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M a n u a l p a r a

Currais em Cordoalha
Cordaço
Número de fios: 7
Comprimento (mín.): 500m
250m Com a cordoalha de aço Cordaço, você reduz os custos
Peso líquido aprox.: 100kg (500m) da construção de um curral em até 60%, se comparados
50kg (250m) aos custos dos currais convencionais de réguas de
Carga de ruptura (mín.): 2.500kgf madeira. E o Cordaço ainda é mais ecológico, tem sua
Zincagem: Camada pesada manutenção mais fácil, além de oferecer durabilidade,
Diâmetro da cordoalha: 6,40mm modernidade e beleza para o seu curral.

Produtos em Arame Liso


Parafuso Esticador para Cordaço Belgo-Laço Cordaço

Utilizado junto com o Belgo-Laço, o Parafuso Esticador É a alça resistente à tração e à umidade que permite o
tem grande resistência, pois é fabricado a partir de barras arremate de cordoalhas. Cada tipo de cordoalha tem uma
de aço de alta qualidade, zincada a fogo. Uma espessa alça específica que pode ser reaproveitada. O Belgo-Laço
camada protetora de zinco garante sua durabilidade. tem zincagem tipo Motto, que é sinal de economia e dura-
bilidade.

Comprimento total: 400mm (incluindo parte Zincagem: Camada pesada


rosqueada de 150mm) Diâmetro: para cordoalhas
Diâmetro: 11,20mm de 6,40mm
Peso: 0,40kg Resistência: 2.500kgf
Carga de ruptura (mín.): 2.500kgf Peso líquido aprox.: 0,140kg
Revestimento: Zincagem a fogo
conforme norma
NBR 6323
Acondicionamento: Caixa com 50 unidades
CurraisInstruções
de Cordoalha
para montagem
Currais de manejo de bovinos inadequados afetam as instalações de manejo de bovinos adequadas à atividade
atividades diárias e a produtividade do rebanho, e aumentam pecuária, bem como melhorar a eficiência do manejo no
os riscos de acidentes com as pessoas e os animais. curral, inclusive fazendo possíveis melhorias no curral
Este manual tem o intuito de colaborar na construção de existente na fazenda.

Manejo dos animais


Efeitos do estresse em bovinos: redução do ganho de peso; baixa outras distrações na ponta funcionam muito bem para tocar o
performance reprodutiva; redução da resistência a doenças; gado dentro do curral.
menor qualidade da carne. • Ocupe no máximo 3/4 da área da seringa. Os animais necessi-
• Seja paciente; respeite os animais. Movimente-se com tam de espaço para se virarem.
calma e evite movimentos bruscos e barulhos quando entre • Elimine distrações visuais. Seringa, tronco coletivo e embar-
animais. cadouro devem ter cercas inteiriças (réguas justapostas, sem
• Movimente lotes reduzidos de animais (mais fáceis de serem espaçamento).
manejados). • O gado pode evitar mover-se de uma seringa iluminada pelo sol
• Respeite o comportamento natural dos animais ao manejá-los. a um tronco sombreado. Estenda o tronco para fora da cobertu-
Use o instinto de rebanho no manejo. Evite deixar um animal ra ou cubra a área da seringa. Devem-se evitar contrastes
isolado. acentuados de cores e de sombra e luz nas instalações.
• Reduza o barulho. Evite gritos, assovios e estalos de chicote. • Use adequadamente o tronco de contenção, com pressão sufi-
Examine o funcionamento de dobradiças, tronco de contenção ciente para conter o animal (sem excesso ou falta).
etc. (sons de ferragens assustam os animais). Trabalho em • Acostume o gado a sair calmamente do curral para o pasto.
silêncio é importante. • O manejo adequado do gado deve ocorrer desde o momento
• Retire os cães do local de trabalho. em que nascem. Para qualquer categoria, a primeira experiência
• Elimine o uso de ferrões. O uso de varas com tiras de plástico ou em um curral deve ser a mais tranqüila possível.

Planejando o curral
A topografia deve ser plana ou levemente ondulada. Evite assim Currais circulares são recomendados pela vantagem da
serviços de terraplanagem com máquinas. As águas devem ter ausência de cantos perdidos, o que permite um fluxo mais
rápido escoamento. rápido dos animais.
O terreno deve ser seco e de boa drenagem, para permitir rápida A área do setor de serviço (e o corredor de circulação, caso haja)
secagem após chuva ou manejo do gado. Terrenos arenosos são deve ser excluída no cálculo da área em relação ao número de
bons nestes aspectos. Terrenos argilosos exigem obras de animais a serem manejados. A permanência dos animais por
drenagem que encarecem a construção. muito tempo no curral é antiprodutiva. Assim, a não ser em
A posição em relação aos pastos deve ser o mais eqüidistante condições específicas, não são necessários currais muito grandes.
(central) possível. Propriedades muito grandes exigem mais de um Em propriedades grandes, deve-se construir mais de um curral.
curral. Uma distância razoável de residências é recomendável para Em fazendas com operações variadas, use a dimensão de 1,90m2
evitar poeira e barulho. É importante ter boas estradas de acesso por cabeça.
durante o ano inteiro. Como citado, o curral deve ser planejado de acordo com os
Suprimento de água é fundamental; o de energia elétrica é de objetivos e preferências do pecuarista, as características da
grande importância. fazenda e os materiais disponíveis.

Componentes dos currais


a) Curraletes
b) Corredor de circulação
fig. 1
c) Seringa Encaminha os animais ao tronco coletivo e/ou embar-
cadouro. É recomendável que a área seja em forma de trapézio
retângulo (um lado reto), semicircular ou 3/4 de círculo (fig. 2).
Seringas em forma retangular ou de trapézio com ambos os lados
angulados dificultam o manejo, pois os animais podem se com-
primir para entrar no tronco (fig. 3).
A seringa em curva com porteira e cercas de réguas justapostas
(sem espaçamento) é a mais efetiva, pois leva o animal a ver o tron-
co como única saída. Pode-se controlar com a porteira a área da
seringa. No entanto é importante acentuar que a porteira na seringa
Patente em curva não deve ser utilizada para empurrar os animais.
requerida
Se um animal se virar, ele precisa de espaço para direcionar-se
novamente para o tronco. Deve-se ocupar no máximo metade a 3/4
da área da seringa.
fig. 2

fig. 5

f) Tronco de contenção/Brete (mecânico ou hidráulico)


Com “braços” de imobilização e portões de acesso para o
animal, localiza-se após o tronco coletivo. Permite tratamento
fig. 3 individual, como cirurgias, diagnóstico de gestação, marcação
etc, quando é necessária uma imobilização do animal. Existem
também modelos tipo “balança-tronco”, em que a balança é
integrada ao tronco de contenção, o que aumenta a área útil do
curral e pode facilitar o trabalho de apartação em um curral bem
planejado (fig. 6).

d) Embarcadouro Deve ser de cercas sem espaçamento entre


as réguas para impedir distrações visuais e com uma passarela na
lateral. A localização varia conforme o curral, por exemplo, após o fig. 6
setor de serviço ou diretamente na entrada do tronco coletivo ou da
seringa. Dessa forma, os animais movem-se melhor. Um “pára-
choque” é importante para evitar um buraco entre o veículo e a rampa.
e) Tronco coletivo Pode ser em curva ou reta. Encaminha os ani-
mais para o tronco de contenção individual e balança. É usado para g) Balança (mecânica ou eletrônica) A balança individual é
serviços em grupo, como vacinação, vermifugação etc. Uma pas- mais adequada, principalmente para controle de desenvolvi-
sarela para que o funcionário possa ver e acompanhar o gado deve mento ponderal. Num espaço menor, o animal movimenta-se
ser construída na lateral de dentro da área de serviço, desde o início menos, o que facilita o trabalho. Pode ser bastante prático o uso
da seringa até o final do tronco coletivo. O ideal é trabalhar com no de balança eletrônica portátil (em geral barras de aço que se
máximo 8 a 10 animais por vez. encaixam em uma plataforma), que inclusive pode ser colocada
O mais eficiente é o tronco em curva com cercas de réguas justapostas sob o tronco de contenção.
(sem espaçamento), que facilita e
reduz bastante o tempo de trabalho h) Apartadouro (ou ovo)
pelo fluxo mais rápido dos animais. i) Porteiras Conforme o modelo do curral, são recomendáveis
Este modelo tira vantagem de um porteiras que se abram para os dois lados, o que é
comportamento natural dos ani- determinado pelo modelo da dobradiça. No caso da
mais - a movimentação em círculo, seringa em curva, a dobradiça deve permitir uma abertura
como se estivessem voltando ao de 270º a 360º (3/4 a uma volta completa).
ponto de onde saíram - e impede
que eles vejam o tronco de con- Tronco de IA (Inseminação Artificial) - Ainda pouco
tenção (um beco sem saída) até conhecido no Brasil, é utilizado para IA e diagnóstico de ges-
que estejam quase em sua entrada tação. Objetiva conter a fêmea individualmente. Fechado
(fig. 4). As cercas inteiriças não nas laterais, na frente e por cima, tranqüiliza o animal, o que
deixam que os animais se fig. 4 facilita o serviço e diminui o nível de estresse da matriz
assustem com distrações do lado (fig. 7). Estresse e excitamento excessivos podem diminuir
de fora do tronco. acentuadamente a taxa de concepção.
Os troncos podem ter uma seção retangular (lados retos) ou
trapezoidal (lados inclinados - metade ou inteiros). O segundo
modelo é recomendável quando se trabalha com animais
adultos e jovens, pois evita que o animal jovem tente se virar para
retornar no tronco. Lados inclinados podem ser um problema
com animais agitados, que costumam deitar-se no tronco.
Com laterais retas, pode-se adaptar a colocação de painéis
de madeira (por exemplo, de madeira compensada) para
estreitar o tronco quando se for trabalhar com animais jovens
(fig. 5).
fig. 7
O tronco pode ser único (para um animal) ou para mais de um ani- ter uma “cortina” em lona ou saco de pano, por exemplo, para
mal (em linha ou paralelos), em geral como uma saída alternativa escurecer o tronco. No caso de animais arredios, pode-se
para o tronco coletivo. Não existem braços de imobilização como no adaptar a instalação para permitir o contato deles com um ani-
tronco individual, para que o animal permaneça calmo e não tente mal manso, o que acalma a matriz a ser inseminada. Depois do
livrar-se da contenção. Na parte de trás, uma porteira para proteção serviço, a rês sai por uma porteira frontal. A construção e o uso
de coices e uma corrente com distância regulável são suficientes de um tronco como este podem ser um ótimo investimento.
para evitar recuo. Descendo a cobertura na parte de trás, pode-se

Construção de currais com cordoalha


Preparo do terreno e locação: usar régua gabarito, seguindo-se as medidas recomendadas na
• Limpar o terreno usando trator de esteira ou o equipamento figura 9 (espaçamento de baixo para cima: 25 / 7 x 20 / 35cm ).
disponível. Os furos podem ser feitos antes ou depois de fixar os esteios. É
• Localizar o eixo de serviço no sentido leste-oeste (nascimento e
pôr- do-sol), o que permite sombra durante a maior parte do dia na
área coberta.
• Na demarcação do curral, definir onde será o embarcadouro (uma
pequena estaca na posição de cada esteio). Usando este ponto
como referência, marcar um segundo ponto de referência (em
currais circulares, o centro do curral). Com a planta em mãos e as
distâncias especificadas, marcar as cercas externas e internas
com uma faixa de cal, por exemplo.
Piso - A área de serviço é concretada com acabamento semi-áspero
e com frisos. Em terrenos arenosos, curraletes e corredor de circu-
lação ficam ao natural, podendo ser compactados com cascalho. fig. 9
Em terrenos argilosos, abre-se uma caixa de 8 a 10cm onde é
colocada uma mistura de areia grossa e cascalho. O piso de
paralelepípedos, além do risco de acidentes, tem um custo muito
mais alto que o encascalhamento. recomendável furar depois, para evitar o risco de falta de alinha-
mento dos furos por desnível do terreno ou desalinhamento na
Material básico necessário - Nas cercas externas e colocação dos esteios. Nos esteios onde houver cruzamento de
subdivisões, recomenda-se o uso de Cordoalha de aço cordoalhas, deslocam-se os furos 2cm na vertical para evitar
Cordaço, Parafuso Esticador para Cordaço, Belgo-Laço cruzamento com os do outro lance. É fundamental que nos
Cordaço (arremate), esteios e travamentos de madeira. esteios onde a cordoalha irá “retornar”, a saída dos furos seja
Esteios - Tradicionalmente sempre foram usados esteios em em diagonal para evitar rachadura da madeira (fig. 10).
madeira de lei, variando a espécie conforme a região. Em função de
custos, leis de preservação ambiental e disponibilidade, hoje é largamente
utilizado o eucalipto tratado, que substitui sem nenhum problema as
madeiras tradicionais. Sua vida útil é acima de 20 anos e apresenta
homogeneidade de formas, o que evita lapidações ou acertos.
Os esteios têm normalmente 3m de comprimento, dos quais 1m
é enterrado (cercas de 2m). Recomendam-se esteios de seção
circular, com diâmetro de 14 a 16cm.
A 10cm do topo do esteio, abre-se um buraco (escareamento) para
encaixe do travamento (circular: 8cm diâmetro x 3cm profundidade).
Para um alinhamento correto dos encaixes de cada lado, antes fura-
se o esteio a 15cm do topo. O furo será referência do ponto central
dos encaixes. Em cercas circulares, devem-se fazer os dois encaixes
virados ligeiramente para um lado (fig. 8). fig. 10
Travamentos - São travas de madeira roliça de cerca de
10cm x 2,5m encaixadas entre os esteios para uma melhor
estabilidade longitudinal. Podem-se também usar réguas para
este travamento (ex.: 4cm x 10cm ou 3cm x 15cm), mantendo-se
a distância de 10cm do topo do esteio e obviamente alterando
a medida do buraco de encaixe citada.
Colocação dos esteios e travamentos - Os buracos dos
esteios devem ser feitos com trator ou ferramenta disponível nos
pontos marcados previamente. O diâmetro dos buracos deve
ser pelo menos 2,5 vezes o diâmetro do esteio. Quanto mais
largo for o buraco, melhor a fixação do mourão (maior volume
fig. 8 de compactação).
Conforme o tipo de terreno, é recomendável não abrir dois bura-
cos muito próximos (ex. para os esteios das porteiras corrediças
Este serviço deve ser feito antes de se posicionarem os esteios nos do tronco) se estiver sendo utilizado trator para furar o terreno,
buracos. O uso de furadeira elétrica com uma serra de copo (broca pois a vibração do trator pode desmoronar a terra entre os dois
tipo serra) facilita em muito este trabalho. buracos. Fure o segundo manualmente com ferramenta própria.
Os esteios devem ser perfurados a partir de 35cm do topo para a Primeiro coloque e fixe os últimos esteios de cada lance de cor-
passagem da cordoalha Cordaço. São 8 furos, um a cada 20cm, doalha (cantos nos currais retangulares). Para auxiliar a estabili-
com broca 1/2’’ (furadeira elétrica, motosserra ou trado). Deve-se dade, estes esteios devem ser calçados usando “travesseiros”
com cerca de 50cm de comprimento, que podem ser feitos com os
travamentos posicionado-os perpendicularmente em relação à
direção de maior tração do esteio (fig. 11). Nestes e nos esteios de
sustentação das porteiras, deve-se compactar com pedras ou
mesmo concretar. Se for concretar, deve-se usar viga baldrame, pois em
volta do concreto não há compactação, o que diminui sua eficiência.
É necessário sempre usar o prumo para um alinhamento correto.

fig. 15

A partir do primeiro furo superior, deve-se passar a cordo-


alha por todos os esteios do lance até o último e retornar
fig. 11 pelo furo de baixo, passando por todos os esteios e colo-
No caso de cercas circulares, coloque travesseiros de apoio cando a extremidade sob a marca colorida da perna menor
em todos os esteios entre os esteios de arremate e retorno da do Belgo-Laço correspondente. Coincidindo as marcações
cordoalha, posicionando-os em relação ao centro do círculo (fig 12). da perna menor e da perna maior do Belgo-Laço, aplique a
perna maior sobre o cabo até que as pontas estejam com-
pletamente encaixadas na cordoalha (fig. 16).

fig. 16
fig. 12
Após fixar os últimos esteios de cada lance de cordoalha, coloque os
outros esteios e alinhe a altura com os cantos, posicionando-os
provisoriamente com um pouco de terra.
A cada dois esteios, deve-se medir a distância entre os encaixes e
acertar o comprimento e o diâmetro da ponta (trav. circular) do travamen- Usando um esticador (A) próprio para cordoalhas preso ao
to a ser usado. Para o comprimento, deixam-se 2cm a mais (fig. 13). esteio de retorno, estica-se a cordoalha de baixo. A mesma
operação com a cordoalha de cima com um segundo esticador
(B) preso ao esteio de arremate deve ser feita (fig. 17).

fig. 17

fig. 13

Ao tensionar a cordoalha, este excesso auxilia o travamento. Para


acertar o diâmetro, pode-se usar a mesma serra broca do encaixe.
Para marcar, retire o excesso com plaina elétrica ou manual. Depois
de encaixados os travamentos ao longo de todo o lance, devem-se
alinhar os esteios a partir dos cantos mais uma vez e socar para fixá- Dessa maneira, evita-se que o curso da rosca do parafuso seja
los em definitivo. Este processo é seguido para cada lance de cerca. perdido no tensionamento de arremate, o que proporciona maior
curso para manutenção posterior. A seguir, confere-se o ponto
Colocação da cordoalha Cordaço - Onde for colocado o para- da cordoalha que coincide com a marca colorida da perna
fuso esticador, deve-se escarificar o esteio do lado da rosca para que menor do Belgo-Laço correspondente, corta-se a cordoalha e
a porca e a arruela não fiquem expostas (fig. 14). Pode-se usar segue-se o processo de arremate explicado anteriormente.
furadeira elétrica com uma broca chata para madeira. Terminado este arremate, deve-se soltar o esticador (B) do esteio
de tração e apertar a porca do parafuso esticador correspon-
dente, mantendo-se a tensão. Solte o esticador (A) do esteio de
retorno da cordoalha e aperte a porca do parafuso esticador.
Serre as pontas em excesso dos parafusos. Esta operação deve
ser mantida nos furos seguintes.
Colocação das porteiras - As porteiras devem ter 1,80m de
altura, variando a largura, em geral 2 a 3m para as externas, 2 a
fig. 14 2,5m para as internas, 0,80 a 1m para o apartadouro e 3,5m
para a seringa em curva.
É importante instalar as porteiras logo após fixar os “coiceiros”
O primeiro passo é colocar os parafusos esticadores em seus (esteios de fixação das porteiras) e antes de se fixarem os
lugares nos esteios de tração e introduzir a alça do Belgo-Laço no “batentes” (esteios onde se fecham as porteiras). Caso a insta-
olhal. Devem-se deixar as porcas em posição de aperto inicial para lação seja feita depois que todos os esteios estiverem fixos, será
a posterior manutenção da tensão da cordoalha (fig. 15). necessária a retirada de esteios para ajuste da porteira, caso
tenha ocorrido algum erro na marcação.
Construção do setor de serviço
Todo o setor de serviço deve ser de réguas / tábuas (15cm x 3cm; no máximo 8 a 10 animais por vez. A parte inferior da cerca deve
comprimento variável) de madeira sobre esteios de madeira, com ter uma distância de 10 a 15cm do chão. Deve ser feita uma pas-
cobertura. Seringa, embarcadouro e tronco coletivo devem ter sarela ao longo da seringa e do tronco coletivo com 45cm de
cercas inteiriças de réguas justapostas, para evitar distrações largura e de 0,90 a 1m abaixo da borda superior da cerca.
visuais aos animais e facilitar o seu fluxo. Para uma cerca de Para o tronco em curva, o raio em relação à cerca interna do tron-
1,80m de altura, utilizando-se réguas de 15cm, são necessárias co deve ser entre 3,5m e 5m, com um ângulo de 180º. Um animal
11 réguas justapostas (15cm de distância do piso) Podem-se na entrada do tronco deve ser capaz de ver de 2 a 3 animais na
usar 10 tábuas, deixando-se um espaçamento de 15cm abaixo frente. Se a curva inicia-se logo a partir da seringa, a rês visualiza
da primeira superior. Seringa e tronco coletivo em curva são os como se fosse um beco sem saída e hesita seguir. Os 3 a 4
mais eficientes pois evitam que os animais vejam o final do tronco. primeiros metros do tronco devem ser em reta para então
Mas é importante seguir as medidas recomendadas (figura 18). iniciar-se a curva (fig. 18). As figuras 20, 21 e 22 mostram o
corte transversal e dimensões de três modelos de tronco.

fig. 20

fig. 21

fig. 18

Seringa - Na seringa em curva, o raio/porteira deve ser de 3,5m


(fig. 18). Deve-se fazer um portão de acesso ao setor de serviço
(45cm de largura) logo antes da seringa.
Embarcadouro - É um tronco com medidas de 3,5m (comp.)
x 0,75m (larg.) x 1,80m (alt., a mesma do tronco coletivo). Em
terrenos planos, o embarcadouro é feito sobre uma rampa
ascendente de 1m de altura, que pode, entretanto, variar (fig. 19).
fig. 22
fig. 19

As laterais da rampa podem ser de alvenaria de tijolo ou concre-


to, aterrado por dentro. O piso é concretado com acabamento Devem-se ter portões corrediços na entrada e na saída (este,
semi-áspero e com frisos para um bom apoio dos animais. Uma inteiriço, para bloquear a visão do animal) do tronco. Os portões
opção é adaptar no final do embarcadouro uma plataforma de devem correr para a área externa.
madeira com altura ajustável para atender a diferentes veículos.
As cercas devem ter uma passarela lateral. Também pode-se Tronco de contenção e balança - Encontram-se facilmente no
fazer uma porteira (inteiriça) de correr no final do embarcadouro. mercado, de diversas marcas e modelos. É fundamental saber
O direcionamento do embarcadouro pode ser em reta ou em suas dimensões e seu modelo no momento de desenhar a plan-
curva (mais eficiente). Logicamente adaptações de materiais e ta do curral. O tronco de contenção deve ser construído logo
construção podem ser feitas. É importante um pára-choque (ex. após o tronco coletivo. No caso de tronco em curva, ele deve ser
tira de pneu velho) no embarcadouro para evitar danos ao veícu- logo no final da curva (figura 19).
lo e um vão que pode provocar ferimentos nos animais.
Cobertura - Todo o setor de serviço deve ser coberto, com pé
Tronco coletivo - Comprimento de 6 a 15m e largura de 70cm direito de 3 a 3,5m.
para bovinos adultos (45cm para animais jovens até 270kg).
Geralmente 1,5m de comprimento por animal adulto (1m/bezer-
ro). É recomendável tronco com comprimento para trabalhar com
Modelos de currais e relação de materiais

- Curral retangular 1 (175 cabeças) - patente requerida - Curral retangular 2 (250 cabeças) - patente requerida

Especificações curral 1 curral 2 curral 3 curral fig. 1


Cordoalha Cordaço (m) 920 1000 1480 1420
Parafuso Esticador para Cordaço 70 106 97 97
Belgo-Laço 70 106 97 97
Esteio ø 14-16cm x 3,0m 66 87 112 117
Esteio 4,0m (embarcadouro) 6 6 6 6
Travamento 2,5m (máx.) 42 45 70 70
Régua 1,5m (máx.) 90 70 170 220
Régua 2,0m (máx.) 130 200 180 180
Porteira externa 2,5m 4 6 3 3
Porteira interna 2,0m 2 4 8 8
Porteira da seringa 2 2 - -
Porteira da seringa 3,5m - - 1 1
Porteira do embarcadouro 1 1 1 1
Porteira corrediça do tronco 1 1 1 1
Porteira de apartação 2 6 6 6
Porteira de acesso à seringa - - 1 1
Tronco de contenção
conjugado com balança 1 - 1 -
Tronco de contenção - 1 - 1
- Curral circular 3 (235 cabeças) - patente requerida Balança individual - 1 - 1

Dimensões (metros)
Use dimensões para >540kg para trabalho com vaca+bezerro e leve em consideração as características do porte do rebanho.

< 270kg 270-540kg >540kg < 270kg 270-540kg >540kg


Curraletes (m /animal)
2
1,30 1,60 1,90 Cerca do tronco (altura)
Tronco (comp./animal) 1,00 1,50 1,50 Gado manso 1,40 1,50 1,50
Tronco seção retangular Gado arredio 1,70 1,80 1,80
Largura 0,45 0,60 0,65 a 0,70 Profundidade mín. 0,75 0,75 0,75
Comprimento mín. 6,00 6,00 6,00 Cerca do curral (altura)
Tronco seção inclinada Gado manso 1,50 1,70 1,70
Largura inferior 0,35 0,40 0,45 Gado arredio 1,80 2,00 2,00
Largura superior 0,45 0,60 0,70
Comprimento mín. 6,00 6,00 6,00 Mais informações, planta em escala e outros manuais:
0800 31-0513
Observações w w w. b e l g o b e k a e r t . c o m . b r

• Materiais para cobertura, cercamento do setor de serviço, passarela e piso não constam das relações.
• Foram consideradas cercas de 10 réguas (15 x 3cm) no setor de serviço.
• Para orientação quanto a proteção contra raios, consultar o informe técnico “Manual de proteção de cercas e currais contra raios”.
• Na relação de Cordoalha, Parafuso Esticador e Belgo-Laço foi acrescida uma pequena margem de erro. Os outros materiais estão com o número exato.
A S A

Manual elaborado pela equipe de assistência técnica Belgo Bekaert e por Paulo C. N. Costa, Médico Veterinário, PgDip - pcost@uol.com.br

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