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44723-02 ORGANIZAÇÃO EMPRESARIALPARA A ENGENHARIA

Aula Assunto
13 Abordagem Contingencial da administração

TEORIA DA CONTINGÊNCIA (buscam-se a flexibilidade e a agilidade)


-tudo é relativo nas questões organizacionais em empresas- as técnicas administrativas
estão condicionadas às circunstâncias ambientais. As condições ambientais são variáveis
independentes. As técnicas administrativas são variáveis dependentes. Tudo dentro de
uma relação funcional, em termos de “se...então”.

Objetivos: -introduzir a visão relativista e contingencial das organizações,


mostrando que não existe uma única melhor maneira de organizar
e administrar;
-caracterizar os ambientes organizacionais e as dificuldades da
análise ambiental;
-proporcionar uma visão da tecnologia utilizada pelas
organizações e sua influência;
-mostrar os níveis organizacionais e suas interfaces com o
ambiente e com a tecnologia;
-introduzir a abordagem contingencial sobre o desempenho
organizacional;
-proporcionar uma apreciação crítica da Teoria da contingência.

Origens da Teoria da Contingência: conhecer as pesquisas de Candler e de Burns e


Stalker e de Lawrence e Lorsch.

Conceito de Diferenciação e de Integração: na Diferenciação, a organização divide o


trabalho em departamentos, cada um com uma tarefa especializada para um contexto
também especializado (sistema mecanístico). Na Integração, a organização é
disciplinada pelas pressões do ambiente, no sentido oposto, na busca de uma unidade de
esforços e coordenação entre os vários departamentos (sistema organístico).

Aspectos Básicos da Teoria da Contingência: a organização é de natureza sistemática,


ou seja, um sistema aberto – as características organizacionais apresentam uma
interação entre si e com o ambiente – as características ambientais funcionam como
variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis
dependentes –

Conhecer a pesquisa de Joan Woodward sobre a tecnologia.

Ambiente: é o contexto que envolve externamente a organização. Tudo o que ocorre no


ambiente influencia a organização.
Ambiente geral: o ambiente genérico comum a todas as organizações. Fatores de
influência – desenvolvimento tecnológico; estrutura legal vigente; condições políticas;
condições econômicas; condições demográficas; condições ecológicas; condições
culturais.
Ambiente de tarefa – o ambiente imediato da organização. Fatores de influência:
fornecedores de entradas; clientes ou usuários; concorrentes; entidades reguladoras.
INCERTEZA: não está no ambiente e sim na percepção e na interpretação da realidade
ambiental que há na organização. O mesmo ambiente pode ser percebido de maneiras
diferentes por organizações diferentes.

Tecnologia: outra variável independente que influencia as características


organizacionais (variáveis dependentes). As organizações dependem da tecnologia para
poderem funcionar e atingir seus objetivos.

Ângulos de entendimento: tecnologia como variável ambiental


Tecnologia como variável organizacional
Impacto da tecnologia – a tecnologia determina a estrutura e o comportamento
organizacional (imperativo tecnológico). – a tecnologia (racionalidade técnica) é
sinônimo de eficiência (como critério normativo, pelo qual as organizações são
avaliadas no mercado). – a tecnologia faz os administradores melhorarem cada vez mais
a eficácia dentro dos limites do critério normativo de produzir eficiência.

NÍVEIS ORGANIZACIONAIS

A estrutura e o comportamento organizacionais são variáveis dependentes. A tecnologia


e o ambiente são variáveis independentes.

Níveis: Estratégico – o mais elevado, das decisões institucionais, onde são definidos os
objetivos da organização e as estratégias para alcançá-los. Intermediário – nível
mediador ou gerencial. Faz a articulação interna entre os níveis estratégico e
operacional. Operacional – nível técnico, executa.

NOVAS ABORDAGENS ORGANIZACIONAIS

Estrutura matricial: matriz ou organização em grade. Combia as formas funcional e


departamentalizada. Desaparece a “unidade de comando”. Usa-se o “duplo poder”.
Vantagens da estrutura matricial : reduz as fraquezas das estruturas funcional e de
departamentos. Possibilita satisfazer as necessidades de organização e coordenação, ao
mesmo tempo.
Limitações da estrutura matricial “viola” a unidade de comando e introduz os conflitos
de duplicidade de supervisão. Enfraquece a cadeia de comando.
Aplicações da estrutura matricial é um esquema que possibilita a participação e
flexibilidade. Depende da colaboração das pessoas e enfatiza a interdependência entre
departamentos. Cruza equipes e otimiza o enfrentamento das complexidades na
organização.

Organização por equipes: busca do comprometimento das pessoas, em equipes , usando


o empowerment (possibilita organizações mais ágeis e flexíveis diante da globalização).

Abordagem em redes: (network organizations). Um órgão controlador central articula,


coordena e integra, por conexão eletrônica, as ações de empresas e unidades para o
alcance dos objetivos da organização. Vantagens: competitividade em escala global,
flexibilidade da força de trabalho e habilidade para fazer tarefas nos locais em que são
necessárias. Ação refletida e estratégica, custos administrativos reduzidos.
Desvantagens: falta de controle global, maior incerteza e potencial de falhas, cai a
lealdade das pessoas por sentirem que podem ser substituídas (descartadas).
MODELO CONTINGENCIAL DE MOTIVAÇÃO

Rejeição às idéias pré-concebidas. Reconhecimento das diferenças humanas e da


importância da influência do ambiente para cada situação.
O nível de produtividade depende de: - expectativas individuais – recompensas –
relação entre expectativas e recompensas.

CLIMA ORGANIZACIONAL

Dimensões: estrutura organizacional (quanto mais liberdade, melhor o clima),


responsabilidade (quanto mais incentivo, melhor o clima), riscos (quanto mais incentivo
a novos desafios, melhor), recompensas, calor e apoio, conflito (incentivos à
divergência e administração de conflito de idéias).

ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL NA TEORIA CONTINGENCIAL

O comportamento global e contingente em relação aos eventos ambientais substitui o


processo formal, seqüencial e rígido.
Abordagens:
Escola Ambiental: o ambiente como ator e não um mero fator. A organização como um
elemento passivo que reage ao ambiente responsável por estabelecer as condições do
jogo. A estratégia organizacional funciona como um processo reativo às forças
ambientais (ou é eliminada).
Escola do Design: é a abordagem de adequação, pois procura compatibilizar aspectos
internos da organização e aspectos externos do ambiente, com foco em objetivos bem
definidos.
Premissas básicas: - mapeamento ambiental (oportunidades e ameaças do ambiente
externo) – avaliação interna da organização (diagnóstico interno-vantagens e
desvantagens competitivas)
Escola do Posicionamento: a organização precisa ter um portfolio de produtos
adequados ao mercado.
Tipos de produtos: - vacas leiteiras (alta participação no mercado e baixo crescimento) –
vira-latas (baixa participação e baixo crescimento) – crianças-problema (baixa
participação e alto crescimento) – estrelas (alta participação e alto crescimento).

Conhecer o modelo de Porter.

APRECIAÇÃO CRÍTICA

Representa a mais recente abordagem da teoria administrativa.


Nada é absoluto ou universalmente aplicável.
Os conceitos são dinâmicos e dependem das circunstâncias ambientais vigentes.
Focaliza a organização de fora para dentro.
É um meio racional de utilização da tecnologia.
Compatibilzação da teoria tradicional (mecanicista) com a do sistema aberto.
É uma abordagem eclética e integrativa. (não há método consagrado e definitivo).
Abrange as variáveis básicas da teoria administrativa: tarefas, estrutura, pessoas,
tecnologia, ambiente e competitividade.

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