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E-mail: vittorio.medioli@otempo.com.br
Comentários
A Subjetividade
Questionado se esses conceitos não são subjetivos, Azeredo concordou que
sim. “A Justiça é assim. Existem outras leis em que a ação pode ou não ser
considerada dolosa. Quem decide isso é um juiz. Se a lei fosse detalhada,
não precisaríamos de juízes. São eles que analisam cada situação para
tomar suas decisões.” O senador disse que a lei pode realmente causar
polêmica, até que sua aplicação seja feita no dia-a-dia.
TEMA: O cibercrime e a proteção aos dados em um mundo
interconectado
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Direito ao Anonimato
"Leis são como salsichas, melhor não saber como são feitas"
O Projeto apresentado pelo senador Eduardo Azeredo modifica o Código Penal, Código
Penal Militar, Código do Processo Penal e Código do Consumidor, visando tipificar
condutas mediante uso de sistema eletrônico, o que hoje não existe em nossa lei. O PLS
76 estabelece penas para:
- Roubo de dados;
O Brasil necessita de uma lei que o possibilite tornar-se signatário da convenção sobre o
Cibercrime, também chamada de Convenção de Budapest, celebrada em novembro de
2001, e este projeto tem sido considerado por muitos um dos mais avançados do mundo
em termos de combate ao Cibercrime, mas toda vez que o mesmo é entregue à CCJ
(Comissao de Constituição, Justiça e Cidadania) algum ítem é questionado e o projeto
aparece como um vilão para a sociedade. Foi assim quando acusaram o projeto de tentar
controlar a Internet e novamente quando o acusaram de dar "superpoderes" aos analistas
de segurança da informação, duas insanidades que se não tivessem circulado pela mídia
como um "hoax" circula pela Internet seriam somente uma piada ou prova de
incapacidade de interpretação de quem os criou. Vejamos o foco dos dois ataques:
Não existe isso, o projeto só pede que o provedor possa identificar qual de seus usuários
conectou-se em determinado momento, e qual IP lhe foi dado para navegar na Internet.
Nenhum registro do uso da internet pelo usuário será criado. Na realidade o projeto só
regulamenta uma prática comum entre os maiores provedores de banda larga. Por outro
lado, sem esta identificação vários criminosos podem se esconder em continuar a
cometer crimes não só de roubo, mas de calúnia, difamação, racismo, pedofilia, e até
mesmo marcar encontros que culminam em agressões físicas ou assassinatos.
2) "A Retenção de logs por 3 anos aumenta o custo de operação e prejudica a inclusão
digital"
Infelizmente o coro de fantoches de alguns setores da sociedade mais uma vez fez com
que a defesa digital, considerada por muitos um dos artigos mais avançados no mundo
neste sentido fosse retirado do projeto.
O que mais me incomoda é que fica claro que todos os ataques gerados ao projeto
miravam um ponto polêmico para impedir que o todo, sendo que na minha opinião o
que incomoda é alguns setores da sociedade é o custo gerado pela segurança
proporcionada pelo projeto. Custos em manter registros de conexão (extremamente
indicado por qualquer profissional de segurança), avisar aos usuários sobre os riscos em
não configurar seus equipamentos, etc.
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