movimento realista surge em plena revolução industrial, tendo


na pintura a veracidade da cena retratada, aderindo como tema “O
BELO É O VERDADEIRO”. Na arquitetura passou a utilizar novos
materiais como por exemplo à torre Eiffel em Paris.
O ARTISTA REALISTA NÃO É DESENHISTA COMO O
NEOCLÁSSICO E NEM COLORISTA COMO O ROMÂNTICO , ELE
PINTA O QUE VÊ (JAMAIS PINTA UM ANJO) A REALIDADE QUE O
CERCA.
Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das
artes. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do
homem e da natureza, contestando o divino e o sobrenatural, conceitos que haviam
impregnado a cultura da Idade Média. As marcantes características desse período
abrangem a racionalidade, a dignidade do ser humano, o ideal humanista, o rigor
científico e a reutilização das artes greco-romana (clássica), foi um período artístico
caracterizado pela liberdade de criação. A Idade Moderna compreende o período
histórico que, na Europa, se estende da queda do Império Romano do Oriente para
os turcos (1453) até a Revolução Francesa (1789), além de ser a época de transição
do feudalismo para o capitalismo.

Este período artístico se caracteriza por valorizar o homem e a natureza e ir contra o


divino e o sobrenatural (conceitos que foram o marco da cultura na Idade Média).

Os movimentos de arte que podemos reconhecer neste período são: Maneirismo,


Barroco e Rococó.
Outros movimentos pós-modernos: Neoclassicismo (1780 a 1830), Romantismo
(1830 a 1850) e Realismo (1850 á 1874).

MANEIRISMO

Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520


até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo
da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma
evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa
a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.
Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco,
enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é
que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em
decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes
permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante
o renascimento.
Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa
nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma
de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e
destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a
se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo.
Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino

a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora


com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e
proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo
maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades
européias.

ARQUITETURA

A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal,


com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto,
deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No
entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz
refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e
na decoração.

Principais características:
Nas igrejas:
Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em
espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma
atmosfera de rara singularidade.
Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a
decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem
muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.
Nos ricos palácios e casas de campo:
Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o
quadrado disciplinado do renascimento.
A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam
esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas
épocas, expressa a necessidade de renovação.

Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), GIORGIO VASARI, (1511-1574),


PALLADIO, (1508-1580).

PINTURA

É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os


pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones
renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já
não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte.

Principais características:

Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços


arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos,
completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente.
Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados
do renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias
para os seres humanos.
Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado
minucioso e cores brilhantes.
A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis.
Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da
perspectiva,
mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa
dificuldade, encontrá-lo.

Principal Artista:
EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o
desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade,
sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em
Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa
Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567
emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem
realizou algumas obras.
Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de
Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para
os conventos locais e para a nobreza toledana.
Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio
caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a Mão no Peito, O
Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da
corte.

ESCULTURA

Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas


clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da
realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não
faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos,
ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão
característica do espírito maneirista.

Principais características:

A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas


sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por
contorções extremadas e exagerado alongamento dos músculos.
O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas
impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário
isso sempre respeitando a composição geral da peça e a graciosidade de todo o
conjunto.

Principais Artistas:

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos em várias cidades


italianas. Decorou também o palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade.
Conheceu a poetisa Laura Battiferi, com quem se casou, e juntos se mudaram para
Roma a pedido do papa Júlio II, que incumbiu-o da construção de sua villa na Porta
del Popolo. Começaram assim seus primeiros passos como arquiteto.
No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença, onde venceu um
concurso para a construção da fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela
arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos
quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que
proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga, Giambologna deu seus


primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos
anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com
Michelangelo em muitas de suas obras.
Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O Rapto das Sabinas,
Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse
período.
Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma
de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Netuno.Trabalhou com igual maestria
a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os
metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está para o
maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.

BARROCO

O Barroco foi um movimento mais relacionado com a emoção do que a razão, com
um espírito decorativo exuberante. Suas principais características foram: linhas
curvas, contorcendo-se sucessivamente em espiral, equilíbrio assimétrico,
dinamismo na composição, formas não obedecendo a leis lógicas, total liberdade de
criação do artista e arquitetura e escultura inteiramente inter-relacionadas.

Uma das causas deste movimento foi a Contra-Reforma (atuação da igreja católica
contra a Reforma Protestante), que fez a sociedade reagir contra as tendências
pagãs do renascimento através da arte.
A escultura teve expressão reduzida servindo mais como decoração. Está
intimamente relacionada com a arquitetura
A pintura teve como principais características à aplicação de contrastes fortes de luz
e sombra movendo o espaço pictórico (a figura vem para frente, contrastando com o
fundo escuro do quadro); cores fortes; linhas em espiral, retorcidas criando um ritmo
dinâmico, através de um movimento em cadeia sempre contínua, expressando as
emoções humanas.
A arte barroca originou-se na Itália (séc. XVII), mas não tardou a irradiar-se por
outros países da Europa e a chegar também ao continente americano, trazida pelos
colonizadores portugueses e espanhóis.
As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a
arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito
consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da arte
renascentista.
É uma época de conflitos espirituais e religiosos. O estilo barroco traduz a tentativa
angustiante de conciliar forças antagônicas: bem e mal; Deus e Diabo; céu e terra;
pureza e pecado; alegria e tristeza; paganismo e cristianismo; espírito e matéria.

Suas características gerais são:


emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os sentidos do observador,
baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos
sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio.
busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas
retorcidas;
entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
violentos contrastes de luz e sombra;
pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a
aparência de profundidade conseguida.

PINTURA

Características da pintura barroca:

Composição assimétrica, em diagonal - que se revela num estilo grandioso,


monumental, retorcido, substituindo a unidade geométrica e o equilíbrio da arte
renascentista.
Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos sentimentos) - era um recurso
que visava a intensificar a sensação de profundidade.
Realista, abrangendo todas as camadas sociais.

Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade dramática.

Dentre os pintores barrocos italianos:

Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como


ele usa a luz. Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada
intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenção do observador.
Obra destacada: Vocação de São Mateus.

Andrea Pozzo - realizou grandes composições de perspectiva nas pinturas dos tetos
das igrejas barrocas, causando a ilusão de que as paredes e colunas da igreja
continuam no teto, e de que este se abre para o céu, de onde santos e anjos
convidam os homens para a santidade.
Obra destacada: A Glória de Santo Inácio.

A Itália foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais


representativos, de outros países da Europa, temos:

Velázquez - além de retratar as pessoas da corte espanhola do século XVII procurou


registrar em seus quadros também os tipos populares do seu país, documentando o
dia-a-dia do povo espanhol num dado momento da história.
Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.

Rubens (espanhol) - além de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas


que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas,
um intenso movimento. Em seus quadros, é geralmente, no vestuário que se
localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - que contrabalançam
a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Obra destacada: O Jardim do Amor.

Rembrandt (holandês) - o que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é
propriamente o contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os
meios-tons, as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa.
Obra destacada: Aula de Anatomia.
ESCULTURA

Suas características são: o predomío das linhas curvas, dos drapeados das vestes e
do uso do dourado; e os gestos e os rostos das personagens revelam emoções
violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram


de elementos decorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira
de São Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Obra destacada: A Praça de São Pedro, Vaticano e o Êxtase de Santa Teresa.

Para seu conhecimento

Barroco: termo de origem espanhola ‘Barrueco’, aplicado para designar pérolas de


forma irregular.

ROCOCÓ

Rococó, um estilo artístico mais leve e intimista que se desdobrou do


barroco, utilizando cenas eróticas ou galantes da vida cortesã e da
mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos
religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal.

Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do barroco,


mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.
Desenvolveu-se na Europa do século XVIII, e da arquitetura disseminou-se para
todas as artes. Vigoroso até o advento da reação neoclássica, por volta de 1770,
difundiu-se principalmente na parte católica da Alemanha, na Prússia e em Portugal.
Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes
galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos
religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.
O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de
incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizados originariamente na
decoração de grutas artificiais.
Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.
Caracteriza-se por expressar apenas sentimentos agradáveis e pela procura da
perfeição técnica.

O rococó aplica cores suaves, tons pastel e linhas mais suaves e delicadas.
Características gerais:
Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais
como conchas, laços e flores.
Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.
ARQUITETURA

Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococó foi a principal corrente da arte e
da arquitetura pós-barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da
Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França com a obra do
decorador Pierre Lepautre, o rococó era a princípio apenas um novo estilo
decorativo.

Principais características:

· Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores
por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a
texturas suaves.
· A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno foi unificado, com
maior graça e intimidade.

Principal Artista:

Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsável pela abadia beneditina de


Ottobeuren, marco do rococó bávaro. Grande mestre do estilo rococó, responsável
por vários edifícios na Baviera. Restaurou dezenas de igrejas, mosteiros e palácios.

ESCULTURA

Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu


na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o barroco e o
rococó, quer cronológica, quer estilisticamente.

Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se
manifesta o espírito rococó. Os grandes grupos coordenados dão lugar a figuras
isoladas, cada uma com existência própria e individual, que dessa maneira
contribuem para o equilíbrio geral da decoração interior das igrejas.

Principais Artistas:
Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemão, membro de um grupo de
famílias de mestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criação de santos e
anjos de grande tamanho, obras-primas dos interiores rococós.

Ignaz Günther, (1725-1775), escultor alemão, um dos maiores representantes do


estilo rococó na Alemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a
seguir policromadas. "Anunciação", "Anjo da guarda", "Pietà".

PINTURA

Durante muito tempo, o rococó francês ficou restrito às artes decorativas e teve
pequeno impacto na escultura e pintura francesas. No final do reinado de Luís XIV,
em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da
Europa, apareceram as primeiras pinturas rococós sob influência da técnica de
Rubens.

Principais Artistas:

Antoine Watteau, (1684-1721), as figuras e cenas de Watteau se converteram em


modelos de um estilo bastante copiado, que durante muito tempo obscureceu a
verdadeira contribuição do artista para a pintura do século XIX.

François Boucher, (1703-1770), as expressões ingênuas e maliciosas de suas


numerosas figuras de deusas e ninfas em trajes sugestivos e atitudes graciosas e
sensuais não evocavam a solenidade clássica, mas a alegre descontração do estilo
rococó. Além dos quadros de caráter mitológico, pintou, sempre com grande
perfeição no desenho, alguns retratos, paisagens ("O casario de Issei") e cenas de
interior ("O pintor em seu estúdio").

Jean-Honoré Fragonard , (1732-1806), desenhista e retratista de talento, Fragonard


destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza, de cenas galantes
em paisagens idílicas. Foi um dos últimos expoentes do período rococó,
caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do
impressionismo.

Outros movimentos de artes:

Neoclassicismo, romantismo, realismo

O movimento Neoclássico também conhecido como academismo retorna os


princípios da arte clássica: valorização das ações humanas e expressão da beleza
ideal, uma volta à imitação dos movimentos clássicos, isto é, da cultura greco-
romana.
O ARTISTA NEOCLÁSSICO TRABALHA CORRIGINDO AS IMPERFEIÇÕES
DA NATUREZA (NOBREZA, HIERARQUIA, MITOLOGIA COMO TEMAS
PREFERIDOS).

David é o neoclássico paradigmático

À medida que o tempo passava, muitos artistas colocaram-se contrários ao


ornamentalismo dos estilos anteriores e buscaram a arte anterior, mais simples, do
Renascimento, formando o que ficou conhecido por neoclassicismo. O neoclássico
foi o componente artístico do movimento intelectual conhecido por Iluminismo, o qual
era igualmente idealista. Ingles, Canova e Jaquew-Louis David estão entre os mais
conhecidos neoclássicos.
Romantismo
O movimento Romântico foi uma reação ao movimento neoclássico surgido
na Alemanha com as seguintes características: a natureza e o nacionalismo
passaram a ser os temas preferidos pelos artistas, substituindo os da antiguidade, as
composições revelam liberdade técnica e sentimento; as pinturas apresentam
grande riqueza cromática; as imagens não tinham contornos precisos.
O ARTISTA ROMÂNTICO TRANSMITE: DOR, ANGÚSTIA, CÓLERA
(DRAMATICIDADE) ALEGRIA, TRISTEZA E SUBJETIVISMO.
A arquitetura denomina de neogótico com mistura de elementos dos mais
diferentes estilos.
Na arquitetura romântica, distinguiram-se duas correntes: a dos que
pretendiam atribuir vida, movimento e gesticulação às figuras esculpidas e a dos que
procuravam a beleza na perfeição
anatômica dos corpos.
Temos o inicio da escola paisagística.

A reação ao neoclassicismo ocorre na


primeira década do século XIX. O movimento
romântico exalta a intuição e o instinto. Na
Grã- Bretanha, paisagistas como John
Constable rompe com a solenidade clássica
e utilizam temas e formas mais coloquiais. Na
França, há a espontaneidade poética da
Escola de Barbizon, cujo maior expoente é
Camille Corot. O entendimento da cor como luz
começa a brotar em artistas como William
Turner. O gosto romântico pelo fantástico e
pelo sobrenatural, que rejeita o racionalismo
clássico, aparece nos trabalhos do poeta e
artista inglês William Blake e do suíço naturalizado Henri Fuseli. Na França, Eugène
Delacroix (A morte de Sardanapalo) e Théodore Géricault (A jangada da Medusa),
usando traços livres e pincelados ágeis, afirmam o dinamismo da arte voltada para o
mundo industrial. Ora com temas exóticos, ora com patriotismo (como em A
liberdade guiando o povo - ver foto acima, de Delacroix).

A Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix, é um dos quadros mais famosos


do Romantismo.

Muitos artistas deste período tenderam a apresentar uma posição centralizadora que
levou-os a adotar simultaneamente características diferentes dos estilos romântico e
neoclássico, de forma a sintetizá-los. As várias tentativas tomaram lugar na
Academia Francesa, e coletivamente são reunidas na arte acadêmica. Considera-se
que William-Adolphe Bouguereau encabece esta tendência da arte.

Da mesma maneira que o maneirismo rejeitava o classicismo, o romantismo


rejeitava as idéias iluministas e a estética neoclássica. A arte romântica enfocava o
uso da cor e do gesto a fim de retratar a emoção, mas, como o classicismo, usava a
mitologia clássica e a tradição como uma importante fonte de simbolismo. Outro
importante aspecto do romantismo foi sua ênfase na natureza e no retrato do poder
e da beleza do mundo natural, sempre idealizados de acordo com um eu. O
romantismo foi também um grande movimento literário, especialmente na poesia.
Entre os maiores artistas românticos estão Eugène Delacroix, Francisco Goya, e
William Blake.

REALISMO

O movimento realista surge em plena revolução industrial, tendo na pintura a


veracidade da cena retratada, aderindo como tema “O BELO É O VERDADEIRO”.
Na arquitetura passou a utilizar novos materiais como pôr exemplo à torre Eiffel em
Paris.
O ARTISTA REALISTA NÃO É DESENHISTA COMO O NEOCLÁSSICO E
NEM COLORISTA COMO O ROMÂNTICO , ELE PINTA O QUE VÊ (JAMAIS PINTA
UM ANJO) A REALIDADE QUE O CERCA.

Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias, sobretudo na pintura francesa, esta
nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da
crescente industrialização das sociedades, O homem europeu, que tinha aprendido a
utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza,
convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas,
deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.
Esses novos ideais estéticos manifestaram-se em todas as artes:
Pintura: caracteriza-se sobretudo pelo princípio de que o artista deve representar a
realidade com a mesma objetividade com que um cientista estuda um fenômeno da
natureza. Ao artista não cabe “melhorar” artisticamente a natureza, pois a beleza
está na realidade tal qual ela é. Sua função é apenas revelar os aspectos mais
característicos e expressivos da realidade.
Em vista disso, a pintura realista deixou completamente de lado os temas
mitológicos, bíblicos, históricos e literários, pois o que importa é a criação a partir de
uma realidade imediata e não imaginada.
A volta do artista para a representação do real teve uma conseqüência: sua
politização. Isso porque, se a industrialização trouxe um grande desenvolvimento
tecnológico, ela provocou também o surgimento de uma grande massa de
trabalhadores, vivendo nas cidades em condições precárias e trabalhando em
situações desumanas. Surge então a chamada “pintura social”, denunciando as
injustiças e as imensas desigualdades entre a miséria dos trabalhadores e a
opulência da burguesia.
Dentre os representantes da pintura realista podemos apontar Gustave
Courbet(1819-1877) "Moças peneirando trigo"(foto23) e Édouard Manet(1832-1883)
"Olympia"(foto 24), que desenvolveram tendências diversas.

foto 23 foto 24
Escultura: não se preocupou com a idealização da realidade, ao contrário, procurou
recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiram os temas
contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin
(1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho
importante, A Idade do Bronze (1877), causou uma grande discussão motivada pelo

seu intenso realismo.


foto25

foto 26
Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de moldes tirados
do próprio modelo vivo. Mas é com São João Pregando (1879), que Rodin revela sua
característica fundamental: a fixação do momento significativo de um gesto
humano. Essa mesma tentativa de surpreender o homem em suas ações aparece
em O Pensador (foto 25)seguramente sua obra mais conhecida.
Quanto aos retratos, nem sempre Rodin foi fiel à preocupação naturalista de
reproduzir os traços fisionômicos do seu modelo. A escultura que fez de Balzac (foto
26), por exemplo, chegou a ser recusada pela Sociedade dos Homens de Letras de
Paris que a encomendara, pois não havia semelhança física entre a obra e o
retratado. O que o escultor fez foi privilegiar, à sua maneira, o caráter vigoroso que a
personalidade do escritor lhe sugeria, o que o envolveu numa grande polêmica.
Na verdade, até mesmo a classificação da obra de Rodin como realista é
controvertida. Alguns críticos a consideram romântica por causa da forte emoção
que traduz. Mas outros enfatizam no trabalho desse escultor o acentuado e
predominante caráter naturalista. Há ainda os que vêem na escultura de Rodin
características do Impressionismo, movimento do qual também foi contemporâneo e
que revolucionou, na época, a pintura européia.
Arquitetura: ao adaptar-se ao novo contexto social, tende a tornar-se realista ou
científica, os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às
novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem
mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações ferroviárias,
armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários
quanto para a nova burguesia.

No início do século XIX, porém, a feição da Europa tornou-se radicalmente alterada


pela industrialização. A pobreza, miséria e desespero estavam para ser o destino do
novo proletariado criado pela "revolução". Em resposta a estas mudanças
acontecendo na sociedade, surgiu o movimento realista. O realismo procurou retratar
acuradamente as condições e dificuldades das classes populares na esperança de
alterar a sociedade. Para o movimento, o artista deve representar o seu tempo, sem
no entanto tomar um partido definido: deve retratar os pontos que considerar
adequados, denunciando-os à sociedade. Em contraste com os românticos, que
eram essencialmente otimistas com o destino humano, o realismo retratou a vida nas
profundidades de uma terra urbana sem ordem. Como o romantismo, desenvolveu-
se também como um movimento literário. Entre os grandes pintores realistas estão
Gustave Coubert e Edouard Manet (este abre caminho para o impressionismo).

É interessante notar que, embora o neoclassicismo tenha sido deixado para trás
quando do advento dos novos estilos, ele continuou a existir pontualmente e, em
certos lugares, a arquitetura neoclássica perdurou até o início do século XX.

Períodos relevantes

• Neoclassicismo. De meados do século XVIII até o início do século XIX


(embora continue se manifestando pontualmente durante todo o século)
• Romantismo. Fins do século XVIII até meados do século XIX.
• Realismo. Meados do século XIX.

Temos também as cores neutras melhor representadas pelo preto,


branco e cinza.
Para obtermos a cor cinza basta misturarmos as cores: branco e preto
conforme o exercício abaixo:

Branco + preto = cinza


Exercícios de Arte -Idade Moderna - Módulo IV - Ensino Médio

1. O que foi o movimento Iluminismo?


2. Classifique a obra de Rodin.
3. Quais são as características da pintura realista?
4. Quais são os movimentos de arte do período da Idade Moderna?
5. Qual o significado do termo Rococó?
6. Quais são os movimentos Pós-Modernos?
7. Como agia o artista Realista?
8. O que foi o Maneirismo e quais são as suas marcas?
9. Dê as características da pintura Barroca.
10. Fale sobre o Renascimento.
11. Dê o nome dos movimentos considerados idealistas.
12. Qual a origem do termo Barroco.
13. Fale sobre a pintura considerada social.
14. Que outro nome é dado ao movimento conhecido como Academismo.
15. Classifique a obra de Rodin.
16. Defina a Idade Moderna.
17. Quais são as características da pintura realista?
18. Quais são os movimentos de arte do período da Idade Moderna?
19. Qual o significado do termo Rococó?
20. Quais são os movimentos Pós-Modernos?
21. Como agia o artista Realista?
22. Como foi o período Moderno?
23. O que foi o Maneirismo e quais são as suas marcas?
24. Dê as características da pintura Barroca.
25. Fale sobre o Renascimento.
26. Dê o nome dos movimentos considerados idealistas.
27. Qual a origem do termo Barroco.
28. Fale sobre a pintura considerada social.
29. Que outro nome é dado ao movimento conhecido como Academismo.
30. Qual a origem do movimento Rococó?
31. Quais são as características do movimento rococó?
32. Fale sobre o movimento Neoclássico.
33. O que foi o movimento romântico?
34. O que transmite o artista Romântico?
35. Qual o tema utilizado pelo movimento Realista?

Escreva o nome do movimento artístico a que se referem cada afirmativa.


a) Movimento mais relacionado com a emoção. _____________________.
b) Aplica cores e linhas suaves e tons pastel. ________________.
c) Caracteriza-se por linhas curvas. ___________________.
d) Aplica as cores fortes com contraste de luz e sombra> _______________.
e) Valoriza as ações humanas e a beleza ideal. _____________________.
f) Valoriza a natureza e o nacionalismo. _______________________.
g) O artista pinta o que vê. ______________________.

CESEC – CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ARTES
Ensino Médio
5º Módulo
Idade Contemporânea

IDADE CONTEMPORÂNEA

É o período compreendido entre 1789 aos dias atuais.


A arte nesse período se revoluciona em todos os sentidos, surgem
com os avanços tecnológicos, novas formas de pensamentos e
tendências. A arte passa a estar presente não só na arquitetura,
escultura ou pintura, mas, em propagandas, protestos e a ser produzida
em escala industrial tornando-se um fenômeno em massa.
Para entender uma obra de arte em nossos dias é preciso ter uma
atitude de VER, SENTIR E CLASSIFICAR, e para conhecê-la eu preciso
fazer duas perguntas:
A que escola pertence? A resposta é o conteúdo formal.
Qual é o título? A resposta é o conteúdo subjetivo.
Na Europa do século XIX estava acontecendo o desenvolvimento
de três diferentes movimentos de arte: O neoclassicismo (1830), O
Romantismo (1850) e o Realismo (1874), quando se deu início ao
impressionismo que foi considerado mais como uma ruptura do que um
movimento de arte, ele não foi aceito a principio e houve uma grande
resistência da sociedade e dos artistas clássicos de sua época.
A partir do impressionismo vão nascer os primeiros movimentos de
arte moderna e entre seus precursores temos: Van gogh com o
expressionismo, Paul Gauguim com o fouvismo e Paul Cézanne com o
cubismo.

O movimento impressionista foi uma grande ruptura linear onde


se perdeu a milenar escravidão da linha, o que estava preso à linha
passou a estar preso à cor.
Foi um estilo revolucionário que revelava: paisagens luminosas,
cenas sociais ao ar livre, onde a nitidez não tinha importância.
Os elementos mais importantes são a LUZ, o SOL e a COR.
Seus princípios são: desaparecimento da linha, atitude não
emotiva do artista, luminosidade, amplas pinceladas que vão diminuindo
até se tornarem pontos (pontilhismo), sombras claras, mistura óptica da
cor, pintura técnica e ruptura linear.
È nesse período que encontramos a mistura óptica da cor que
consiste em colocar as cores puras na tela, através de pinceladas
justapostas, para dar sensação ótica da cor secundária.

O movimento expressionista representa o drama interior do


homem, manifestam as suas mais profundas emoções. os
expressionistas deformavam a imagem visual e a realidade,
expressando com força seu pessimismo em relação ao mundo, suas
pinturas fogem às regras tradicionais de equilíbrio, regularidade das
formas e harmonia das cores. Os expressionistas interpretam as
angústias do homem do início do século XX, foi o primeiro grande
movimento da pintura moderna.
Seus princípios são: pinta o que sente e não o que vê, temos uma
reação chocante e feia em relação ao academismo, deformação da
imagem visual, linhas fortes e escuras, a expressão determina a forma,
fortemente dramatizada e sem interferência de elementos intelectuais.

O movimento cubista foi uma corrente de vanguarda surgida no início


do século XX que mostra na sua pintura visões simultâneas do objeto,
através da sua representação em vários ângulos, como se o artista se
movimentasse em torno dele, vendo mais de um de seus lados.
Cézanne disse: “Vou procurar devolver o peso, a estrutura e a
solidez que os impressionistas tiraram” e com esse pensamento ele vai
trazer os elementos necessários para o inicio de um novo movimento o
cubismo.
Braque e Picasso continuam o que Cézanne iniciou e chegam ao
extremo da decomposição.
Os princípios são: decomposição não segundo a forma mas
segundo a imaginação, formas não sentidas mas pensadas,
decomposição no mesmo plano.

O movimento abstracionista é um estilo diferente de arte onde se


divide em abstracionismo:
Informal, um jogo de cores livres e ritmados.
Geométrico, onde são usadas formas geométricas.
Tachismo, é o uso de manchas.
Orfismo, mais relacionados com a música e sensações.
Grafismo, usado com grafias.
Suprematismo, formas organizadas e formas sobre formas.
Concretismo, onde todos os espaços são preenchidos.
As linhas e cores são criadas pelo artista sem a preocupação de
retratá-las fotograficamente. Isto significa interpretar.

SURREALISMO

O movimento surrealismo aparece como uma renovação do espírito


vanguardista.
A corrente artística do surrealismo vem ao lado da literatura, com o
Manifest du Surréalisme de André Breton, escrito em 1924. Nesse
manifesto, Breton propunha o sonho, a visão alucinada, como uma
forma de conceber a realidade, para além da razão.

SURREALISMO

O surrealismo surge na França em 1924,


liderado pelo poeta e crítico André Breton, sob
influência das teorias de Sigmund Freud sobre
o inconsciente e a sexualidade. Pintores como o
espanhol Salvador Dalí - ver foto ao lado, o
russo Marc Chagall e os belgas René Magritte e Paul Delvaux buscam
uma linguagem onírica, repleta de simbologia e da forma narrativa dos
sonhos. Rompem o eixo tradicional do figurativismo: as figuras saem da
vertical (um casal flutua), perdem a proporcionalidade (um homem pode
ser maior que uma casa) e sofrem alterações inverossímeis (relógio
derrete). Giorgio de Chirico, Carlo Carrà, Giorgio Morandi e Alberto
Giacometti praticam o surrealismo na Itália; Yves Tanguy e Robert
Delaunay, na França.

O movimento Op-Art, que significa “arte óptica”, as pinturas


apresentam diferentes figuras geométricas, combinadas de tal forma que
provocam no espectador sensações de movimentos; se o observador
muda de posição, tem a impressão de que a obra se modifica,
parecendo movimentar-se. A Op-Art proporcionou a invenção dos
móbiles. Temos como precursor Victor Vasarely.

O movimento Pop-Art, que significa, “Art-Popular” a sua proposta


é romper a barreira entre a arte e a vida comum. A fonte de inspiração
dos artistas pops é o dia-a-dia das grandes cidades; o que interessa são
as imagens, o ambiente, a vida que a tecnologia industrial criou nos
grandes centros urbanos. Os recursos da Pop-Art são os mesmos dos
meios de comunicação de massas: cinema, televisão, publicidade. Os
temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas
urbanas: lâmpadas elétricas, automóveis, tampinhas de garrafa, pregos,
parafusos etc.

Grafite
A arte da grafite é uma forma de manifestação artística em
espaços públicos. A definição mais popular diz que a grafite é um tipo de
inscrição feita em paredes, dessa maneira temos relatos e vestígios do
mesmo desde o Império Romano. Seu aparecimento na idade
contemporânea se deu na década de 1970, em Nova York, nos Estados
Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da
cidade, algum tempo depois essas marcas evoluíram com técnicas e
desenhos.

A grafite está ligada diretamente a vários movimentos, em especial


ao Hip Hop. Para esse movimento, a grafite é a forma de expressar toda
a opressão que a humanidade vive principalmente os menos
favorecidos, ou seja, a grafite reflete a realidade das ruas. A grafite foi
introduzida no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os
brasileiros por sua vez não se contentaram com o grafite norte-
americano, então começaram a incrementar a arte com um toque
brasileiro, o estilo da grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores
de todo o mundo.

Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois


de um lado a grafite é desempenhada com qualidade artística, e do outro
não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é
caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e
vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde
tradicionais latas de spray até o látex.

Principais termos e gírias utilizadas nessa arte;

• Grafiteiro/writter: o artista que pinta.


• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.
• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúnem para pintar
juntos.
• Tag: é assinatura de grafiteiro.
• Toy: é o grafiteiro que tem muita experiência.
• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo.

Arte Conceitual
A arte dos anos 1970 foi marcada por um amplo repertório de
experimentações, que tinham em comum o predomínio da valorização
da idéia sobre o objeto artístico. Se, nas décadas anteriores, os artistas
já vinham rompendo com os suportes tradicionais, essa década
consagrou como experiências artísticas válidas o corpo em performance
e trabalhos produzidos com o auxílio de meios tecnológicos, como o
vídeo e o computador. A denominada Arte Conceitual se preocupava
em materializar processos decorrentes de uma idéia, utilizando suportes
muitas vezes transitórios e reprodutíveis, como fotografias, audiovisuais,
xerox, off-sets, postais, entre outros. Diante dessa diversidade de meios,
o próprio conceito de arte se amplia, abrangendo, a partir de então,
novas linguagens.
A Arte Conceitual teve como inspiração principalmente os ready-mades
de Marcel Duchamp, objetos retirados do cotidiano das pessoas, e
reapresentados como elementos do processo criativo Nesse caso, o
artista havia privilegiado a idéia, em detrimento do objeto, já que esse
podia ser facilmente encontrado na sociedade. Nos anos 60, alguns
artistas revitalizaram o pensamento de Duchamp, enfatizando e
registrando o processo mental que originava suas próprias obras. Em
referência a essa prática, surgiu no interior das vanguardas o termo “arte
conceito”, empregado primeiramente pelo músico Henry Flynt, em 1961,
ligado às atividades do Grupo Fluxus de Nova Iorque. Em 1969, na
Inglaterra, passou a ser publicada a revista Art Language, tendo como
subtítulo “revista de arte conceitual”. Essas expressões eram aplicadas
aos trabalhos realizados em meios transitórios, de fácil reprodutibilidade,
produzidos muitas vezes em grandes quantidades (como foi o caso da
arte postal) e que eram distribuídos por um sistema alternativo aos
grandes museus e galerias. No entanto, aos poucos, as próprias
instituições começaram a se abrir às novas linguagens que se
multiplicavam.

No Brasil, a partir dos anos 70, uma grande variedade de métodos


artísticos começou a se espalhar no circuito de exposição, como
fotografias (que muitas vezes serviam também para registrar meios
transitórios, como as performances), xerox, off-sets, vídeos, filmes, livros
de artistas, atos performáticos e muitos outros. Os artistas passaram
também a exigir uma maior interação e participação do público, que
deixava de ser apenas um expectador para interagir com as obras.
Mesmo as instituições como os museus e galerias, tradicionalmente
mais conservadores, tiveram que se abrir para as novas linguagens que
se multiplicavam. O Museu de Arte Contemporânea da USP, MAC-USP
se constituiu, nessa época, como um pólo aberto e incentivador dos
artistas conceituais e multimídias, criando um núcleo de produção de
vídeos e organizando exposições de arte postal e outros meios.

Instalação
A Instalação é um fazer artístico dos mais relevantes no panorama das
artes no século XX e início do XXI. Embora já bastante discutida, conta
ainda com frágil definição e com muitos pontos a serem pesquisados de
forma incisiva.
Como boa parte da produção artística contemporânea a Instalação não
permite rotulação única, por seu princípio experimental. O conceito, a
intenção do artista ao formular seu trabalho é em grande parte a
essência da própria obra, na medida em que a instalação emerge no
contexto da Arte Conceitual.

A Instalação, enquanto poética artística permite uma grande


possibilidade de suportes, a gama variada de possibilidades, em sua
realização pode integrar recursos de multimeios, por exemplo, videoarte,
caracterizando-se em uma videoinstalação Esta abertura de formatos e
meios faz com que esta modalidade se situe de forma totalmente
confortável na produção artística contemporânea, já que a Arte
Contemporânea tem como característica o questionamento do próprio
espaço e do tempo.

A obra contemporânea é volátil, efêmera, absorve e constrói o espaço a


sua volta, ao mesmo tempo, que o desconstrói. A desconstrução de
espaços, de conceitos e idéias está dentro da práxis artística da qual a
Instalação se apropria para se afirmar enquanto obra.

Essencialmente é a construção de uma verdade espacial em lugar e


tempo determinado. É passageira, é presença efêmera que se
materializa de forma definitiva apenas na memória. O sentido de tempo,
no caso da fruição estética da Instalação é o não-tempo, onde esta
fruição se dá de forma imediata ao apreciar a obra in loco, mas
permanece em sua fruição plena como recordação.

Essa questão do tempo é crucial na Instalação, fazendo com que a


mesma seja um espelho de seu próprio tempo, questionando assim o
homem desse tempo e sua interação com a própria obra. Nesta
condição pode-se indicar algumas características próprias das
instalações da década de 70.

A transmutação do Objeto em Instalação, ou melhor o caminho


percorrido pelo Objeto Artístico até a Instalação tem exemplos
precursores com Duchamp e os ambientes surrealistas.
Na década de sessenta os artistas passaram a questionar os suportes
tradicionais da arte e fazer trabalhos que mais tarde ficaram conhecidos
como Instalações, por exemplo a Arte Ambiental de Hélio Oiticica. Estes
trabalhos tinham em comum a apropriação de espaços e o
questionamento da arte em suas modalidades convencionais, pintura e
escultura, apoiando-se na Arte Conceitual e nos meios anartísticos.

A permanência da Instalação é um fenômeno destacável na Arte


Contemporânea, sendo uma das mais importantes tendências atuais. A
instalação, na Contemporaneidade tornou-se mais complexa e
multimidial, enfatizando a espetacularidade e a interatividade com o
público. As combinações com várias linguagens como vídeos, filmes,
esculturas, performances, computação gráfica e o universo virtual, fazem
com que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais
ativa, pois ele é o objeto último da própria obra, sem a presença do qual
a mesma não existiria em sua plenitude.

Esta participação ativa em relação à obra faz com que a fruição da


mesma se dê de forma plena e arrebatadora, o que em muitos casos
pode até mesmo tornar esta experiência incômoda e perturbadora.

A necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo,


quase obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou
incômodas, faz da Instalação um espelho de nosso tempo. Pode-se
dizer de fato que a Instalação é uma obra epocal, a qual só faz sentido
se vista e analisada em seu tempo-espaço.

Na Coleção do MAC USP, as características das Instalações da década


de 70, tais como a ênfase às questões conceituais e perceptivas, e a
neutralidade marcadas pelo racionalismo da Arte Conceitual são
observadas nos trabalhos de Chihiro Shimotani, Kuniichi Shima, Ione
Saldanha e Carlos Alberto Fajardo.

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