Um trocador de calor é um equipamento onde ocorre uma troca térmica entre
dois fluidos, normalmente separada por uma parede. Há diversos tipos construtivos, dentre os quais, um dos mais usados industrialmente é o de feixe tubular, constituído por um conjunto de tubos envolto por um casco. Um dos fluidos circula no interior dos tubos e o outro fluido escoa no lado externo. No presente artigo, serão apresentadas algumas considerações a respeito das condições de processo nesse trocador de calor. As variáveis envolvidas são muitas e quase sempre interdependentes. O engenheiro que vai projetar um trocador de calor novo ou avaliar o desempenho de um trocador já em operação precisa conhecer bem essas variáveis. Muito desse conhecimento depende do bom senso e da experiência profissional. As considerações a seguir visam identificar os problemas mais freqüentes e formular algumas soluções razoáveis. O importante é não se esquecer de que os problemas são interrelacionados e a solução de um pode ser conflitante com a do outro. Portanto, o engenheiro deve sempre guardar uma visão "globalizante" na análise de casos e propor soluções que contemplem todos os aspectos envolvidos. As principais varáveis de processo num equipamento de troca térmica são as seguintes.
2. Desenvolvimento
A convecção é um processo de transporte de massa devido ao arrastamento
de um soluto por um solvente em movimento. O termo pode ser aplicado também em transferência de calor, quando temos em jogo o movimento global e mistura de elementos macroscópicos a diferentes temperaturas ou a troca de energia entre um fluido e uma superfície sólida. É uma forma de propagação do calor que acontece entre os fluidos. Ao transporte de massa devido a diferenças de densidade chama-se convecção livre ou natural; se o movimento é forçado mecanicamente, por bomba, ou ventilador, o processo é chamado de convecção forçada.
Transmissão de Calor
Quando certa massa de um fluido é aquecida suas moléculas passam a mover-
se mais rapidamente, afastando-se, em média, uma das outras. Como o volume ocupado por essa massa fluida aumenta a mesma torna-se menos densa. A tendência dessa massa menos densa no interior do fluido como um todo é sofrer um movimento de ascensão ocupando o lugar das massas do fluido que estão a uma temperatura inferior. A parte do fluido mais frio (mais densa) move-se para baixo tomando o lugar que antes era ocupado pela parte do fluido anteriormente aquecido. Esse processo se repete inúmeras vezes enquanto o aquecimento é mantido dando origem as chamadas correntes de convecção. São as correntes de convecção que mantêm o fluido em circulação. O ar frio por ser mais denso tende a ficar debaixo do ar quente, por isso os aparelhos de ar condicionado são colocados em lugares mais altos para o ar frio vir de cima para baixo e os aparelhos aquecedores são colocados em lugares mais baixos para o ar quente ir de baixo para cima.
Convecção na Atmosfera
Na atmosfera, a convecção está na origem da turbulência térmica e intensa
conhecida como convecção livre. Esse tipo de turbulência é conhecido pela capacidade de realizar a mistura de propriedades conservativas da atmosfera, como da temperatura potencial entre parcelas de ar, do vapor de água, do momento linear e vorticidade, etc. A convecção ocorre principalmente na Camada Limite Planetária (CLP) e dentro de nuvens convectivas como os cúmulos nimbos, nos quais graças à instabilidade térmica das parcelas de ar atingem grandes altitudes na troposfera, tipicamente 12 km. Os Cúmulos nimbus podem provocar chuvas intensas, tempestades elétricas e granizo.
Escoamento Externo
Os conceitos básicos já discutidos aqui serviram para ilustrar os fenômenos
físicos que influenciam a convecção forçada: natureza do escoamento (laminar ou turbulento) e as características da camada limite. Estes fatos e o entendimento se o escoamento é externo ou interno a dutos indicam uma divisão natural para o conhecimento. Vamos começar nosso estudo pelos escoamentos externos. Nestas situações, as camadas limites podem crescer livremente (veja a taxa de crescimento da camada limite para o escoamento quase horizontal que vimos no, sem as restrições impostas pelas paredes próximas (imagine um duto, por exemplo). Desta forma, teremos sempre uma região onde difusão é importante (região de camada limite) e uma região dita externa onde os gradientes podem ser desprezíveis. Nosso principal objetivo deve ser entendido, é a determinação do coeficiente de troca de calor por convecção (ou coeficiente de filme). Como já observamos, este parâmetro será mostrado via Número de Nusselt. Aplicando-se Análise Dimensional, concluímos que:
Escoamento Interno
O escoamento interno de tubos horizontais de condensadores é caracterizado
pela presença simultânea de duas fases (líquido e vapor) e pode assumir diferentes estruturas. A forma do escoamento influencia diretamente o coeficiente global de troca de calor para o meio externo do tubo, por isso é de grande importância o conhecimento detalhado desde escoamento interno. Escoamento estratificado que nos interessa é caracterizado pelo o escoamento da fase líquida na parte inferior do tubo e o escoamento da fase gasosa na parte superior, formando uma interface entre as duas fases do fluído. Dois parâmetros caracterizam diretamente este tipo de escoamento. O mais importante deles é a fração de volume ocupada pelo vapor em uma seção transversal, que é definido pela razão entre a área ocupada pelo vapor dividida pela área transversal total. Ele é um parâmetro chave para definir outros parâmetros do escoamento, como queda de pressão, transferência de calor e transição na estrutura do escoamento. O outro parâmetro é o ângulo _ que delimita o perímetro “seco” (perímetro aonde temos a fase gasosa em contato com a parede do tubo) e “molhado” (perímetro de líquido em contato com a parede) do escoamento.
3. Conclusão
Os subscritos x ou L indicam que valores locais ou médios (integrados desde x
= 0 até x = L) são usados. Existem duas maneiras de se determinar as características destas funções: métodos experimentais (físicos ou numéricos) ou métodos teóricos. Os métodos experimentais exigem a simulação física ou numérica das condições desejadas, a medição adequada das propriedades de interesse e a correlação dos dados, através dos parâmetros adimensionais necessários. Por outro lado, o uso de métodos teóricos envolve a obtenção de soluções para os casos de interesse, quer por métodos exatos (analíticos) ou aproximados (métodos integrais). Infelizmente, estes métodos não são de uso facilmente generalizável. Veremos aqui um método teórico bastante famoso, quer pela beleza da solução quer para demonstrar as possibilidades. Considere um escoamento sobre uma placa plana. Já vimos que a camada limite começa na borda de ataque da placa, no regime laminar, e eventualmente, após um determinado (crítico) Número de Reynolds local atingir cerca de 5 x 10 5 (valor médio que será considerado neste curso), ele vira turbulento. Vamos nos deter apenas no escoamento laminar. Como hipóteses de trabalho, consideraremos regime permanente, fluido incompressível, propriedades constantes e dissipação viscosa desprezível. O gradiente externo de pressão será considerado nulo, da mesma forma, indicando que o escoamento externo, isto é, aquele fora da região de influência dos efeitos viscosos ou região de camada limite, não sofre aceleração. A dedução cuidadosa das equações que descrevem o comportamento do fluido (equações de momentum e energia) será feita no curso de Mecânica dos Fluidos.
Continuidade
Pela inexistência de forças de empuxo e pelo fato das propriedades serem
supostas constantes, podemos resolver primeiro as equações de momentum e de continuidade e com o campo de velocidades, determinaremos o campo de temperaturas.
Transferência de calor por convecção
Quando um fluido se encontra em movimento, as porções elementares de
fluido que colidem entre si, transmitem a sua energia. Assim, a convecção é a transferência de calor na presença de um fluido em movimento (e não ao nível molecular, como a condução) A completa compreensão deste fenômeno requer o conhecimento da dinâmica do escoamento de fluidos, especialmente quando em contacto com superfícies. O movimento pode ser provocado por agentes externos como, por exemplo, pela actuação de um sistema de agitação, ou por diferenças de densidade resultantes do próprio aquecimento do fluido No primeiro caso, diz-se que a transferência de calor se processa por convecção forçada, enquanto no segundo, se efetua por convecção natural ou livre. Assim, mesmo que um fluido se encontre em repouso (do ponto de vista macroscópico), a diferença de temperaturas da gravidade) e descendente se o fluido arrefecer, por contacto com uma superfície mais fria. Este movimento do fluido (livre gera diferenças de densidade no seio do fluido que poderão ser suficientes para induzir um movimento ascendente do fluido mais quente (sob o ar ou forçado) facilita a transferência de calor quando comparado com a contribuição da condução (que ocorre ao nível molecular). Em geral, a convecção é definida de uma forma mais abrangente, associando-se estes dois fenômenos (o da condução e o da transferência em presença de movimento macroscópico) e traduzindo-os em simultâneo numa única equação designada vulgarmente por lei de Newton para a transferência de calor. Quando a velocidade do fluido diminui e tende para zero, a contribuição do movimento macroscópico do fluido perde importância face ao processo da condução.