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DIÁLISE PERITONEAL

A Diálise Peritoneal (DP), é realizada com a introdução


de solução salina contendo dextrose na cavidade
peritoneal, através de um cateter;

Cateter de Tenckhoff com 01 cuff


Por meio de difusão e ultrafiltração, as toxina se
movem dos vasos sanguíneos do peritônio para a
solução de diálise que foi infundida;
As trocas ocorrem durante o tempo de
permanência;
O tempo de permanência pode variar de 30
minutos à 06hs;
O líquido é drenado, eliminando o excesso de água,
toxinas e os produtos finais do metabolismo;
Quanto maior a concentração de dextrose na solução,
maior a ultrafiltração do paciente. A dextrose age
como um agente osmótico na DP;
O pH da solução é ácido, em torno de 5,5. Isto impede a
caramelização da glicose durante o processo de
esterilização;
A solução deve ser aquecida à temperatura
corporal antes de ser infundida;
A concentração de eletrólitos das soluções de
diálise peritoneal pode variar de acordo com o
fabricante, porém a mesma é composta por
sódio, potássio, magnésio, cálcio, cloreto,
dextrose e lactato;
O lactato é transformado em bicarbonato para
corrigir a acidose metabólica, comum nos
pacientes renais crônicos;
Cateteres

Rígido: Extensão de tubo rígido, reto, com inúmeros


furos na extremidade distal. Geralmente utilizado em
pacientes com IRA. É implantado através de um
trocater e de um guia metálico, para guiar a inserção.
Flexível: De borracha siliconada ou de poliuretano.
Apresenta um ou dois manguitos de dracon, que
adere no tecido subcutâneo, com objetivo de fixar o
mesmo e servir como barreira de entrada de
microorganismos na cavidade peritoneal.
Modalidades de diálise peritoneal
atualmente muito utilizadas

Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua


(DPAC ou CAPD): A solução esta sempre
presente da cavidade peritoneal. É trocada no
período de 04 à 06 horas. Apenas durante a
noite, para não incomodar o bem estar do
paciente, a solução permanece por um tempo
maior. A renovação do líquido saturado,
ocorre no mínimo 04 vezes ao dia.
Diálise Peritoneal Automatizada (DPA ou APD): A
diálise geralmente acontece no período noturno, no
momento em que o paciente dorme. O paciente é
conectado numa máquina cicladora (Homechoice). A
máquina aquece a solução e, por meio de
temporizadores, regula o tempo e o volume da
infusão, o tempo de permanência e o tempo e fluxo da
drenagem. Geralmente, a solução é trocada de 04 à 06
vezes durante a noite. O paciente pode permanecer
durante o dia, com a cavidade cheia ou vazia,
dependendo da prescrição médica.
Complicações mais comuns

Vazamento Pericateter: O ideal é realizar o


break-in de 01 semana à 10 dias, com a
finalidade de assegurar uma boa cicatrização.
No caso de a diálise tornar-se urgente, deve-se
infundir pequenas soluções com o paciente
deitado. A utilização precoce do cateter pode
causar extravasamento através do orifício de
saída, dificultando a cicatrização.
Falha de drenagem: A falha no fluxo de saída é
geralmente detectada quando o volume de drenagem
é bem menor que o volume infundido. Há várias
hipóteses:
 Dobra externa;

 Dobra no subcutâneo = diagnóstico por RX;

 Diminuição da motilidade intestinal = a constipação

pode favorecer a mudança do posicionamento do


cateter;
 Obstrução por coágulos de sangue e fibrinas =

geralmente utilizado heparina na solução de diálise.


Se esta for ineficaz, poderão ser utilizados agentes
trombolíticos.
Infecção do Orifício de Saída: detectada pelo
aparecimento de hiperemia, grande quantidade
de crostas ou presença de secreção purulenta
no orifício de saída. Há serviços que fazem
uso de antibiótico no local de saída. Se o
tratamento não for bem sucedido, inicia-se a
utilização de terapia sistêmica, podendo ser
necessária a remoção do manguito de dracon
subcutâneo.
Extrusão do Cuff: o manguito superficial pode provocar
erosão da pele. Normalmente isso ocorre quando o
cuff fica muito próximo ao ponto de saída da pele.
Nesse caso, pode tornar-se necessário proceder a
raspagem do cuff.
Dor durante a infusão: pode estar relacionada com o pH
ácido da solução de diálise, pelo superaquecimento da
solução ou aderência do omento (prega do peritôneo)
ao redor do cateter. Esta última exige troca do cateter.
Hérnia:
Caso a integridade da parede abdominal do paciente
esteja prejudicada, a infusão de líquido peritoneal
poderá levar a um aumento da pressão intra-abdominal,
acarretando a formação de hérnia.
Peritonite
A maior causa geralmente é por quebra da técnica.
Porém, pode ocorrer por migração bacteriana da
parece intestinal para o peritônio. A infecção
hematógena é menos comum.
Sinais e Sintomas da Peritonite:
Dor abdominal, mal estar genaralizado, náuseas,
vômitos, diarréia, tremores e febre.

Diagnóstico:
É confirmado pela história da paciente e pela cultura do líquido peritoneal, que
determina o agente causador da infecção e a celularidade do líquido
peritoneal. A avaliação do aspecto do líquido torna-se também muito
importante.
Tratamento:
Lavagem peritoneal = com o objetivo de
remover os produtos da inflamação e aliviar a
dor do paciente;
Antibioticoterapia = por via intraperitoneal ou
endovenoso, a critério médico;
Heparinização do cateter = uma vez que nessa
situação pode apresentar grande quantidade de
fibrina, que obstrui o cateter. Neste caso
utiliza-se heparina intraperitoneal.
(Acompanhei a dose de 0,1ml por banho).
Vale lembrar:
Feche portas e janelas quando iniciar, terminar
ou manusear o cateter;
Desligue ventiladores ou ar condicionado;
Use máscaras (boca e nariz);
Verifique a validade e o acondicionamento do
material;
Avalie a integridade da embalagem e o aspecto
das soluções;
LAVE SEMPRE AS MÃOS!
OBRIGADA!

Enfermeira Regina Terra


HRMS
Março de 2011

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