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1.

Introdução

Um trocador de calor é um equipamento onde ocorre uma troca térmica entre


dois fluidos, normalmente separada por uma parede. Há diversos tipos
construtivos, dentre os quais, um dos mais usados industrialmente é o de feixe
tubular, constituído por um conjunto de tubos envolto por um casco. Um dos
fluidos circula no interior dos tubos e o outro fluido escoa no lado externo. No
presente artigo, serão apresentadas algumas considerações a respeito das
condições de processo nesse trocador de calor. As variáveis envolvidas são
muitas e quase sempre interdependentes. O engenheiro que vai projetar um
trocador de calor novo ou avaliar o desempenho de um trocador já em
operação precisa conhecer bem essas variáveis. Muito desse conhecimento
depende do bom senso e da experiência profissional. As considerações a
seguir visam identificar os problemas mais freqüentes e formular algumas
soluções razoáveis. O importante é não se esquecer de que os problemas são
interrelacionados e a solução de um pode ser conflitante com a do outro.
Portanto, o engenheiro deve sempre guardar uma visão "globalizante" na
análise de casos e propor soluções que contemplem todos os aspectos
envolvidos. As principais varáveis de processo num equipamento de troca
térmica são as seguintes.

2. Desenvolvimento

A convecção é um processo de transporte de massa devido ao arrastamento


de um soluto por um solvente em movimento. O termo pode ser aplicado
também em transferência de calor, quando temos em jogo o movimento global
e mistura de elementos macroscópicos a diferentes temperaturas ou a troca de
energia entre um fluido e uma superfície sólida. É uma forma de propagação do
calor que acontece entre os fluidos. Ao transporte de massa devido a
diferenças de densidade chama-se convecção livre ou natural; se o movimento
é forçado mecanicamente, por bomba, ou ventilador, o processo é chamado de
convecção forçada.

Transmissão de Calor

Quando certa massa de um fluido é aquecida suas moléculas passam a mover-


se mais rapidamente, afastando-se, em média, uma das outras. Como o
volume ocupado por essa massa fluida aumenta a mesma torna-se menos
densa. A tendência dessa massa menos densa no interior do fluido como um
todo é sofrer um movimento de ascensão ocupando o lugar das massas do
fluido que estão a uma temperatura inferior. A parte do fluido mais frio (mais
densa) move-se para baixo tomando o lugar que antes era ocupado pela parte
do fluido anteriormente aquecido. Esse processo se repete inúmeras vezes
enquanto o aquecimento é mantido dando origem as chamadas correntes de
convecção. São as correntes de convecção que mantêm o fluido em circulação.
O ar frio por ser mais denso tende a ficar debaixo do ar quente, por isso os
aparelhos de ar condicionado são colocados em lugares mais altos para o ar
frio vir de cima para baixo e os aparelhos aquecedores são colocados em
lugares mais baixos para o ar quente ir de baixo para cima.

Convecção na Atmosfera

Na atmosfera, a convecção está na origem da turbulência térmica e intensa


conhecida como convecção livre. Esse tipo de turbulência é conhecido pela
capacidade de realizar a mistura de propriedades conservativas da atmosfera,
como da temperatura potencial entre parcelas de ar, do vapor de água, do
momento linear e vorticidade, etc. A convecção ocorre principalmente na
Camada Limite Planetária (CLP) e dentro de nuvens convectivas como os
cúmulos nimbos, nos quais graças à instabilidade térmica das parcelas de ar
atingem grandes altitudes na troposfera, tipicamente 12 km. Os Cúmulos
nimbus podem provocar chuvas intensas, tempestades elétricas e granizo.

Escoamento Externo

Os conceitos básicos já discutidos aqui serviram para ilustrar os fenômenos


físicos que influenciam a convecção forçada: natureza do escoamento (laminar
ou turbulento) e as características da camada limite. Estes fatos e o
entendimento se o escoamento é externo ou interno a dutos indicam uma
divisão natural para o conhecimento. Vamos começar nosso estudo pelos
escoamentos externos. Nestas situações, as camadas limites podem crescer
livremente (veja a taxa de crescimento da camada limite para o escoamento
quase horizontal que vimos no, sem as restrições impostas pelas paredes
próximas (imagine um duto, por exemplo). Desta forma, teremos sempre uma
região onde difusão é importante (região de camada limite) e uma região dita
externa onde os gradientes podem ser desprezíveis. Nosso principal objetivo
deve ser entendido, é a determinação do coeficiente de troca de calor por
convecção (ou coeficiente de filme). Como já observamos, este parâmetro será
mostrado via Número de Nusselt. Aplicando-se Análise Dimensional,
concluímos que:

Escoamento Interno

O escoamento interno de tubos horizontais de condensadores é caracterizado


pela presença simultânea de duas fases (líquido e vapor) e pode assumir
diferentes estruturas. A forma do escoamento influencia diretamente o
coeficiente global de troca de calor para o meio externo do tubo, por isso é de
grande importância o conhecimento detalhado desde escoamento interno.
Escoamento estratificado que nos interessa é caracterizado pelo o escoamento
da fase líquida na parte inferior do tubo e o escoamento da fase gasosa na
parte superior, formando uma interface entre as duas fases do fluído. Dois
parâmetros caracterizam diretamente este tipo de escoamento. O mais
importante deles é a fração de volume ocupada pelo vapor em uma seção
transversal, que é definido pela razão entre a área ocupada pelo vapor dividida
pela área transversal total. Ele é um parâmetro chave para definir outros
parâmetros do escoamento, como queda de pressão, transferência de calor e
transição na estrutura do escoamento. O outro parâmetro é o ângulo _ que
delimita o perímetro “seco” (perímetro aonde temos a fase gasosa em contato
com a parede do tubo) e “molhado” (perímetro de líquido em contato com a
parede) do escoamento.

3. Conclusão

Os subscritos x ou L indicam que valores locais ou médios (integrados desde x


= 0 até x = L) são usados. Existem duas maneiras de se determinar as
características destas funções: métodos experimentais (físicos ou numéricos)
ou métodos teóricos. Os métodos experimentais exigem a simulação física ou
numérica das condições desejadas, a medição adequada das propriedades de
interesse e a correlação dos dados, através dos parâmetros adimensionais
necessários. Por outro lado, o uso de métodos teóricos envolve a obtenção de
soluções para os casos de interesse, quer por métodos exatos (analíticos) ou
aproximados (métodos integrais). Infelizmente, estes métodos não são de uso
facilmente generalizável. Veremos aqui um método teórico bastante famoso,
quer pela beleza da solução quer para demonstrar as possibilidades. Considere
um escoamento sobre uma placa plana. Já vimos que a camada limite começa
na borda de ataque da placa, no regime laminar, e eventualmente, após um
determinado (crítico) Número de Reynolds local atingir cerca de 5 x 10 5 (valor
médio que será considerado neste curso), ele vira turbulento. Vamos nos deter
apenas no escoamento laminar. Como hipóteses de trabalho, consideraremos
regime permanente, fluido incompressível, propriedades constantes e
dissipação viscosa desprezível. O gradiente externo de pressão será
considerado nulo, da mesma forma, indicando que o escoamento externo, isto
é, aquele fora da região de influência dos efeitos viscosos ou região de camada
limite, não sofre aceleração. A dedução cuidadosa das equações que
descrevem o comportamento do fluido (equações de momentum e energia)
será feita no curso de Mecânica dos Fluidos.

Continuidade

Pela inexistência de forças de empuxo e pelo fato das propriedades serem


supostas constantes, podemos resolver primeiro as equações de momentum e
de continuidade e com o campo de velocidades, determinaremos o campo de
temperaturas.

Transferência de calor por convecção

Quando um fluido se encontra em movimento, as porções elementares de


fluido que colidem entre si, transmitem a sua energia. Assim, a convecção é a
transferência de calor na presença de um fluido em movimento (e não ao nível
molecular, como a condução) A completa compreensão deste fenômeno requer
o conhecimento da dinâmica do escoamento de fluidos, especialmente quando
em contacto com superfícies. O movimento pode ser provocado por agentes
externos como, por exemplo, pela actuação de um sistema de agitação, ou por
diferenças de densidade resultantes do próprio aquecimento do fluido No
primeiro caso, diz-se que a transferência de calor se processa por convecção
forçada, enquanto no segundo, se efetua por convecção natural ou livre. Assim,
mesmo que um fluido se encontre em repouso (do ponto de vista
macroscópico), a diferença de temperaturas da gravidade) e descendente se o
fluido arrefecer, por contacto com uma superfície mais fria. Este movimento do
fluido (livre gera diferenças de densidade no seio do fluido que poderão ser
suficientes para induzir um movimento ascendente do fluido mais quente (sob o
ar ou forçado) facilita a transferência de calor quando comparado com a
contribuição da condução (que ocorre ao nível molecular). Em geral, a
convecção é definida de uma forma mais abrangente, associando-se estes dois
fenômenos (o da condução e o da transferência em presença de movimento
macroscópico) e traduzindo-os em simultâneo numa única equação designada
vulgarmente por lei de Newton para a transferência de calor. Quando a
velocidade do fluido diminui e tende para zero, a contribuição do movimento
macroscópico do fluido perde importância face ao processo da condução.

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