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Método Jurídico
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2. Método Tópico-problemático
“A necessidade de interpretação da
Constituição deve ter em conta:
■ A ordem de valores subjacentes ao texto
constitucional;
■ O sentido da realidade da Constituição
como elemento do processo de
integração”.
(Canotilho, J.J. Gomes. Direito Constitucional
e Teoria da Constituição, p. 1212). 13
Método científico-espiritual
“A idéia de que a interpretação visa não tanto
dar respostas ao sentido dos conceitos do
texto constitucional, mas fundamentalmente
compreender o sentido e a realidade de
uma lei constitucional, conduz à articulação
desta lei com a integração espiritual real da
comunidade (com seus valores, com a
realidade existencial do Estado)”.
(Canotilho, J.J. Gomes. Direito Constitucional
e Teoria da Constituição, p. 1212).
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4. Método normativo-estruturante
“Na tarefa da concretização da norma
constitucional, o intérprete-aplicador deve
considerar tanto elementos resultantes da
interpretação do programa normativo,
quanto os decorrentes da investigação do
domínio normativo, a que correspondem, na
doutrina tradicional, respectivamente, a
norma propriamente dita e a situação
normada, o texto e a realidade social que o
mesmo intenta com formar”
(Inocêncio Mártires Coelho, p. 90) 15
5. Método de Interpretação
comparativa
“Pretende captar, de forma jurídico-comparatística, a
evolução da conformação, diferenciada ou
semelhante, de institutos jurídicos, normas e
conceitos nos vários ordenamentos jurídicos com
o fito de esclarecer o significado a atribuir a
determinados enunciados lingüísticos utilizados
na formulação de normas jurídicas”
(Canotilho, J.J. Gomes. Direito Constitucional e
Teoria da Constituição, p. 1212).
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6. Método hermenêutico-
concretizador
Tem como ponto de partida “a idéia de que a
leitura de um texto normativo se inicia pela
pré-compreensão do seu sentido através
do intérprete [...] É uma compreensão de
sentido em que o intérprete efetua uma
atividade prático-normativa, concretizando
a norma para e a partir de uma situação
histórica.”
(Canotilho, J.J. Gomes. Direito Constitucional
e Teoria da Constituição, p. 1212). 17
6. Método hermenêutico-
concretizador
Pressupostos:
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Hermenêutica filosófica
■ Tarefa da hermenêutica: Provocar pré-
juízos
■ Diferença ontológica: ente (coisa) e ser
(sentido). Diferença de como as coisas são.
■ Círculo Hermenêutico:
Précomreensão+Fusão de horizontes
■ Gadamer: ter horizonte significa não estar
limitado ao que está mais próximo de nós,
mas sim, poder ver além.
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Hermenêutica Filosófica
■ A eficácia do texto será dada a partir do sentido
que a hermenêutica lhe der
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Decisões Interpretativas
Existem duas técnicas de decisões
interpretativas, também consideradas
como técnicas de controle de
constitucionalidade:
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Decisões Interpretativas
“Quando um órgão judicial atribui um determinado
sentido a um texto jurídico, é preciso ter claro que
está estabelecendo um dos sentidos possíveis,
muito embora a dificuldade hermenêutica que isso
represente [...] Trata-se de um salto paradigmático,
que rompe com as concepções tradicionais de
interpretação constitucional e com a própria
concepção de separação de poderes de Estado.”
1. Princípio da Razoabilidade
2. Princípio da Proporcionalidade
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Razoabilidade como eqüidade
1º. Utilizada como diretriz que exige a
relação das normas gerais com as
individualidades do caso concreto;
EQÜIDADE
Humberto Ávila
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Razoabilidade como eqüidade
“Um advogado requereu o adiamento do julgamento
perante o Tribunal do Júri porque era defensor de
outro caso rumoroso que seria julgado na mesma
época. O primeiro pedido foi deferido. Depois de
defender seu cliente, e diante da recomendação
de repouso por duas semanas, o advogado
requereu novo adiamento do julgamento. Nesse
caso, porém, o julgador indeferiu o pedido, por
considerar um descaso para com a Justiça [...]”
Humberto Ávila
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Razoabilidade como congruência
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Razoabilidade como congruência
“Uma lei estadual instituiu adicional de férias
de um terço para os inativos. Levada a
questão a julgamento, considerou-se
indevido o referido adicional, por traduzir
uma vantagem destituída de causa e do
necessário coeficiente de razoabilidade, na
medida em que só deve ter adicional de
férias quem tem férias [...]”.
Humberto Ávila
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Razoabilidade como equivalência
Humberto Ávila
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Razoabilidade como equivalência
“ O STF declarou inconstitucional a criação
de taxa judiciária de percentual fixo, por
considerar que em alguns casos essa seria
tão alta que impossibilitaria o exercício de
um direito fundamental — obtenção de
prestação jurisdicional — além de não se
razoavelmente equivalente ao custo real do
serviço”.
Humberto Ávila
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Princípio da Proporcionalidade
“As competências administrativas só podem
ser validamente exercidas na extensão e
intensidade proporcionais ao que seja
realmente demandado para cumprimento
da finalidade de interesse público a que
estão atreladas”.
1. Adequação:
O meio promove o fim?
2. Necessidade:
Dentre os meios disponíveis e igualmente
adequados para promover o fim não há
outro meio menos restritivo de direitos?
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Princípio da Proporcionalidade
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Adequação
O meio deve levar à realização do fim.
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Necessidade
“O exame da necessidade envolve a
verificação da existência de meios que
sejam alternativos àquele inicialmente
escolhido pelo Poder Legislativo ou Poder
Executivo, e que possam promover
igualmente o fim sem restringir, na mesma
intensidade, os direitos fundamentais
afetados.”
Humberto Ávila
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Necessidade
“O STF declarou inconstitucional lei que
previa a obrigatoriedade de pesagem de
botijão de gás à vista do consumidor, não
só por impor um ônus excessivo às
companhias, que teriam de dispor de uma
balança para cada veículo, mas também
porque a proteção dos consumidores
poderia ser preservada de outra forma
menos restritiva, como a fiscalização por
amostragem”.
Humberto Ávila
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Proporcionalidade em sentido
estrito
Exige a comparação entre a importância da
realização do fim e a intensidade da
restrição aos direitos fundamentais.