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Cultura Africana

Ritos Africanos
A África é um continente de grande
diversidade cultural que se vê fortemente
ligada à cultura brasileira. Pode-se
perceber grandes diferenças em suas
raças, origens, costumes, religiões e
outros.
Os africanos prezam muito a moral e
acreditam até que esta é bem semelhante
à religião. Acreditam também que o
homem precisa respeitar a natureza, a vida
e os outros homens para que não sejam
punidos pelos espíritos com secas,
enchentes, doenças, pestes, morte, etc.
Não utilizavam textos e nem imagens para
se basearem, mas fazem seus ritos a partir
do conhecimento repassado através de
gerações antigas.
Seus ritos eram realizados em locais
determinados com orações comunitárias,
danças e cantos que podem ser divididos
em: momentos importantes da vida,
integração dos seres vivos e para a
passagem da vida para a morte. Na
economia, trabalhavam principalmente na
agricultura, mas também se dedicavam à
criação de animais e de instrumentos
artesanais.
Sua influência na formação do povo
brasileiro é vista até os dias atuais. Apesar
do primeiro contato africano com os
brasileiros não ter sido satisfatório, estes
transmitiram vários costumes como:
- A capoeira que foi criada logo após a
chegada ao Brasil na época da
escravização como luta defensiva, já que
não tinham acesso a armas de fogo;
- O candomblé que também marca sua
presença no Brasil, principalmente no
território baiano onde os escravos
antigamente eram desembarcados;
- A culinária recebeu grandes novidades
africanas, como o leite de coco, óleo de
palmeira, azeite de dendê e até a feijoada,
que se originou no período em que os
escravos misturavam restos de carne para
comerem.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
Cultura - BrasilEscola

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Povos no Brasil
As três raças básicas formadoras da
população brasileira são o negro, o
europeu e o índio, em graus muito
variáveis de mestiçagem e pureza. É difícil
afirmar até que ponto cada elemento étnico
era ou não previamente mestiçado.
A miscigenação no Brasil deu origem a três
tipos fundamentais de mestiço:
Cabloco = branco + índio
Mulato = negro + branco
Cafuzo = índio + negro
Negros
Os negros, trazidos para o Brasil como
escravos, do século XVI até 1850,
destinados à lavoura canavieira, à
mineração e à lavoura cafeeira, pertenciam
a dois grandes grupos: os sudaneses e os
bantos. Os primeiros, geralmente altos e
de cultura mais elaborada, foram
sobretudo para a Bahia. Os bantos,
originários de Angola e Moçambique,
predominaram na zona da mata
nordestina, no Rio de Janeiro e em Minas
Gerais.
Surgiu assim o terceiro grupo importante
que participaria da formação da população
brasileira: o negro africano. É impossível
precisar o número de escravos trazidos
durante o período do tráfico negreiro, do
século XVI ao XIX, mas admite-se que
foram de cinco a seis milhões. O negro
africano contribuiu para o desenvolvimento
populacional e econômico do Brasil e
tornou-se, pela mestiçagem, parte
inseparável de seu povo. Os africanos
espalharam-se por todo o território
brasileiro, em engenhos de açúcar,
fazendas de criação, arraiais de
mineração, sítios extrativos, plantações de
algodão, fazendas de café e áreas
urbanas. Sua presença projetou-se em
toda a formação humana e cultural do
Brasil com técnicas de trabalho, música e
danças, práticas religiosas, alimentação e
vestimentas.
O samba
Gênero musical binário, que representa a
própria identidade musical brasileira. De
nítida influência africana, o samba nasceu
nas casas de baianas que emigraram para
o Rio de Janeiro no princípio do século. O
primeiro samba gravado foi Pelo telefone,
de autoria de Donga e Mauro de Almeida,
em 1917. Inicialmente vinculado ao
carnaval, com o passar do tempo o samba
ganhou espaço próprio. A consolidação de
seu estilo verifica-se no final dos anos 20,
quando desponta a geração do Estácio,
fundadora da primeira escola de samba.
Grande tronco da MPB, o samba gerou
derivados, como o samba-canção, o
samba-de-breque, o samba-enredo e,
inclusive, a bossa nova.
A Escola de Samba
Uma coisa é o samba. Outra, a escola de
samba. O samba nasceu em 1917. A
primeira escola surgiu uma década mais
tarde. Expressão artística das
comunidades afro-brasileiras da periferia
do Rio de Janeiro, as escolas existem hoje
em todo o Brasil e são grupos de canto,
dança e ritmo que se apresentam narrando
um tema em um desfile linear. Somente no
Rio, mais de 50 agremiações se dividem
entre as superescolas e os grupos de
acesso.
O desfile das 16 superescolas cariocas se
divide em dois dias (domingo e segunda-
feira de carnaval), em um megashow de
mais de 20 horas de duração, numa
passarela de 530 metros de comprimento,
onde se exibem cerca de 60 mil sambistas.
Devido à enorme quantidade de trabalho
anônimo que envolve, é impossível estimar
o custo de sua produção. Uma grande
escola gasta cerca de um milhão de
dólares para desfilar, mas este valor não
inclui as fantasias pagas pela maioria dos
componentes, nem as horas de trabalho
gratuito empregadas na concretização do
desfile (carros alegóricos, alegorias de
mão, etc.). Com uma média de quatro mil
participantes no elenco, cada escola traz
aproximadamente 300 percusionistas,
levando o ritmo em sua bateria, além de
outras figuras obrigatórias: o casal de
mestre-sala e porta-bandeira (mestre de
cerimônias e porta-estandarte), a ala das
baianas, a comissão de frente e o abre-
alas.
Primeira escola de samba: Deixa falar,
fundada em 12 de agosto de 1928, no
Estácio, Rio de Janeiro, por Ismael Silva,
Bide, Armando Marçal, Mano Elói, Mano
Rubens e outros sambistas (foi extinta em
1933).
Primeiro desfile oficial: Carnaval de 1935,
vencido pela Portela.
Campeão do último desfile: Mocidade
Independente, com o enredo "Criador e
criatura", de Renato Lage.
Capoeira
A capoeira é uma dança de luta, ritualizada
e estilizada, que tem sua própria música e
é praticada principalmente na cidade de
Salvador, estado da Bahia. É uma das
expressões características da dança e das
artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir
de um estilo de luta originário de Angola.
Nos primeiros anos da escravidão havia
lutas permanentes entre os negros e
quando o senhor de escravos as
descobria, castigava ambos os bandos
envolvidos. Os escravos consideravam
essa atitude injusta e criavam "cortinas de
fumaça" por meio da música e das
canções, para esconder as verdadeiras
brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi
sendo refinada até se converter em um
esporte sumamente atlético, no qual dois
participantes desfecham golpes entre si,
usando apenas as pernas, pés
calcanhares e cabeças, sem utilizar as
mãos. Os lutadores deslizam com grande
rapidez pelo solo fazendo estrelas e dando
espécies de cambalhotas. O conjunto
musical que acompanha a capoeira inclui o
berimbau, um tipo de instrumento de
madeira em forma de arco, com uma corda
metálica que vai de uma extremidade à
outra. Na extremidade inferior do berimbau
há uma cabaça pintada, que funciona
como caixa de som. O músico sacode o
arco e, enquanto ressoam as sementes da
cabaça, toca a corda tensa com uma
moeda de cobre para produzir um tipo de
som único, parecido com um gemido.
Candomblé
Festa religiosa dos negros jeje-nagôs na
Bahia, mantida pelos seus descendentes e
mestiços, é um culto africano introduzido
no Brasil pelos escravos. Algumas de suas
divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e
Iemanjá, representando esta, por si só, um
verdadeiro culto.
As cerimônias religiosas do Candomblé,
são realizadas de um modo geral em
terreiros, que são locais especialmente
destinados para esse fim, e recebem os
seguintes nomes: Macumba no Rio de
Janeiro, Xangô em Alagoas e
Pernambuco. As cerimônias são dirigidas
pela mãe-de-santo, ou pai-de-santo. Cada
orixá tem uma aparência especial e
determinadas preferências. O toque de
atabaque, uma expécie de tambor e a
dança, individualizam um determinado
orixá. Os orixás são divindades, santos do
candomblé, cada pessoa é protegida por
um dos orixás e pode ser possuída por ele,
quando, então ela se transforma em
cavalos de santo.
Pratos
No Nordeste a marca africana é profunda,
sobretudo na Bahia, em pratos como
vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com
largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco
e pimenta. São ainda dessa região a
carne-de-sol, o feijão-de-corda, o arroz-de-
cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca
com abóbora, sempre acompanhados de
muita farinha de mandioca. A feijoada
carioca, de origem negra, é o mais
tipicamente brasileiro dos pratos.
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