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ESTUDO DA FORMAÇÃO E INTERAÇÃO DO

OZÔNIO TROPOSFÉRICO NA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO


INTEGRANTES

 Maria Giselda Tavares do Nascimento

 Pamela Casatte Pereira

 Raquel Cavalcante dos Santos

 Tatiana Laine

 Wérica Cardoso Soares

 ORIENTADOR:Dr.
ORIENTADOR: Rogério Aparecido Machado
OBJETIVO

  Caracterizar a substância química ozônio em sua formação,


interação e problemática na troposfera, onde se apresenta como um
dos mais sérios agentes da poluição urbana na atualidade;

 Distinguir,quanto sua ocorrência na estratosfera, bem como em


sua síntese e aplicabilidade na área medicinal, terapêutica e
industrial, onde sua utilização é benéfica aos seres humanos;

 Apresentar as condições para formação e disseminação do ozônio


na troposfera, assim como as formas usuais de controle, detecção
através de bioindicadores e programas de prevenção quanto o
acúmulo do ozônio como poluente na Região Metropolitana de São
Paulo.
INTRODUÇÃO

A poluição do ar vem ganhando grande destaque devido o crescimento insustentável da frota veicular nos grandes centros urbanos,
principalmente na Região Metropolitana de São Paulo (MPSP).
A industrialização mal planejada e o desenvolvimento descontrolado das metrópoles elevou a concentração dos poluentes atmosféricos,
que atingem diretamente a saúde humana, disseminando doenças respiratórias. Outra consequência direta da poluição do ar é o
surgimento de fenômenos, como o reaquecimento global.
Nos últimos anos houve um expressivo aumento do gás ozônio situado na região mais baixa da atmosfera, denominado como ozônio
troposférico, sendo necessário o conhecimento de seus efeitos como gás poluente.
O ozônio troposférico é um dos gases que mais contribuem para os baixos índices de qualidade do ar nos grandes centros urbanos. Em
concentrações elevadas tem grande toxicidade, aumentando os níveis de poluição local e regional.
DEFINIÇÃO DO OZÔNIO

Quadro: Descrição das propriedades físico-químicas do O3:

PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DO O3

Gás instável
Altamente reativo
Oxidante
Fórmula química: O3
Massa molecular: 48,0
Ponto de ebulição a 1 atm: -111,9 ºC
Ponto de fusão a 1 atm: -192,5 ºC
Entalpia de formação a 1atm: +284,5 Kj mol-1

Fonte:
OZÔNIO NA ESTRATOSFERA E NA TROPOSFERA

 Na estratosfera o O3 é um dos gases mais importantes, pois realiza o


papel de filtragem da radiação ultravioleta que chega até à superfície da
Terra.

 O mecanismo de formação do O3 na troposfera, em geral, baseia-se em


presença de compostos nitrogenados e luz solar, entretanto para sua
concentração na troposfera depende da existência de hidrocarbonetos e
radicais hidroxila.
OZÔNIO COMO POLUENTE

 Poluentes primários: Hidrocarbonetos (compostos orgânicos


voláteis) e óxidos de nitrogênio.

 Principal fonte: Queima de combustíveis automotivos.

 Equilíbrio do Ciclo do Ozônio:


Reação direta: O oxigênio atômico dissociado da molécula de
dióxido de nitrogênio reage com o oxigênio molecular, formando o
ozônio.
Reação Inversa: O ozônio reage com óxido de nitrogênio, formando
dióxido de nitrogênio e oxigênio molecular.

 Desequilíbrio do Ciclo do Ozônio: Os radicais hidroxila,


juntamente com os hidrocarbonetos reagem preferencialmente
com o óxido de nitrogênio, inibindo o consumo de ozônio,
proporcionando sua maior concentração na troposfera.
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS PARA FORMAÇÃO
E TRANSPORTE DO OZÔNIO
 Intensa radiação solar;
 Umidade relativa e precipitações;
 Inversão térmica;
 Calmaria e passagem de sistemas frontais.

Figura: Porcentagem de dias desfavoráveis à dispersão dos poluentes.


Fonte: CETESB, 2008b.
IMPACTOS DO OZÔNIO TROPOSFÉRICO
 Efeitos prejudiciais à saúde humana: O ozônio é um gás tóxico e
danoso à saúde humana, o contato com o ozônio pode causar dores de
cabeça, irritação nos olhos, no nariz, na garganta e na pele e
problemas respiratórios. As crianças, as pessoas que praticam alguma
atividade física ao ar livre, os portadores de enfermidades respiratórias
e os idosos estão mais sujeitos aos efeitos nocivos do ozônio.

Figura : Via respiratória saudável Figura : Via respiratória inflamada

Fonte: EPA, 2000


IMPACTOS DO OZÔNIO TROPOSFÉRICO

 Efeitos aos materiais: o ozônio reage com vários materiais, como


elastômeros, fibras, tinturas e pinturas, causando danos como
diminuição da vida útil do material, depreciação de boa aparência
estética e até afetando recursos culturais (como peças de museus).
IMPACTOS DO OZÔNIO TROPOSFÉRICO

 Efeitos sobre as plantas: o excesso de ozônio ao nível do solo


danifica as plantas, reduzindo a sua capacidade de absorver dióxido
de carbono (CO2) da atmosfera.

Figura: Planta danificada pelo ozônio (esquerda) e planta normal (direita)

Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br
QUALIDADE DO AR NA REGIÃO NA RMSP

Quadro : Níveis de qualidade do ar para o ozônio

Poluente: Ozônio

Padrões de Qualidade do Ar

Parâmetro Atenção Alerta Emergência

μg/m3 em 1hora 400* 800 1000

*O nível de atenção é declarado pela CETESB com base


na legislação Estadual que é mais restritiva (200
μg/m³).
Fonte: Adaptação de dados do CONAMA,
1990.
QUALIDADE DO AR NA REGIÃO NA RMSP

Base: Estações Moóca, Ibirapuera, São Caetano do Sul, Diadema, Santo André-Capuava e Mauá.

Figura: O3 - Distribuição Percentual da Qualidade do Ar


Fonte: CETESB, 2008b.
BIOINDICADORES

São espécies animais ou vegetais que indicam precocemente a


existências de modificações biológicas de um ambiente. São
organismos que ajudam a detectar alterações ambientais antes que
essas se agravem.

Nicotiana tabacum ‘Bel W3’: Uma planta extremamente sensível a


O3 e que mostra sintomas típicos e reconhecíveis de dano.

Figura?: Bel W3’ após 15 dias de Figura?: Folha de Bel W3 com injurias
exposição a Ozônio. após 15 dias de exposição.
Fonte: http://web.cena.usp.br
APLICAÇÃO

Medicina:
 Ozônioterapia ,usado no tratamento de herpes, queimaduras, úlceras venosas, gangrena
diabética, lesões da pele, distúrbio intestinais, doenças reumáticas e articulares.
 Técnica experimental, não autorizado pelos órgãos de saúde no Brasil;
 Faltam estudos conclusivos sobre benefícios e efeitos colaterais;
 Alternativa barata para o sistema público de saúde.

Tratamento de água, esgotos e efluentes:


 Alto poder de desinfecção;
 Não deixa resíduos;
 Oxida matéria orgânica, elimina algas e pesticidas;
 Precipita metais.

Indústria Alimentícia:
 Perdas pós-colheita e as perdas decorrentes da manipulação excessiva de alimentos
ocorrem por ação de bactérias, fungos e infestações por insetos, a injeção direta de gás
ozônio em depósitos mantém o ambiente limpo e esterilizado.
REMEDIAÇÃO DO OZÔNIO

 PROCONVE – Prog. de Controle da Poluição do Ar por Veículos


Automotores;

 PROMOT – Prog. de Controle de Poluição do Ar por Motociclos e


Veículos Similares;

 PROGRAMA DE INSPEÇÃO VEICULAR AMBIENTAL;

 PRONACOP – Prog. Nacional de Controle da Poluição Industrial.


CONCLUSÃO
 Conclui-se que conforme a localização do ozônio na atmosfera o mesmo exerce diferentes funções,
na estratosfera constitui a camada de ozônio e na troposfera ocorre como um poluente secundário;

 A formação do ozônio troposférico na RMSP são consequência da abundância de seus precursores,


tais como produtos nitrogenados (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs). Certos efeitos
meteorológicos tais como a luz solar, regime eólico, umidade do ar colaboram também para a
formação e dispersão do ozônio na troposfera, entre eles, destacam-se a inversão térmica,
fenômeno típico das metrópoles;

 A alta concentração do ozônio na troposfera tem causado vários impactos como efeitos prejudiciais
á saúde humana, deterioração de materiais e o bloqueio da absorção de CO2 por parte das plantas,
contribuindo para o reaquecimento global;

 Em 2007, dados da CETESB, atestaram que o ozônio foi o poluente que mais ultrapassou os
padrões de qualidade aceitáveis do ar na RMSP em decorrência de condições meteorológicas
desfavoráveis a dispersão dos poluentes precursores do ozônio;

 Bioindicadores são úteis e confiáveis na detecção, no monitoramento e no controle de poluentes


como o ozônio, uma vez que os malefícios causados pelo agente daninho são facilmente
perceptíveis aos nossos sentidos;

 Existe também a aplicabilidade do ozônio (sintetizado) na medicina como a técnica de


ozonioterapia utilizada tanto em termos de prevenção como de tratamento de inúmeras doenças e
na indústria para o tratamento de efluentes líquidos;

 A mitigação do acúmulo do ozônio na troposfera passa pela adoção de medidas de redução da


emissão dos precursores NOx e COVs. Programas de âmbito metropolitano vêm sido desenvolvidos
na cidade de São Paulo, nos quais se baseiam no controle e fiscalização das emissões de gases
poluentes.
REFERÊNCIAS

 MONTEIRO, R.T.R. Bioensaios de Toxicidade com Plantas Simpósio de Biologia Vegetal. São Paulo,
2007. Disponível em: <http://web.cena.usp.br/apostilas/Regina/Plantas
%20Bioindicadoras/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Plantas%20Bioindicadoras.pdf>. Acessado
em: 17 outubro 2009.
Agradecemos a Deus por esta
conquista, pois foi ele quem nos
amparou e fez com que superássemos
nossos limites.
É em gratidão a nosso Deus que
seguiremos a profissão de químicas,
sempre respeitando uma das mais
lindas de suas criações que é a
NATUREZA.

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