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Sendo assim, entre as profissionais pesquisadas, constatamos que sua prática vem cada
vez mais evidenciando a clareza de que a educação é um meio fundamental para o
desenvolvimento da consciência social dos cidadãos, para o (re)conhecimento e a
(re)definição de seus direitos e deveres. Assim como o saber do conhecimento sobre os
direitos e os deveres dos indivíduos na sociedade possibilita uma tomada de consciência
que o leva a se organizar em grupo nas lutas pelos direitos sociais (GOHN, 1999).
Dessa forma, podemos tecer algumas considerações e (re)flexões a partir desse estudo
de que o conceito de pedagogia/orientação educacional e, portanto, da sua prática,
modificou-se com o tempo, mas não se modificou a essência da Orientação, que é ajudar
o outro no seu projeto de vir-a-ser. Esse outro não é um indivíduo qualquer, mas uma
pessoa, um ser humano real, concreto, histórico que se move na teia de relações que o
sujeito e o pedagogo orientador educacional estão contextualizados, ou seja, a
orientação educacional colabora com o individual, mas não deixando, em momento
algum, de olhar para o individual inserido no coletivo, no político e no social. O pedagogo
orientador educacional tem um compromisso explícito com os valores políticos da
educação que buscam colocar o ser humano como o centro de toda medida onde a
pessoa humana é definida não só nos discursos políticos, mas também, na ação das
políticas, como o valor fonte da educação.