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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ENGENHARIA QUÍMICA

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE E ACIDEZ TOTAL DO VINAGRE

Disciplina: Laboratório de Química Geral e Inorgânica

Turma: 004

MARINGÁ-PR

02/06/82010
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
1.1. Densidade ....................................................................................................... 4
1.2. Soluções ......................................................................................................... 4
1.3. Concentração de uma Solução......................................................................... 4
1.3.1. Concentração em quantidade de matéria .................................................. 4
1.4. O Vinagre ....................................................................................................... 5
1.4.1. A Acidez do Vinagre ............................................................................... 5
1.5. Titulação ......................................................................................................... 6
1.6. Objetivos ........................................................................................................ 6
2. PROCEDIMENTOS .............................................................................................. 7
2.1. Materiais utilizados ......................................................................................... 7
2.2. Determinação da densidade do vinagre ........................................................... 7
2.3. Acidez total do vinagre ................................................................................... 7
3. RESULTADOS ..................................................................................................... 9
3.1. Experimento 01: Densidade do vinagre ........................................................... 9
3.2. Experimento 02: Acidez total do vinagre......................................................... 9
3.3. Discussão acerca dos resultados .................................................................... 11
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 13
4.1. Experimento 01: Densidade do vinagre ......................................................... 13
4.2. Experimento 02: Acidez total do vinagre....................................................... 13
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 14
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Massas pesadas para determinação da densidade............................................ 9


Tabela 2: Resultados dos cálculos nas repetições do experimento. ............................... 10
Tabela 3: Porcentagem mássica de ácido acético nas medidas. .................................... 11
1. INTRODUÇÃO

1.1. Densidade

Os diversos materiais e substâncias existentes possuem características


físicas e químicas que as distinguem umas das outras. A densidade é uma característica
física que mede a quantidade de massa existente em determinado volume. Em outras
palavras, a densidade representa o quanto a matéria está compactada. É comum
dizermos, sem levarmos em consideração a massa e o volume, que o chumbo é mais
“pesado” do que a madeira. Isso ocorre porque a densidade do chumbo é maior do que a
densidade da madeira, isto é, o chumbo apresenta maior massa por determinado volume
do que a madeira, nesse mesmo volume. A densidade de uma substância independe do
tamanho da amostra, uma vez que, por exemplo, dobrando-se o volume também dobra-
se a massa. A massa m de uma amostra representa o quanto existe de uma matéria nessa
amostra, e o volume V é a extensão que o corpo ocupa no espaço. Geralmente a massa é
medida em gramas (g), e o volume em centímetros cúbicos (cm³) ou em mililitros
(mL), uma vez que 1 cm³ = 1 mL. Assim, a densidade é dada por = . Logo, os
valores de densidade, para líquidos e gases, serão dados em g/cm³ ou g/mL.

1.2. Soluções

Quando duas ou mais substâncias, ao serem misturadas, formarem uma


mistura homogênea (uma única fase) essa mistura será denominada de solução. Isso
significa dizer que as partículas das substâncias apresentam diâmetros menores do que 1
nm (nanômetro) e estão distribuídas uniformemente.

Nas soluções, o componente que está presente em menor quantidade é


denominado de soluto (o disperso), enquanto que o componente em maior quantidade é
denominado de solvente (o dispersante).

1.3. Concentração de uma Solução

É a relação entre o soluto e o solvente (ou da solução).

1.3.1. Concentração em quantidade de matéria

O mol é a unidade básica de quantidade de matéria que facilita os cálculos


químicos. Assim, é possível expressar a concentração de uma solução em função do
número de mols do soluto e o volume da solução.

4
( ⁄ ) = (unidade: mol⁄L)
çã ( )

Como o número de mols de uma substância é dado por = , em que m é


a massa em gramas da substância e MM é a massa molecular da substância, a
concentração em quantidade de matéria pode ser expressa também da seguinte forma:

( ⁄ ) = (unidade: mol⁄L)
çã ( )

Também é possível estabelecer uma relação entre o número de mols do


soluto e a massa do solvente. Essa relação é denominada molalidade. É muito comum
em determinações termodinâmicas, uma vez que, por não conter o termo de volume, é
uma relação que não depende da temperatura.

= (unidade: mol⁄kg)
( )

Novamente, como = , pode-se escrever a equação da seguinte forma:

= (unidade: mol⁄kg)
( )

1.4. O Vinagre

O vinagre é um líquido obtido a partir da oxidação do álcool contido no


vinho ou no malte de cereais. Como é obtido a partir de produtos naturais, o vinagre
contém outras substâncias ácidas além do ácido acético, estas que por estarem em
pequenas quantidades, serão ignoradas no nosso experimento.

Além de ser usado na alimentação (vinagre) o ácido acético é utilizado na


produção de acetato de vinila (do qual se obtém o plástico PVA), de anidro acético e
cloreto de acetila (importante para a síntese orgânica), ésteres (solventes, essências,
perfumes e etc.).

1.4.1. A Acidez do Vinagre

O vinagre contém ácido acético, que é um gás incolor, de cheiro penetrante,


de sabor azedo, solúvel em água, álcool e éter, como seu principal constituinte ácido. A
determinação da concentração deste ácido é feita por titulação com solução de NaOH.

O ácido acético é obtido por oxidação, pelo ar, de vários hidrocarbonetos ou


do aldeído acético. A acidez do vinagre é proveniente da oxidação do álcool etílico a
ácido acético, ou mesmo por fermentação mal controlada onde pode ocorrer uma

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fermentação acética paralela pelo Micoderma aceti, que transforma a sacarose em ácido
acético.

1.5. Titulação

O processo denominado titulação consiste de determinar a concentração de


uma solução problema (ou a quantidade de soluto nela existente) pela medição do
volume de uma segunda solução, de concentração já conhecida (solução padrão), que
reage com a primeira. Conhecendo a equação química que representa a reação que
ocorre entre as duas soluções e o volume de solução padrão utilizado na titulação, é
possível obter a concentração da solução problema.

A reação que ocorre entre a solução padrão e a solução problema deve


preencher alguns requisitos, dentre os quais:

- ser extremamente rápida, ou seja, ao gotejar a solução padrão na solução problema a


reação deve atingir o equilíbrio rapidamente, para que não interfira na observação do
ponto final da reação;

- possuir uma equação química bem definida, isto é, não possuir reações intermediárias
ou paralelas entre a solução padrão e a solução problema, pois são fontes de erros;

- permitir a detecção do ponto final do processo, como por exemplo através do uso de
indicadores visuais.

1.6. Objetivos

Os objetivos deste experimento serão determinar a densidade do vinagre e


então fazer a verificação da acidez total de uma amostra vinagre.

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2. PROCEDIMENTOS

2.1. Materiais utilizados

- Balão volumétrico de 25,00 mL;

- Amostra de vinagre de concentração (acidez) a ser determinada;

- Bureta de 25,00 mL;

- Solução de hidróxido de sódio (NaOH) que fora obtida em experimentos anteriores;

- Pipeta volumétrica de 2,00 mL;

- Erlenmeyer de 250,0 mL;

- Indicador fenolftaleína;

2.2. Determinação da densidade do vinagre

Primeiramente foi determinada a massa de um balão volumétrico de 25,00


mL limpo e seco em uma balança semi analítica. O valor encontrado foi anotado para
posterior conferência.

A seguir, o balão volumétrico foi preenchido com uma amostra de vinagre


até a marca de graduação, de forma que o menisco do líquido tangenciasse a aferição do
balão.

O balão volumétrico foi então novamente pesado, sendo que a massa


encontrada foi anotada. A partir das massas anotadas (do balão volumétrico vazio e do
balão volumétrico preenchido com vinagre) foi determinada a massa de vinagre contida
no balão. Tendo o volume e a massa da amostra de vinagre, foi encontrada a densidade
da amostra de vinagre.

2.3. Acidez total do vinagre

Primeiramente uma bureta de 25,00 mL foi lavada por 3 vezes com


pequenas quantidades de solução de hidróxido de sódio (NaOH), que no caso era um
padrão secundário. A solução de hidróxido de sódio foi escoado da bureta antes que ela
fosse novamente preenchida.

A bureta foi fixada a um suporte universal com o auxílio de uma garra


metálica. Em seguida preencheu-se a bureta com solução de hidróxido de sódio (o
titulante, padrão secundário) até ultrapassar levemente o zero da escala. A seguir, a

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torneira da bureta foi aberta para preencher a extremidade inferior da bureta e o líquido
foi escoado até que tangenciasse a marca zero na escala.

Com o auxílio de uma pipeta volumétrica de 2,00 mL uma amostra de


vinagre foi coletada e transferida para um erlenmeyer de 250,0 mL.

Foi acrescentado ao erlenmeyer cerca de 50 ml de água destilada e três gotas


de fenolftaleína. A solução foi então homogeneizada. O erlenmeyer foi então
posicionado abaixo da bureta.

Abriu-se a torneira da bureta e deixou-se a solução titulante escoar gota a


gota, enquanto o erlenmeyer era agitado circularmente. Ficou-se atento à mudança de
coloração da solução, fechando-se quase que imediatamente a torneira da bureta quando
a solução mudou de cor. O volume de titulante gasto na neutralização foi conferido na
bureta e anotado.

A operação acima foi repetida por mais duas vezes para que fosse obtido um
volume médio de titulante gasto na neutralização.

Assim, a massa de ácido acético no vinagre foi determinada e em seguida


determinou-se a acidez da amostra de vinagre, comparando-a com a acidez impressa no
frasco.

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3. RESULTADOS

3.1. Experimento 01: Densidade do vinagre

A tabela abaixo apresenta os dados referentes às pesagens realizadas para


determinar a densidade do vinagre avaliado:

Tabela 1: Massas pesadas para determinação da densidade.

mbalão vazio mbalão+vinagre mvinagre

23,70 ± 0,005 48,73 ± 0,005 25,03 ± 0,005

A partir desses dados, a densidade foi calculada:

= , = =

25,03
= = = 1,0012 .
25,00

3.2. Experimento 02: Acidez total do vinagre

Para calcular a quantidade de matéria necessária de NaOH para titular 2,00


mL de vinagre, foi feito o cálculo abaixo, sabendo que o volume escoado de solução
NaOH foi de 15,5 mL e que sua concentração, de acordo com o frasco, era de 0,1016
mol.L-1:

= → 0,1016 = → = 0,00157
0,0155

A proporção estequiométrica da reação entre vinagre (ácido acético) e NaOH é


de 1:1, portanto, havia 0,00157 mol de ácido na amostra de vinagre.

+ → +

Calculando a massa de vinagre:

( ) = 2 ( ) + 2 ( ) + 4 ( )

( ) = 60,0 .

9
1 → 60,0

0,00157 →

= 0,0942

O procedimento foi repetido por mais duas vezes, para poder obter a média
dos resultados e diminuir o erro. O resultados das três medidas encontram-se abaixo em
forma de tabela:

Tabela 2: Resultados dos cálculos nas repetições do experimento.

Medida VNaOH escoado (mL) nNaOH (mol) nCH3COOH (mol) mCH3COOH (g)
1 15,50 0,00157 0,00157 0,0942
2 15,20 0,00154 0,00154 0,0924
3 15,50 0,00157 0,00157 0,0942

A partir das massas, foi feito o seguinte cálculo para se obter a média (com
respectivo desvio):

∑ 0,0942 + 0,0924 + 0,0942


= → = → = 0,0936
3

= é ; = ó 1 à ;

= çõ .

O desvio foi calculado em seguida:

∑ ( − )
= → = 0,00103
−1

= ã .

Logo, a massa de ácido acético foi de:

= 0,0936 ± 0,00103

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Em seguida, foi calculado a porcentagem mássica de ácido acético no
vinagre.

% = 100

% = á , = á . é

Foi calculado a porcentagem para as três medidas feitas e, posteriormente, a


média das porcentagens com respectivo desvio padrão. Os resultados encontram-se
abaixo, em forma de tabela:

Tabela 3: Porcentagem mássica de ácido acético nas medidas.

Medida %P
1 4,71%
2 4,62%
3 4,71%

A média das porcentagens e o desvio padrão foram calculados em seguida:

∑ 4,71 + 4,62 + 4,71


% = → % = → % = 4,68%
3

∑ (% −% )
= → = 0,05
−1

Assim, a porcentagem mássica de ácido acético no vinagre foi de:

% = 4,68 ± 0,05%

3.3. Discussão acerca dos resultados

Como o rótulo do vinagre marcava a porcentagem em massa de ácido


acético como 4,2% e o resultado obtido na porcentagem do experimento foi 4,68%,
verifica-se uma pequena alteração, não muito significativa. Essa diferença entre as
porcentagens pode-se dever ao fato de alguns erros durante o desenvolver do
experimento, como na titulação. Ao adicionar o indicador, deve-se parar em uma cor
intermediaria entre a cor em meio básico e a cor em meio ácido. Foi utilizada a
fenolftaleína, que é incolor em meio ácido e rosa em meio básico. Quando os membros

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de uma equipe avaliam a cor que se encontra a solução, há divergências de opiniões
sobre a cor exata da solução. Sendo assim, durante a realização das três repetições,
ocorreu variação do ponto onde a solução seria considerada neutra, fazendo variar os
resultados, chegando-se, então, a uma porcentagem mássica diferente da descrita no
rótulo. Além disso, pode-se considerar o fato de que o vinagre utilizado em laboratório,
por ser utilizado em várias aula, sofreu uma alteração em sua porcentagem de ácido
acético, devido a adição de outras substâncias ou resíduos, durante o procedimento de
pipetar o vinagre diretamente do frasco, por exemplo. Com esse fato, a porcentagem de
ácido acético estaria afetada.

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4. CONCLUSÃO

4.1. Experimento 01: Densidade do vinagre

Com o resultado obtido, percebe-se que a densidade do vinagre é bem


próxima da densidade da água. Assim, o objetivo foi alcançado com sucesso, pois a
densidade esperada era cerca de 1g/mL.

= 1,0012 .

4.2. Experimento 02: Acidez total do vinagre

Apesar do resultado obtido não ser exatamente o do rótulo do vinagre, a


acidez total da amostra foi satisfatória. A medida da porcentagem mássica de ácido
acético no vinagre foi de 4,68%, valor próximo ao esperado.

À luz do exposto acima, pode-se dizer que a acidez do vinagre é baixa,


tendo em base que o ácido acético, além de estar em baixa concentração na amostra, é
um ácido fraco.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. FELTRE, Ricardo; Química Geral 1; 6ª edição; Moderna; São Paulo; 2004.


2. ATKINS, P. W.; JONES, L. L.; Chemical Principles. 4th edition; W. H. Freeman
and Company; USA; 2008.
3. LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA; CENTRO DE
CIÊNCIA EXATAS; DEPARTAMENTO DE QUÍMICA.
4. http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinagre consultado em 29/05/2010

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