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1. ÍNDICE
1.ÍNDICE..............................................................................................................................................................2
2. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................3
3. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................................................4
3.1. MANDRILADORA........................................................................................................................4
3.1.1. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA MANDRILADORA.................................4
3.1.2. MODELOS DE MANDRILADORAS..........................................................................5
3.1.3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UMA MANDRILADORA........................8
3.2. MANDRILAMENTO...................................................................................................................10
3.2.1. TIPOS DE MANDRILAMENTO................................................................................10
3.2.1.1. MANDRILAMENTO CILÍNDRICO.........................................................11
3.2.1.2. MANDRILAMENTO CÔNICO.................................................................11
3.2.1.3. MANDRILAMENTO RADIAL.................................................................12
3.2.1.4. MANDRILAMENTO ESFÉRICO.............................................................12
3.3. TRABALHO EM PEÇAS MUNIDAS DE FUROS.....................................................................13
3.3.1. MANDRILAGEM OU ALARGAMENTO COM BROCAS HELICOIDAIS..........13
3.3.2. ESCAREAMENTO COM BROCAS DE ROMÃ.......................................................14
3.3.3. REBAIXOS COM REBAIXADORES DE GUIA OU BROCAS DE NAVALHAS
COM PONTO DE GUIA .............................................................................................14
3.3.4. EXECUÇÃO DE FUROS CRUZADOS NA MANDRILADORA HORIZONTAL..15
3.3.5. CÁLCULO DO TEMPO PRINCIPAL E DO TEMPO DISPONÍVEL PARA
FURAR..........................................................................................................................17
3.3.5.1. CÁLCULO DO TEMPO PRINCIPAL AO FURAR..................................17
3.3.5.2. CÁLCULO DO TEMPO DISPONÍVEL....................................................17
3.3.6. NÚMERO DE ROTAÇÕES, AVANÇO E REFRIGERAÇÃO AO FURAR............18
3.3.6.1. AVANÇO....................................................................................................18
3.3.6.2. REFRIGERAÇÃO......................................................................................18
3.3.7 .CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO DE CAVACO AO FURAR.....................19
3.4. AS FERRAMENTAS DA MANDRILADORA...........................................................................20
3.4.1. FERRAMENTAS DE CORTE....................................................................................20
3.4.2 FERRAMENTAS ESPECÍFICAS PARA EXECUÇÃO OU TRABALHO EM
FUROS..........................................................................................................................23
3.4.2.1. BROCAS HELICOIDAIS..........................................................................23
3.4.2.1.1. ESCOLHA DA BROCA............................................................24
3.4.2.1.2. BROCA PARA FUROS PROFUNDOS....................................26
3.4.2.1.3. BROCA DE PONTO OU DE CENTRAR................................26
3.4.2.1.4. BROCA OCA............................................................................26
3.4.2.1.5. BROCA DE RECORTAR.........................................................27
3.4.2.1.6. ESCAREADORES E REBAIXADORES.................................27
3.4.2.1.7. ALARGADORES......................................................................28
3.5. SISTEMA MODULAR.................................................................................................................29
4. CONCLUSÃO................................................................................................................................................30
5. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................31
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2. INTRODUÇÃO
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3. DESENVOLVIMENTO
3.1. MANDRILADORA:
As mandriladoras são máquinas especiais que permitem a adaptação de diferentes
tipos de ferramentas. Tendo está propriedade, ela é utilizada para trabalhos de furação,
mandrilagem, fresagem e torneamento em peças complicadas e de difícil manuseio.
Devido a possibilidade de se realizar variadas operações a mandriladora torna-se um
máquina universal.
a) ÁRVORE PORTA-FERRAMENTAS
b) CARRO OU CABEÇOTE PORTA-ÁRVORE
c) MONTANTE DA MÁQUINA
d) COLUNA AUXILIAR OU LUNETA
e) MESA DA MÁQUINA
f) BARRA DE MANDRILAR, também chamada de MANDRIL
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3.1.2. MODELOS DE MANDRILADORAS:
5
Fig.3.1.2.3: Foto de uma mandriladora horizontal – vista lateral –
6
Fig.3.1.2.5: Foto de uma mandriladora horizontal de grande porte
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Fig.3.1.2.7: Mandriladora universal vertical
8
A mesa giratória possibilita a usinagem em todos os lados de uma peça, por exemplo, uma
peça com forma prismática pode ser usinada em todas as quatro faces sem que se retire a
peça da mesa.
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Descrição das operações indicadas na figura acima: Na posição I,
marcada na face posterior da peça, são realizadas as operações numeradas com
1, 2 e 3, nessa ordem.
A operação 1 consiste num mandrilamento radial.
As operações 2 e 3 correspondem a mandrilamentos cilíndricos simultaneos.
Observe que a extremidade da barra de mandrilar está apoiada sobre um
mancal, para evitar deslocamentos da ferramenta durante a operação.
Na posição II, marcada na face lateral direita, são feitas as operações 4 e 5,
que compreendem um furo mandrilado com flange e os furos roscados do
flange, respectivamente.
Na posição III, marcada na face frontal, é feito primeiro o furo identificado
como operação 6. Repare no dispositivo especial acoplado ‡ ferramenta, para
fazer a bolacha desse furo.
O furo mais acima, nessa mesma face, requer três operações: 7, 8 e 9. O furo
identificado com o número 3 já havia sido feito na primeira posição
3.2. MANDRILAMENTO:
Mandrilamento, também chamado de mandrilagem ou broqueamento, é um processo
mecânico de usinagem de superfícies de revolução realizados pela mandriladora, onde
podem ser utilizados uma ou mais ferramentas de corte.
Nesta operação a ferramenta de corte é fixada na barra de mandrilar, com ângulo
definido de acordo com a operação a ser realizada. Pelo mandrilamento pode-se
conseguir superfícies cilíndricas ou cônicas, internas , em espaços normalmente
difíceis de serem atingidos, com eixos perfeitamente paralelos entre si.
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3.2.1.1. MANDRILAMENTO CILÍNDRICO:
O mandrilamento cilíndrico é o processo mecânico de usinagem, que pode ser
realizado com uma ou mais ferramentas de corte fixadas à barra de mandrilar, onde a
superfície usinada é cilíndrica de revolução e o seu eixo de rotação coincide com o eixo
em torno do qual a ferramenta gira, aliado a esse movimento a peça ou a ferramenta se
deslocam simultaneamente segundo uma trajetória pré determinada.
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3.2.1.3. MANDRILAMENTO RADIAL:
O mandrilamento radial é o processo mecânico de usinagem, que pode ser realizado
com uma ou mais ferramentas de corte fixadas à barra de mandrilar, onde a superfície
usinada é cônica de revolução e o seu eixo de rotação coincide com o eixo em torno do
qual a ferramenta gira, aliado a esse movimento a peça ou a ferramenta se deslocam
simultaneamente segundo uma trajetória pré determinada.
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3.3. TRABALHO EM PEÇAS MUNIDAS DE FUROS:
Vimos no capítulo anterior os quatro tipos de mandrilamento existentes, eles dão
abertura a uma vasta gama de operações que podem ser feitas na máquina ferramenta
mandriladora.
Na execução ou em trabalhos em furos outras ferramentas também podem ser
usadas. Abaixo alguns exemplos de trabalhos de mandrilamento ou alargamento,
rebaixos, escareamento e faceamento:
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Existem brocas de alargar de medida inferior e de medida definitiva. Com as
primeiras alargam-se furos que tem de ser depois mandrilados com auxílio de mandris, ao
passo que com as segundas se obtém a medida final pretendida.
As brocas helicoidais de alargar não servem apenas para alargar furos previamente
abertos, mas empregam-se ainda para eliminar possíveis defeitos existentes quanto a
direção do eixo. Quando o eixo do furo previamente aberto não coincide com o eixo do
furo pretendido, pode a broca de alargar desviar-se em virtude da resistência desigual que
encontrem as navalhas. Para evitar o desvio, deve-se alargar o furo por duas ou três vezes
com brocas de diâmetros diferentes.
Fig.3.3.3.1:Broca de navalhas amovíveis direitas ou broca de fresar plana para facear cubos e
bocais.
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3.3.4 EXECUÇÃO DE FUROS CRUZADOS NA MANDRILADORA
HORIZONTAL
Os furos dispostos em cruz sem se encontrarem servem geralmente para o
alojamento de cavilhas ou veios que conservam entre si essa posição relativa.
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Para a realização de tal serviço devemos seguir o referente plano de trabalho:
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3.3.5. CÁLCULO DO TEMPO PRINCIPAL E DO TEMPO DISPONÍVEL
PARA FURAR:
L = l + 0,3 x d
d = diâmetro da broca em mm
n = número de rotações da broca em rpm
s = avanço da broca em mm/rotação
Avanço/ minuto = s x n
T
Tn tempo acessório tempo Tp tempo principal
disponível
Tr tempos perdidos
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Tempo de preparação (Tr) tempo empregado na preparação dos utensílios e dos meios
auxiliares, bem como em colocá-los no estado original.
Tempos perdidos (Tr) tempos que surgem de maneira irregular e involuntária.
Tempo acessório ou tempo de manejo (Tn) o tempo que entra em jogo regularmente,
mas que não faz parte diretamente do processo de trabalho a realizar.
Tempo principal (Tp) tempo durante o qual se dá um avanço no sentido de determinar
o trabalho ordenado, como já visto. É a maior fatia do tempo disponível.
Vale a fórmula,
Vc = .d .n
1000 , onde:
3.3.6.1. AVANÇO:
O avanço expressa-se em mm por cada rotação completa da broca. Do seu valor
dependem a espessura do cavaco, a força de avanço necessária e a qualidade do
acabamento da superfície da parede do furo.
Determina-se através de valores tabelados o avanço admissível tendo em conta o
material a furar e o diâmetro da broca.
3.3.6.2. REFRIGERAÇÃO:
Em virtude do calor desenvolvido ao brocar pode perder sua têmpera e causar
uma série de danos para a ferramenta e para a peça. Por meio de uma abundante
afluência de líquido refrigerante adequado até a ponta da broca elimina-se o calor
excessivo, aumentando a capacidade de corte da broca e melhora-se a qualidade do
acabamento da superfície da parede do furo. Nas tabelas encontramos os refrigerantes
classificados como E (emulsão de óleo para furar), C (óleo de corte e refrigeração) e S
(a seco).
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3.3.7. CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO DE CAVACO AO FURAR:
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3.4 AS FERRAMENTAS DA MANDRILADORA
As ferramentas de mandrilar são selecionadas em função das dimensões
(comprimento e diâmetro) e características das operações a serem realizadas. As
ferramentas de corte, que são presas à barra de mandrilar, têm pequenas dimensões porque,
geralmente, trabalham no interior de furos previamente executados por brocas que são
fixadas na árvore porta-ferramentas da mesma forma que a barra de mandrilar e como
outras ferramentas. São feitas de aço rápido ou carboneto metálico e montadas em uma
barra de mandrilar. A barra de mandrilar deve ser rígida, cilíndrica, sem defeito de
retilineidade. Deve ser bem posicionada no eixo-árvore, para possibilitar a montagem de
buchas que formam mancais, como mostra a próxima figura, evitando com isso possíveis
desvios e vibrações durante o uso.
PEÇA
EIXO ÁRVORE
FERRAMENTA
BUCHA
BARRA DE MANDRILAR
Fig.3.4.2: Detalhe apenas da barra de mandrilar e uma ferramenta de corte sendo acoplada ao seu
corpo.
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Fig.3.4.1.1: Ferramenta de corte acoplada a barra de mandrilar
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TABELA 3.4.1.1: DESCRIÇÃO DOS ITENS INDICADOS NA FIGURA 3.4.1.2
N° FUNÇÃO N° FUNÇÃO
1 Alisar e passe fino 12 Roscar – para roscas quadrada,
redonda e trapezoidal
2 Desbaste e passe grosso 13 Roscar para roscas triangulares 55° e
60°
3 Desbaste para ambos os lados 14 Roscar interno triangular 55° e 60°,
roscas quadrada, redonda e
trapezoidal
4 Desbaste à direita 15 Alisado para bronze
5 Desbaste à esquerda 16 Raio interno à direita
6 Tornear interno à direita – para furos 17 Raio externo à esquerda
grandes e passantes
7 Tornear interno à esquerda – para 18 Raio duplo
furos pequenos e não passantes
8 Facear à direita 19 Raio externo à direita
9 Facear à esquerda 20 Raio interno à esquerda
10 Rebaixar ou sangrar 21 Sangrar ou bedame
11 Ferramenta universal
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3.4.2. FERRAMENTAS ESPECÍFICAS PARA EXECUÇÃO OU TRABALHO
EM FUROS:
Para furar utiliza-se principalmente a broca helicoidal. Mas a par desta existe
ainda, para as diversas finalidades, um grande número de brocas especiais.
As brocas são fabricadas em aço de ferramenta e aço de corte rápido ou aço
para ferramentas de grande velocidade ou seja o aço rápido e o aço super rápido. Para
furar materiais muito duros e fortemente abrasivos empregam-se brocas de navalha
de metal duro.
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Fig.2.4..2.1.1: Broca helicoidal
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Com relação a figura 3.4.2.1.1.1: À esquerda a influência do avanço no ângulo livre e
no ângulo de saída de cavaco. O perímetro da broca é representado em forma de linha
reta ( .d). como o gume penetra no material de cerca do avanço s durante uma rotação
completa o seu curso não, é horizontal, mas sim inclinado de cerca do valor do ângulo de
inclinação do avanço ( ). O ângulo de incidência eficiente ( 2) é menor de cerca deste
ângulo do que o ângulo livre ( 1) medido nas esquinas do gume. O ângulo de ataque ( 1)
é maior do que o da hélice ( 2) do valor do ângulo de inclinação do avanço.
Fig.3.4.2.1.1.2: Seção de uma broca helicoidal de correção ,estas são usadas para corrigir
deformações, como ovalização, conicidade e retilineidade, e na operação de pré-alargamento de
furos de até 100 mm;
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3.4.2.2. BROCA PARA FUROS PROFUNDOS:
Utiliza-se quando os furos precisam ficar com o fundo chato. Possui uma ponta
que serve de guia.
Fig.3.4.2.4.1: Furação com broca oca: a) broca oca, b) navalhas ou gumes, c) núcleo ou alma
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3.4.2.5. BROCA DE RECORTAR:
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3.4.2.7. ALARGADORES:
Fig.3.4.2.7.2: alargador cônico, usados para alargar superfícies cônicas internas. Esses alargadores
podem ser de desbaste (E) e de acabamento (D).
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3.5. SISTEMA MODULAR:
Adaptadores
básicos
Adaptadores
intercambiáveis
Barras
adaptadoras
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4. CONCLUSÃO
Pode-se concluir com este estudo que a mandriladora é uma máquina muito
versátil capaz de realizar operações que caracterizam outras máquina operatrizes e
também de iniciar e concluir um serviço do desbaste ao acabamento, sendo possível que
em certos casos não se retire a peça da mesa da mandriladora enquanto se trabalha
sobre ela.
A mandriladora é muito usada em indústrias de grande porte como a indústria naval,
por exemplo, onde a mesa da máquina pode chegar aos 6 metros de comprimentos em não
raros casos podendo ser até maior do que isso. Este fato não impede que para produções de
peças menores seu uso não seja solicitado, ao contrário a mandriladora é muito
explorada para trabalhos em superfícies cilíndricas e quando se deseja trabalhos com
furos, sendo estes dos mais variados portes.
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5. BIBLIOGRAFIA
-Site: www.cimm.com.br
-Site: www.ufrgs.br/ndsm
- Site: www.google.com.br
- Site: www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/ (TELECURSO 2000)
- Portal CAPES
- ANSELMO EDUARDO DINIZ, FRANCISCO CARLOS MARCONDES, NIVALDO
LEMOS COPPINI - Tecnologia da Usinagem dos Materiais
- VICENTE CHIAVERINI – Tecnologia Mecânica
- LAWRENCE E. DOYLE - Processos de Fabricação e Materiais para Engenheiros
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