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Impressão gerada em 23/02/2011

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Impresso

Publicado em nosso site em 20/01/2011

ICMS/PR - Importação - Roteiro de Procedimentos


Roteiro - Estadual - 2011/4396

Sumário

Introdução
I. Incidência e fato gerador
II. Local da prestação
II.1 Questão polêmica - Posicionamento do fisco paranaense
III. Forma de tributação
III.1 Operação tributada
III.1.1 Base de cálculo
III.1.2 Alíquota
III.2 Operação beneficiada pela redução da base de cálculo do ICMS
III.3 Operação isenta
III.4 Operação diferida
III.5 Aplicação da redução da base de cálculo, da isenção, do diferimento e da suspensão do ICMS
IV. Emissão de documento fiscal
IV.1 CFOP
IV.2 Transporte parcelado
IV.3 Talonário de notas fiscais mantidos em poder do despachante aduaneiro - Possibilidade
V. Recolhimento do ICMS
VI. Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS
VII. Importações pelos portos de Paranaguá e Antonina e aeroportos paranaenses
VII.1 Pelo estabelecimento industrial
VII.1.1 Industrial optante pelo Simples Nacional
VII.2 Pelo estabelecimento comercial e outros
VII.2.1 Importação de pneus
VII.3 Condições
VII.4 Crédito
VII.5 Perecimento, extravio ou deterioração do bem do ativo permanente
VII.6 Estabelecimento enquadrado no Simples Nacional
VII.7 Inaplicabilidade

Introdução

Importação é a entrada de mercadoria em território nacional vinda de outro País.


Essa operação pode ser realizada por pessoas física ou jurídica e está sujeita à tributação do ICMS, além de outros tributos
federais.
Para que o Fisco tenha a possibilidade de controlar essa operação, garantindo assim, o recolhimento do imposto, foram
estabelecidos determinados procedimentos, que devem ser cumpridos pelo importador, antes e depois da liberação das
mercadorias ou bens, na repartição alfandegária.

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Além disso, há casos em que a legislação atribui um tratamento diferenciado para a importação de determinadas
mercadorias, tais como regime especial, isenção e redução da base de cálculo do ICMS.
Importante salientar que esse Roteiro está atualizado de acordo com a Resolução nº 88/2009, alterada pela Resolução nº
51/2010 que trata sobre o entendimento no âmbito da Coordenação da Receita do Estado quanto à interpretação da
suspensão do pagamento do ICMS e concessão de crédito presumido nas operações de importação realizadas por intermédio
dos portos de Paranaguá e Antonina, de rodovias ou de aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneiro no Estado; e
ainda com o Decreto nº 6.804/2010, que dispôs sobre a não aplicabilidade do tratamento tributário especial dispensado às
operações de importação pelos portos de Paranaguá, Antonina e pelos aeroportos paranaenses.

I. Incidência e fato gerador

O art. 155, II, e § 2º, IX, "a" da Constituição Federal/1988 determina que o ICMS incide sobre a entrada de bem ou
mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto,
qualquer que seja sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço.

Nota:
Observe que a Constituição Federal já indica que é tido como contribuinte do imposto toda pessoa física ou jurídica ainda que não pratique

atividade mercantil habitualmente.

Tal disposição foi regulamentada pelo Estado do Paraná por meio do art. 2º, § 1º, "a" do RICMS, aprovado pelo Decreto nº
1.980/2007.
Definida a hipótese de incidência do imposto, quando houver a materialização dessa situação, será considerado ocorrido o
fato gerador. Em outras palavras, podemos dizer que o fato gerador do ICMS é o momento do desembaraço aduaneiro das
mercadorias ou bens importados.

Nota:
Entende-se por despacho aduaneiro de mercadorias na importação, o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados

declarados pelo importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao

seu desembaraço aduaneiro.

Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de
importação, deve ser submetida a despacho de importação, que é realizado com base em declaração apresentada à unidade
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.
Em geral, o despacho de importação é processado por meio de Declaração de Importação (DI), registrada no Sistema
Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 680/2006. Entretanto, em
algumas situações, o importador pode optar pelo despacho aduaneiro simplificado, que pode se dar por meio do
SISCOMEX ou por formulários, conforme o caso.
Assim, antes de iniciar a sua operação de importação, o interessado deve verificar se a sua habilitação para utilizar o
SISCOMEX será necessária e se ela se encontra em vigor.
Dessa forma, a pessoa que importar qualquer tipo de mercadoria do exterior deverá recolher o ICMS relativo a essa
operação, salvo em caso de benefício tributário.
Fundamentação: art. 155, II, e § 2º, IX, "a" da Constituição Federal/1988, art. 2º, § 1º, "a" do RICMS/PR, e site:
"http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/ProcAduExpImp/DespAduImport.htm"

II. Local da prestação

Para fins de cobrança do ICMS e definição do estabelecimento responsável, a legislação paranaense determina que o local
da prestação é o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física ou o do domicílio do adquirente quando não estabelecido,
no caso de importação do exterior.
Fundamentação: art. 21, I, "d" do RICMS/PR

II.1 Questão polêmica - Posicionamento do fisco paranaense

Determinado consulente efetuou uma consulta ao fisco para a verificar seu entendimento acerca da seguinte operação que

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realiza: importação de insumos agropecuários por um de seus estabelecimentos no Paraná, cujo desembaraço ocorre em um
porto de São Paulo, e a entrega em sua filial também em São Paulo, sem que a mercadoria entre fisicamente no importador
paranaense.
O procedimento adotado é o seguinte: a empresa paranaense emite nota fiscal para documentar a entrada da mercadoria após
o respectivo desembaraço. Em seguida, emite uma nota fiscal de transferência da mesma mercadoria destinada à filial de
São Paulo.
Em atenção à consulta formulada, o fisco esclareceu que o procedimento adotado pelo contribuinte está correto e, inclusive,
está amparada pelo diferimento previsto no art. 91 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 2.736/1996 (legislação vigente na
época da consulta). A transferência para a filial de São Paulo terá redução da base de cálculo do ICMS, por tratar-se de
operação interestadual (Anexo II, tabela I do mesmo RICMS).
Como se trata de operação de importação por contribuinte paranaense, cujo desembaraço da mercadoria se processa em
porto de outra unidade da Federação e operação subsequente com destinatário estabelecido em unidade da Federação
diversa, importante transcrever trecho da Consulta nº 045/98 que cita o Parecer PGFN/CAT/ nº 1093/97 da Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional, Ministério da Fazenda:
(...)
"18. Ex positis, é o presente para concluir:
a ) destinatário da mercadoria ou do bem, na importação, é o próprio estabelecimento importador, cujo domicílio fiscal define
a Unidade da Federação competente para cobrar o ICMS nessa operação;
b) a designação contida na alínea "d" do inciso I do art. 11 da Lei Complementar nº 87/96, simplesmente determina a fixação
de responsabilidade tributária, de que tratam os arts. 121 a 134 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966).
À consideração superior.
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL, 09 de julho de 1997."
Desta forma, equivocado é o entendimento da consulente, haja vista que o imposto é devido a Unidade da Federação onde
estiver o estabelecimento que promover a importação, se o seu procedimento for diverso, deverá ser adequado à esta
resposta, tendo o prazo de quinze dias para tal, na forma do contido no art. 607 do RICMS.
Deflui-se do texto acima transcrito que nas operações de importação, promovidas por estabelecimento paranaense, o
imposto é devido ao Estado do Paraná ainda que o desembaraço aduaneiro ocorra em outra unidade da Federação.
Contudo, em face de que na importação dá-se o mesmo tratamento da operação interna, a operação ora enfocada
encontra-se albergada pelo diferimento, art. 91, RICMS/PR.
Importante aqui salientar o disposto no art. 57, § 13º do RICMS/PR que trata de obrigações acessórias para o caso em tela:
Art. 57. O ICMS deverá ser pago nas seguintes formas e prazos (art. 36 da Lei 11.580/96):
(...)
VI - na importação de mercadoria ou bem destinado ao ativo fixo ou para uso ou consumo:
(...)
§ 13. Na hipótese do inciso VI, quando o contribuinte, com domicílio tributário neste Estado, promover entrada decorrente de
importação de bens ou mercadorias, com despacho aduaneiro ou liberação fora do território paranaense, com diferimento,
isenção ou não-incidência do ICMS, exceto quando isentos do imposto de importação ou despachados com suspensão
deste imposto em decorrência de trânsito aduaneiro, admissão temporária, entreposto aduaneiro ou entreposto industrial, o
mesmo deverá apresentar o formulário denominado "Declaração de Exoneração do ICMS na Entrada de Mercadoria
Estrangeira", que será (Convênio ICM 10/81, Convênios ICMS 05/89 e 49/90; Protocolo ICM 10/81):
a) vistado previamente pelo fisco da localidade onde ocorrer o despacho aduaneiro, sem efeito homologatório da
desoneração tributária, sujeitando-se o contribuinte ao pagamento do imposto e acréscimos devidos, bem como às sanções
previstas na legislação, quando for averiguada a existência de crédito tributário pendente de regularização;
b) emitido em quatro vias, que terão a seguinte destinação:
1. 1ª via - acompanhará o trânsito da mercadoria e destinar-se-á ao contribuinte;
2. 2ª via - será retida pelo fisco do Estado onde se realizar o despacho aduaneiro e remetida, mensalmente, à Secretaria da
Fazenda do Estado do Paraná;
3. 3ª via - destinar-se-á ao fisco da localidade onde se realizar o despacho aduaneiro;
4. 4ª via - será retida por ocasião do despacho aduaneiro e destinar-se-á ao fisco federal.
(...)

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Quanto às demais informações que deverão constar no documento fiscal emitido para a operação de transferência e trânsito
dos produtos importados, deve-se fazer constar no quadro dados adicionais, no campo reservado ao fisco, a declaração de
que "as mercadorias sairão do Porto de Santos/SP, local do desembaraço, diretamente para o destinatário, conforme
autoriza o artigo 119, § 2º do RICMS."
Do exposto, tem a consulente, na forma do art. 607 do RICMS, o prazo de quinze dias a contar da ciência desta, para
adequar os seus procedimentos, se assim não estiver procedendo.
PROTOCOLO Nº : 3.440.190-0"

Fundamentação: Resposta à consulta nº 157/1998

III. Forma de tributação

Nesse tópico trataremos sobre o cálculo do imposto quando da operação tributada, bem como as hipóteses de tratamento
diferenciado ou com algum tipo de benefício tributário.

III.1 Operação tributada

Em regra, a importação de mercadorias e bens é tributada pelo ICMS, conforme mencionado anteriormente.
Para calcular o imposto devido é necessário determinar a base de cálculo e a alíquota.
III.1.1 Base de cálculo

A base de cálculo na importação de mercadorias e bens do exterior a soma das seguintes parcelas:
a) valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação;

Nota:
O preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo

do imposto de importação, ou a que seria utilizada para tanto, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior, se houver variação da taxa de

câmbio até o pagamento efetivo do preço.

O valor fixado pela autoridade aduaneira para fins de base de cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável,
substituirá o preço declarado.
b) Imposto de Importação (II);
c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
d) Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF);
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras;

Nota:
Entende-se por despesas aduaneiras aquelas efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria

ou bem.

f) o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle;
g) o valor de seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob
condição, assim entendidos os que estiverem subordinados a eventos futuros e incertos;
h) o valor de frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em
separado.
Exemplo:
Mercadoria = R$ 10.000,00
II = R$ 1.000,00
IPI = R$ 1.100,00
IOF = R$ 100,00
Taxas = R$ 200,00
Contribuições (PIS/COFINS) = R$ 1.500,00
Despesas aduaneiras = R$ 2.000,00
Alíquota = 12%
Base de cálculo = Mercadoria + II + IPI + IOF + taxas + contrib. + desp. aduaneiras + ICMS

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Base de cálculo = R$ 15.900,00 (sem ICMS)
Para embutir o valor relativo ao ICMS deve-se dividir esse valor por (1 - (alíquota/100)), ou seja:
Base de cálculo = R$ 15.900,00 / (1 - (12/100))
Base de cálculo = R$ 18.068,18
Fundamentação: art. 6º, V, e §§ 1º e 8º, e art. 7º do RICMS/PR
III.1.2 Alíquota

Nas operações de importação de mercadoria ou bem do exterior, aplica-se a alíquota de ICMS interna correspondente a
mercadoria ou bem importados, as quais podem ser: 12%, 18% ou 25%, 28% e 29%.
Dessa forma, se determinada empresa estiver importando perfumes, deverá considerar, no cálculo do ICMS devido na
importação, a alíquota de 25%, pois é esta a alíquota interna de ICMS aplicável nas operações realizadas com esse tipo de
mercadoria.
Fundamentação: art. 14, caput, e § 1º, "b" do RICMS/PR

III.2 Operação beneficiada pela redução da base de cálculo do ICMS

A base de cálculo será reduzida na importação do exterior de mercadorias ou bens destinados à prestação de serviços ou à
produção de outros bens, sob o amparo de Regime Especial Aduaneiro de Admissão Temporária, da Secretaria da Receita
Federal, com cobrança proporcional de tributos federais, a base de cálculo é reduzida na proporção do tempo da sua
permanência no Estado em relação ao prazo de sua vida útil, conforme disposto em Instrução Normativa da Secretaria da
Receita Federal, aplicando-se para o seu cálculo, a fórmula:
BCR = BC * P / U
Onde: BCR = Base de cálculo reduzida; BC = Base de cálculo normal; P = Tempo de permanência (em meses); U = Prazo
de vida útil (em meses)
Fundamentação: Item 22, do Anexo II do RICMS/PR

III.3 Operação isenta

A isenção consiste na dispensa do recolhimento do imposto em determinada operação.


Tratando-se especificamente de importação, elencamos algumas operações beneficiadas pela isenção do ICMS:
Operação Fundamentação
Importação de matérias-primas, insumos, componentes, partes e Item 2, "a", do Anexo I do RICMS/PR
peças, destinados à fabricação de aeronaves.
Importações, até 31.12.2017, de máquinas, aparelhos e Item 3, do Anexo I do RICMS/PR
equipamentos, sem similar produzido no país, destinados ao
ativo imobilizado, realizadas diretamente por estabelecimento
fabricante de aeronaves.
Operações, até 31.07.2014, com mercadorias e bens destinados Item 27-A, do Anexo I do RICMS/PR
à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios
a serem utilizados na Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Até 31.12.2011, nas saídas internas e nas operações de Item 28, do Anexo I do RICMS/PR
importação de veículos automotores, máquinas e equipamentos,
quando adquiridos pelos corpos de bombeiros voluntários,
constituídos e reconhecidos como de utilidade pública, por lei
municipal, para utilização nas suas atividades específicas.
Importações de inseticidas, pulverizadores e outros produtos, a Item 32-A, do Anexo I do RICMS/PR
seguir relacionados, destinados ao combate à dengue, malária e
febre amarela.
Recebimento, pelo importador, de mercadoria importada do Item 39, do Anexo I do RICMS/PR
exterior sob o regime "drawback", desde que cumpridos
determinados requisitos exigidos pela legislação.

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Importação, até 31.12.2009, das máquinas, equipamentos, Item 46, do Anexo I do RICMS/PR
aparelhos, instrumentos, e suas respectivas partes, peças e
acessórios, sem similar nacional, a seguir discriminados,
efetuada por empresa concessionária da prestação de serviços
públicos de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita.
Importação do exterior, de aparelhos, máquinas, equipamentos Item 56, do Anexo I do RICMS/PR
e instrumentos, suas partes e peças de reposição e acessórios, e
de matérias-primas e produtos intermediários, em que a
importação seja beneficiada com as isenções previstas na Lei
Federal nº 8.010, de 29.03.1990, realizada por determinadas
empresas.
Importação, até 31.12.2011, efetuada pela Fundação Nacional Item 67, do Anexo I do RICMS/PR
de Saúde e pelo ministério da saúde dos produtos
imunobiológicos, kits diagnósticos, medicamentos e inseticidas,
a seguir relacionados, destinados às campanhas de vacinação e
Programas Nacionais de combate à dengue, malária, febre
amarela, e outros agravos, promovidas pelo Governo Federal.
Importação, diretamente do exterior para integração no ativo Item 77, do Anexo I do RICMS/PR
imobilizado do contribuinte, de máquina para limpar e
selecionar frutas, classificada no código NBM/SH 8433.60.90,
sem similar produzida no país, para uso exclusivo na atividade
realizada pelo estabelecimento importador.
Recebimento de mercadorias ou bens importados do exterior, Item 88, do Anexo I do RICMS/PR
que estejam isentos do Imposto de Importação e também
sujeitos ao Regime de Tributação Simplificada, desde que não
haja contratação de câmbio.

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Recebimento de mercadoria ou bem importados do exterior sob Item 113, do Anexo I do RICMS/PR
o Regime de Admissão Temporária, com suspensão total do
pagamento dos impostos federais incidentes na importação,
observadas as condições estabelecidas na legislação federal
específica
III.4 Operaçãoe desde que retornem no prazo de 180 dias,
diferida
prorrogável uma única vez por igual período, a critério do fisco,
e quando destinados:
Considera-se diferimentoa) a feiras,
a postergação
exposições,
do recolhimento
congressos e do ICMS para o momento seguinte. O Estado do Paraná concede
outros eventos,
diferimento do imposto
científicosemou algumas
técnicos;
operações,
b) a pesquisa
dentreouas quais destacamos:
expedição científica; c) a espetáculos, exposições e outros
Operação
eventos, artísticos ou culturais; d) a competições ou exibições, Fundamentação
Importação
esportivas; e)do exterior,
a feiras promovida
e exposições, por estabelecimento
comerciais ou industriais; f) Art. 95, item 22 do RICMS/PR
fabricante, de componentes, partes e peças,
a promoção comercial, inclusive amostras sem destinação de
equipamentos de telecomunicação e de informática para
comercial e mostruários de representantes comerciais; g) a
utilização no respectivo processo industrial.
prestação, por técnico estrangeiro, de assistência técnica a bens
Importação do exterior por estabelecimentos fabricantes de Art. 95, item 49 do RICMS/PR
importados, em virtude de garantia; h) a reposição e conserto de
máquinas, equipamentos e implementos agrícolas e de
embarcações,
peças e acessórios aeronavespara e outros
veículos veículos, estrangeiros
automotores, de
estacionados no território nacional, em
matérias-primas, materiais intermediários e insumos,trânsito ou em regime para
de admissão
utilização notemporária,
respectivobeneficiados com a isenção prevista no
processo industrial.
Importação
Item 113, dodo exterior
Anexo I do de minério concentrado
RICMS/PR; i) a reposiçãode ouchumbo,
conserto Art. 95, item 52 do RICMS/PR
classificado no código NBM/SH 2607.00.00.
de outros bens estrangeiros, submetidos ao regime de admissão
Importação do exterior de
temporária, beneficiados competróleo
a isençãobruto,por
prevista refinarias
no Item 113, de Art. 95, item 60 do RICMS/PR
petróleo ou suas bases.
do Anexo I do RICMS/PR; j) a reposição temporária de bens
Diferimento parcial, na proporção de: a) 33,33% do valor do Art. 96 do RICMS/PR
importados, em virtude de garantia; l) a beneficiamento,
imposto, na hipótese da alíquota ser 18%; b) 58,62% do
montagem,
valor
recondicionamento
do imposto, nas saídas
ou reacondicionamento
de mercadorias
de
III.5 Aplicação da redução da base de cálculo, daclassificadas
isenção, do diferimento e da suspensão do ICMS
mercadoria
nas posições ou 2204,
bem beneficiados
2205, 2206 ecom 2208a isenção
da NCM, prevista
de quenotrata
Item 113, do Anexo I do RICMS/PR; m) a acondicionamento
o art. 14, V, "c" do RICMS/PR; c) 52% do valor do imposto,
É importante ressaltar que, de acordo com a resposta à consulta mencionada anteriormente, o fisco paranaense entende que
ou manuseio
nas saídas de demercadorias
outros bens importados,
classificadas desde
nasque
posições
as operações de importação têm o mesmo tratamento da operação interna.
3303, 3304, 3305
reutilizáveis; e 3307 da NCM,
n) a identificação, de que trata art.ou14,
acondicionamento III, "f"
manuseio
Assim,
do
apesar exceto
de termos citado àquelas
apenas as operações em que a redação do RICMS traz expressamente a palavra
de outros bens, destinados à exportação; o) a reprodução de o
RICMS/PR, em relação de que tratam
"importação",
art. 14, II, "h", alertamos
itens e que
7 dooRICMS/PR;
1.3audiovisuais, contribuinte poderá do
d) 61,11% valer-se
valor também da redução da base de cálculo, da isenção, do
fonogramas e de obras importados sob a forma de
diferimento e da suspensão do imposto, se
do imposto, nas saídas de ureia classificada no código for o caso, quando tal previsão é dada às operações internas.
matrizes; p) a atividades temporárias de interesse da
Fundamentação:
NCM 3102.10.10.Resposta à consulta nº 157/1998
agropecuária, inclusive animais para feiras e exposições,
pastoreio, trabalho, cobertura e cuidados da medicina
IV. Emissão de documento fiscal
veterinária; q) a assistência e salvamento em situações de
calamidade ou de acidentes de que decorram dano ou ameaça
No momento da entrada da mercadoria em seu estabelecimento em virtude de importação diretamente do exterior, o
de dano à coletividade ou ao meio ambiente; r) a exercício
contribuinte deverá emitir nota fiscal de entrada.
temporário de atividade profissional de não residente; s) à
Sendo a operação tributada, ainda que sua base de cálculo seja reduzida, haverá o destaque do ICMS e o IPI, de acordo com
realização de serviços de lançamento de satélites, previamente
a sua legislação. Contudo, se a operação estiver amparada pela não incidência, isenção, diferimento ou suspensão, não
autorizados pela Agência Espacial Brasileira; t) a serem
haverá destaque do imposto e, no campo "Informações Complementares" deverá conter o dispositivo legal que determina tal
submetidos a ensaios, testes de funcionamento ou de
forma de tributação.
resistência, conserto, reparo ou restauração.
Salientamos que no caso de mercadoria de procedência estrangeira que, sem entrar no estabelecimento do importador ou
arrematante, seja por este remetida a terceiros, deverá o importador ou arrematante emitir nota fiscal, com a declaração de
que a mercadoria sairá diretamente da repartição federal em que se processou o desembaraço.

Nota:
Para mais informações sobre o assunto, consulte o comentário ICMS/NACIONAL - Emissão de Nota Fiscal nas Operações de Importação no

endereço: "http://www.fiscosoft.com.br/index.php?PID=135367"

Fundamentação: Arts. 148, I, "e", e 209 do RICMS/PR, e artigo 407 do RIPI/2010.

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IV.1 CFOP

As notas fiscais de importação devem ser emitidas com um dos seguintes CFOP's:
GRUPO DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO OU PRESTAÇÃO
3.101 Compra para industrialização ou produção rural Classificam-se
neste código as compras de mercadorias a serem utilizadas em
processo de industrialização ou produção rural. Também serão
classificadas neste código as entradas de mercadorias em
estabelecimento industrial ou produtor rural de cooperativa.
3.102 Compra para comercialização Classificam-se neste código as
compras de mercadorias a serem comercializadas. Também
serão classificadas neste código as entradas de mercadorias em
estabelecimento comercial de cooperativa.
3.126 Compra para utilização na prestação de serviço Classificam-se
neste código as entradas de mercadorias a serem utilizadas nas
prestações de serviços.
3.127 Compra para industrialização sob o regime de "drawback"
Classificam-se neste código as compras de mercadorias a serem
utilizadas em processo de industrialização e posterior
exportação do produto resultante, cujas vendas serão
classificadas no código "7.127 - Venda de produção do
estabelecimento sob o regime de "drawback".
3.201 Devolução de venda de produção do estabelecimento
Classificam-se neste código as devoluções de vendas de
produtos industrializados ou produzidos pelo próprio
estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas como
"Venda de produção do estabelecimento".
3.202 Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros Classificam-se neste código as devoluções de vendas
de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não
tenham sido objeto de industrialização no estabelecimento,
cujas saídas tenham sido classificadas como "Venda de
mercadoria adquirida ou recebida de terceiros".
3.205 Anulação de valor relativo à prestação de serviço de
comunicação Classificam-se neste código as anulações
correspondentes a valores faturados indevidamente, decorrentes
de prestações de serviços de comunicação.
3.206 Anulação de valor relativo à prestação de serviço de transporte
Classificam-se neste código as anulações correspondentes a
valores faturados indevidamente, decorrentes de prestações de
serviços de transporte.
3.207 Anulação de valor relativo à venda de energia elétrica
Classificam-se neste código as anulações correspondentes a
valores faturados indevidamente, decorrentes de venda de
energia elétrica.
3.211 Devolução de venda de produção do estabelecimento sob o
regime de "drawback" Classificam-se neste código as
devoluções de vendas de produtos industrializados pelo
estabelecimento sob o regime de "drawback".

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3.251 Compra de energia elétrica para distribuição ou


comercialização Classificam-se neste código as compras de
energia elétrica utilizada em sistema de distribuição ou
comercialização. Também serão classificadas neste código as
compras de energia elétrica por cooperativas para distribuição
aos seus cooperados.
3.301 Aquisição de serviço de comunicação para execução de serviço
da mesma natureza Classificam-se neste código as aquisições
de serviços de comunicação utilizados nas prestações de
serviços da mesma natureza.
3.351 Aquisição de serviço de transporte para execução de serviço da
mesma natureza Classificam-se neste código as aquisições de
serviços de transporte utilizados nas prestações de serviços da
mesma natureza.
3.352 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento
industrial Classificam-se neste código as aquisições de serviços
de transporte utilizados por estabelecimento industrial.
Também serão classificadas neste código as aquisições de
serviços de transporte utilizados por estabelecimento industrial
de cooperativa.
3.353 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento
comercial Classificam-se neste código as aquisições de serviços
de transporte utilizados por estabelecimento comercial.
Também serão classificadas neste código as aquisições de
serviços de transporte utilizados por estabelecimento comercial
de cooperativa.
3.354 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento de
prestador de serviço de comunicação Classificam-se neste
código as aquisições de serviços de transporte utilizados por
estabelecimento prestador de serviços de comunicação.
3.355 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento de
geradora ou de distribuidora de energia elétrica Classificam-se
neste código as aquisições de serviços de transporte utilizados
por estabelecimento de geradora ou de distribuidora de energia
elétrica.
3.356 Aquisição de serviço de transporte por estabelecimento de
produtor rural Classificam-se neste código as aquisições de
serviços de transporte utilizados por estabelecimento de
produtor rural.
3.551 Compra de bem para o ativo imobilizadoClassificam-se neste
código as compras de bens destinados ao ativo imobilizado do
estabelecimento.
3.553 Devolução de venda de bem do ativo
imobilizadoClassificam-se neste código as devoluções de
vendas de bens do ativo imobilizado, cujas saídas tenham sido
classificadas no código "7.551 - Venda de bem do ativo
imobilizado".

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3.556 Compra de material para uso ou consumoClassificam-se neste


código as compras de mercadorias destinadas ao uso ou
consumo do estabelecimento.
3.651 Compra de combustível ou lubrificante para industrialização
subsequente (Ajuste SINIEF 09/03)Classificam-se neste código
as compras de combustíveis ou lubrificantes a serem utilizados
em processo de industrialização do próprio produto.
3.652 Compra de combustível ou lubrificante para comercialização
(Ajuste SINIEF 09/03)Classificam-se neste código as compras
de combustíveis ou lubrificantes a serem comercializados.
3.653 Compra de combustível ou lubrificante por consumidor ou
usuário final (Ajuste SINIEF 09/03)Classificam-se neste código
as compras de combustíveis ou lubrificantes a serem
consumidos em processo de industrialização de outros
produtos, na produção rural, na prestação de serviços ou por
usuário final.
3.949 Outra entrada de mercadoria ou prestação de serviço não
especificadaClassificam-se neste código as outras entradas de
mercadorias ou prestações de serviços que não tenham sido
especificadas nos códigos anteriores.

IV.2 Transporte parcelado

Há casos em que a mercadoria não pode ser transportada de uma só vez.


Sendo assim, será emitida nota fiscal para o todo, sem indicação correspondente a cada peça ou parte, com o destaque do
imposto, se devido, devendo nela constar que a remessa será feita em peças ou partes.
A cada remessa, o contribuinte deverá emitir uma nova nota fiscal, sem destaque do imposto, mencionando-se o número, a
série, quando for o caso, e a data da nota fiscal emitida para o todo.
A nota fiscal emitida para documentar transporte de mercadoria será distinta para cada veículo transportador.
Fundamentação: Art. 137, §§ 2º ao 4º do RICMS/PR

IV.3 Talonário de notas fiscais mantidos em poder do despachante aduaneiro - Possibilidade

É permitido que o estabelecimento importador mantenha os talonários de notas fiscais em poder de preposto ou de
despachante aduaneiro, para fins de emissão da nota fiscal de entrada, quando da operação de importação, quando o
desembaraço ocorrer em território paranaense.
Para tanto, deve ser anotada essa situação, o local onde se encontrarão os documentos deslocados e os seus números, bem
como a qualificação do preposto ou do despachante aduaneiro e seu domicílio, na coluna "Observações" do livro Registro
de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.
Importante lembrar que o preposto e o despachante aduaneiro, deverão possuir domicílio no Estado do Paraná.
Fundamentação: Art. 148, §§ 10 e 11 do RICMS/PR

V. Recolhimento do ICMS

Por ocasião da ocorrência do fato gerador, a Fazenda Pública poderá exigir o pagamento do crédito tributário
correspondente.
O recolhimento do imposto relativo à operação de importação será realizado exclusivamente nos agentes arrecadadores

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autorizados:
a) dentro do território paranaense, em Guia de Recolhimento do Estado do Paraná (GR-PR);
b) fora do território paranaense, em Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE):
b.1) será individualizada para cada destinatário paranaense, inclusive quando o desembaraço aduaneiro seja efetuado neste
Estado, ficando dispensada a indicação dos dados relativos às inscrições, estadual e no CNPJ, ao Município e ao Código de
Endereçamento Postal (CEP);
b.2) poderá ser emitida por processamento de dados;
b.3) no campo "Outras Informações" conterá, entre outras indicações, a razão social e o número de inscrição no CNPJ da
empresa de "courier".
Na importação, dependendo do caso há um prazo para pagamento, dentre os quais destacamos:
a) quando realizada por contribuinte inscrito no CAD/ICMS e com despacho aduaneiro no território paranaense:
a.1) sendo bem destinado a integrar o ativo imobilizado do estabelecimento industrial e do prestador de serviço de
transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação, enquadrados no regime normal de pagamento, mediante
lançamento do valor correspondente à razão de um quarenta e oito avos por mês do imposto devido no campo "Outros
Débitos" do livro Registro de Apuração do ICMS, com a indicação do número e da data da nota fiscal emitida para
documentar a entrada, real ou simbólica, no estabelecimento, devendo a primeira fração ser debitada no mês em que ocorrer
o fato gerador;

Nota:
Para efeitos da apuração do débito, o valor do imposto será convertido em Fator de Conversão e Atualização Monetária (FCA), na data da

ocorrência do fato gerador, e reconvertido em moeda corrente no mês do lançamento a débito.

Na hipótese de saída, perecimento, extravio ou deterioração do bem do ativo imobilizado, antes de decorrido o prazo de
quarenta e oito meses contados da data de sua entrada no estabelecimento, o contribuinte deverá efetuar o recolhimento do
ICMS devido na importação, relativamente às parcelas restantes, no mês em que ocorrer o fato, devidamente corrigido.
a.2) quando se tratar de aquisição de insumos, componentes, peças e partes, por estabelecimento industrial, enquadrado no
regime normal de pagamento, que os utilize na produção de mercadorias que industrialize, mediante lançamento do valor no
campo "Outros Débitos" do livro Registro de Apuração do ICMS, no mês da ocorrência do fato gerador, com a indicação do
número e da data da nota fiscal emitida para documentar a entrada;
a.3) nos demais casos, no momento do desembaraço;
b) quando realizada por contribuinte não inscrito no CAD/ICMS, e com despacho aduaneiro no território paranaense, no
momento do desembaraço;
c) quando realizada por contribuinte, inscrito ou não no CAD/ICMS, e com processamento do despacho aduaneiro fora do
território paranaense, no momento do desembaraço;
d) quando se tratar de petróleo, inclusive lubrificantes, e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, no momento do
desembaraço ou da liberação do produto pela autoridade responsável, caso esta ocorra antes do desembaraço;
e) quando ao abrigo do Regime Especial Aduaneiro de Admissão Temporária da Secretaria da Receita Federal, com
cobrança de tributos federais, no momento do desembaraço.

Nota:
Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o de vencimento. E, só se iniciam ou vencem em dia

de expediente normal no local onde deva ser realizado o pagamento ou praticado o ato.

Fundamentação: Arts. 64 e 65 do RICMS/PR

VI. Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS

Quando o contribuinte paranaense promover entrada decorrente de importação de bem ou mercadoria, a não exigência do
pagamento do imposto, integral ou parcial, por ocasião da liberação, em virtude de imunidade, isenção, não incidência,
diferimento ou outro motivo, será comprovada mediante apresentação da Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira
sem Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME), conforme modelo constante do Anexo Único do Convênio ICMS nº
85/2009, observando-se o seguinte:
a) o fisco paranaense aporá o "visto" no campo próprio da GLME, sendo essa condição indispensável, em qualquer caso,
para a liberação de bem ou mercadoria importados;
b) a GLME será preenchida pelo contribuinte em 3 vias, que, após serem visadas, terão a seguinte destinação:

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b.1) 1ª via: importador, devendo acompanhar o bem ou mercadoria no seu transporte;
b.2) 2ª via: fisco federal ou recinto alfandegado, retida por ocasião do desembaraço aduaneiro ou entrega do bem ou
mercadoria;
b.3) 3ª via: fisco paranaense, mantida em poder do importador;
c) o visto na GLME não tem efeito homologatório, sujeitando-se o importador, o adquirente ou o responsável solidário ao
pagamento do imposto, das penalidades e dos acréscimos legais, quando cabíveis;
d) o depositário do recinto alfandegado do local onde ocorrer o desembaraço aduaneiro, após o "visto" do fisco na GLME,
efetuará o registro da entrega da mercadoria no campo "8" da GLME;
e) em qualquer hipótese de recolhimento ou exoneração do ICMS, uma das vias do comprovante de recolhimento ou da
GLME deverá acompanhar a mercadoria ou bem em seu trânsito;
f) a GLME também será exigida na hipótese de admissão em regime aduaneiro especial, amparado ou não pela suspensão
dos tributos federais, hipótese em que o ICMS, quando devido, será recolhido por ocasião do despacho aduaneiro de
nacionalização da mercadoria ou bem importados ou nas hipóteses de extinção do regime aduaneiro especial previstas na
legislação federal;
g) fica dispensada a exigência da GLME na entrada de mercadoria ou bem despachados sob o regime aduaneiro especial de
trânsito aduaneiro, definido nos termos da legislação federal pertinente, hipótese em que o transporte de mercadorias,
acobertado pelo Certificado de Desembaraço de Trânsito Aduaneiro, ou por documento que venha a substituí-lo, deverá ser
apresentado ao fisco sempre que exigido;
h) fica dispensada a exigência da GLME na importação de bens de caráter cultural, de que trata a Instrução Normativa RFB
nº 874/2008, ou por outro dispositivo normativo que venha a regulamentar essas operações, hipótese em que o transporte
desses bens far-se-á com cópia da Declaração Simplificada de Importação (DSI), ou da Declaração de Bagagem
Acompanhada (DBA), instruída com seu respectivo Termo de Responsabilidade (TR), quando cabível, conforme disposto
em legislação federal específica;
i) a entrega da mercadoria ou bem importado pelo recinto alfandegado fica condicionada ao atendimento do disposto nos
artigos 54 e 55 da Instrução Normativa RFB nº 680/2006 ou ato normativo que venha a substituí-la.
Fundamentação: Art. 65, § 7º do RICMS/PR
VII. Importações pelos portos de Paranaguá e Antonina e aeroportos paranaenses
VII.1 Pelo estabelecimento industrial
O estabelecimento industrial que realizar a importação de bem ou mercadoria por meio dos portos de Paranaguá e Antonina,
aeroportos paranaenses ou pela via rodoviária, desde que com certificação de origem de países da América Latina, com
desembaraço aduaneiro no Estado do Paraná, tem direito à suspensão do pagamento do ICMS devido nesta operação,
quando da aquisição de:
a) matéria-prima, material intermediário ou secundário, inclusive material de embalagem, para ser utilizado em seu processo
produtivo, ainda que a industrialização ocorra em estabelecimento diverso do importador;
b) bens para integrar o seu ativo permanente.
Em relação à suspensão na importação dos produtos indicados na letra "a", o pagamento do imposto suspenso será efetuado
por ocasião da saída dos produtos industrializados, podendo o estabelecimento industrial escriturar em conta-gráfica, no
período em que ocorrer a respectiva entrada, um crédito correspondente a 75% do valor do imposto devido, até o limite
máximo de 9% sobre o valor da base de cálculo da operação de importação, e que resulte em carga tributária mínima de 3%.

Já os produtos da letra "b", terão seu pagamento do ICMS efetivado nos 48 meses subsequentes ao que ocorrer a entrada,
devendo ser observado o disposto na letra "a.1" do tópico "Recolhimento do ICMS".

Nota:
(1) Nos casos de aplicação cumulativa do diferimento parcial previsto no art. 96 do RICMS/PR, o estabelecimento industrial deverá escriturar

diretamente em conta-gráfica, por ocasião da entrada da mercadoria, crédito presumido de 9% calculado sobre a base de cálculo da

operação de importação, hipótese em que o débito relativo ao imposto suspenso, tratado nesse tópico, ficará incorporado ao imposto

recolhido por ocasião da saída da mercadoria industrializada.

(2) O crédito presumido aplica-se cumulativamente com o diferimento parcial de que trata o art. 96 do RICMS/PR.

Nota:
A Resolução nº 88/2009 determinou que o crédito presumido de que trata o § 1º do art. 629 do RICMS/PR e o diferimento parcial do

pagamento do imposto previsto no art. 96 do RICMS/PR não se aplicam às importações de bens destinados ao ativo permanente realizadas

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por estabelecimentos industriais.

Nota:
Ressalta-se que quando houver incerteza em relação à efetiva destinação da mercadoria importada por estabelecimento industrial, deve este

adotar a disciplina do art. 631 do RICMS/PR prevista no subtópico "VII.2".

Havendo a suspensão do ICMS, a nota fiscal que acobertar tal operação deverá conter no campo "Informações
Complementares", a expressão "ICMS suspenso de acordo com o Decreto nº ..../....", bem como a indicação do cálculo dos
valores relativos ao crédito presumido e ao imposto suspenso.
Fundamentação: Arts. 629 e 635 do RICMS/PR e itens 1 e 4 da Resolução nº 88/2009.
VII.1.1 Industrial optante pelo Simples Nacional

Quando se tratar de industrial, microempresa ou de empresa de pequeno porte, optante do Simples Nacional, o valor do
imposto suspenso, relativamente à importação dos bens para integrar seu ativo permanente, será considerado como
incorporado ao valor do imposto devido pelas operações praticadas pela microempresa nos 48 meses subsequentes ao que
ocorrer a entrada.
Nessa importação, por envolver empresa optante pelo Simples Nacional, não será exigido o imposto suspenso.
Fundamentação: Art. 629, §§ 6º e 7º do RICMS/PR

VII.2 Pelo estabelecimento comercial e outros

Relativamente aos estabelecimentos comerciais e não industriais contribuintes do imposto, inclusive "trading", que
realizarem a importação de bens para integrar o ativo permanente ou de mercadorias e, ainda, os industriais que importarem
mercadorias para revenda, em todos os casos por meio dos Portos de Paranaguá e de Antonina, de aeroportos paranaenses
ou pela via rodoviária, desde que com certificação de origem de países da América Latina, gera direito ao importador de
usufruir do benefício de que trata o artigo 631 do RICMS/PR, onde concede crédito presumido correspondente a 75% do
valor do imposto devido, até o limite de 9% sobre o valor da base de cálculo da operação de importação, e que resulte em
carga tributária mínima de 3% (três por cento).
O valor relativo ao crédito presumido será lançado e demonstrado em GR-PR, para fins do recolhimento do imposto, que
deverá ser recolhido por ocasião do desembaraço aduaneiro, em moeda corrente, sendo vedada a utilização de quaisquer
outras formas de compensação ou liquidação.
A nota fiscal emitida para acobertar essa operação deverá conter no campo "Informações Complementares" o demonstrativo
detalhado dos cálculos referentes ao ICMS devido.

Nota:
(1) Nos casos de aplicação cumulativa com o diferimento parcial previsto no art. 96 do RICMS/PR, o recolhimento do imposto devido pelos

estabelecimentos de que trata esse subtópico deverá corresponder à aplicação do percentual de 3% sobre a base de cálculo da operação de

importação.

(2) O crédito presumido aplica-se cumulativamente com o diferimento parcial de que trata o art. 96 do RICMS/PR.

VII.2.1 Importação de pneus

O estabelecimento comercial que realizar a importação de pneus por meio dos Portos de Paranaguá e de Antonina e de
aeroportos paranaenses poderá usufruir da suspensão do pagamento do imposto. Entretanto, o ICMS suspenso será pago
incorporado ao débito da saída subsequente, podendo o estabelecimento importador escriturar em conta-gráfica, no período
correspondente à saída, um crédito equivalente a 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imposto devido pela operação
própria.
O contribuinte deverá ainda, anotar no campo "Informações Complementares" do documentos fiscal emitido para
documentar a operação de importação, a expressão "Imposto suspenso - art. 631-A do RICMS/2008".
O valor do crédito presumido será lançado no campo "Outros Créditos" do livro Registro de Apuração de ICMS - RAICMS,
consignando a expressão "Crédito Presumido - art. 631-A do RICMS/2008".

Nota:
Nota: Os estabelecimentos industriais que importarem pneus para revenda, sem que sejam submetidos a novo processo industrial, poderão

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usufruir da suspensão do pagamento do imposto.

Fundamentação: artigo 631-A do RICMS/PR.


VII.3 Condições
A fruição dos benefícios da suspensão e do crédito presumido é condicionada a que o desembaraço aduaneiro ocorra no
Estado do Paraná, estendendo-se aos casos em que, por razões estruturais fortuitas ou por motivo de força maior, as
unidades portuárias e aeroportuárias deste Estado, originalmente previstas para o desembarque, estiverem comprovadamente
impossibilitadas de atender aos serviços marítimos ou aéreos exigidos, determinando que o ingresso no território paranaense
se dê com a utilização da Declaração de Trânsito Aduaneiro - DTA.
O importador usuário do benefício deverá comprovar documentalmente que o porto ou o aeroporto paranaense,
originalmente previsto para o desembarque, estava impossibilitado de oferecer o serviço no momento de sua requisição
Fundamentação: item 3 da Resolução nº 88/2009.

VII.4 Crédito

Salvo expressa disposição de manutenção de crédito, a posterior saída das mercadorias em operações isentas ou não sujeitas
à incidência do imposto acarretará o estorno total do crédito lançado, ou, no caso de operações de saída com carga tributária
reduzida, o estorno proporcional.
Contudo, não será exigido o estorno dos créditos relativos às aquisições de que trata o subtópico "Pelo estabelecimento
industrial", na hipótese em que a posterior saída da mercadoria industrializada seja beneficiada com a imunidade em razão
de exportação para o exterior, com a isenção por saída para a Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio, ou esteja
sujeita ao diferimento.
Fundamentação: Arts. 630 e 631, § 4º do RICMS/PR

VII.5 Perecimento, extravio ou deterioração do bem do ativo permanente

Na hipótese de saída, perecimento, extravio ou deterioração do bem do ativo permanente, antes de decorrido o prazo de 4
anos contado da data de sua entrada no estabelecimento, o contribuinte deverá efetuar o estorno proporcional do crédito
presumido apropriado, em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio.
Fundamentação: Art. 632 do RICMS/PR

VII.6 Estabelecimento enquadrado no Simples Nacional

No caso de estabelecimento enquadrado no Simples Nacional, em qualquer das hipóteses tratadas nesse tópico, o pagamento
do imposto relativo à operação de importação será efetuado em GR-PR no momento do desembaraço aduaneiro.
O imposto a ser recolhido resultará da aplicação da alíquota prevista na legislação do ICMS sobre a base de cálculo da
respectiva operação, descontando-se do valor encontrado o resultado da aplicação do percentual de 9% sobre a mesma base.
Nos casos de aplicação cumulativa com o diferimento parcial previsto no art. 96 do RICMS/PR, o imposto devido pelo
estabelecimento enquadrado no Simples Nacional deverá corresponder à aplicação do percentual de 3% sobre a base de
cálculo da operação de importação.
Fundamentação: Art. 633 do RICMS/PR

VII.7 Inaplicabilidade

A suspensão a que tem direito os contribuintes que importarem mercadorias ou bens pelos portos de Paranaguá e Antonina e
aeroportos paranaenses, conforme tratado anteriormente, não se aplica:
a) às importações de petróleo e seus derivados, combustíveis e lubrificantes de qualquer natureza, veículos automotores,
armas e munições, cigarros, bebidas, perfumes e cosméticos;
b) aos produtos primários de origem animal, vegetal ou mineral, e farmacêuticos;
c) às mercadorias alcançadas por diferimento concedido pelo regime especial de que trata o art. 94, § 4º do RICMS/PR;
d) às mercadorias alcançadas pelo diferimento de que tratam os arts 95, 99 e 101 do RICMS/PR;
e) às operações de importação realizadas por contribuintes autorizados a receber o tratamento tributário de que trata a Lei nº

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13.971/2002;
f) às importações realizadas por prestadores de serviço de transporte e de comunicação;
g) cumulativamente com outros benefícios fiscais;
h) às operações com:
h.1) farinhas de trigo e pré-misturas para fabricação de pão;
h.2) fio de algodão, NCM 5205 e 5206;
h.3) vidro float e refletivo, NCM 7005;
h.4) vidro trabalhado, não emoldurado nem associado a outras matérias, NCM 7006;
h.5) vidro de segurança temperado e laminado, NCM 7007;
h.6) espelho, NCM 7009;
i) às importações realizadas por empresas de construção civil;
j) às importações dos seguintes produtos classificados na NCM:
j.1) 6911.10 - artigos para serviço de mesa ou de cozinha;
j.2) 7207 - produtos semimanufaturados de ferro ou aços não ligados;
j.3) 7213 - fio-máquina de ferro ou aços não ligados;
j.4) 7214 - barras de ferro ou aços não ligados, simplesmente forjadas, laminadas, estiradas ou extrudadas, a quente,
incluídas as que tenham sido submetidas a torção após laminagem;
j.5) 7216 - perfis de ferro ou aços não ligados;
j.6) 7308 - construções e suas partes (por exemplo, pontes e elementos de pontes, comportas, torres, pórticos, pilares,
colunas, armações, estruturas para telhados, portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras, portas de correr,
balaustradas), de ferro fundido, ferro ou aço, exceto as construções pré-fabricadas da posição 9406; chapas, barras, perfis,
tubos e semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço, próprios para construções.
Tal vedação não se aplica:
a) às operações com cevada cervejeira, classificada na posição 1003.0091 da NCM, e com sal a granel, sem agregados,
classificado na posição 2501.0019 da NCM, quando importados por estabelecimento industrial;
b) à importação de vinho, classificado na NCM 2204.
Fundamentação: art. 94, § 4º, 95, 99, 101, e 634 do RICMS/PR, e Lei nº 13.971/2002

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