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Oligarquia

O traço mais saliente dessa primeira fase republicana encontra-se no fato de que a
política esteve inteiramente dominada pela oligarquia cafeeira, em cujo nome e
interesse o poder foi exercido. A política do café com leite foi um programa nacional,
realizado na república velha por dois estados que se completavam, um muito rico e
importante em cultivo de café, já o outro um dos maiores estados produtores de
leite, e que tinha o maior centro eleitoral, sendo eles: São Paulo e Minas Gerais
respectivamente. Essa política marcou toda a República Velha, alternando
presidentes mineiros e paulistas no poder.

Ditadura moderna
O regime ditatorial moderno quase sempre resulta de convulsões sociais profundas,
geralmente provocadas por revoluções ou guerras. As ditaduras são normalmente
impostas por movimentos de poder, seja militares ou revolucionários, que detêm
poder de fogo e o usam contra o sistema estrutural, anteriormente utilizado por uma
sociedade; estas se impõem em golpes de estado. Geralmente, a imposição do
movimento que resulta neste regime de exceção é em função da defesa de
interesses minoritários, econômico-financeiros, étnicos, ideológicos e outros. Nem
sempre as ditaduras se dão por golpe militar, podem surgir por golpe de estado
político; exemplo de movimento desta ordem se deu quando ocorreu a ditadura
imposta por Adolf Hitler na Alemanha nazista e a ditadura fascista de Mussolini, na
Itália. Foi quando o golpe se desencadeou a partir das próprias estruturas de
governo; foram aproveitadas as debilidades de um sistema falho e entraram partidos
cujas ideologias não eram democráticas. Portanto, uma vez instalados no poder, lá
permaneceram e se impuseram à vontade popular, suprimindo os demais partidos e
oposições, portanto, a democracia.

Portugal e a Revolução dos Cravos


Em Portugal, Antônio de Oliveira Salazar instaurou uma ditadura que começou em
1926 e só terminou em abril de 1974 com a Revolução dos cravos, feita pelo
exército, que, assim, tornou possível a democratização do país.

África e Ásia
Na África e Ásia muitas são as ditaduras que oprimem os povos a elas submetidos,
não importando a orientação ideológica: na China, Mao Zedong tomou o poder
depois de expulsar para a ilha de Formosa (Taiwan) o exército do general Chiang
Kai-shek, no Irã, a ditadura do Mohamed Reza Pahlevi, derrubado em 1979 por uma
revolução fundamentalista muçulmana; na Indonésia, a do general Sukarno, seguida
pela do general Suharto; nas Filipinas, a de Ferdinand Marcos, obrigado a
abandonar o país em 1986. Na África, se destacam Moçambique e Angola, entre
tantas outras.

As ditaduras da América Latina


Na América Latina, a história é recheada de ditaduras, golpes e contra golpes,
revoluções e contra-revoluções. O principal é o caudilhismo, que consiste na
glorificação de um líder e na construção de um partido em torno dele e não de
convicções políticas, ou ideologia. Depois, com a polarização causada pela guerra
fria, ficou claro que esta desculpa fora utilizada para manter os ditadores no poder.
Entre tantos personagens, se destacaram Antonio López de Santa Anna e José
Antonio Páez, no México; Francisco Solano López e Dr. Francia, no Paraguai. Na
Venezuela, com Juan Vicente Gómez cuja ditadura foi extremamente tirânica, entre
outras tantas que pipocaram em todo o continente.

Argentina
Na Argentina, temos Juan Manuel de Rosas, Juan Domingo Perón, além dos
militares, que fizeram da ditadura um sistema extremamente controlador e tirânico,
além de terem colocado o país em guerra contra a Inglaterra.

Ditaduras do Brasil
Neste trecho do artigo, o Brasil é citado como exemplo para o artigo ditadura. Os
diferentes argumentos e pontos de vista devem ser postos no artigo Motivos da
ditadura de 1964.
As ditaduras e regimes ditatoriais no Brasil foram muitos, porém se destacam duas
ditaduras. Primeiro, instaurada a ditadura pela revolução de 1930, sob Getúlio
Vargas, com dois períodos: no primeiro, até 1937, quando Vargas admitiu algumas
formalidades democráticas; no segundo, Vargas deu um golpe institucional e caiu
em 1945, quando foram convocadas eleições livres.
Houve diversas tentativas de golpes militares contra Juscelino Kubitschek em 1955 e
do vice-presidente João Goulart em 1961. A pressão internacional anticomunista
liderada e financiada pelos Estados Unidos criou o IPES, que levou ao movimento
que derrubou Goulart, a Operação Brother Sam, que garantiu a segurança da
execução do golpe de 1964. Nesta ditadura houve repressão policial, expulsões do
país, estabelecimento de legislação autoritária e supressão dos direitos civis, uso da
máquina estatal em favor da propaganda política, manipulação da opinião pública
através de institutos de propaganda governamental, censura, torturas, assassinatos
de líderes opositores, revogação da constituição, institucionalização do poder,
endividamento externo do país, construção de grandes obras com licitações
forçadas para grupos de grandes empreiteiros que financiaram o golpe. Do outro
lado houve terrorismo de opositores ao governo militar com seqüestros, assaltos
violentos, guerrilha urbana e nos sertões, patrulhamento ideológico, torturas e
justiçamentos (linchamentos seguidos de morte).

Democracia
Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade
humana; é a institucionalização da liberdade.
A Democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos
direitos individuais e das minorias. Todas as Democracias, embora respeitem a
vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos
indivíduos e das minorias.
As Democracias protegem de governos centrais muito poderosos e fazem a
descentralização do governo a nível regional e local, entendendo que o governo
local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível.
As Democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos
humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a
proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida
política, econômica e cultural da sociedade. As Democracias conduzem
regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa
Democracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um
partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo.
A Democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e assegura que todos os
cidadãos recebam a mesma proteção legal e que os seus direitos sejam protegidos
pelo sistema judiciário.
As Democracias são diversificadas, refletindo a vida política, social e cultural de
cada país. As Democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em
práticas uniformes. Os cidadãos numa Democracia não têm apenas direitos, têm o
dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e
as suas liberdades. As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da
tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que
chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas
palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um
obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

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