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PESQUISA ( MOTOR COM ÍMÃS PERMANENTES

OU PERPETUOS).

ALUNO : Anselmo Luiz


DISCIPLINA : Projetos.
PROFESSOR : Renilton Mello.
Motores de Ímãs Permanentes

Uma nova tendência do mercado de equipamentos que usam motores elétricos de baixa e
média potência é a substituição das versões comuns com bobinas somente por motores que
fazem uso de ímãs permanentes.

Newton C. Braga

Diversos fatores têm contribuído para que os projetistas de equipamentos que utilizam
motores procurem por soluções específicas. Um dos fatores é o próprio custo da energia e
também a necessidade de economizar ao máximo, com um rendimento maior dos motores.

Outro fator é o próprio custo da matéria-prima, em especial o cobre, que vem tendo seus
preços constantemente elevados nos últimos anos, levando os projetistas a procurar por
alternativas para seu uso.

No caso específico dos motores empregados nos equipamentos de uso comum, com
potências inferiores a 1 kW, a atenção dos projetistas tem se voltado para o uso de motores
de corrente contínua.

O que acontece é que até então nessas aplicações eram normalmente colocados motores de
corrente alternada do tipo motor de indução AC (ACIM se adotarmos a sigla do termo
inglês (AC-Induction Motor) que giram em velocidade constante, determinada pela
freqüência da rede.

Isso significa que tais motores precisam de controles especiais para variar a velocidade e,
em muitas aplicações, caixas de redução que encarecem o projeto, além de absorver
potência e com isso afetar o consumo de energia do equipamento.

Essas aplicações abrangem desde equipamentos de uso doméstico como máquinas de lavar
e secar até equipamentos industriais como misturadores, sistemas de bombeamento, etc.

O Porquê dos Motores de Ímã Permanente

Na realidade, a tecnologia dos motores de ímãs permanentes para aplicações de maior


potência, além dos pequenos motores usados em brinquedos e outros dispositivos de muito
baixa potência, está disponível desde os anos 90.

No entanto, tais motores quando lançados, enfrentaram o problema do elevado custo dos
ímãs permanentes fortes que eram usados nos seus rotores. Ademais, não existiam na
ocasião sistemas eletrônicos eficientes capazes de proporcionarem um controle desses
motores, como exigido para as aplicações mais críticas.
Ímã para motores de veículos elétricos permanece forte até 200 graus.

Engenheiros dos Laboratórios Ames, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova liga
magnética permanente que mantém sua força magnética até 200º C. A nova liga permitirá
a construção de motores elétricos mais eficientes e poderá ser crucial para a adoção em
larga escala dos veículos elétricos, que exigem motores potentes e de alta durabilidade.

Motores para veículos elétricos

"É importante que esses motores sejam produzidos de forma economicamente viável com
um envelope operacional que se ajuste à forma como eles serão utilizados. As empresas
automobilísticas [...] estabeleceram uma série de parâmetros que elas gostariam que os
motores elétricos atendessem," explica o engenheiro metalurgista Iver Anderson.

Tanto os veículos inteiramente elétricos, quanto os veículos híbridos e até os mais


futuristas movidos por células a combustível a hidrogênio, precisam de motores elétricos.
Há um esforço mundial em busca de alternativas para os automóveis que os tornem menos
dependentes ou até mesmo independentes do petróleo.

Ímãs resistentes ao calor

A indústria já consegue fabricar ímãs permanentes de altíssimo desempenho, como é o


caso das ligas de neodímio-ferro-boro. O problema é que esses ímãs perdem a maior parte
da sua força magnética ao menor sinal de aumento da temperatura. Os ímãs de Nd2Fe14B,
por exemplo, perdem mais da metade da sua força entre 100 e 125º C.

A solução foi encontrada no próprio grupo da terras-raras da tabela periódica. "Nós


usamos uma combinação de neodímio, ítrio e disprósio porque todos eles formam
estruturas cristalinas 2-14-1," explica Anderson. O ítrio e disprósio alteram o
comportamento da liga, baixando seu coeficiente térmico. O resultado é um magneto
permanente que mantém a maior parte de sua força magnética até 200º C.

Fabricação de motores elétricos

A seguir os engenheiros desenvolveram uma técnica para a fabricação do novo magneto


que atende às necessidades da indústria para a fabricação de motores elétricos em grande
escala. "Atualmente, cada magneto de um motor elétrico é colado manualmente. Isto é
adequado para pequenos lotes de 50.000 automóveis, mas tente fazer isto para os milhões
de carros movidos por motores elétricos que os consumidores irão querer comprar nos
próximos 10 anos..." explica Anderson.

A técnica utiliza a atomização por gás, na qual jatos supersônicos de gás são dirigidos
contra o metal líquido, fazendo-o formar minúsculas gotas e se solidificar. O resultado é
um pó magnético extremamente fino e que pode ser utilizado para a fabricação por meio
de extrusão, a injeção do pó em moldes, a mesma técnica utilizada na fabricação de
utensílios plásticos.

Para baratear ainda mais o processo, os pesquisadores conseguiram substituir o gás hélio
pelo argônio no processo de atomização gasosa.

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