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ESCOLA SECUNDÁRIA DE MONSERRATE

FICHA DE TRABALHO

MADALENA Só, sentada junto à banca os pés sobre uma grande almofada, um livro aberto no
regaço e as mãos cruzadas sobre ele, como quem descaiu da leitura na meditação.

MADALENA (repetindo maquinalmente e devagar o que acabava de ler.)

«Naquele engano de alma ledo e cego

Que a fortuna não deixa durar muito...»

Com paz e alegria de alma... um engano, um engano de poucos instantes que seja... deve de
ser a felicidade suprema neste mundo. – E que importa que o não deixe durar muito a fortuna?
Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!... (Pausa) Oh! que o não saiba ele ao menos, que não
suspeite o estado em que eu vivo... este medo, estes contínuos terrores que ainda me não
deixaram gozar um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor. – Oh
que amor, que felicidade... que desgraça a minha! (Torna a cair em profunda meditação:
silêncio breve.)

1. Localize esta cena na globalidade da obra em questão.

2. Refira, sucintamente, o assunto desta cena.

3. Indique o estado de espírito de D. Madalena, justificando.

4. Que relação se estabelece entre Inês de Castro e D. Madalena? Menciona os recursos


estilísticos e a respectiva expressividade.

5. Esta cena constrói-se a partir de dois aspectos: a gradação e a circularidade.


Comprove-os.

6. Tratando-se de um autor romântico, Almeida Garrett usou certamente diversas


características dessa corrente literária. Enumere as que se encontram presentes nesta
cena.

7. Detecte os elementos trágicos presentes nesta cena.

8. Qual a importância desta cena na economia da peça.

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