Motivações para a Expansão:

 Portugal tinha uma extensa linha de costa, o que é uma condiçã o

geográ fica que predispõ e a um maior incentivo naval, e que impõ e uma
importante tradição marítima;
 Beneficiava de conhecimentos técnicos essenciais (astrolábio,
quadrante, vela triangular, etc.) para uma Expansã o a larga escala,
provenientes predominantemente da herança Judaico-Muçulmana que se
verifica na Península Ibérica (desde 711 até 1492, há uma influência
directa Muçulmana na Península);
 O rei D. Joã o I, pertencendo à recente Dinastia de Avis, procuraria, de
alguma maneira, afirmar o seu poder, prestígio e influência perante os
outros reinos, nomeadamente Castella. Era também necessá rio colmatar
as graves deficiências econó micas que se verificavam na altura;
 As Ordens sociais beneficiariam todas desta Expansão: a Nobreza
obteria novas terras, riquezas e cargos; o Clero teria uma oportunidade
para difundir a Fé Cristã , obtendo também novas terras e rendimentos; a
Burguesia teria novas oportunidades para fazer comércio, e a preços
muito mais vantajosos; o Povo beneficiaria de uma melhoria da qualidade
de vida em geral, e teria também mais oportunidades de trabalho e
sustento;
 Saber se era possível chegar à Á sia através do mar, para assim alcançar a
fonte das especiarias, cortando-se os intermediá rios da sua troca. Havia
também a esperança de encontrar algures o mítico reino do “Prestes
João das Índias”, que se poderia provar um forte aliado nestes
territó rios;
 A Conquista das Praças de Á frica
o Foi uma forma de empregar a Nobreza desocupada, prometendo
feitos de guerra que concederiam grandes honras;
o Manifestavam uma relativa abundâ ncia cerealífera, podendo isto
provar-se vantajoso para as reservas de cereais do Reino;
o Eram entrepostos por onde passavam rotas comerciais Á rabes,
comercializando-se bens vá rios como cereais, metais preciosos,
escravos e especiarias;
o Era um territó rio Islâ mico, e o Clero tinha aí a oportunidade para
tentar converter a populaçã o para a Fé Cristã ;

Consequências da Expansão:
 Deu-se uma abertura de rotas transoceâ nicas, levando a um comércio
intercontinental (América, Á frica, Europa, Á sia) realizado por mar;
 Como consequência deste comércio, dá -se um afluxo de produtos de luxo
e metais preciosos na Europa, sendo também agora negociados por
preços mais vantajosos devido ao facto de serem adquiridos na fonte, ao
invés de por intermediá rios caravaneiros;
 Crescem a Nobreza e a Burguesia: a primeira adquire novos cargos e
domínios nas novas terras, enquanto que a segunda enriquece com o
comércio dos novos artigos. O clero também beneficia da Expansã o,
difundido a Fé e adquirindo novas terras e fontes de rendimento;
 Há um encontro de diferentes culturas, onde impera um grande
Europocentrismo no pensamento ocidental. O comércio de escravos
adquire uma nova escala, sendo estes principalmente indígenas
americanos e africanos;
 Há uma troca de espécies vegetais e animais; novos alimentos chegam à
Europa (batata, tomate, milho, cacau, etc.), assim como animais (Peru),
mas também sã o levadas espécies Europeias para o Novo Mundo.