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ANOMALIA DOS DENTES

Alterações ambientais dos dentes

As anomalias dos dentes podem ser divididas nas influenciadas por fatores
ambientais e nas idiopáticas ou que aparecem por natureza hereditária.

Quase todos os defeitos ambientais visíveis do esmalte podem ser


classificados num dos três padrões: Hipoplasia; Opacidades difusas;
Opacidades demarcadas.

O esmalte alterado pode estar localizado ou presente em vários dentes, e


toda ou parte das superfícies de cada dente afetado podem estar
envolvidas. A hipoplasia do esmalte ocorre na forma de fossetas,
ranhuras ou áreas maiores de esmalte perdido. As opacidades difusas do
esmalte apresentam-se como variações na translucidez do esmalte. O
esmalte afetado é espessura normal, mas tem uma opacidade branca
aumentada, sem limites claros com o esmalte adjacente normal. As
opacidades demarcadas do esmalte mostram áreas de diminuição de
translucidez, aumento de opacidade e uma delimitação nítida com o
esmalte adjacente. O esmalte é de espessura normal, e a opacidade afetada
pode ser branca, creme, amarela ou castanha.

As coroas da dentição decídua desenvolvem-se entre a 15ª semana de


gestação e o 12º mês de idade; o desenvolvimento das coroas da dentição
permanente estende-se desde aproximadamente os seis meses até os 15
anos de idade. O local de danosa coronário relaciona-se com a área de
atividade de desenvolvimento no momento da injúria.

Fatores associados aos defeitos de esmalte

SISTÊMICOS

Trauma relacionado ao nascimento: apresentações caudais, hipoxia,


nascimento múltiplos, nascimento prematuro, trabalho de parto prolongado;
Químicos: flúor, chumbo, tetraciclina, talidomida, vitamina D;
Anormalidades cromossômicas: trissomia do 21; Infecções: catapora,
citomegalovírus, infecções gastrointestinais, sarampo, penumonia,
infecções respiratórias, rubéola, sífilis, tétano; Doenças hereditárias; Má
nutrição, Alterações metabólicas: doença cardíaca, hipocalcemia, diabete
maternal, doença renal, toxemia da gravidez, etc ; Alterações neurológicas:
paralisia cerebral, retardo mental.

LOCAL

Trauma mecânico agudo local: quedas, tiros de arma de fogo, ventilação


mecânica neonatal, multilação ritual, cirurgias, acidentes de veículos;
Queimadura elétrica; Irradiação; Infecção local.

PERDA DE ESTRUTURA DENTÁRIA APÓS O DESENVOLVIMENTO.


A estrutura dentária pode ser perdida, após sua formação por uma
variedade de fatores causais, além dos casos óbvios, relacionados às cáries
ou fraturas traumáticas. A destruição pode começar na superfície do
esmalte da coroa através de abrasão, atrição ou erosão; além disso, a perda
da estrutura dentária pode começar nas superfícies dentinárias ou
cementárias dos dentes por reabsorção externa ou interna.

Atrição: é a perda da estrutura dentária causada pelo contato dente a


dente durante a oclusão e a mastigação. Um certo grau de atrição é
fisiológico, e o processo torna-se mais perceptível com a idade. Quando a
quantidade de perda dentinária é extensa e começa a afetar estética e
função, o processo deve ser considerado patológico.

Abrasão: é a perda patológica da estrutura dentária secundária à ação de


um agente externo. A causa mais comum de abrasão é a escovação
dentária que combina uma pasta dental abrasiva com a pressão forte e o
esforço da escovação horizontal.

Erosão: é a perda da estrutura dentária causada por uma reação química


alem da associada a bactérias (cárie). A causa pode ser alimentar (limões,
bebidas não-alcoolicas, vinagre), interna (suco gástrico).

REABSORÇÃO INTERNA/EXTERNA

Além da perda de estrutura dentária, que começa nas superfícies coronárias


expostas, a destruição dos dentes também pode ocorrer através da
reabsorção, realizada pelas células localizadas na polpa dental (reabsorção
interna) ou no ligamento periodontal (reabsorção externa).

A reabsorção interna é uma ocorrência relativamente rara, e a maioria


dos casos de segue uma injúria aos tecidos pulpares, como trauma físico ou
a pulpite relacionada às cáries. A reabsorção pode continuar, enquanto o
tecido pulpar permanecer vital.

A reabsorção externa é extremamente comum, o potencial de reabsorção


é inerente ao tecido periodontal de cada paciente, e esta susceptibilidade
individual a reabsorção é o fator mais importante em relação ao grau de
reabsorção que ocorrerá após um estímulo. Muitos casos tem sido
denominados idiopáticos, porque nenhum fator pode ser encontrado para
explicar a reabsorção acelerada.

Fatores associados a reabsorção externa

Cistos, trauma dentário, forças mecânicas excessivas; enxerto de fenda


alveolar; forças oclusais excessivas; desequilíbrio hormonal, clareamento
dental intracoronário, envolvimento local pelo herpes zoster, tratamento
periodontal, inflamação perirradicular, pressão por dentes impactados,
reimplante de dentes, tumores.

Pigmentação ambiental dos dentes


A cor dos dentes normais varia e depende do matiz, transparência e
espessura do esmalte. O esmalte translúcido parece branco-azulado; o
esmalte opaco é branco acinzentado. Portanto, dentes com esmalte
transparente parecem amarelos no terço cervical e branco azulados no
bordo incisal; aqueles com esmalte opaco são de um branco acinzentado
mais uniforme. As colorações anormais podem ser extrínsecas (aparecem
pelo acúmulo superficial de pigmento exógeno) ou intrínsecas (secundárias
a fatores endógenos que resultam na pigmentação da dentina subjacente).

Pigmentação Extrínseca: manchas bacterianas, fumo, alimentos e


bebidas, hemorragia gengival, materiais restauradores, medicamentos.

Pigmentação intrínseca: amelogênese imperfeita, dentinogênese


imperfeita, fluorose dentária, medicamentos.

ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DOS DENTES

As alterações de desenvolvimento dos dentes podem ser por número,


tamanho, forma ou estrutura dos dentes.

Alteração de desenvolvimento em relação ao número dos dentes

As variações no número de dentes em desenvolvimento são comuns. Vários


termos são úteis na discussão das variações numéricas dos dentes.
Anadontia refere-se a ausência total de desenvolvimento do dente.
Hipodontia denota a falta de desenvolvimento de um ou mais dentes;
oligodontia indica a falta de desenvolvimento de seis ou mais dentes.
Hiperdontia é o desenvolvimento de um número aumentado de dentes, e
os dentes adicionais são denominados supranumerários

Alterações de desenvolvimento em relação ao tamanho dos dentes

O tamanho do dente é variável entre as diferentes raças e sexos. A


presença de dentes extraordinariamente pequenos é denominada
microdontia; a existência de dentes maiores do que a média chama-se
macrodontia. Embora a hereditariedade seja o fator principal, ambas
influências, genéticas e ambiental, afetam o tamanho dos dentes em
desenvolvimento. A dentição decídua parece ser mais afetada pelas
influencias intra-uterinas maternais; os dentes permanentes parecem sem
mais afetados pelo ambiente.

Alterações de desenvolvimento em relação a forma dos dentes

A geminação é definida comi um único dente aumentado ou dente unido


(duplo), na qual o número de dentes é normal, quando o dente anômalo é
considerado na contagem.

A fusão é definida como único dente aumentado ou dente unido (duplo),


em que a contagem de dentes revela um dente ausente, quando o
elemento anômalo é contado como um.
A Concrescência é a união de dois dentes adjacentes somente pelo
cemento, sem confluência de dentina subjacente.

CÚSPIDES ACESSÓRIAS

A morfologia das cúspides dos dentes exibe variações menores entre


populações diferentes; destas, três padrões distintos merecem discussão
adicional: 1 – cúspide em garra. 2- cúspide de carabelli, 3 – dente
evaginado.

Cúspide em garra: é uma cúspide adicional bem delineada, localizada na


superfície de um dente anterior e estendendo-se a pelo menos meia
distância da junção cemento-esmalte ao bordo incisal.

Cúspide de carabelli: é uma cúspide acessória, localizada na superfície


palatina da cúspide mesiopalatina de um primeiro molar superior.

Dente evaginado: é uma elevação de esmalte semelhante a uma cúspide,


localizada do sulco central ou crista lingual da cúspide vestibular do pré-
molar permanente ou molares.

Dente invaginado (dens in dente): é uma invaginação profunda da


superfície da coroa ou raiz contornada pelo esmalte. Ocasionalmente, a
invaginação pode ser um tanto maior e lembrar um dente dentro do outro,
por isso o apelido dens in dente..

Esmalte ectópico: refere-se a à presença de esmalte em locais incomuns,


principalmente na raiz dental. Os mais amplamente conhecidos são as
pérolas de esmalte, estruturas hemisféricas, que podem-se constituir
inteiramente de esmalte ou contem dentina subjacente e tecido pulpar. A
maioria projeta-se da superfície da raiz.

Taurodondia: é o aumento do corpo e câmara pulpar de um dente


multirradicular, com deslocamento apical do assoalho pulpar e bifurcação
das raízes. Este padrão de foramação do molar foi encontrado em antigas
civilizações e ocorre em animais ruminantes (tauro=touro e dont=dentes).

Hipercementose: é uma deposição não neoplásica de cemento excessivo,


continuo com o cemento radicular normal.

Dilaceração: é uma angulação anormal ou curvatura na raiz, ou, menos


frequentemente, na coroa de um dente.

Raízes supra numerárias: refere-se ao desenvolvimento de um número


aumentado de raízes num dente.

ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO NAS ESTRUTURAS DOS


DENTES
Amelogênese imperfeita: compreende um grupo complicado de
condições que mostram alterações de desenvolvimento na estrutura do
esmalte, na ausência de uma alteração sistêmica.

Dentinogênese imperfeita: É um distúrbio de desenvolvimento


hereditário da dentina que pode ocorres isoladamente ou em conjunto som
uma alteração hereditária sistêmica do osso chamada de osteogênese
imperfeita.

Bibliografia:

NEVILLE et al.

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