You are on page 1of 75

c

c< c

 
          
  c
A presente pesquisa privilegiou como técnica de trabalho o relato de experiência, de caráter
qualitativo, por entender que esse tipo de pesquisa traduz melhor a realidade com a qual
lidamos, pois todo o tempo estivemos envolvidos com a prática enquanto refletíamos a
respeito da metodologia que íamos experimentando com os sujeitos de pesquisa. Tentamos
através desse estudo trazer impressões a respeito da existência de uma prática teatral
organizada e freqüente na Educação Infantil e quais seus possíveis benefícios para o
desenvolvimento global infantil.
A nossa experiência teatral na creche Fiocruz começou a partir do momento em

que uma questão se impôs de forma inequívoca: como trabalhar a linguagem teatral com

crianças tão pequenas, que às vezes não tinham adquirido sequer a linguagem falada?

Como fazê-las compreender a especificidade do teatro? Qual seria o material

dramatúrgico apropriado para o nível de entendimento dessas crianças?

Essas questões começaram a ser respondidas a partir do momento em que resolvemos


trabalhar com os contos de fadas, seguindo o ideário de Bettelheim a respeito da
possibilidade dessa forma de narrativa atuar como ponte entre o mundo exterior e o
imaginário infantil. Em nosso entendimento, ao longo de todos esses anos, descobrimos que
os contos realmente conseguem atingir o imaginário da criança, atraindo seu interesse e
possibilitando que o educador de teatro possa atingir seu objetivo de tornar o conto, o
material fundamental para o exercício da encenação teatral.
Durante os quatro primeiros anos (desde 1993, mais ou menos dez anos) as oficinas de
teatro eram ministradas para as turmas de maternal I (dois anos), maternal II (três ± quatro
anos) e jardim (quatro ± cinco anos), sem que acontecesse a montagem final das turmas de
jardim, fato que passou a ocorrer de forma sistemática a partir de 1997, com a encenação do
conto ³O Casamento da Dona Baratinha´, diante de uma platéia composta por pais e
funcionários da creche Fiocruz. 50
A partir de 1998, passamos a dar oficinas de teatro também para as turmas de pré-maternal
(um ± dois anos), à guisa de experiência, diante dos resultados obtidos com as crianças
maiores. Em 2003, o berçário também foi incluído na experiência, devido à solicitação das
educadoras desse segmento que acreditavam que quanto mais cedo as crianças se
acostumassem com a linguagem teatral, melhor seria para elas.
Apesar de apresentarmos um projeto único para todos os segmentos da creche, seja de
expressão corporal ou de encenação de contos de fadas, a maneira de aplicá-lo muda
conforme a faixa etária das crianças. Com as turmas de berçário e pré-maternal
apenas narramos os contos, apresentamos fantoches e bonecos maiores, brincamos
com a maquiagem, sugerimos alguma movimentação corporal. É lógico que não
podemos esperar das crianças menores desses dois segmentos as mesmas respostas
das maiores. Nós as estimulamos a usar seu corpo durante exercícios de dança ou
expressão, mas sem esperar, a princípio resultados tão significativos, quanto
obtemos com as maiores. O que esperamos é que a semente lançada em seu
imaginário, frutifique ao longo de seu desenvolvimento na creche Fiocruz.
As crianças dos segmentos de maternal I, II e jardim são apresentadas a todos os
exercícios de um projeto e são estimuladas a responder a ele, a trocar idéias com o
educador de teatro, que pode modificar o projeto de encenação de contos ou de
expressão corporal conforme aconteça ou não a adesão das crianças ao que é
sugerido no projeto.
A experiência teatral com crianças pequenas na creche Fiocruz propriamente dita,
começa a cada início de ano letivo, com jogos de expressão corporal, orientados
para estimular a criança a trabalhar seu corpo ludicamente (Ver Anexo A). Ao final
de mais ou menos dois meses, começam os jogos teatrais, pois só ao final desse
tempo acreditamos que a criança está mais adaptada ao ritmo da creche, já
conhecendo e estabelecendo vínculos emocionais com seus professores e colegas.
Começamos a experiência contando a história de fadas para as crianças reunidas em roda,
ambiente apropriado para a comunicação delas entre si e com o educador, que utilizando-se
da expressão teatral apropriada, tenta se colocar fisicamente nos personagens, mimetizá-los,
transmitir, enfim, sua visão daquilo que apresenta. 51
A narrativa pode sofrer interrupções das crianças fazendo perguntas a respeito da história.
Assim vão formando sua própria imagem do que ouvem, a partir de uma teia que se forma
com fios de narrativa do adulto, da outra criança, do personagem que escapa por entre a
tessitura. A história que vai sendo elaborada no momento da oficina, nunca é
completamente aquela que está na página dos livros, na imaginação de quem a conta ou de
quem a ouve, mas uma ³trança´ de diversas narrativas reais ou fictícias, que emerge, cobra
invisível, da boca da roda.
Uma criança mais empolgada pode imitar para todas as outras a personagem que ela
constrói em sua mente e por algum tempo tomar as rédeas do que é contado e
propor novos caminhos. Muitos se revezam no comando e a cada mudança brusca
de direção, a cobra vai pondo um ovo, que é recolhido pelo educador. É com um
gesto infantil aqui, um fiapo de narrativa ali, que o material é construído pela
interação entre as pessoas que constroem a experiência, filhote da realidade e da
fantasia.
Ao educador cabe a tarefa de propor a encenação da história recém contada e de
distribuir as crianças pelos personagens de seu interesse, podendo ocorrer uma
multiplicidade de diferentes tipos, que são interpretados em grupo, enquanto o
educador de teatro vai narrando outra vez e devolvendo os ovos recolhidos da
primeira narrativa, para que as crianças rememorem o que elas próprias produziram.
Cabe enaltecer algo diferente proposto pela criança, ou uma fala engraçada,
espirituosa que alguma outra tenha produzido e, em grupo, discutir o que de
significativo tenha surgido, dando-lhes confiança para se soltarem cada vez mais,
dentro de um ambiente de carinho e cuidado.
Alguns dos ovos postos pela serpente invisível, podem ser aproveitados pelo próprio
educador de teatro, para que proponha algum projeto relacionado à narrativa já apresentada
e a partir dele possa evidenciar o cunho social presente nos contos de fadas.
Em 2003, o ano em que começamos a dar forma final a esta pesquisa, as observações
ficaram mais concentradas nas turmas de jardim da creche Fiocruz. Foram desenvolvidos
três projetos, culminando em duas peças teatrais, sendo uma um ensaio piloto e a outra a
encenação final das crianças do jardim.
A partir dos contos ³A Moura Torta´ e ³Branca de Neve´, propusemos um projeto chamado
³O Espelho da Moura Torta´ no qual procuramos traçar 52
paralelos entre as histórias: ambas possuem bruxas que cometem as maiores maldades por
vaidade, sendo o espelho (objeto ou o da água) um elemento fundamental nas duas, jáque a
partir da imagem refletida na superfície é que a ação maléfica das duas bruxas se faz
presente.
Acentuamos particularidades entre uma e outra: na Moura Torta, a bruxa escrava, negra,
humilhada, que procura vingança para escapar de uma situação social opressiva. Na outra,
³Branca de Neve´, a bruxa rainha, branca, poderosa, invejosa que ordena o assassinato cruel
apenas por vaidade. Ressaltamos contextos diferentes, procurando inserir alguma discussão
e reflexão a respeito da natureza da maldade e suas conseqüências na vida de quem a
produz e de quem sofre seus efeitos, tentando usar uma linguagem acessível ao estágio de
entendimento no qual a criança dessa idade se encontra.
Na frente de um espelho na sala de aula, discutimos também a diversidade racial
presente na turma: o cabelo liso e o crespo, o nariz arredondado e o fino, a textura
das peles, tanto de educadores quanto das próprias crianças, que se deliciavam com
a experiência de tocar na pele uns dos outros, de observar as diferenças fisionômicas
de cada um. Em 2002, esse mesmo conto, ³A Moura Torta´, serviu de base para
uma das três pequenas histórias do folclore brasileiro que compuseram a peça teatral
de despedida das turmas de jardim daquele ano, ³Histórias do Brasil´.
Outro ovo recolhido a partir da experiência teatral com crianças foi o projeto
desenvolvido a partir do conto de fadas ³Ë  ´, ³
   
Ë  ´, no qual a partir da experiência fictícia das duas crianças órfãs, que
são abandonadas, sofrem violências dos pais, ameaça de canibalismo, sem falar na
exploração do trabalho infantil, procuramos trabalhar com as crianças aquilo que
por acaso elas já soubessem a respeito de crianças abandonadas, que vivem nas ruas.
Algumas já tinham uma noção ainda tênue da questão, embora reproduzissem as
falas dos adultos. Outras ainda não tinham reparado no problema.
Mas ao terem contato com o enredo deste conto maravilhoso, as crianças, aos poucos,
foram tomando consciência da situação, se solidarizando com os órfãos e tomando
partido ao lado deles, opondo-se à bruxa e à madrasta. A partir dessa manifestação
de solidariedade, é que pudemos iniciar nosso projeto, puxando um fio da
trança/narrativa que nos aproximasse da realidade, na 53
suposição de que se é possível educar crianças para o ódio, a discriminação e o
preconceito, também é possível e necessário, educá-las contra a barbárie.
Ao elaborarmos o projeto, tomamos o cuidado de iniciá-lo pela educação alimentar que é
ministrada na creche Fiocruz, através da apresentação da diversidade dos alimentos e do
cuidado que devemos ter com aquilo que comemos e principalmente o que fazer com aquilo
que sobra. Através da discussão desses hábitos, fomos aos poucos relacionando a fartura e a
variedade de alimentos com as quais convivem na creche, com a fome vivida pelas crianças
abandonadas na vida real e a das crianças do conto.
Fomos além, ao resolvermos encenar com as turmas do jardim o conto de fadas ³João e
Maria´ no dia dos aniversariantes do mês, data na qual ocorre uma festa quando todas as
crianças se reúnem para saudar aquelas que aniversariam. Esse movimento se constituiu no
ensaio piloto que serviu de base para a montagem final de 2003, conforme referido na
página setenta, parágrafo três.
Começamos os ensaios mais ou menos vinte dias antes do evento, dividindo as cenas da
peça curta, adaptada do conto, entre as duas turmas do jardim. Recontamos a história e
fomos propondo as marcações a partir do que eles já haviam experimentado em sala de
aula. Todos os meninos foram João e as meninas, Maria, com os adultos assumindo o papel
de adultos da peça.
A bruxa foi uma boneca manipulada pelo educador de teatro, o que em nossa
concepção, serve para distanciar as crianças da ficção, criando um certo efeito épico,
racional que favoreça a conscientização da criança de que apenas brinca de viver aquilo
que realmente é passível de ser vivido na realidade. 54
As crianças interpretaram ao ar livre as duas jornadas dos órfãos até o meio da

floresta, o seu encontro com a bruxa, seu aprisionamento e posterior libertação a partir

da morte da bruxa no fogão graças a um estratagema imaginado por Maria, terminando

por cantar uma música que falava da fome do mundo e do direito de todas as crianças à

alimentação (Ver final do Anexo C).

Graças ao sucesso dessa performance junto à platéia infantil e adulta da creche, resolvemos
repetir a experiência de forma mais aprofundada durante o momento de despedida das
crianças do jardim no final do ano de 2003.
Esse tipo de atividade já é prática da creche Fiocruz desde 1997, tendo sido adaptados
alguns contos (O casamento de Dona Baratinha, João e Maria), uma peça infantil
(³Pluft, O Fantasminha´, de Maria Clara Machado) e histórias originais (A Revolta
da Vacina, Histórias do Brasil).
A elaboração da encenação leva em conta alguns fatores:
1. Quando criamos o texto final, procuramos elaborar cenas que sejam interpretadas
pelas crianças coletivamente, com os educadores assumindo alguns papéis de
destaque que possam ajudar a contar a história, sendo o foco mantido sempre na
atuação das crianças em grupo, para evitar exposição desnecessária de alguma
delas. A não ser que, como já aconteceu, a criança traga alguma idéia (cantar
uma canção que lhe é familiar em sua casa, ou dançar ballet, coisa que já faz
cotidianamente). Essa idéia é discutida com a turma e no coletivo da Creche e, se
aprovada, passa a fazer parte da encenação. Em 2003, o papel do passarinho que
come as migalhas de pão, foi interpretado por duas crianças que já faziam ballet.
Apenas incorporamos à rotina dos
55
ensaios o cotidiano das duas crianças, que durante todo o tempo reagiram muito
bem, como mostram as fotos que acompanham esse trabalho.

2. As falas devem ser curtas para facilitar a compreensão das crianças da história a
ser interpretada e sua memorização, embora elas já conheçam o enredo da
mesma, pois durante o processo de ensaios ele é submetido à sua constante
apreciação, sendo feitos alguns ajustes quando a criança demonstra dificuldade
em realizar o que é proposto ou quando sugere alguma idéia, que tende a ser
aproveitada.

3. Alguns educadores as acompanham durante a apresentação, ajudando-as a se


deslocarem pela cena e interpretando junto com elas, sussurrando-lhes as falas
quando necessário.
4. A peça é elaborada de forma que as crianças possam tornar significativo para si o
que está sendo narrado. Portanto, tudo é comunicado a elas, desde a elaboração
do figurino, até detalhes de cena que estarão presentes no momento da
apresentação. Queremos que a
56
peça seja um coroamento de um processo de cinco anos de vida da criança na creche.
Logo, o que ela pensa ou sente deve ser respeitado no momento em que é
estimulada a se apropriar de algo que é fruto de uma construção coletiva entre
educadores e educandos.
5. Durante o processo de ensaio, as marcações da peça são do educador de teatro,
mas submetidas ao crivo das crianças que as deverão realizar e dos outros
educadores que tem liberdade para alterar qualquer uma delas, visando facilitar a
realização das mesmas pelas crianças.
6. Reações dos personagens da peça (medo, alegria, raiva, susto), são explicadas
detalhadamente às crianças, para que compreendam a razão daquilo que pedimos
que interpretem ou de alguma movimentação que estiver sendo ensaiada e,
assim, possam estimular algumas delas que ainda não tenham compreendido o
enredo ou estejam ainda tímidas. Pudemos observar que quanto mais as crianças
se apropriam da encenação, mais conseguem estimular aquelas ainda tímidas ou
desinteressadas do processo.
7. As músicas da peça são criadas coletivamente, sob a supervisão final dos
professores de música da creche Fiocruz, especialmente para a montagem
segundo os mesmo critérios expostos acima, para facilitar a adesão da criança ao
que lhe é proposto.
8. A participação interessada dos educadores como atores durante a apresentação é
necessária, pois quanto mais se empenharem na realização de seus papéis, mais
as crianças correspondem, evidenciando o fato de que, quanto mais a relação
educador-criança for sincera, afetuosa, fraterna, mais a criança será capaz de
assimilar o que lhe é proposto. Alguns educadores, que demonstraram interesse
pela interpretação teatral, assumem papéis de maior destaque, essenciais para o
andamento da encenação. Outros mais tímidos, apenas acompanham o grupo de
crianças, usando o mesmo figurino das crianças e assumindo as mesmas
marcações ensaiadas por elas.
57
Achamos importante trazer o depoimento de duas educadoras da creche Fiocruz,
Cristina Hastenreiter, que ao longo desses anos, representou vários papéis de
destaque em nossas encenações e Adriana Rodrigues, que desde que foi admitida
na creche, sempre foi educadora das turmas de jardim, tendo participado de todas
as encenações:

³Há 15 anos atrás quando ingressei na creche, o teatro era


algo distante em minha vida, longe da minha realidade.
Mas ao longo desse tempo, conheci a necessidade de
interpretar, ora contando histórias, ora utilizando
fantoches ou interpretando personagens de contos de
fadas. Tudo isso me fascinava embora eu sentisse muita
vergonha. Essa experiência teatral vivida na creche, abriu
um leque de possibilidades na hora de vivenciar e
experimentar alguns temas com as crianças. Na hora das
apresentações eu sentia um misto de medo e desejo que
muito me atraía. Quando dava por mim estava lá,
irreconhecível, num verdadeiro processo de troca, pois a
medida que as pessoas elogiavam, riam e aplaudiam meu
desempenho, eu iniciava um verdadeiro processo de
aprendizagem´
(Cristina Hastenreiter/2004).
³Quando permitimos que o teatro faça parte de nossas vidas,
adultos e crianças deixam que o seu corpo se expresse de
diferentes e surpreendentes maneiras. Permitir que a
criança construa a história que está sendo dramatizada, a
faz atuar com grande espontaneidade. Até aquelas que
optam por observar, participam através do olhar,
permitindo-lhes viver em seus pensamentos a ³sua´
história, que também é de todos que ali estão.A criança
interage de forma criativa em todo o processo. Observo
como educadora, que o teatro modifica a vida das
crianças, mexendo com suas emoções, aproximando-as
quando se reúnem em roda para ouvir e ver interpretações
de contos de fadas e também dando movimento, som,
vida quando interpreta, usando o corpo de forma criativa.´
(Adriana Rodrigues/2004) 58
9. A apresentação da peça ocorre somente uma vez com a presença dos pais das
crianças, familiares e educadores da creche Fiocruz não envolvidos diretamente
na montagem.
10. O registro desse momento é garantido com fotos e uma fita de vídeo que registra
o cotidiano das crianças, o processo de ensaios, e a montagem final. Esse
material é guardado em arquivos no sentido de preservar a memória do trabalho
realizado, assim como cada criança, possui também sua cópia da experiência de
encenação vivida no ano de sua despedida da creche.

Ao final dessa dissertação (Anexo B), pode-se encontrar um registro dos ensaios da
encenação, que pretende oferecer um retrato mais preciso do processo de construção da
montagem, incluindo algumas fotos do processo como ilustração. No Anexo C, pode-se
encontrar o texto da peça ³João e Maria´, escrito para a montagem do ano de 2003, junto
com algumas fotos da mesma, o que, em nossa opinião, pode ajudar o leitor a compreender
o processo de encenação que ocorre ao final da experiência teatral com crianças pequenas,
em especial as do jardim, que são aquelas que atuam na montagem.c

c
d 
            
            
         
           

 !
"          
         #  

 $   % 
&     '   
            
 

c
c
c c c
 cc

 c  cc  cc

˜ c ˜c ˜c˜ 


c ˜c  cc

ÿ   cc
c
 cc  cc
cc

Ac ccc ccc



 cc c c
cccc
 cc
c cc˜! "c#c $c %&cc'c(c( c)&c
c (c  c c %&c  $c c c
c  *c c c +",c  c c -+"c c c
(&cc**c c(c ccc &c
c (c *&c c c (c  #c #&c . $c c *c c
! +"c c +"c #&c (c '/c -#c c c *.+"c c
0c c c #*,c "c '1*c -( c c  c c
**c c ! "c *(c c (&c c **c c (c
 0c (*c c c (. $c c /c c
'c )c c 1c %&c c c 2c  c c c
(.c c  c (c )c 3(c &c c  .c 'c
c+&c*&c-*&c&c&c,c c

 cc
c(cc 'c-#cc ),c c

/c c (c  &c c -!'c c c ! *c c *c c


,cc

**cc*ccc! *,c c

**cc 0c(*,c c

.c c (c  c c %c c c c ! "c c
(+",cc

˜! cc(cc*.cc(c4c! *cc(*,c c

.c*cc +&cc(.&cc&c'1&c,c c
c +c ,cc

c-c%cc! "cc(+",c c

.cc),cc

-cc-(+4c )cc1cccc%,c c

.c.+4cc 3(cccc( ,c c

c*c%cc.cc1cc-5,c c

à c c

6c$cà  c
c (cc

c  +"cc!+"cc

c ! +"cc-c 'c! *cc c c


*+"c*cc

+"cc

#cc

*  ˜   


c
c ! +"cc+"cc +c c

c ! +"cc+"cc'1c c
[  o c
c
c ! +"ccc*cc

c +"cc

c )cc

c  *+"ccc

c (c! *cc!c cccc c


c
ù  
  c

c  *+"cc(+4cc(ccc cc*c
#(cc
<  ˜  
  c
c ˜! "c%ccc(c! 4c#,c c
c
'  G     ˜   
  c

c %cc

c 'cc

c cc
c
7c$c˜
   

  c
©  c c

(cc %ccc.+"cc!#&c1 c%cc


.+4&c +"cc.+"cc 1cc*c cc
c( &cc(c c+"c2c,c c

  c c

6$c   c  c c  c c
c
8$c!  "c  c  c    #c  +"cc 1cc*+"c
)cc%cc! "c%cc1cc!#c c2c
+,cc

5cc*+"cc'/cc c

3(+"cc 9'c*c c

*cc

cccc

:c$c!  "c  c cc#c  +"cc.+"cc.+"cc


ccc/,c c

5cc*+"cc'/c %cc( c c

 +"cc.+"cc'/c c

cc

 /cc( cc

-cc'/cc
è    c c

˜ &c;&c    

         c

˜<&=cc(c>6??:@c  
      c

˜ ˜ &c =c >6??6@c   



 

   


 
  
 c

˜˜&cA*c>6?7B@c  
  
        

    c

&c ((c >6?77@c *  


   ˜+"c  *c c +"c
((c ,,cc

 C&c Dc >6??E@c    


 
  

 
 
     c

˜F˜&c<(c>6??B@c    &c&c˜c(G,c c

 &cccHI&c/ &c>6?77     


 
&cc
˜,cc

=˜  ˜ &c c > ,@c >6?J6@c 

       &c c


-cKc:L&c'&c,c c

=˜ &c,&c˜ &c=,&cH˜&c,c>6?JE@c 


  &c'&c˜,c
˜ ,cc

= ˜&cc>,@c>6?J?  

$ccccc˜(+"&c
Kc6&c'&c˜ ˜,cc

  &c 'c c ˜&c (c >6?7:@c          &c


'&c˜,c˜ ,cc
˜ &c M* &c &c <&c >8EE:       

 
   &cc,cc

 ˜&c<$(&c˜ &c;c>6??L@c 

       &c
&c˜+4c,cc

˜˜ H &c&c     

    &c'&c˜,c˜ ,cc

 &c c > ,@c >6???@c          &c !c Kc 6?&c &c
),cc

 &cDc &c!
   
&ccc<&c˜,c=(cc((,c c

 F &c -&c ˜ &c c c >6???@c ! 


 

   &c(c&cN3(c˜,c c

&c(c>6?J7@c     &c&c˜c/,c c

 ˜&cc>6??E@c!    &c */&c c,c c

˜˜&c <&c HF˜c c >6??8@  


<     


    &c&cc.,cc

˜ &c3(c>8EE:@c     &c'&c*c',c c

A ˜ &c<,c,c>6?J6@c"       


 &c'&c/,cc

˜ &cc>6?JB@c       


  &c˜,c+,cc

 &c 'c ,c >6?78@c      

&c '&c
%,cc

 &c 'c ,&c >8EE:@c   


  6Kc F



 
&cH.c)&c(c,c c

 &c 'c ,&c >8EE:@c   


 &c 8Kc F,c
    &cH.c)&c(c,c c

% 

 Î 

 
    ! 

! !$#cé%&c c%à 'c  %( (© %!cà c c


 c
c ˜˜Oc c C )c
$ ©c
c *cc("cc(ccc-0c c
 ccccc 9'c-.c  c c
(c(c/(cc-#Pc($cc9c((cc
ccc cc(+"c'%&cc'.cc(&c  c
c3(ccccccc/(&ccc.c((c c
c  )cc( c(c,c˜c(cc c
'*c 3(c''%- cc(c %!c**&cc cc
'(+"ccc0&c -cc1c%&c c
/cc("cc**cc(cc-0c, c
=c.c(c-cc<c c c(c #cc0 cc
 !&ccc˜cc˜(+"c˜ c/c=. $c
 cc &ccc  +"cc(cc7Qccc c
˜(c/c'cc(# cc c Rc,c c! 0c
**&c-(c-cc ' cc**c & c
ccc("cc(cc*c-0cc"c-& c
*cc9ccccc5'cccc c c
(,c
 ($Ã&( #c(",c -0c,c9cc ,c
è!$Ã!c
c/c(c-c(cI/c(cc'cc' c
 c ('c/c--*Dc  cc/c/(cc /D c
(PccIc/(/cc((cc-ccccc' c
(&ccSc(c-cc'(cc'*c/ccc/c c
&ccc(((c(c/*c/c ( c-c*cD c
3(,c /c(ccI/c'-c(c/cI/cc  c
! &cc/c'(c- cc&c -Dc-c
c&cccIDc-c(cc* c-c(cI/ c
c',cTc -cc--c-c/c-cc c-c/ c
/c !D&cI/c/c /c-c c˜(cH Dc/ $c
˜c-c &cI/c/c  c-c(cc/c7/cc- c
cSc ccc/c( Dc-c c $c,c /c
! &ccIc'*(c/c 'Dc-c c* &c c
6Ucc -cccc cccc˜(+"c˜ ,cc ccc
'/c-&c $3(c c'+"cc-+"cc ˜c$ccc
**c˜(c8EE7,c
Dc(c-c(cI/c*(c'&cc'c'Dc/ c
c-ccc!/c'Ic/cc c, c
* +c,$#c(,cc 'D,cc-c, c
)-c%!$c
        

   

 
 
     
 
 #

˜c=/c
c ccc'cc' /c**cc ˜cRc
cc **c˜(cccc8EE7&cc%c c
˜(+"c˜ ,c )c(ccc(&c*cc(&c%& c
3(cc'/cc( ccc $&c'($c(ccc
'/c c +"cc(c˜cc˜(+"c˜ , c
c("ccc-*cc("&c -c( c
>8EEB@&c  V$c(cW-.ccc1%Xcc("cc(c c
-0cc(&c ccc9c((c -c
c cccc˜(+"c%&ccc+"ccc c
(+"c cccccc(cc&c*cc( c
-cc1c, c
c ccc("cc(cc-0c c
cc(cc c/c3(c*'.c(c(&c c
-c3(cc &c*cc &c! c c
cccc cc.% $cc/c
cc/(,c
c**cc +"cc(cc cc(+"c
 &c'(($c5ccc .c((c cc
˜(+"c˜ ccc(+"cc(#(c(*cc8EEBc& c
 &ccc&cc-(cc3(cc  c
  c.cc cc   cccc    c c
-c %*,c
cc&cc  Vc'cccc(+" c
 c&cc(c &c(c#c ccc(c c
c(&cc-cc (.c+4c cc!#ccc &c
8c
c!&c'(c*c/c cc( +"cc(c c
'%(c cccc3(cccc!(# c
ccc'cc*+c&ccc #-cc("c&c c
c2c(+",c
c&c$c c'*&c'cc( c
c=c>6?J8@cc *c>8EEY@&c3(cc-+"cc" c
c%cc'/c(*&c3(c**cc+"&cc %!c c
+4c3(cc-.c &c&c-,c&ccc/( c
$c .cc-cc(cc($/cc-,c
=c(c-.ccc c(c(c3(c'(c  c
c-+"c&cc'cccc&cc(c% c
#cccc-+"cc(&c c/(.+"ccc c
'ccc c'/c#&c cc3(c-*c c
.c((ccccc cc˜(+"c%cc8EEB&cW c
ccc!ccc1(*ccc(cc c c
c ( c'ccc**cc(1c-cc( c
c(#c/cccc-+"Xc> ,88@, c
cc%c cccc &cccc c
/(,cc&c*cc1c%&c c3( cc(&cc
 +4cc  &c c Vcc*0cc cc+"c3( c
'ccc(c3(cc&c c1cc  cc(&c  c
c  ccc#c')&c-cc(cc c c
(&cc cc(cc cc(c!&ccc c
/&c**,c
c'/cc +"c'( $cc(c#c
c(+"&c+"&c+"cc+"c(c-!"cc & c
-c(c=cW-cc(c cc/c
c((c c(c %cc-Xc> .c(( c
cccc cc˜(+"c%,c8EEB&c ,8E@, c
/-c $Ã$$ %c©cé%&c
:c
"   #

  # ,c(c=cc
DcHc
Z(c-cc("&cc*cccc3(c(c c
-0c!c(c˜cc˜(+"c˜ cc $cc
˜cc˜c(,cc'/c.c-cc*cc  , c
'$c3(cc˜cc˜(+"c˜ cc(cc* c
 c&cc#cc(c-0c3( c
/c-(c&c(&ccc(cc&cc  c
cc(cc(,c c  *& c
 V$c("cc*,cc'/c* cc  c'1c c
("cc(ccccc(ccc(cc-0 c
cccc˜cc˜(+"c˜ c/c=.c Rc c
c cRc&c*cc  cc(c-cc<c & c
 c(cc9c((cc cc c
c(+"c'%&cc%cc&c.cccc , c
*c'cc+"cc-cc˜cc˜(+"c˜ & c
c c˜&c cc(ccc c 9'c c
(# ,c
=c*c(cc7Qccccc˜(c/ c
'c c*cc/cc˜c˜ ,c˜c*c- c
c c67c>.@c(,c )cccc*&c6Lc>3(.@c( c
c  cc-cc<c c1(cc7c>@ c
(cc-0cc(cc˜cc˜(+"c˜  c
/c=.&cc c˜cc c $c,ccc-c
&cc(c/cc(+"cc(&c(cc cc+&c
'&ccc1(/cc8EEJ&c cc  )cc3(c'c*/&c' c
c ccc cc  c(c (c c
 .cc  +"c-cc3(c%c , c
-$c2c (c3(c3(3(cc*c&cc
&c-$/c-cccc
(c3(c c($/cc0!cc .cc
c  +",ccc/cc3[&c3(cc-(&c
/cc-+c*(ccc 5cc'/cc
*&cc #c%&cc&c (,c\,,,]c (c
-cc  cc(+"c(*ccc
Lc
((+"cc&ccc &cccc3(c
cccccc+c3(ccc
>8EEL&c ,67@,c
c-+"cc&cc(cc**& c
c(1cc(c ) c((cc-c c *c3(c- c
c3(cc/c**c/)c"cc(cc"c
c c*cc3(cc/c (.cc(c!0cc
 ,cc'cc(.&c(c1&c'/&cc/c*c
(cc(c/)&c*c(cc(cc((&c
c(c/(,c˜cc(+"cc(ccc ,c
\,,,]c&c cccc c3(cc#.cc  c
c c/)$#c>8EEY&c ,?:$?L@,c
c c˜(+"&ccc&cc   c
)&cc*#(c "cc!"c(+c c
(&cc*.+"cc-+ &cc*#*c/V&c  c
cc!("cc c/ $c c(cc
/(#&c %*&c)&c.ccc5, c
c3(cc/cc("c-c c*ccP c
c! 0&c *cc3(cc cc . c
((ccccccc˜(+"c%c>8EEB@&cc9c c
c*c*cc(c %!&c(cc3(c'(c(  c
(cc1(+,c˜c*cc c-(c c
 "cc c> ,87@,cc  &c cc3( c
-cc)cH'c&cc3(ccc 'cc** c
c cccc/(.+"c>&c ,6?@, c
c  *&c($c3(cc-(+"cccccc' c
&ccc/&c(c3(c cc("cc c
*.+"cc cc-0, c
cc'c*c3(cc(cc-0c"c*.c c
(c c3(&ccc(&c  c c
*c#,cc+"c3(c-(ccc (c3(c'&cc c
c3(c cc-0c"c(1ccc  +"c c
'&c5&c  *cc!ccc(*c3(c*, c
˜c-+"cc +"cc 9'cc&c ccc
cc-0cc*0$c  cc*c((cc- c
Yc
"c&c ccc3(cc+4ccc c
cc c3(c**c(cc*&c* c
cFSDc>8EE6@cc-+"cc 3(cW#cc3(cc c
c(c+"c&cc(c+"c3(cc*c  c
c)!c',cc+4ccc"c+4cXc> ,c8B7@, c
"cc (c c c cc0&cc%(&c c
c(ccc--,c 1( $c c(c c c cc
&c c3(&cc(c '&cc   cc/c c
/c c c'&cccccc3(3(c c
/(,c
c&cc(c3(c/cc-& c+ccc &c
cc(#c(c"&c-c(c",cccc(c-c c
W/Xcccc-ccWX,c cc/c" c
 .ccc! &cc 1c(c*c&c(c-& c
cc#'&ccc((,c
c(c> &ccc((,ccc !c c
cc c^=(,c8EE:&cKc:@&cccc'c* c
.$cc/"cc+4c&ccc c(c c
cc3('cc!(",c c (+"c#&cc3(c &c c
cc c&cc c&cc("c#ccc( c
cc("c,c .cc(cWcc cc3(cc #*c  c
+cc #*c #*Xc> &c ,6B@,cccc c
ccc/c/(cc cc+"&cc c c
'c , c
($c(cc*c((cccc(, c
cc&c3(c((cc(cccc %c(c
 +cc3(cc**c c-cc(cccc c
3(cc %cc1cc cc cc '.+4, c
c(c#ccc 'ccc1(cc c
(cc(c((&c (c  *c/)cc(1c3( c
-cc(&c%ccc(c!0ccc!0cc(, c
/c>8EE7@ccS/c3(c.cWc ccc-+cc c
(+"cc0,c+"&c(cc((c" c
Bc
 %*cc(+"cc('1*Xc> ,686@,cc(c c
3(cc c cc(c c c/cccc/c c
-,cc c**&ccc0ccc c c  c
! $cc*&cc-c3(cc ) c*c
(!c c3(cc(1cc0cc,ccc %c& c
c*#*cccc&c3(cc(1c! c(c&c(c+"& c
(c'+&c(c*ccccc(c1, c
'($cccccc(&cc +4c c
c*'cc"c*',cc-cc(c"c+& c
c*'cccccc%c"c*'ccc! 4 c
'),cc  cc(ccc! *ccc -c cc c
cc(&c3(c1cc *c>@&ccc>&c! "c @& c
c-c>&c/@, c
c .c((ccccccc˜(+"c% c
>8EEB@c c3(c
c(c#c (c(c.+"ccc3(c
 c(+"cc+",c˜c.+"cc((c
(c # c3(cc((c)&c! c(c
'c (c3(ccc/)&c #cc
,c˜c! *c#cc.cc
-+4^c (+4c ccc&cc-c*(&cc
*c ccc +4c0&cc3(c"c
'c cc/(,c c  +4c1c
(c c(1ccc(c+"cccc3(cc
c(&cc3(c/c'cc 'cc-+4cc
(c+4c ccc> ,8?@,c
$c-.cc+4cc *cc * c
3(cc/c"cc-.c/c(_cc"cc
'cc/&c*c.&cc"cc'c&c
&c*&c,cc'c cc_c c'c3(&c
c(c*cc c &cc3(c cc'/c
(*,c&cc'c3(ccc2c(+"cc
3(c3(ccc(cc cc .&c
c(cc'/c(*,c˜&c c/cc
c(cc(+"cc3(c &c3(ccc
-0&cc$ cc(c*&cc'c'1*c
(.c/c>8EEY&c ,7@,c
cc3(cc 'c3(ccccc-&c ( c
ccc c.+"cc(c-cc<c ,c˜c c3( c
1(c(c-cc1cP c
7c
'/($ccc(cccc3(cccc( c
(c3(c cc(c*"cc(&c'cc  *cc3(c c
W.+"cccc/cc(c cc**X c
> .c((ccccc cc˜(+"c%,c8EEB&c ,LY@, c
'*($c3(cccc/ccc(c& c
&cc&c(c-ccc!#,ccc&c- c
#*ccc c3(c 4cc(1&c**c c
(+"ccc."&c ccc  +4&c+4&c+4& c
'+4cc.+4&ccc'1*cc  cc(c( c
/ccc**ccccc(&c* $cc
.+"&c3(cc c(.&c#ccc/(, c
c c3(c c/cc ) c &cc( cc
-0cc/+cc+"ccc(ccccc c
cc(c3(c-c(c,c/cc&c $c
&ccc(&c*cc+"cc(&c c(c+" c
,c
Fcc/c>8EE7@c3(cccS/&c-c3(c c
0c cc-(c cc(cc ,c .c c
(c
Z(c'+cc &c'+c'cccc
c cc3(cc! c c,cccc! "cc
 ,cc cc-c&c(c*.c"c(c
*c(c! c(cc 3(c%c#&c(&c
V&c! *,cc c**cc0cc
c c3(c1c #*c! %$cc*cc &cc
c c3(cc*cc c1(ccc
0ccc> ,c66B@,c
c*cc<c &cc(c#&c.c c
(c)c(c1(cc'ccc-cc  c
cccc .,cc( ccc cccW-.c c
X&cc.c*(c(cc( &c (.cc(&c c
%&cc*+"ccc +"cc &c +&c/)& c
cc(c "cc/c'/c c
(cc((,cccc/cc(c' c
*&c#*cc/),c
Jc
=c'&c(c!#cc c'+"cc&c c
+"ccc*(ccc(c(c#&c c c
(+"cc%&cc-/&cc-(&cc3(&c c
/c&c  (cc+"cc(c*'cc" c
*'&c3(c (&cc'/&c(c(&cc( c
c (&c3(cc(c(c(ccc(+ c(cc
,c˜&cc1(&c-.$c(c(cc'&c3(c((c c
! 0ccc .c c-cc'c+4&c( c
(cc (+4c/#'c3[cc+4cc c
cccc(cc cc 'c cc c
! "c#,c
/-)cccc0c!   c
< (c>8EEB@&c3(c'cccc1cccF c
&c.&c -cccccc&cc3(c c
cccc1 ccc c &c-.(c c
"c *cc-.ccc(cc 5c c
+4c('1*cc(+"cccc +" c
0ccc  +"cc(c*+4cc> cL6@,c . c
'c3(&cccc1ccc c0cc(.c" c
 cccc&ccc cc(c c c
.+"cc(+"c"c*'cc c5cc( , c
c! (c(ccc(cc  -cc&c
c -cc(ccc-(cc&cc  c
(cc+ccc &cc(c c c
(cc&c"&c cccc'+"c c
+c3[,c
(c3(c(ccc1ccc(c  c
 %*cc3(3(c &c c(c(c cW 'c( c
 +c #*c c+"cc(+"c*cc(1X, c
>c ,L8@,c (cc &c'(&c* cc +ccc
c9c*cccc-+"cc(,c˜c'/ c
?c
)ccccccc 'c3(cc( c
! cc-.cc>3(c"cc1@&c**c c
 +"ccc "ccc(c0c>3( c
cc(c1@cc!(.c/c(c( c
&c  c3(c-.cc*+"c*cc(c( c
*+",c
cc c>c1c@ccc 3( ccc
c( cc 3(ccc(+"cc*cc " c
(c'c+cc -cC(cc( c>< ,c8EEB&c ,cL8@, c
< (c>8EEB@&c (cC(&c c(c-+"c c
1ccc1c% c.c3(cWc c'c3(cc * c
cc(ccc*'(%cc

 &c3(c-c`
  
$åc> @,c<%cc *c &c'c(cc#( c
&c3(c.c`     å,c c1c&cc( c c(1c3(c
1c cc*cc3( c3(cccc-(+4c c
W1XcccW'*X&cc&cc(1c1c' c
c(c3(cc'*,c c0&cc1c%c>-. $@c
cc1c,c˜ c cc1c%cc1 c
&cccc**c*cc((cc(1&c  c
c! ccW(c+"c(c*&c3(c**c c
'ccc-ccc 5cc c*cc+c2 c
-+"cc(c-&cc3(cc(.c&c  c
'cc cc(+"ccc Xc> ,8Y@, c
< (c>8EEB@c(c.c3(&c-cc1 c
%&cc1ccccc -c c c(c
c3(c,c&ccc      cc  &cc
cc +"c%c(c')cc3(cc**c c
1&c**$cc+"c *ccc  ccc1 c
"c"c'cc &cccc+4c3(c c
cc*#(c**c(cc1, c
c(c-c3(cc-cc1ccc(+"cc c
cc ccc**c((cc1c c c
c#cc(+"ccc(c*cc(c&c( c
6Ec
 *cc *+"c(c9,cc # cc1ccc c
cc *+"c&c(c1&cc(+"c3(c(c c
 cc+4cc(1c**cc( +"c0c
c(c 'cc(+", c
< (c>8EEB@c-c'c'c((c&c3(cc** c
(c 1cc-'.+"c cc *c %cc(&ccc'1* c
c-'.cccc(c #*&c c#& c
cc&cc--&ccc&c (cc ( &c  c
-c3(cccc'cc(c .ccc(.c  c
3(3(c &c cccc(c"cWXc c c
c>c ,cL7@,c
c(c-c3(c*c/c3(cc c c
'cc&cccccc%*c c
/&c&cFc &c%cc/cc(c  c
3(c3(c*cc"c )cc c
,c (c ccc c! +4 c
c*+4cc(cccc(+"c-cc+&c1*c c
(c ccc #, c
'cc1cc(c-c*&c (.c>8EE:@cccFSD& c
-c3(ccc(c*c 3(c**ccc c c
 cc c'&c c*cc+cc' c
c+4cc'1c3(c"c"cc  c
c(c  +"cc,cc(c.c3(cc1c%cc c
 +"cc  &cc3(cc+c c Vcc*0cc c c
+4c3(c'ccc(c3(cc&c c1cc  c c
(&c cc  ccc#c'),c c
cc*#(ccc(cc-( $c*cc
 /cc  ,c cc(cW  Xcc cc c
*c-&cc'/&cc+4c,cc*cc!c3(c c
cc(cc1c(cc(ccc+4ccc- c
 +ccc3(c**,c$cc(c3(c-+c c
*cc1c%cc * c
,,,-cc! "c%cc-cc(ccc(c c cc
(,,,ccc-(+"ccc'cc-,cc
66c
! "c%cc(ccc%&cc'cc
3(#'ccc(c!ccc(ccc/&c(c
1&cc/.cc*cccc0cc/,,,,cc
c1*c!$&c-cc(c9&c-(+4&c
1,c "c)c*cc &cc*.c(cc *+4,cc
!#c*c ccccc ) ,c
˜$c&c$ccc(,cc c
c(cc cc(c!&ccc-(+"cc1c
%c> ,c8E@,c
/-/ccc0c!  ccc c %   c    c
 c
c'&c3(c(cc1cc(c 5c c c
**cc &cc(&c( $cc/c>8EE7@&c3( c
(c(c'/cc-c(c1*cc c
(c cc3(cc'cc(+"cc(1c') c
.c
,,, c1cc c(c&c /c'1&c-.cc
"c(c(c((cccc-,c<cc'&c
cc3(cFSDc-(ca-c(c cc
**_c cc(cc+"c2cb,c\,,,]cc
0cc'3(c\1cc']ccc+"cc(c*c
*+"ccc cc-ccc cc  +"c
*(&c(c1&cc(+4cc cc(+4cc
> ,68?@,c
/c>8EE7@c-c3(c cc(cc c
 &cc1c&c*&c(ccc! 0cc  c
c (.c-c3(cc(c  +"c-*cc(c* c
&cc(c+4cccc,c cc cc( c
(cFSDc3(cc3(ccW-+"ccccXc> ,6::@_ c
cS/&cc3(cWc-cc(+"c*'c" c
'(c+cc(c-cc(+"ccc-.& c
(c&ccc(cc(+"cc (+"cc3(c+c c
c*#(cccc(+"&cc(+"c*'cc  c
 /c cccc%c"c*'ccc3(c"c c
&cc(cccc')Xc>&c ,6::@,c˜-&cc1c c
9 c 'cc.cc cc ccc +& c
68c
*c 'ccc(+4c3(ccc(cc  c
 cc(cc-.$c ,c
'c*cc1cc c (cc-0c
(c  *c/)$((cc**&c/c>8EE7@&c c
cFSD&c.c3(cc-(+4c #3(c(cc c c
+"ccc cc(cc"cc-c3(c  c
(+"cc3[0cc-0cc cc/ c
c-(0c(*,c-+cc+"&cc(c(c( c
-+"cc.c3( c
c*cc (.c-c( 4cc+"cc(&c
ccc(cc"cc #*c (.cccc
&cc0&cc! "c-&ccc )c /c
c&cccc'+cc c cc
,cc #*c-.c *4cc+"cRc.+"cc
 ccc +c3(c"c cc((,cc'c&c
ccc cc(&c.cccc(cccRccc
(c.&c(&c&c(cc
+"ccc ,cc(c )cc cFSDc(c(c
 c cc cc+"cc(cc+"&c
3(&c(c&cc #*c/*c(c-cc
cc+"ccc/c> ,cL?@,c
c(&cccc-cc<c cc(c c
-0ccc1(ccc(ccWXcc c
(&c-c cc+4cc/c>8EE7@&cc-c3(c c
+4ccccc(ccc(&cc')c' c
c/)cc/c%c-,cc(ccFSDcc-c3(c c
-cc cc(cc  c! cc *,cc
"c!ccc-&cc-cc+"c)&c c
c ccc(,c˜c cc(c-c  c
c*&cc+"c3(cc(c! , c
$c(ccc-cc1&c - c
cc(cc-0cc(c/c>8EE7@&c3(c. c
3(cccc+^(c1c c'&c &c $&c c
c 'cccc cc(cc3(c1 ,cc1cc
(cc-cc')&cc(cc-+4c((,cc( c
 c3(cc1c1cc 1cc(cc - c
(cccc%cc3(c cc9c c
cc.,cc(cc='Dc> (c/c8EE7@c3( c
6:c
 (c*cc 3(cc  cc1cc(+"c c  c
-cccc(c(4 c
@c1cccc(c> c**c/%'cc
*cc( @_c
'@c1ccc cc**cc>c
c @_c
@c1ccc cc**c*c>! cc
cc'1@_c
@c1cccc-'.+"c> cc%&c
ccc(cc@_c
@c1c ccc* cc*.&cccc(c
c(c> ,68J@,c
cc+4cc**c"c"ccc c c
c+&c1cc-c(c"&cccc'c  c
-*&c(c"&cc+&cc(+"ccc&cc(c
(.+"&c
c(c*ccFDccc3( c
-c3(c
c+4cc(c**c/c"c &c3(cc
+c1c-c3(c"&c*(ccc3(c-cc
(1cccc(+&cc ccccc
(V,cc9c-+cc(cc(cc3(cc+c
cc(cc(+4c c.c(c
˜(ccc-&cc3(cc!c"c/c-cc
&cc c3(c cc+cc-cc
c!&c cc3(cccc
c &c(c(c*c*c>^&c ,8?@,c
"c/%c9*c3(cc**c((cc(c c
-0cc"ccc -c(&cc(+4cc3( c
c (c#&ccc(+4c(',cccc3( c
c!c%cc-+cc(c .c!c c c
%c&cc /cc-c  c,c c c
cc(c-0c cc(c(c-cc+4c, c
/c>8EE7@&c-c3(cc #*cc  cc(c c3( c
+cc c'c&cc-c+c( c
c(cc**cc -+4&c3(c c(c*.&c
'.c-(+4c',ccc(c(c3(c* $ccc
/cc*c c*cc(1cc(c3(c*c c
  cc((cc"cc(c(1c3(c*cc/%'& c
 c,c c(c c*c'ccc') c
6Lc
3(cc(c(cc ccc<c c3(0Pcc c3(0P c
=.ccc c3(0Pc
&cc1ccc-(+"c%*cc**c c
cc-0,c/c>8EE7@cc-ccFSDc3(c-c3( c
Wc*cccc-cc(+"Xc> ,6E?@,c˜c c&cc3(c c
((cc&ccc"c&cc-c"c&cc c
-(+4c( c**$ccc&cc-+4c" c
&cc'cc((cc cc,c&cc c
ccc 'cc**cc c3( c
-*cc(cc-0c**c*c3(c/ c
cc+"ccc cc *&c(c1&c   c
/cc  +"ccc((, c
˜c ccc  ccccc ccc / $c
c(c*cc((c cc**c  ccc
c(cc-0,c
/-1ccc  2 c(   c
c*c**c(cccc-&c- c
'cc3(c( cc*cc-0cc-c c
3(cc -cc&ccc c((&cc
*'c>6?J?cc8EE8@,cc( cc*c-cc( c
6,c*cc_ c
8,c*cc˜ _ c
:,c*cc+"_ c
L,c*cc'*+"ccc +", c
8,:,6c*cc c
c +"ccc(cc( ccc3(c%c**ccc* c
 5,c=c *c!#cc +"c &c c
cc /&c3(&c+",c˜c* c
 cc! "c(&c*'&c  &c&c! "c
%&c9,c
6Yc
'1*c +"c&c+"&c $ccc
( ,c
8,:,8c*cc˜  c
Z(cc cc c cc(c c
c($&c-*c(c c! *,c=c *c
!#cc! "c(&c *+"c 1&c *+" c
 5&c! "c &c! "c(&c! "c*', c
'1*c **cc &cccc c c
ccc-$/c-,c
8,:,:c*cc+" c
c+"c%ccc2c'*+"&c2c  +"cc2 c
)cc (cc(c+"cc &c(c3(c c
*c'cc! "c*cc+" cc&c1&c! c
"c%&c/&c(+"cc &c &c & c
c %,c
'1*c **cc+"c*cc (+"cc ( c
2c+4c  ,c
8,:,Lc*cc'*+"ccc +" c
c'*+"cc(cc%c3(cc 'cc1& c
*cc cc c cc+",cc  +"c c(c*.&c% c
cccc,cccc(+" c
**$c ccc.+"cc cc
 +",c +"cc+"cccccc(c3(cc, c
'1*c **cc  +"c*cc*c3(c!1c c
/cc/&c  +"cc 'c & c
 +"c &c+"cc+", c
c cc3(c( cc*c 1( $ccc
3(cc cc(c *cc c
( &ccc-ccc(&ccc#(&cc(c-. c
(c +"cc*c**c(cc ,c $c
(c (ccc(cc*c2c-!"c'cc* c
6Bc
**cccc!(.% $,c  &cc*c(c
cc!&cc-*&c(*c(c9 c
(*c(c(c ,cc'1*cc!ccc-.cc3(c c
 c*c2c(c(+"cc-(c&c2cc, c
 &c($c(c/c /&c c(c . c
3(cc'**cccc(&c(ccWc1(X c
ccW(!Xc3(cc-.c%, c
cccc(c-c-cc'*+"ccc c
'/c**cc-cc<c ,c c c& c
c(cc˜cc˜(+"c˜ c-cc c
c(c&c ' $cc(c(&cc # &c( c
-c-+"cc !",c  &ccc cc&c c
-cc**c cccc ,c c  c
*c  cc3( &cc(c c-0cc-c
!cc&c*.c c(+"c/&c c-&c3(c c
 *cc,c
*ccc-+"&c  V$ccc('3[&c
cccc c-cc 3(c( ,c c- &cc
(cc-0&c-.c cc( cc-c(c c
'c /cc*c  , c
c-+cccc(ccccc+"c c
ccc cc*cc*#*,c=*ccWc -.X,c
c(+4c"c-c c c -,c˜ccc- c
(c*cc**cccc-0ccc c
/cc #*c., c
c(c&c c"cc*ccc' c
( cc/(c(+"c&c'*c-ccc c
(c(+4&cc c! &cc-+"cc%cc c
-/cc  c/,c(cccc(c c
-*cc1(cc(&cc3(ccc'* $c
W c(c3(c1(&c/1c1(c*0X,cc cc 'c3( c
/*cc ( +"cW3(c%c1(PXc cc-&c/*c( c
(cc#cc Ic3(&cc(cc&c  c
67c
c2c*,c˜"cc'c c(cc cc(c
3(ccc c3(cc-.c(c  +",cc! & c
*$cc(ccc-*c c9c*.c(c- c
 cW'dcZ(ccX&cc3(cc(cc#c c
Ic (cc-cc  cc*cc3(c/c' c
.cc-,c
c .ccc1(c*cccccc'/,c c
c! cc(ccc c'&c3(c" c
(c/(c-cc(+"c/&c-c  ,cc
(c(cc-0c'c*cc .c  c
c1(ccc(cc(c&cc&c c
 ccc-!c%&c /ccc c
((,c˜cc3(c cc  cc(-&c c
!+"&c/*cc c(c+"cc c c c
cc /cc(c*, c
cc cc&cc(ccc c- c
c .cc$cc**ccc c(cc
+"c(cc1,cc(ccc(c!*cc c
W*Xc cc,c˜c(c-cc 'c3(& c
 cc-&c*cccc(cc c /c( c
/,c c/&c-*$c( c c*c-cc
ccc(ccc c*c(c(# c
c( &cc3(c)c(*cc*&c)c/&c(c c
1(c c(c +cc3(cWX&ccc-0& c
$cW/cc +X&c-c*cc(c&cc"c c
ccW(Xc, c
c cc(c(c>c#ccc'&c c
-cc-cc&cc-0cccc c
 #-ccc**&c=cJ:@&c3(c-c-& c
c )c&c(c+"c c cccc c
&c'*c*cc(c&ccc3(c (*c3( c
ccc(cc,c˜c(c/*cc* cc
(ccc3(cc-*ccccc' c
6Jc
(cc1c(cc(cccc/,cFc3(&c( c
-+"cc-&cc0ccccc(&cc c
c*&c(c+"cc % cc(c,c
=(c*cc+"cc(cc-0&c3(c c
'**cc /ccc1,ccccc(c( c
3(c.cc(c-c*c-.c(cc( c
>#@c3(c c(c c*,cc(cc
-0c.cc/c*cc#(cc-+" c
c/c-c (cWZ(c*0cPXc˜cc (cWcX,cc)'* c
3(c(c-c((cc cc/cc(&c'c( c
-cc/c-c(c'c.,c c&c(' c
c(c'/cc-+"cc cc3(ccc(c/c c
(c&c*cc%&c*(.+"cc*(&c*+"c c
 +"cc( , c
(c! &c(c*ccW1cc -4X&c(c( c
c-0cc"c((c-.c/(cc3(c- c
c -"c3(c/c/*c'ccc5&c c(0c c
-c3(cc*c *c c,c c3( c"c
c(cc+4c&c3(c3(c"c/cc-&cc&c c
-c*,c
c c ccccc+"c2c+"cc c
-cc/cc3(c c3(cc(c- c
c (,c=(c-cc-(cc.cc  c
c c/(c3(c-c-cc'cc  c/,c c
.cc*&cc -c  (c(c( c cc c
'+cc(c-c(!cc-,c&cc/ cc&c
c(c-.cc(c'&cc(c,cc(cc-0c" c
-c .cccc&c(c(cc-&c(c c
(c-c-&c c-cc/&cc'&cc(c cc c
c',c
c(cccc(+"c c(c-&c c
(c-cc(ccc(&ccccc(c-c c
/(*&c1%c3(cc-c(c'c(cc*,cc )  c
6?c
cc(cc-0cc-c.c3( c'c
-ccc3(ccc-cc,c c&cc/c c
+&c1%c+*cc!+"c ccc #ccc2 c
,c˜c*cc-!cc-cccc*cc(, c
1-cÃ%Ã c
c'/c.c '(c3(cc(ccc( c
 ccc &cc%cc3(cc  c
&c(c1&cc(ccc(*c c c
cc c cc+"ccc(,c˜c!#c c
("c-c (.c c3(&cc c(&c3(c(c c
*c cc3(&c(&c"c"cc c
(c1c**cc _ccc(c(&c c3( c
(ccc(c3(c ccc /ccc  c
$c*cc  ccc(c'c3(c/c-& c
c"&c/cccc(+"c ,c=c c c
c(&ccccc c( c
c(cc(c(,c
 V$c3(cc*#*&cccc! 0&ccc c
/ccc0ccc .c c+"cc(& c
-cc/cc**c &c*c& c
 &cc+"cc +",c1($&c'(&c(c
*c*"cc(c cc&cc3(c1ccc ( c
*#(c**&c cc cc3(cc cc-+c c( c
%cc-, c
(+cc(&c**c  ccc-c
c 'cc(c**cc +"&c c
cc(c(+"&c ccc-cc6L>.@c c
.&cc3(cc(ccc(ccccc(+" c
 &c(c-,cc +c cc(c-cc c
*+"c *cc.+"cc+"cc-, c
.+"&c +"&cc ( +"ccc ' c
! cc(!cccc-0c cccc( c
8Ec
c.+"cc*c  c-c'c(c c-* c
'*c(cc.+"cc-&ccc &c c
-+cc3(cc'(#c cc(+4cc-*&cc( c
&cc  +"cc&c- cc+4c , c
Fc3(&cc cccc/(.+"ccc**, c
$cc*cc(cc  cc +" c
*cc1c! c c(ccc(cc3( c
(c*ccc c(c*.c c&c
 ccc 3(cc &c c"c c c
*#(ccc*ccccc'ccc , c
c 'cc("c*cc ccc c c
-ccc 9'cccc%&cc-c*cc c
3(c -ccc"c^c c cc˜c c
˜(+"c c(cccc(+"c cc3( c
/c*0cc ccc-ccc*, c
c 1c-c c cc(cc-0cc cc3( c
"c"c-&c c 'c  cc**ccc c
c(&cc$c&cccc c(&cc, c
=(cc3(cc %c"c )c"cc%cc-(+"c c
 +c3(cc c( cc(&cc&cc-(+"cc
 c3(c (cc**cc-c cc-,c c
c( $cc c-+c-*cc3(c(,c c
ccc+4c,c
˜ $c3(cc(c3(ccc*ccc c
c &c-+ccc(&cc%&ccc! 0 c
**cccc , c
c(cc cc("cc(cc- 0&c(cc
(cccc(c &c(c% c
-/&c &c-,cc%&c*cc c(& c
ccc(# &cccc,c(c/c*c c
&c(&c! ,c˜c-c c(c 3( c
 ,cc/cccc-(,c(c(c! 0c* c
86c
c**c c-(cc-*cc("c %*c c
(ccc(c , c
ù-c$ 3 $4%Ãcèè 5$63Ãc
 &cc,c  c ccè   ,c "c(c *&c
8EEB,c
˜&c,_cF˜ &c<,_c˜ ˜ &c<,>,@,c cà  "cc 7c  " c $c
*c'c(+"cc(+c,c(c=ccDcH, c
) &c<c˜cF.&c8EE: ,c
&c((,c 0c  c ccc  ,ccc<c
*.+"c&c8EEY,c
 &ccc((,c à cc! cc   c  c
cè   83  'c c8cKc:,ccc<c=(&c8EE:, c
=˜˜&c(,c cà  c  c c  cc c   ,cc
c<c.cc &c6?J8, c
  &c<"c(.,c  c  c  c c   c"  9  Ã
,c
 &c c(c&c8EE8, c
< &c,c ©  cc  cc!  ,c &c c
 (&cBQc˜,c8EEB,c
H &cc,c Ãc3 7c!  "ccè  ,ccc
Ë  c  &c ,c
˜ &c ,cc  c c  , c c &c ,c
c
  &c c  c  ,c c c c c
c c c c c c c c c c  c
c c ,c  
&c c
c

  
&c ,c
  M&c    cc˜
 c c˜ &c    c c˜ , c
c:  c c cc c cc c;  ,c
 c ˜˜ &c ,c
  M&c    cc˜
 c c˜ ,c    c c˜ , c
  cc˜ c˜
  ,c  c:  c c
c 
 c
 cc:  c c:
c    ,c
 c ˜˜ &c ,c
˜ &c ,cc c
c ,c c c 
c 
&c ,c
˜F˜ ˜ &c  ,cc   c c  c<c c  cc

,c c &c  &c ,c
eeeeeeee,cc  cc c c  ,c c c  &c ,c
eeeeeeee,c cc  ,c 
 c c  &c    cc  cc
 ,cccC  c ,c
F &c  ,c  c  :
 ,c  
&c c
c


  
&c ,c
 ˜&c,ccc   c   ,c c c 
& ,c
c  ^^ ,
 
,,^ ^^ -, &c
&cc,c  c
c cc c c  ,c 
 &c
 c
c &c ,c
c
FA˜ &ccc  &c 
,c  cc:  c   c  c
:,c c c ,cfcc  &c cc-

, c
Ff C&c c  ,c   cc ,c c c 
c 
&c
,c

c;  c c


˜ c cc c c  &cc  c

c c c c   ,c


c
c
  cc c&cc  c c1
c c

  c 

,c

c
g
c
c
c
c cc
c

 
&c 
c   c  c
 c c
 c
1,c
&ccc c c
 &c cc
c

c cc c
c
&c c
 c&c
cccc c- ,c˜ c
-
c
c
cc
cc cc

c 

,c


c

&c 
  c c
 c c

- c ccc  c c c  c c


 &c
 c
c
&c c
c
&ccc
 
,c
c &c c-ccc c 
c

c  &c  cc c c 


c c c c
c
 c c1  c

cc1  c cc 


dcc   c c cc
- cc c 
c c  c
,c c

cc
 
ccc c c
 cc cc

cc c1  ,c

  c cc c ccc&c


c
 ,c˜ cc


  ,,,c

c c  c  c  c cc



&c,,,c cc-&c-cc

c  c
 c1  c c c cc c c
  c
cF&cdc c

cc
c

&c 
c c ,c   c &cc

 c
 c&c
  ccc c  c
 c  c
c
&cc c
c

c

cc

 
dc˜ c  
 cdc

g c
1 c
c c  ccdc

cc
c
c c
c

cc
,c

g c  c
cc

c  c c
c
,c

cF&cdc c
cc cc
cc c c1  cc c

c ccc c1c


  c&c c c
,c˜ c c c &c
c
  c-# c,c c

c 
cc cc~  cc dc
c
&ccc
  c

cc c &c

c c cc  c
c
c--
cc
c
 c 
,c˜ c c c cccc
 cc c  c 
c  
c c

c c

cF&cdc c


c c
c
cc c c  c
 c c&c  cc 
c,,,c
˜ ccc c c  c
&c 
c1c c

 ,c˜c  c  c
 &c
cc c


  cc
  c ,c˜c
c
c

c  c
 cc
&c  cc 
cc  ,c

c c  c  c c  &cc c


cc
  c c c
 cc
,c
c c1  c

c c
c c c
 &cc

 c c
 c  ccc
c
  ,c˜ c
cc c 
c  &c
cc 
,,,c
c

c c c c

c c cc c

c c#cc- c c c  c c ,cgc


- c 
c  c c
&c
c cc ,c

c˜ &ccc 

c- c c c


c c
&cc-c c
cc c c1  &c


,c˜ c

c  cc cc
 &cc
 c c c c dc

cg cc 

c 1 ,c
c 
c

 c  c
&cc
c cc  c cc
 c
&c cc
c ,c

cc c c   &c c1 


c 
&cc c

&ccc
 cc
c  ,c

˜c

&cc
c 
c
c c&c   c c

c  ,c &c  c,,,c

˜ c  c c   &c c1 


c 
&c

c c c c   c,c

F 
cc
c
 c c  c c
cc 
ccdc
˜cc- c
c
,c
 c   &c-c c  dcg c c
  c

cc
c
c
c  c c
 
c
c
  ,cF  c1
c  c
c
&c c

 cc
c
cc &c-  c c  c  &c
cc   c c c c
c c c ,c˜c

cc c ,c


&c c
 c  c c
c-
&c c

c-cc cc  cc  c

c
G=c

= c= c
˜ c cc c-
 &cc c
c  
,c

c
c c  c c- c &ccc
  &c cc 
c  c c ,c
g
c c &c
c c
 c
c&cc

c c c cc


,c˜
c
 cc  c
-
 c  c-
c
&cc  c &c
c
  c
c 

c

&c
c  c  c
c

c

c
˜ &c
c  
c
c cc  c
c
c
c  cccc cc  c c c
cc c- c
c-

c &c   &c  &c


  1 &cc c- c &c
c  c c

 &c 
c cc
  c  dcg
c-  c
c  
,,,c
g
c

c c &cc
  c c c  c  c
 c ,c c- c c
c &cc c c
c cdcËc c cc  ,,,c

c
c-c ccc 

c&cc c c



c

&cccc &ccc c c
cc
 ,cccc c- cc
c
   c &cccc c  c c

 c c- cc c c

c  &c &c &c c  &c c, c



&c c c  c c- cc c

 c cccc c- c
&c  c
  cc 

cc

c
£         
  c

c
˜cc 

ccc  c   c


c &c,,,cdc
 dc
#c-c ccc &cc
c 
c
 
ccc ccc ,c
&c
c c c
 c ,c

˜ c-cc &cc


c  c  cc
c &c
c c c c cc1 ,c

 
c-cc &c
c c c
 c c
 c
 c  c c c

c
£         
  c

c
c c&cc c
c

cc c c ccc ,cFc


 c c
 c c- cc c c

c  &c &c &c c  &c c, c



c c c c  c
c
cc
&c
c
 c
 c   cc- c
,c˜cc

c c
c &c,,,cdc
 dc

c
c1c c&c c  c

 
c  cc c  cc  c c c
 c

c
cdcc   cccdc  c &c
c
c
-
c1c c  dc
cc  &c
c
cc
 ,c c
c
 
c-   &ccc &ccc ccc
 c c- c  c

c
c 
c
,c
˜cc
c-c c   &cc  &cc
  &c ccc c c c &c c

c
c
,c c c
 c c- c cc
c  c c
c1&c cc
  c
c ,,, ,,,&c,,, ,,,&c,,, ,,,&c,,, ,,,c

 ,,,,,, ,,,&c,,, ,,,c,,, c


c c   cc c
£         
  c

c

c c   c   c
c ,,, ,,,&c,,, ,,,&c,,, ,,,&c,,, ,,,c

 ,,,,,, ,,,&c ,,, ,,,c,,, c


c c-c- c c c
,,,cc 
cc
c
cc c c c c

 &cc
cc   c

c   c ,c˜c


 c c ,c
˜ c

&c
c
c  
c
  cc

 
cc ,c

c
c   c &cc  &cc
  &cc-c  ,,,c  ,,,cc dc
˜c c c c c    c c
 c c- c
 &cc
c  c dc

c
  c c
c
c-
cc c c
 c c c   &cc  c ,c

c
 c c c ccc cc c   &c
- c c- dc c-c  c c    ccc
 c,,,c
c
gcc   c  c cc # c c    dc
c1c c
  c 
c &c   c

cc   c c c d c

cc   c c c d c


c c- c c  &ccc c
 c


 c  cc  c-


 &cc c 
c
dc

c
,,,c˜c
c-  c-
c c ,c
c
c 
cc

c
c-
c
c

c
cc&c
c  c- c  cc
cc
 c  c c
c c  c c cc

c
&ccc ,c1
,c

c
G=c

c
  c
c
 c1 cc
&c  c
c
cc
 
cc1
c
c  
,c  cc &c
c1 c-  c  ccc 
&c
&c 
cc 
c
  c 

c  c c
c  
,c
 c cc   &c
c
c
c   &c
c

c
c-   c  c
c c c c  c

,c
g
c
c
c c- cc
c  c
 c- c  c c1 ,c
c  cccc
c 
 ,,,c

c
c dc˜c
c c  &c c cc
  &ccc
ccc -
,c 1c
 c- cc c c&c
cc c
c c  
c cc&cc-c
  cc c  ,,,c &cc-dc cc
- c

c
c  cc cc  cc c   cc

  &ccc c
c
c 
c c
c ,c
cF 
c cc

c c  c  c c


cc
cc cccc
c˜c&c

c ,c

c˜c &c

c ,c
c c 
c
  cc  c
cc c
c
c c 
cc
c c

 &cc c c ccc  c  c  c
 c1 ,cccc  c&c c &c c c
cc cccc-  ,c  
c  cc
c cccc-  ,,,c c   c &c
c  ccc  dc
g  
 
 
     

 

cËc
dcF 
ccc 
&c  c
c
   
 

 cc-  cc
c
&c 
c  
c

c1
,c
˜c

c- cc  c c &c c,,,c c &c


cc,,,c c &c cc,,,c
˜c   c c  c
 ,c c  c cc  ,c
g
c    c c cc cc&c
c
  c
ccc-c  ccc &c
cc ,c
 c
 cc

c 
&c
c

c 
c
 c    c c  cc  cc c c
 ,c
 c c&c
c
 c&c
c c

c  c ,c
c  c c

c
  ccc
c
c c c  c c
 
c cccc
ccc  ,c c  c
c

c
c
c
c
c
c  c   
&cc ,,,c
g
c
  c c &cc- cc- ,c
c-c &cc cc 
c-,c  
c
 c
cc

c
&cc cc
c c
  &cc
 cc
c 
cc c c
 cc  cc ,c c cc ccc

  ccc-&cc
 c  c
  c
c

c  ,c c 
c c
  &c
c c   cc ,,,c
c cc ccc
&cc c cc
,,,c
dc

c
˜
c c  cc ,c˜cc &c cc
  &c c  cc  c c 
,,,c

c
˜c ,c  cc  c c  c  c
 &ccc c c ,c
=c"c3(c*c(cc((cc
'3(/cc(c!/&c'c c c(c-&c
c)cccccc+c3(c/c
3(c'3(,c

ccc&cc1cc'3(c c
c(c(c'c'c-//cc
!/c$c c3(c"c-+c'(+cc1cc
,c<%c (ccc*0c'c'/Pc
3©c

c
c

 c ˜c˜g
 c
c
c
˜c(cc3(c*cc*c(c! +"c cc,cc
c
˜! +"cc(c-c3(cc /cc cc3(cc *,c c
c ccc*&c+"cc(cccc3(c c'ccc
c(c &cc3(cc! cc ccc3(cc  (+"cc1%c
',cZ(ccc*c&cc(c/ cc',c˜"cc-*c%&c
! &c./,c c
"cc(c/cc(cc',c c
(cc3(cccc-(cc'+c ccc*cc"c
(,cc
'+cc3(&ccc(.+"&c(c c  c(c
 #(,cc
(.+"cc3(cccc"c c3(c)c.ch(c!hcc (,c c
(cccc,c c
(cc3(cccc"c"c"c(-,c c
 c"c.c/4cc-cccc(c'+,c c
9cc(c)c(c c'cccc,c c
cc3(cccc*0cc c ,c( +"cc(c
c3(c"c!cc3(c"c(cccc(c ,c c
"cc3(c*0c'c(c'cc3(c3(cc/c3( c*c3(c(c
,cc
.cc3(ccccc (cc %,c c
(+"cc3(c(c+"c%c(c (/cc-((cc*c% ,c c
cc3(c cc*0cccc(c-c3(c cc3(cc
!,cc
9cc(c"c3(c"c3(cc,c c
(cc3(c*0c-.cc3(c c-.c)c3(cc(c ',c c
Fcc(c /c&c cc ,cF/cc(c c
c3(c*0c3(c cc'c3(c/,c c
(/cc(c(cc* 0cccc-,c c
cc3(c-cc(c c cc3(c3(c3(c1,c c
-+cc3(cc(c"ccc cc ,c c
cc(c cc!+"c(cc+"cc-cc,c c
ccc#(c3(cc+"c(c3(c cc(c,c c
*cc3(cc/c3(ccc*0ccc,c c
.cc(c"cc3(c c(c+",cc
cc(c'cc*c3(c"ccc"cc-*,cc
=cc(cc3(c"cc c/(,cc
.cc3(c*0c"c-.c3("cc*0ccc c c(,cc
 +"cc3(c*0cccc(cc(c(c!c c(c*/,cc
("cc3(ccc*0ccc*cc,cc
( cc3(c*0cc3(c cc-c-&c&c&c"c ,cc
"cc3(cc ccc&c c! ,cc
( cc(c-c3(c cc(c'1,cc
˜!+"cc3(cc'1c"cc ccc(c'c ,cc
cc(c3(cc (0,cc
(0cc(c'(cc-/(cc cc ,cc
(.cc(ccc((cc%,cc
."cc3(cc(c *c3(cc+"c%ccc(cc,cc
˜+"cc(cc3(cc"c-c-,cc
cc3(cc*c%cccc/,cc
Fcc(c1c3(cc3(c*0cccc,cc
1cc(c'cc,cc
!"cc3(c cc ch hcc1c*cc,cc
cc3(cc !"c"cc(c c,c ",ccc(c!,,,c
'c",cc(c,,,cc'Pcc!&c(c9*&c(c((&c
(c&c(c &c(c  )&c(c&c(c&c(c
 Pc *.c 3(c"c*c&c*.c 3(c"c/(*c! +"&c
c)cccc"c'c! &cc,c

 ˜c

cRc ccc˜(c c c


(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
 cc  cc c   #c( >ccc  ccà c  c
c
5cc! cc©  ccc   6c
Dc ˜*
*c=cc.&c(&c c
$c
cc cc(cc 3(c˜ccccccF4c 'cc
cc(+"c˜cc( cc cc(c˜ c(cc
+"cc( cccccc(cc(c 9'c'cc(.cc
cc(+",cHcc(/c*0cc-c-c c
'c(+"c ccc! "c0c,cc0cc
(+"c(c c(.c*cc-cc cc-.cc
c( c#&cc'cc +c(c  *cc-Vc
(,cF4cccc( cc! 0ccccc
(c"cccc(&c 'cc-!"c'c(c+4c
c(c 9'cc'c '%cc2c-+"cc cc,c
   " #c_c cc(+"_c ,c
 cc  c   cc©  c
cc %(ccc(c cc(+"&c-$$%c(c
'*c(c'ccc%cc cc&c(c%cc
(cc'cc%&ccc&c*&ccc %*S&c
c*4c-cc cc! 0cc( ccc(&c
.,c
cccc(c%c'cc3(4c! &c
 ($c cccc( ccc3(c1%c0c*c! 0cc
*ccccc(,c&ccc( &c'1cc 3(&c
c! 0cc!#cc*ccc&cc((c
+4cc +4ccc9c.c&c( ,cc
( c*c"c( c"cc c>c c(@&c( cc
6c '/c cc *"c %c-c(&ccc<9cRc
<cc
+"c#-cc(+"&c*c ccgggcccc
0cc
(+"c
8c˜(cc(+"c?K,c #cc(cc(+"c c$c<cc
=&cc
D,'i,c
6c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
 )ccjc=c>c (c(@&c( c ˜ c>c%c (.@&cc
c"cZcc>c c @ccc (ccc>c/c(@,c
c*cc'(c(ccc c3(cc(cc cc
(+"cc cc cccccc(c !c
(cc*c#c,c˜"&cc%cc'cc c%c
-cc cc "cccccc3(ccc-(c c
(+"c&c-c (cc>8EEE@&ccc# c'%cc&cc
!ccc 9',c
 cc  c
c c c3(c%cccc'1*c3(c&cc'c
cc&c ccc+"ccc(*cc,ccc
>8EE:&c ,c68@&cc'1*c'%cc(+"cc-(cc(&c(c (,c
c"c/%cc'c(ccc cc*c3(cc3(c&c(c
1&cc 9',cW'1*cc(0c"c %*,c c cc
(+"ccc'1*cc'+"cc(c+"c #-cc(c c
 #-c>(c( cc @Xc>˜&c8EE:&c ,c6Y@,c
˜c*c(+4cc'1*cc(+"&c$ccc
c cc'1*c()cc'1*c(,c˜c+"cc'1*c
()&cc>8EE:&c ,c6J@c! -cWcc c c(c +c
(cc-.$cc cc +"&cc c cc +"c
c 9'&c c3(cc(*c  cc(c-+"X,cc'1*c
()c3(cc &c"&c(c c,cccc
( cc ccc1c cc-.cc 9'c&ccc,cc c
c cc-.&c &c&cc'1*cc+",c
cc( ccc cc 9'c(c cc&c3(cc
9'c 3(c+4c3(c*"ccccc! "c0&c"cc( c
ccc(c'1*c(,c3(ccccc! c
&cc &cW c cc c(c9c"c c (.c
cc+"&cc cc cc3(cc c cc
'c c3(cc Xc>˜&c8EE:&c ,c6J$6?@,c ccc&cc
8c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
%c3(cc+"cccc(c(c*+4cc &cc
c c*c(c"c(c,c
c( cc*&cccc -c c(&cc
( c"cc &c c &cccc"cZccccc%c (.&c
c ˜ &cc c1%cc2c+"c3(cc( c cc 9',c
c-(c3(c"ccc'c(c %(c3(c1ccW-%c
"Xc cc 9',cWZ(c3(cc>c @c/c(c (cc
'/,cZ(c c'cc3(cc.c c&ccc*0c3(c
 %(&ccc%c'&ccc (.X,c
c(&cc( c"cc &cc'c(c3("c
 c c( c3(c1cc'1*ccW-Xcc cc
-.cc +c%cc(cccc,cc +c #c
3(c*c-ccc"c cc &c-cc
&cccc/cccc(cgg,c˜ccc(c
 *cW/c3(c/(*c(c cc3(cccc(c 'cc
-+"c,cH1c/c3(c1%cc+(cc*c3(c"cc c#&c cc
ccc&c"cc/4ccc*.X,c
(cc%ccc ,c%c1(-c(cc-c
3(ccc"c ccc*cc(c(cc,c˜cc3(cc
c*cc*c/1cc(c(cc-!",cc%&cccc
c(c-cc! "c3(c!c(c  *c#,cWcc
3(c)c3(c3(cc  *c#c1c cc(c-c3(cc 9'c
 &c/+cc  *c#&c cc(&ccc(X,c
(c(&cc&c3(c3(c'cc-cc'1*cc
( cc+"cc 9'&c(c(ccc ccccc
*#(cc*",cc (&ccc3(c c*c3(cc(c
0ccc*"&c'(cc*,c
cc#c-.ccc c(cccc%c (.,c
c-(c3(cc cc(c3(ccc +cccW**X&c
-$cc %(c3(c"c cc(c c /cc(c
,c c*"cc%c (.&cc %(ccW*X,c˜c
'c(c cc cc (+4cc/1cc,c
:c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
"ccc&cc(cgg&c-.c(c %(c*&c
3(ccc3(cc&cc #cc"cc'((c
c(cgg&c /c(ccc*"c c ccc
*cc,cH1c",cc1%cc-c(c'c c
*",c
c(+4ccc'cc'1*cc(+"c>()^c
(@c-c%c c3(cc cccc(c
#cc c cc.,cH%ccc3(c
!c(c ccc &cc-%c'+"&cc3(c%c (.c
/cccW*X&c c2c! *cc ,cc0c
c-("cc cc&c3(c (c-0cc(ccc
**&c*"ccc2c 'c3(ccc-cc! $c c
c3(c"c-.c cc*c,cc %c ccc(cc(cc
*c3(ccc*cc ccc+"cc cc3(c c
.c(c '%cc-.cc&c(1c  c-!ccc c
c-+"cc(c c#cc cc  cc(+"cc)cc
c# cc,c
c cc  #cccc cc 9  c
ccc ccc(c(c %(c0cc
"cc*"cc ,cc(c(c! &cc'/c(c($/(*c
3(c cc c(c(c+"cc(cccc(+"c3(cc
 %(c+cc 9',c c *cc)cc(+"&cc'/cc
cc(c
 ,c-c*c>8EE8&c ,cLE@&cccW3(3(c
&c(c#(c-#&c(.c c c'1&c3(&cc(c
*X,c&c(cc3(c-ccc cc(cc cc &cc
'1cc/&c&c9,cc( c3(&cc&c-cc3(c
ccc-(+"cc(cc cc(c &cc(c
(5&c'c"cc(ccc c,c
c 9'&c &c(.c(c )cc! 0&c-c(c

  cc3(c"ccc ,cc .c3(ccc 1c

  3(cc*c&c(c(c/%c (,cc-0c3(cccc(c


'/c(c($/(*&c c! &ccc(c'1c9c cc ccc
Lc
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
(cc/(*,cc&c &cc-c3(cc'(%cc(c'/c3(c
 cccc cc#cc(c %(,c
ccc(+"cc&c&c%cc-(+"cc)c3(c
'+c(c-c(+"ccccc 9'&c-.cc3(c
 cc*c-ccc3(c/c"c cc,c
cc*cc3(c3(ccc cc&c/cc'/c(c
($/(*ccWX&cc+&c"&cc-c3(ccc'1ccc-c
(cc'cc/&c *cc 9'c(c*c +",c c
-&ccc%cc ccc(c
   cc'/,c
&cc cc! +4cc*c'c cc(+"c-c
-%cc/&c-ccc #(c&c3(c-c3(cc
c 'cc1(+"cc cc'1cc(c&c *cWc
*+"ccccccXc>˜ H &c8EE6&c ,c6@,c-c
*c>8EE8&c ,cY8@&cWc cc! cc-ccc cc
&c cc(c!cc*&cc(c'c3(c/(&c cc
c'c (cc3(ccc &cc9ccc( ccc
X,c
c-c3(ccc-c ccc ccc
cc)cc9ccc,cc-cc9ccWcc
c&c/c c-c c! c(c'1*Xc>˜&c8EE:&c ,cBE@,c
c9cccc(c %(&cccc3(ccc-&ccc
&cc +c&c3(ccccc(c %(c*ccc",c
c+"ccc'cc +cc3(c*ccccc
,cc-ccccWc4c3(cc-cc(+"c
c ccc ccc)ccc9X,c c"c*c
c(cccc&c(c cccccc-cc/c/c
%,c
cc*&cc #*c 'c(c*cccc3(c
cc(c9c +,c 'cc(c'*c3(cccc +c
%&ccc c c)c-&c(c*.c3(cc*c
3(c(c c(c+4c(c'c2c('cc(,ccc
'1*cc(ccc !+"ccc 9'&cccc*+",c
Yc
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
c! cccccc %(c(cc<(&cc /S &cc c
( c "&ccc&cc+"cc'cF,cc +cc(*&c&c
c*"cc c c>8EEY&c ,c6YJ@&cccc( c "ccW'c
c3(1X&c(c*.c3(cWccc((c  (c'ccc
 cc(&c cc(c/S cc'cc'c
X,cc&cc %(ccc-0&cc&cc +"cc
+c%cc c',c
(cc*cc( cc(&c (c-c-c c*-c
3(cc-(0cc(+"ccc 9'c c3(c-c-cc(c
c +c%cc,c c-c3(c(c/(*cccc
.cc %(&cc(cc (cc( c3(c-.cc
cc(c,c
(c(cc %(c(cc<(&cc( c "&cc-(c3(c
'/cccc'cFc"c(c-#cc-.,c˜cc3(cWc
c3(c(c-.c&c"ccc,c cc0cc
 &c-.X,c
c c(&cWc(*ccccccc(*X,cc
*c cc cc-cc (c(&c c3(cc(&c
3(c(*&c *c-!4c'cccccc&c
)&c.&c*,c&cc%c3(3(c(cccc
'/c(ccc %(c cc 9'c.,c (c! -c
cc!cc3(c# &c3(cccccc*cc.,cW "c
c(c('(cc c c((cc.Vc c cc(&c(c
-.cc cc(# cc.c cc cX,c
%c (.c,c˜cc3(cc*cccc.+"c
c(ccc('+"cc ,c˜c-.c-0c2c (+"ccH&c
 %(c3(cc0c/cc(+"cc'(c2c +"c#ccTc
/S ,c%c-(cW )c"c('cc 9',c '#c3(cc
-.cHc&cc 9'cc /c -X,c
*$c3(c +ccc&c&ccc(*,ccc
*&c'c*cc3(cc!c%c"c'/c c c
 #-cc 9',ccc %(c-c'cccc
Bc
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
(+"ccc cc+&c(c*.c3(ccc c**cc
(*cc.&c&c(+",c cc ccc
ccc(c cc &ccccc %(c c*cc
 c2c-!",c%c (.c-c3(c%c-cc(c-cccc
9'c3(c"ccc +ccH,c
 cc #c   cc   c
c&c c3(c/1c-cc!#cc(+"&cc%c
*(c3(c-ccc-ccc c(c(&c(c#*cc
/&c(c c((cc(c/'c(*,c&c
c(ccc ccc3(c%c&cc +c&ccc
(c/'ccc0c3(c ccc*cc')&c(c
/ccc!cc3(cc cc +&cc"c c3(c
-(cc-cc(+"cc ,c
˜&c cc'/&c%cc0-cc-(0ccc cc
 ,c (cc>8EEE&c ,c?@&cW'c(c3(c'cc3(ccc
 c ccc*.&c.$cc .c%&c*.c1ccc
-+"cccc,Xcc ccc cc
(+"&c'(cc&ccc ,cc $-cc3(c
-&c(.&c-cccc-&c-($c(c"c c,c
-cc>8EEE@&ccc(&cccc&c*c c3(cc
(c'/c(cc%c*,cWc*cc +&cc(c(0c1%c( 4cc
+"&cc3(c  c'cc 9',c cc3(c cc
 +"&c -c(c0c%Xc> &c8EEE&c ,c6B@,c
3(c-c'(#cc-$-c c3(c/1c-cc
(+"cRc/'c(&c(&c#*cc/ccc
((cRc'c*cccc $-,cc
 &c cccccc+4c c c&c c
cc/'c c-cc)c,c
˜c/'c+ccccc'c*cc(*,cc&cc
&ccc3(3(c-cc(+"&cc c(c c3(c"c
 4ccc(*cc*(c c!cc(cc3(c%cc(c
7c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
ccc'cc %(ccccc c c-&c
-cc>8EE:@,c
c(c-cc%c  c cccc/cc c
ccc3(c/cc,c c&c(c %(cc
"c cc(cc(c 9'c(c,cc c-c
/%ccc!&c+"c1(cc&c c! ,c
ccc(ccc-(cccccc&cc
(cc cc+"cc %(c'c %c-(cc'cc
,cc(cc 9'c cc-*%*c2c'c(+"&c1(-$c
c-cc3(cc &c3(cccc cccccc(c
 %(&c1%cc(c(c *cc+"cc cc3(c%c
cc  ,c
c>8EE:@c'c3(ccc(+"cc(+"&c-cc c"c
 ,ccccc1%c *0cccc 9'&ccc3(cc
c"c!,ccccc 0cc3(cc-cc ( 4c
3(cc*c-(cc &ccc c'c*c!c
-(0cc,c cc"cc-,c<%c'cc3(c
c %(ccc9&c"cc c(cc /cc
 ccc+"cc 9',cc c c3(ccc
cc&ccc(+"c3(cccccc +c/,c
> &c8EEE&c ,c66B@c
&cc-ccccc"ccc-cc3(cc3(c
cc ccc +"cc(+"&cccc c"c
(cc/(ccc,c
ccc+4cccc&c $c1(-cc-cc3(c
c c*$cccc3(c'cc %  5cc
9',cWc %  c2c-c-+"c-cc(c(cc
.+"cc(c'1*c&cc-.c&c!cc'c-((cc3(c
c-c*/cc-Xc>˜c ,c66Y@,c
Z(cc&c(c(c&c 'c(c % "$ &c(0c
c/&c c! &cc0cc3(cc&cc(cc-c
c&c(c+"c3(c*c>8EE8@&c cc cc(+"&c
/cc  ,c
Jc
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
˜c cc cc(+"ccc-cc3(ccc
 cc3(c(c c%cc&ccccc
#(cc  *cccc'c'c3(cc**c&c
c(&cc'+"ccc'c(c+"c3(c
c-(cc c*c> ˜ F˜&c8EE8&c ,c8B@,c
ccc(ccc 5cc1c0,cc3(cc
cc'/cc ccc3(c :c"cc'cc
!cc1c0,c/c>8EEY@c! ccccc'cc cc
& ( ccc(+",c
cc 'cc1cc& $c1(cc
 *cc(+4cc+4cc 9'cc'c(c
+"cc( ccc ,c #cc0-ccccc
c cc3("cc +c0&c(c*.c3(cc(.cc
 +"ccc *c>cccc @cc(c
 +"c2c,c>H &c8EEY&c ,c6E$66@,c
$c 'ccc3(c *&c(ccc3(cc-cc(&c(c
 %(c(c    cc+"&c(c*.c3(c c"c
c c*cc 9'c*ccc3(&c cc*&c"cc
 c(,cc("ccc3(cc c/(c%ccc(+"c
(cc!#cc(+"cc(c (+"c%c"c-cc(c'1*c3(c-c
c *cc 9',c
 2 cc½  c 7? c
c&c3(c3(c'cc +"ccc(c'c
(c 4c'cc &cc cccc %
 5c3(ccc'cc 9',c˜c'c /c
! 0c3(c*cc +4cc 9'c*,c c c
-c3(&cc&cc cc 9'cc  #*&c(c*.c3(cc"c%c%c
c,cWc c3(c"cc c"c#&c(c#*cc3(c
,cZ(c-c(c(.&c(c3(cc9c-/&c(ccc &c(c
cc  #*X,c
:c-c1%cc! (&cc3(c ccc +c%cc cc cc3(cc
c c
c3('c(c",c
Lc-c/c>8EEY@&c& cVcc /+&cccccc"c
-0c2c
cc c-cc /+ccc(ccc(c
,c
?c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
'c-c(cccc #(ccc-c3(c*c
ccc  +"cc cc cc(+",c cc
cc>8EE:@&cc-c**cc(cc &ccc(c
/'c(&cc((cc#*cc/,c-cc
+4&cc ccc'cc(c-c3(c-(cc +"c,c
c-+cc +"c'*cccc(ccccc-/c
-c'c c-cc &c3(c3(cc/%c+"cc-c
c +"cc 9'cc(,c˜c! c3(cWcc-/&cc 9'cc
(c(&cccc(c +&cc*c%c cc*X&c3(c"cccc(c
c cc(c3(cc-cc(c +cc,cW c(&c*0c c
3(cc 9',c c*0c%c cc(ccc(cc(c(c
'0'cccc %(&ccc*c c3(ccccccc
cc3(c*0X,c
H%c3(cc'&c'&ccc +&cc  c-.$c-0,c<%c
c((c3(c +ccc(*c"ccc(c ( +"cc
cccc&c(c*.c3(c"cc 9'c #-,ccc
&c c! &cc +c3(ccc3(4c.V&c cc
4ccc-(cc c-cc,c˜c+"cc
 +"&cc c(cc#*cc/&c Vcc*-c c
 /c (cc,ccc/c(c&cc+"cc
 cc 9'c-cc"c.VcWcc +c3(c-.c/%c
-0cc(&ccc c"c0c/&cc+"cc(X,c
c(cc(c c-&c-c c(&c"c'c
cc(cc c(&c3(&ccc-cc &cc-cc
 %(&cW c-.c3(ccc1&c'c cccc"c'cc
ccX,ccc"cccc 9'c-,cWc+c
'c cc(c+"cc 5,c ccc(cc"ccc
 %(&cccX,c c.c
c*0c*c c c(ccc+ccccc/&c
c0c(c c ,c c*c c c+ccc
&ccc"c0c(ccc&c#cc(c
 ,c (ccccc0cc'ccc
c&c(c cc*,c<%cc-cc cc"cc
&cc+"cccc *,c
6Ec
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
cc3(cc c(.c'&c(cc / cc(&c
Occc(&c3(cc(ccccc+"c!cc
cc&c/*c(c cc3(cc+cc./,cH1&cc"cc
c c cc((cc˜cc.,c cc &cW3(cc
 %(cc(&cc&cc&c-.ccc'(+,c˜c(cc
)c cc( ccc3(cc %(X,c
c! 0cc( c ˜ &c"cc &ccjc=ccc"cZccc
(# cccc.Vc-cc c3(cc(#c3(c
c(cc 9'cc(# cccc.Vc"c'c (,c
ccc0c*c=(cc8EEL&cc( cc )ccjc
=c (cc %(c-c(.&cccZ(c(*cc ccc
cc.ccc%,c (cc
cc-c3(c"c*(c3(c-cc c>@,cc(c
1(*cccccccc( ccc',ccc '(c
(cc/c c /&c c(ccc3(cc*c
c,c\,,,]c˜c&cc(c-ccc cc
cc(ccc'&ccc /&c3(c c
c c c3(c0ccc'('%,c˜(c*c c
3(c*/cc&cc'&c(1cc'&c c  cc-,c
˜c*c c(c-.,c=c(cccc(c',c
cc! 0c*cc( c"cc ccc"cZc&cc*c
 (,c c -cccc(&cc(cc c"c
'c c-cccc( ,cc &cc % c 9'c
 (&cccc 9'c-&ccc&c  #*,c c c
 cc-(c3(cc( c0cc-.cc(+"cc(c %(,c
c*0c*cc ((&cc&c('&c*0c 'c3(cc
9'c c%cc "c c'c( cc,c c -c
'&cc'cc(&c/%c(c (c c,c cc( c"c
*"c%cc 3(cc+4c"c-*c(,cc c 9'c c
 ccc*c cc 9',c
cc%c (.c,c˜ccc '.cc-0c((c
c c3(ccc(,c c*"cc&cc(c"ccc
cc(,cWcc"cc3(c*cc%cc%*&cc
66c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
-0c((c/(,cccc3(c.cc 9'c(cccc 9'X&cc
 cc(c+"cWc%c'c ccc-cc"c9c
3(cc  (+"cc(cc9cc'!c&c(c9c'&c(cc
*"&c(cc-c *X,c
c&c%c'c-cc-cc3(cc 9'cc'cc
(cc *cc,cW˜c"c0c ,ccc"c0c(c
-&cc"ccc-+"c'(&cc"c0c c/(,c˜cc
'c(c'&c 'cc3(ccc3(c.X,cc&cc%c.&c(c
9'cW((cX&ccc-c3(c/%c(c-+cc 9'c
ccc&c3(c-.cc(cccc *,cWc 9'cc(&c
c(c-&cc((c,c cc",c%cc(c(c((&c
c'cc(c*.cccc %(X,c
˜c+"c2c(+"ccc( ccc((c&c
/%c3(cc-.c(c3(c c +"cc +c=(ccH&cc( c
"cc &ccc#cc(c (cc(# cc "c'c
c/&cc.,c˜c(cc +4&cc#c'(#cc
( ccc(c+,cWc#cccc3(ccc*0,c˜c"c3(c
3(c*0c0&cc3(c,ccc (cc cc-.c(c+c c
X,c
c(c (&cc( c (ccc %(cc'c3(cc
9'&c'cc#&c"ccc ((0,cc %(ccc
-c c(#cc(+"&ccc*ccc3(cc c
cc/'c(ccc((cccc ,c
(&c &c3(c'cc.cc +&c-(c3(&cc'c3(cc#c
"c-*cc ((0&c 'c(c %,c
cc (ccc+"cc',c˜c  *&c&cccc
c3(c/*c(cc/,cc(c c3(c/ccc3(cc
-#c! ,c  c'c3(cc"cccc#(,c
˜c-ccccc"c'c3(cc"c'&c 3(ccc
"c(c! c&ccc-.cc'/cccc
3(cc +cc'c! *c*(,c
cc (c(cc%c (.c'c&cc
cc*&c'cc-(c3(c0c c(ccc cc
68c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
9',c c &c'ccc*c 4c,c˜c
c'cc-(cc +"cc %(cc(c 9'cc#*c
((c ',ccc*c3(c ccccc cc
9',c
c (&c3(ccc(c "ccc ,c˜c
 '.cccc(+"c 9'cc(cc3(ccW(.c
cc-cc'/c/X&cc&cWc c3(cc  c
c  c#X&c c-cc3(c(c  (+4c-ccc-cc
cc(c3(c!cc#*cc/c((,c
(c-c3(cc-+c cc*c3(ccc +cc
 ccccc 9'cccc c.&cccc
(&ccc c(.c'&ccOc,c c c&cc 9'ccc
-cccc +cc,cc "cc%c (.cc&c
c3(cccc.ccWXc3(c 9'cc,cc
( ccc-c-c3(cc(cH&c3(&c c&c*c'c
+"cc cc  (,ccc"cccc (c
3(c-.c c(c 9'cc&c(c*.c3(cc/&cc*"cc%&cc
Wc ccc(&ccc(cc / c&cc(c
+"c%c'c c cc-+"c3(cc*"c'',cHc
/c3(c0c/cc(+"&ccc 9'cccc"c**cc*,Xc
c%cc 9'&cc cc  (&c3(c*/cc'&cc
('&c*c&cc*"cc%&ccc  *cc
 %(&c c(cccc ,c
 c  cc   c
cc( c (&c0c>"cc &c ˜ cccjc=@c0cc
!cc.cc'cc 9'cc-cc*cc/c
c c %(,c˜cc&c ˜ cccjc=&c cc  +"c
c c(ccc cc,c˜cc*cc
( +"c3(cc( c0cc&c&c(c*&ccc
cccc cc*"cc ,cc( c (ccc
6:c
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
 c(c c*cc.cc'&cc0cc %&cccc
( c ˜ &cc-.c c )cc %(,c
c( cc"cZcc"c.cc'cc'c-cc9c( c3(c
(c0c c(+,c c c(cc +c )c&cc(c
(&c3(&cc "cc&cW-ccc/Xcc )cccc"c
Zc,c
(c c&c(c&ccc"ccccc(c
c %(,cc +"cc %(&c/&cc( &cc3(c
-,c˜(c c*c3(c(c&cc"cc(c %(,cc
 #*,cc( &cc&c'cc%c.cc
 %(,c "ccc (.c,cFcc(c'/&cc
(c (+"&c"ccccc-,c
c(cc3(ccccc 9'c-cc&c&c
&c-cc-cc3(c'cc cc 9'c c cc %(,c
(&cc-.c(c#cccc(&c c0c3(cc0c c
(cc3(c(#c(cc c $,c˜ccc "cc3(cWc
c.cc-!c(&c"c'/cc *ccc(+,c˜cccc
-!&cccc(+,c˜+c 3(c3(ccc0ccc( (&c
3(c(cc-X,c
(c cc+"cc3(cc c-.c-0cc+"cc
1cc( cccc*c %(,ckc!+"cccc"cZc&c
cc( c 1c(c (+"cc %(c c,ccccc
+"cc*&c*$c-ccc 1cc*c( c"c
.cc cc %
1%c'cc(c,c
c &c*cc-c(c'*c%c'cccccc
(,c c*"cc&cccc"c'**ccc('#cc
)"c 9',ccc( c ˜ &c3(c.c c cc
c&c"c('c-cc cc c(c 9'c cc
c*cc,c&cccccc( c0ccc (c
c*$cc(cccc c(c"c&c(c(c
-(cc*+"cc-0cc+"cc( &c(c*.c3(c"ccc
9'cc(c3(ccc'**0cc( ccc (c c
cc*c %(,cc&cc-0cc cc(+"c
6Lc
cRc ccc˜(c cc
(+"c
gggcccc0cc(+"cRc('&ccRcLcc7cc
'cc8EE?c
c cc c"ccc c3(c( c*c(c*c 1c
c +"c((cc,c
cc*c3(cc'cc(c("c'c-+"cc c c
&cc  +"cc(cc+"c-c c*c-.cc3(cc
3(c3(c(c (c3(c ccc"cccc #&ccc
(c  *ccc #,c c&ccc( cc
-cc #c((c c c)"c 9',cc!+"cc-c2c "c
c/c(&c-(%cc=(+"c( cc((cc (&c c
3(cc)"c-.cc3(c"ccc(c ',c
Z(cccccc( cc+"cc(c %(c
cc  4cc-Vcc*c c-+"cc 9'cc(&cc
'/c $cc("cc-.c,cc-!"c-c3(c(c (c
c-c3(cccc*cc  *ccc-+"cc ,cc( c
.c(c*cc-.c*cc !+"cc(c 9'&c c
ccc'ccc c 9'&cc"cc*&c 4c
(c #c((c3(c*.cc'cccc,c
$ 3 $4%Ãc
˜&c *cC,cc  c cà -c "c(cc=&c8EE:,c
˜ H &c,c&  9 c© cc!  ,c "c(c *&c8EE6,c
H &cclcc'c/,c c c
 cc  #c 'c
 cc @-c8EEY,c68L-,c c> (cc(+"cc )@cRc
-#c*c)&c "c(&c8EEY,c
 &c %',c c c  -c "c(cM&c8EEE,c
F &c,c  cc  ,c "c(c *&c6???,c
˜˜ &c ,c /S c'ccc((c  (ccccc
(c',cc&c(.cH('ccjc/&cD,c>,@,c
  c   #cc  'c c  'c cA  ccc -c'5c
*c=cc'5&c8EEY,c
c
6Yc
c
c

! cc

0cc3(c'c3(4c c3(cc-cc!0c/(&cc(.cc
cc+4cc(c )cc/,c

Ã. c
$cc(c )c(c c!&c*cccc c+cc#&c
c-cc3(4cc(c-)-&cccc/ccc(c+4c,cc
-cc(c ccc3(c! c(+4c#(ccV,cc

  c
cc9ccc +c/(cccccc*&ccccc(c
-c,cc

(  cc
c
c
c
c(cc&cccc(cgF&ccc*-&c
cc+ccc'1*c  cc*cc ,c

   c
+cccc3(ccc c c c,cc

B 7 cc
O.(cc(c0cc#c%c3(c((cc(cgFcc
˜ /ccc*%cc&c%&c+"&c9cc+,cc
c*cc%ccO.(&c cc&ccc cc
c-c c c c*.,c˜!cc cc..(c
c..(cc(c'&c3(c (c(c -cc%ccc
/c2c) &ccc..(&cc(cccV,c˜cc /(c
cVc /cc c #cc#(c /&c  c('c


 

c c 
  





˜c 1ccc'1*c/c cc*c(c


c! cc (+"cc cc(,cc+"cc
-.cc 1ccc ('+"cc(c*c*(cc cc
(c ('+"c &cccc()-,cc (+"cc
*%c 'cc5'cc+cc*c&c
/cc*(ccccc(c ,

6,c/cc((c%cc(c ,c
8,c.cccc-cc! "&c ccc
%-,c
:,c **cc'c cccc*,c
L,c.cc +ccc c /ccc (+4,c
Y,cc!c cc cc(c!,c
B,cc(c*cF(cccc(cc(c,c


Leia, não para contradizer ou refletir, nem para crer ou tomar como certo, nem pelo discurso ou pelo
enredo, mas para pensar e considerar. Alguns livros são só para serem provados, outros para
serem engolidos, outros para serem mastigados e digeridos´. (FRANCIS BACON)

Leitura e escrita, memórias e significados.


A escola tem como tarefa construir leitores e escritores competentes. Nesse sentido, o que de
fato ressignifica o ato rotineiro de ler e escrever em nosso fazer pedagógico?

Indagações sobre o meu percurso de aluna:

*O que é que sempre me assustou?


*Quais eram meus receios?
*Como aprendi a ler e a escrever?
*Quem me ensinou?
*O que foi tolerado nesse processo?

Três imagens marcantes ligadas à escrita:


*O armário branco de madeira do banheiro da casa de meus pais rabiscado, por mim, de caneta
azul, para dizer que eu tinha uma escova de dente nova.
* Uma parede da sala rabiscada com giz amarelo, para expressar que entendia o mundo letrado,
no local em que meu pai lia diariamente o seu jornal.
*O primeiro dia de aula: caderno com linhas, abelha carimbada pela professora e muitas vogais
³a´ para repetir ao longo daquela página infinita.

A escola foi criada para colocar o sujeito no mundo da civilização que é o mundo do dever, da
falta (enquanto não saber), da ordem e das regras sociais. O convívio com o outro é que nos faz
encarar o limite cotidiano, é com esses outros que vou aprendendo e ao mesmo tempo vou me
mostrando e me constituindo.

A Leitura e a escrita na sala de aula:

* Refletir sobre a rotina de sala de aula -Ressignificando o Ritual-Madalena Freire


* Pauta organizada pela professora e socializada com o grupo.
* A chamada deixa de ser um ato mecânico e burocrático e passa a ser encarada como o
primeiro vínculo do dia com cada criança.

Leitura e apresentação oral:

³O Pensamento Vivo do Menino Maluquinho´.


Ziraldo, em pequenas frases, instiga tanto o pensamento reflexivo quanto o riso.
³Dicionário do Castelo Rá-Tim-Bum´.

Projeto de Trabalho
³A Poesia Entrou Em Nossas Vidas´

Movimento inicial: visitei as livrarias para conhecer os lançamentos e reconhecer outros livros de
literatura. Através da leitura de cada obra selecionei aquelas que nos acompanhariam durante o
ano letivo. Em sala de aula contagiei os alunos com minha propaganda e leitura oral. Solicitei
que cada aluno adquirisse um exemplar para que fizéssemos um troca-troca semanal.

O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque é mortal. Vive em
sociedade porque é gregário, mas lê porque se sente só. A leitura constitui para ele uma
companhia que não ocupa lugar de nenhuma outra, mas que nenhuma outra poderia substituir.
Não lhe oferece nenhuma explicação definitiva acerca de seu destino, mas tece uma apertada
rede de conivências entre a vida e ele. Ínfimas e secretas conivências que falam da paradoxal
alegria de viver, mesmo quando referem o trágico absurdo da vida. Por isso as razões que
temos para ler são tão estranhas como as que temos para viver. E ninguém nos pede contas
dessa intimidade. (PENNAC, 1997, p.166).

Nas visitas a biblioteca do colégio os alunos escolhiam aos livros e selecionavam uma poesia
para memorizar e apresentar aos colegas em sala de aula.

O texto selecionado foi copiado, em uma folha de estêncil para que todos tivessem acesso ao
texto do colega. Essa cópia é, para o aluno, carregada de sentido.

"Foi superlegal escrever no estêncil porque foi minha primeira vez. Foi difícil. Se errasse não
podia apagar o erro". (Bruno André Blume, 8 anos).

"Achei legal usar estêncil porque a gente escreve de um lado e sai do outro". (Juliano Ramos
Dias, 9 anos).

"Na hora que comecei a copiar a poesia de Cecília Meireles, no estêncil, eu senti um pouco de
medo, pensei que ia errar alguma palavra da poesia". (Michelle Estevam Vilpert, 8 anos).

"Achei legal o estêncil porque a palavra entrava de um lado e saía do outro". (Francielle Pereira,
8 anos).

Critérios para a organização da coletânea de poesias em um livro:


1º Quais as partes de um livro?
2º Quais as informações de cada parte?
3º Que critérios vamos utilizar para organizar o miolo do livro?
4º A partir de que página iniciaremos a numeração?
<º Como faremos o sumário e a apresentação?
6º Que título terá o nosso livro?

Depois do livro montado passamos a conhecer a vida dos autores.

Os comentários a seguir mostram que as crianças têm prazer em conhecer esse outro que lhes
fala, que é uma pessoa e que tem uma história, lidando deste modo, com o conhecimento de
forma contextualizada.
"Foi muito bom pesquisar sobre a vida do autor, porque eu nunca soube nada sobre a vida de
um autor". (André Augusto Zanini Worm, 8 anos) .
"Gosto de pesquisar e adorei saber sobre a vida do autor". (Bruno André Blume, 8 anos).

O aluno enquanto autor.

A autoria lhe confere autonomia.


Apresentação oral individual, onde cada aluno apresenta o seu próprio texto aos colegas e
passam a ver-se como autores.

Esse projeto lida intencionalmente com a apropriação de conhecimentos sobre poesia, entre
esses, sua conceituação, composição, noção de autoria e de respeito à autoria do outro.

Com a sistematização intencional, há uma consciência do que ela significa, o que indica a real
apropriação do próprio conceito de poesia.

As crianças reconhecem no texto poético, um estilo próprio do autor e os recursos utilizados por
ele para envolver o leitor. Ou seja, as crianças, a partir das poesias selecionadas, vão
´internalizando os usos e funções da escrita e promovendo o desenvolvimento de funções
psicológicas que permitirão o domínio da escrita. É nesse sentido que Vygotsky afirma que a
imitação é uma das formas das crianças internalizarem o conhecimento externo´. (REGO, 199<,
p.111).

"Estou começando a gostar de poesia porque estamos fazendo um projeto. Escolhi uma poesia
bem grande e bem bonita para memorizar e fiquei muito curioso ao usar o estêncil porque foi a
minha primeira vez. O que mais gostei foi de escrever a minha primeira poesia". (Bruno
Veríssimo da Silva Aguiar, 8 anos).

"Foi muito legal realizar esse projeto porque sabia que a poesia do meu melhor escritor ia estar
no meu livro. Esse projeto me despertou, eu já fiz nove poesias". (Vinicius Vieira Soares, 8 anos)
.

"Gostei de memorizar a poesia ³Cemitério´ porque era muito legal e tinha quatro estrofes. Estou
gostando desse projeto porque foi a primeira vez que escrevi poesia. Agora, na minha vida
inteira, eu escrevi sete poesias". (Arthur Nazário Palma, 8 anos)

"A partir desse projeto comecei a escrever poesia. Agora sei o que é poesia, é bom, não é
difícil!". (Thiago Steinhaus, 8 anos).

"Estou gostando muito desse projeto. Não apresentei a minha poesia ainda, mas estou sentindo
muita emoção". (Thayse Vieira Fernandes, 8 anos).

"Para escrever a minha poesia tive que ter atenção e criatividade. Eu não apresentei a minha
poesia ainda, mas deve ser bem legal porque os colegas aplaudem a gente". (Aline da Silva
Pereira, 8 anos).

"Me senti uma escritora na hora que meus amigos copiaram a poesia que eu criei". (Rafaela
Affonso Martins, 8 anos).
Considerações Finais
Esse projeto tem possibilitado aos alunos a apropriação de atitudes fundamentais na construção
de leitores e escritores:

* desenvolver o gosto pela escrita e pela leitura, utilizando inicialmente a poesia e livros de
literatura em geral, considerando a possibilidade de alcançar o imaginário da criança por meio da
ficção e da metáfora;

* escrever para muitos leitores, o que representa uma novidade à criança habituada a escrever
para um único leitor, o professor;

* perceber através das marcas textuais a tipologia textual, atividade essa que parte da
observação de diferentes textos para identificar as características que os distinguem e as que os
aproximam;

* elaborar de forma escrita às percepções do que foi lido e ressignificado;

* possibilitar, a partir da constatação da necessidade da troca de textos com os colegas, a


percepção do valor da releitura e da reescrita para transformar o texto em um ente vivo sempre
disponível para ser revisitado e reinventado.

Como trabalhar a poesia em sala de aula


Por Luciana Cláudia de Castro Olímpio

³A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser
cultivada.´ Afonso Romano de Sant¶Ana

Mesmo sabendo da importância da poesia na vida dos seres humanos como mostra acima
Afonso Romano, muitas escolas esqueceram-na, principalmente nas séries iniciais, dando mais
espaços, entre aspas, para coisas mais importantes e mais sérias, como também para textos em
prosa, privando os alunos dessa ³experiência inigualável´, conforme caracteriza Maria Helena
Zancan Frantz (1998, p. 80)

Neste artigo, enfatiza-se a necessidade de educadores, principalmente nas séries inicias, pois o
aluno só cria hábito se for iniciada desde de muito cedo, trabalharem com poesia na sala de aula
ou fora dela.

O objetivo não é transformar os discentes em grandes escritores de poemas, até porque precisa-
se ter dom para esta arte, mas sim transformá-los em leitores aptos a interpretar e compreender
o que o poeta quis transmitir em meio aos versos, além de propor que os educandos não percam
a poesia que nasce neles desde quando as mães cantavam cantigas de ninar para que
dormissem e depois quando brincavam de cantigas de roda, adivinhas, trava línguas etc..

Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com poesia e didáticas para implantação
tanto no Ensino Fundamental como para o Ensino Médio baseadas nas idéias dos escritores
relacionados no parágrafo abaixo.

Vários autores vêm pesquisando as questões da leitura e de trabalhos de poesias em sala de


aula como Pinheiro (2002), Micheletti (2001), Frantz (1997), Cunha (1986) e investigam as
dificuldades que os alunos possuem de interpretar estes textos, não só pela falta do
conhecimento prévio, mas também pelo pouco contato que eles têm com a poesia.

Metodologia
Atualmente, a prática da leitura de poesia está um pouco esquecida nas escolas. Isso ocorre
devido ao pouco contato, desde os primórdios de sua formação, dos educadores de Língua
Materna.

³Está claro que a personalidade do professor e particularmente, seus hábitos de leitura são
importantíssimos para desenvolver os interesses e hábitos de leitura nas crianças, sua própria
educação também contribui de forma essencial para a influência que ele exerce.´ (Banberger,
1986)

Sem trair o escritor estudado, posso afirmar que se o professor não tiver um hábito de ler
poemas e não se sensibilizar ao ler uma poesia, dificilmente conseguirá despertar esse interesse
em seus alunos como afirma Cunha (1986, p. 9<):

³... se o professor não se sensibilizar com o poema, dificilmente conseguirá emocionar seus
alunos.´

Sabidos de que a poesia é um dos gêneros literários mais distantes da sala de aula, é preciso
descobrir formas de familiarizar e de aproximar as crianças e os jovens da poesia. E essa forma
de familiarização e aproximação deve ser feita com parcimônia e através de um planejamento
para evitar as várias afirmações de que os poemas são de difíceis interpretações e
entendimento.

Pinheiro (2002, p.23) afirma que ³... a leitura do texto poético tem peculiaridades e carece,
portanto, de mais cuidados do que o texto me prosa.´

Assim a poesia não é de difícil interpretação, apenas necessita de mais cuidado e atenção para
que ocorra um entendimento da mesma. A aprendizagem da interpretação da poesia
compreende o desenvolvimento de coordenar conhecimentos dos vários sentidos que um texto
poético proporciona.

Uma forma para melhorar a aprendizagem é a aproximação constante da poesia, como também
a utilização do conhecimento prévio. O conhecimento prévio engloba o conhecimento lingüístico,
que abrange desde o conhecimento sobre pronunciar o português, passando pelo conhecimento
de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua. O
conhecimento do texto, que se refere as noções e conceitos sobre o texto, e, por último, o
conhecimento de mundo, que é adquirido informalmente através das experiências, do convívio
numa sociedade, cuja ativação, no momento oportuno, é também essencial à compreensão de
um poema.

Se estes conhecimentos não forem respeitados, o entendimento e a compreensão do poema


pode realmente ficar prejudicada, e assim, como foi dito anteriormente, de difícil interpretação.

Como exemplo do que foi exposto no parágrafo anterior, coloco excerto do poema ³Balada do
amor através das idades´, de Carlos Drummond de Andrade (Cinco Estrelas, 2001, p. 26).

³Eu te gosto, você me gosta


desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana
Troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
Para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

(...)

Mas depois de mil peripécias,


Eu, herói da Paramount,
Te abraço, beijo e casamos.

A compreensão do poema acima pode ficar comprometida se o leitor não tiver um dos
conhecimentos acima citado. A poesia de Drummond exige do discente um bom conhecimento
de mundo e da história para que ele entenda a poesia, pois nela é citado, de certa forma, a
Guerra de Tróia, os costumes romanos como também expõe o nome de um dos mais poderosos
estúdios de Hoolywood, dando referência aos finais felizes dos filmes.

Para amenizar os problemas do distanciamento, de interpretação e de compreensão poética, é


necessário que o professor compreenda que o ato de interpretar um poesia não pode ficar
restrito a sua forma de apresentação sobre uma página, ou seja, como ocorre a disposição das
palavras, dos versos, das rimas e das estrofes, e nem somente pelos questionamentos
apresentados nas atividades de interpretação propostas pelos livros didáticos, pois as perguntas
são impressionistas. Assim afirma Micheletti (2001, p. 22):

³Freqüentemente a interpretação textual dadas nos livros e materiais afins tem um caráter
µimpressionista¶, ou seja, o autor das questões propostas ou dos comentários, registram as suas
intuições, as suas impressões sobre o texto.´

É necessário ressaltar que o professor deve partir de uma leitura poética do mundo, fazendo da
poesia motivo de apreciação lúdica e de motivação para a produção de intertextualidade (
relação existente entre textos diversos, da mesma natureza ou de naturezas diferentes e entre o
texto e contexto) e de muitas outras formas de criar com seriedade, mas brincando com
palavras.

Segundo Elias José (2003, p. 11) , ³vivemos rodeados de poesia´, ou seja, poesia é tudo que
nos cerca e que nos emociona quando tocamos, ouvimos ou provamos, poesia é a nossa
inspiração para viver a vida."

Conforme Elias José (2003, p. 101), ³ser poeta é um dom que exige talento especial. Brincar de
poesia é uma possibilidade aberta a todos.´. Então, se todos podemos brincar de poesia, por que
não trabalharmos a poesia de forma lúdica?

Assim proponho atividades que oportunizem momentos lúdicos aos alunos, tendo em vista
exercícios de imaginação, de fantasia e de criatividade e ao mesmo tempo mostrar a vida de
uma forma mais poética, com maior liberdade para construir seu conhecimento.

Todas as estratégias capazes de aguçar a sensibilidade da criança e do adolescente para a


poesia são válidas. É interessante para isso, que a poesia seja freqüentemente trabalhada para
que ocorra um interesse por ela.

Um dos processos para o educador iniciar este trabalho, é ele fazer uma sondagem para
descobrir os temas de maior interesse dos alunos, proporcionando uma maior participação. Este
levantamento pode ser de forma direta, através de pequenas fichas ou ouvindo e anotando as
temáticas preferidas dos alunos. Outro método é descobrir os filmes, os programas de rádios e
de televisão que mais gostam. Isso é necessário para o professor saber que tipo de poesia pode
levar para a sala de aula. Vale ressaltar que cada sala tem um gosto diferente. No entanto não
se pode prender-se somente aos temas escolhidos pelos discentes. A variedade e a novidade
também são métodos eficazes para a aprendizagem.

Faz-se necessário, antes de iniciar as atividades poéticas, preparar um ambiente adequado,


principalmente nas séries iniciais, para que os alunos sintam-se a vontade para recitar e
interpretar os textos poéticos. Além de uma biblioteca agradável, ventilada, espaçosa e com um
acervo bem variado para que os estudantes possam escolher livremente na prateleira o livro que
quiser.

Trabalhar com poesia em pares é muito interessante. Este trabalho é realizado de duas
maneiras: primeiro, através da leitura da poesia, depois são propostas as atividades
interpretativas, nada de questões objetivas, já que cada pessoa interpreta um texto de forma
diferente, mas de maneira coerente.As duplas conversam sobre o texto, analisam as
possibilidades possíveis e escrevem o que foi apreendido.

É através das diferenças individuais que a troca de experiências vai sendo edificada, como
também a partir da reflexão e da construção social do conhecimento sustentada pela interação
dos indivíduos envolvidos. Essa interação entre os sujeitos é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e social, pois ela busca transformar a realidade de cada sujeito,
mediante um sistema de trocas.

É proveitoso ressaltar também que construir um cantinho para fixar vários tipos de poesia é um
método eficaz para o incentivo da leitura e interpretação poética, pois quanto mais se lê, mais se
aprende e cria o hábito da leitura não só de poesia como de outros tipos de textos. Pinheiro
(2002, p. 26) afirma que:

³Improvisar um mural, onde os alunos, durante uma semana, um mês, ou o ano todo colocam os
versos de que mais gostam (...) de qualquer época ou autor, são procedimentos que vão criando
um ambiente (...) em que o prazer de lê-la passa a tomar forma.´

Não satisfeita ainda com as metodologias apresentadas, proponho mais alguns métodos que
são incentivadores para a prática da leitura de poesia, como o momento poético, a poesia e as
datas comemorativas e a apresentação da poesia em forma de dança, desenho ou interpretação
teatral.

O primeiro, momento poético, é um artifício aplicado em sala de aula, em que os estudantes,


dispostos de forma bem a vontade, sentados no chão ou em almofadões, se a escola possuir,
uma música suave ao fundo, recitam poesias de preferência pessoal, ligadas, de preferência ao
momento literário estudado, buscando, junto aos colegas, descobrir a mensagem transmitida
pelo autor da poesia. O segundo, a poesia e as datas comemorativas, apesar de ser bastante
criticada, também é uma forma proveitosa de aprender a gostar e interpretar a poesia. Como é o
caso do dia 07 de Setembro em que os brasileiros mostram seu patriotismo comemorando a
independência do Brasil. O mestre pode trabalhar a poesia de Gonçalves Dias, ³Canção do
Exílio´ , fazendo primeiramente uma leitura crítica, levando os discentes a observar a poesia e
fazer um paralelo da época em que a canção foi feita e se a terra natal (Brasil) hoje é tão perfeita
como apresenta Gonçalves Dias em sua poesia.

Trabalhar a poesia ligada as datas comemorativas só se torna enfadonho, pouco proveitoso,


sem criatividade e método empobrecido, quando a poesia só é lembrada nestas datas.

O último método citado neste artigo, é a apresentação da poesia em forma de dança, desenho
ou interpretação teatral. Um exemplo do primeiro, a dança pode ser representada pela poesia ³A
Bailarina´, de Cecília Meireles, em que as crianças ou adolescentes podem formar um grupo de
dança, todas vestidas de bailarina, para interpretar corporalmente a poesia abaixo que deve ser
recitada por um outro estudante. Não é obrigatório o professor trabalhar com esta poesia, ela
pode ser substituída por outra, tudo depende do docente ou dos alunos.

³Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré


Mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si
Mas fecha os olhos e sorrir.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E nem fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


E diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


E também quer dormir como as outras crianças.

No caso do desenho, ótimo método para se trabalhar tanto nas aulas de Língua Portuguesa
como nas de Artes. Os alunos em grupo tentam interpretar a poesia lida através do desenho,
para depois apresentar aos colegas de sala para também ser analisada por eles. Depois os
desenhos podem ser colocados ao lado da poesia referente a cada um e exposto em um mural
em toda a escola ou só na sala de aula.

O ³Soneto´, de Álvares de Azevedo, pode ser um exemplo para ser apresentado em forma de
teatro lido. O narrador representa o eu lírico, lendo a poesia enquanto uma aluna representa a
mulher recitada nos versos.

Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem em grupo, de forma
bem participativa, a interpretar e compreender as poesias tendo contato com as idéias dos
amigos de sala.

As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções de textos, como é o
caso das poesias de Manuel Bandeira, grande escritor do Modernismo brasileiro, ³O Bicho´ (
retrata a desigualdade social), ³O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção
de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas socialmente) e para
finalizar, tem-se ³Irene Preta´ (retrata o preconceito racial).

Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado na poesia, para depois
escrever, de acordo com o gênero exigido, o texto.

A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas também nas aulas
de História, Geografia e outras como é o caso da poesia ³A Rosa de Hiroxima´, de Vinícius de
Moraes, que retrata o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.

³ Pálida, à luz da lâmpada sombria,


Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! Na escuma fria.


Pela maré das águas embaladas,
Era um anjo entre nuvens d¶alvorada
Que em sonhos se balançava e se esquecia!

Era mais bela! O seio palpitando...


Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando;
Por ti ± nos sonhos morrerei sorrindo!´

Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem em grupo, de forma
bem participativa, a interpretar e compreender as poesias tendo contato com as idéias dos
amigos de sala.

As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções de textos, como é o
caso das poesias de Manuel Bandeira, grande escritor do Modernismo brasileiro, ³O Bicho´ (
retrata a desigualdade social), ³O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção
de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas socialmente) e para
finalizar, tem-se ³Irene Preta´ (retrata o preconceito racial).

Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado na poesia, para depois
escrever, de acordo com o gênero exigido, o texto.

A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas também nas aulas
de História, Geografia e outras como é o caso da poesia ³A Rosa de Hiroxima´, de Vinícius de
Moraes, que retrata o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.

³Pensem nas crianças


Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa sem nada

Esta poesia, como foi dito acima, pode ser trabalhada numa aula de história, que o professor,
através dos versos, pode explicar todo o conteúdo desse aterrorizante acontecimento. Pode
explicar, por exemplo, por que o poema se chama A Rosa de Hiroxima, como também explicar
que os escritores modernistas transplantavam o momento vivido para as poesias, como é o caso
de Vinícius.

Conclusão

Os professores devem trabalhar poesias e textos poéticos com seus alunos pois estes vêm
sendo indicados como um dos meios mais eficazes para o desenvolvimento das habilidades de
percepção sensorial da criança e do adolescente, do senso estético e de suas competências
leitoras e, conseqüentemente, simbólicas.

A interação com a poesia é uma das responsáveis pelo desenvolvimento pleno da capacidade
lingüística da criança e do adolescente, através do acesso e da familiaridade com a linguagem
conotativa, e refinamento da sensibilidade para a compreensão de si própria e do mundo, o que
faz deste tipo de linguagem uma ponte imprescindível entre o indivíduo e a vida.


Leia, não para contradizer ou refletir, nem para crer ou tomar como certo, nem pelo discurso ou pelo
enredo, mas para pensar e considerar. Alguns livros são só para serem provados, outros para
serem engolidos, outros para serem mastigados e digeridos´. (FRANCIS BACON)

Leitura e escrita, memórias e significados.


A escola tem como tarefa construir leitores e escritores competentes. Nesse sentido, o que de
fato ressignifica o ato rotineiro de ler e escrever em nosso fazer pedagógico?

Indagações sobre o meu percurso de aluna:

*O que é que sempre me assustou?


*Quais eram meus receios?
*Como aprendi a ler e a escrever?
*Quem me ensinou?
*O que foi tolerado nesse processo?

Três imagens marcantes ligadas à escrita:


*O armário branco de madeira do banheiro da casa de meus pais rabiscado, por mim, de caneta
azul, para dizer que eu tinha uma escova de dente nova.
* Uma parede da sala rabiscada com giz amarelo, para expressar que entendia o mundo letrado,
no local em que meu pai lia diariamente o seu jornal.
*O primeiro dia de aula: caderno com linhas, abelha carimbada pela professora e muitas vogais
³a´ para repetir ao longo daquela página infinita.

A escola foi criada para colocar o sujeito no mundo da civilização que é o mundo do dever, da
falta (enquanto não saber), da ordem e das regras sociais. O convívio com o outro é que nos faz
encarar o limite cotidiano, é com esses outros que vou aprendendo e ao mesmo tempo vou me
mostrando e me constituindo.

A Leitura e a escrita na sala de aula:

* Refletir sobre a rotina de sala de aula -Ressignificando o Ritual-Madalena Freire


* Pauta organizada pela professora e socializada com o grupo.
* A chamada deixa de ser um ato mecânico e burocrático e passa a ser encarada como o
primeiro vínculo do dia com cada criança.

Leitura e apresentação oral:

³O Pensamento Vivo do Menino Maluquinho´.


Ziraldo, em pequenas frases, instiga tanto o pensamento reflexivo quanto o riso.
³Dicionário do Castelo Rá-Tim-Bum´.

Projeto de Trabalho
³A Poesia Entrou Em Nossas Vidas´

Movimento inicial: visitei as livrarias para conhecer os lançamentos e reconhecer outros livros de
literatura. Através da leitura de cada obra selecionei aquelas que nos acompanhariam durante o
ano letivo. Em sala de aula contagiei os alunos com minha propaganda e leitura oral. Solicitei
que cada aluno adquirisse um exemplar para que fizéssemos um troca-troca semanal.

O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque é mortal. Vive em
sociedade porque é gregário, mas lê porque se sente só. A leitura constitui para ele uma
companhia que não ocupa lugar de nenhuma outra, mas que nenhuma outra poderia substituir.
Não lhe oferece nenhuma explicação definitiva acerca de seu destino, mas tece uma apertada
rede de conivências entre a vida e ele. Ínfimas e secretas conivências que falam da paradoxal
alegria de viver, mesmo quando referem o trágico absurdo da vida. Por isso as razões que
temos para ler são tão estranhas como as que temos para viver. E ninguém nos pede contas
dessa intimidade. (PENNAC, 1997, p.166).

Nas visitas a biblioteca do colégio os alunos escolhiam aos livros e selecionavam uma poesia
para memorizar e apresentar aos colegas em sala de aula.

O texto selecionado foi copiado, em uma folha de estêncil para que todos tivessem acesso ao
texto do colega. Essa cópia é, para o aluno, carregada de sentido.

"Foi superlegal escrever no estêncil porque foi minha primeira vez. Foi difícil. Se errasse não
podia apagar o erro". (Bruno André Blume, 8 anos).

"Achei legal usar estêncil porque a gente escreve de um lado e sai do outro". (Juliano Ramos
Dias, 9 anos).

"Na hora que comecei a copiar a poesia de Cecília Meireles, no estêncil, eu senti um pouco de
medo, pensei que ia errar alguma palavra da poesia". (Michelle Estevam Vilpert, 8 anos).

"Achei legal o estêncil porque a palavra entrava de um lado e saía do outro". (Francielle Pereira,
8 anos).

Critérios para a organização da coletânea de poesias em um livro:


1º Quais as partes de um livro?
2º Quais as informações de cada parte?
3º Que critérios vamos utilizar para organizar o miolo do livro?
4º A partir de que página iniciaremos a numeração?
<º Como faremos o sumário e a apresentação?
6º Que título terá o nosso livro?

Depois do livro montado passamos a conhecer a vida dos autores.

Os comentários a seguir mostram que as crianças têm prazer em conhecer esse outro que lhes
fala, que é uma pessoa e que tem uma história, lidando deste modo, com o conhecimento de
forma contextualizada.
"Foi muito bom pesquisar sobre a vida do autor, porque eu nunca soube nada sobre a vida de
um autor". (André Augusto Zanini Worm, 8 anos) .
"Gosto de pesquisar e adorei saber sobre a vida do autor". (Bruno André Blume, 8 anos).

O aluno enquanto autor.

A autoria lhe confere autonomia.


Apresentação oral individual, onde cada aluno apresenta o seu próprio texto aos colegas e
passam a ver-se como autores.

Esse projeto lida intencionalmente com a apropriação de conhecimentos sobre poesia, entre
esses, sua conceituação, composição, noção de autoria e de respeito à autoria do outro.

Com a sistematização intencional, há uma consciência do que ela significa, o que indica a real
apropriação do próprio conceito de poesia.

As crianças reconhecem no texto poético, um estilo próprio do autor e os recursos utilizados por
ele para envolver o leitor. Ou seja, as crianças, a partir das poesias selecionadas, vão
´internalizando os usos e funções da escrita e promovendo o desenvolvimento de funções
psicológicas que permitirão o domínio da escrita. É nesse sentido que Vygotsky afirma que a
imitação é uma das formas das crianças internalizarem o conhecimento externo´. (REGO, 199<,
p.111).

"Estou começando a gostar de poesia porque estamos fazendo um projeto. Escolhi uma poesia
bem grande e bem bonita para memorizar e fiquei muito curioso ao usar o estêncil porque foi a
minha primeira vez. O que mais gostei foi de escrever a minha primeira poesia". (Bruno
Veríssimo da Silva Aguiar, 8 anos).

"Foi muito legal realizar esse projeto porque sabia que a poesia do meu melhor escritor ia estar
no meu livro. Esse projeto me despertou, eu já fiz nove poesias". (Vinicius Vieira Soares, 8 anos)
.

"Gostei de memorizar a poesia ³Cemitério´ porque era muito legal e tinha quatro estrofes. Estou
gostando desse projeto porque foi a primeira vez que escrevi poesia. Agora, na minha vida
inteira, eu escrevi sete poesias". (Arthur Nazário Palma, 8 anos)

"A partir desse projeto comecei a escrever poesia. Agora sei o que é poesia, é bom, não é
difícil!". (Thiago Steinhaus, 8 anos).

"Estou gostando muito desse projeto. Não apresentei a minha poesia ainda, mas estou sentindo
muita emoção". (Thayse Vieira Fernandes, 8 anos).

"Para escrever a minha poesia tive que ter atenção e criatividade. Eu não apresentei a minha
poesia ainda, mas deve ser bem legal porque os colegas aplaudem a gente". (Aline da Silva
Pereira, 8 anos).

"Me senti uma escritora na hora que meus amigos copiaram a poesia que eu criei". (Rafaela
Affonso Martins, 8 anos).

Considerações Finais
Esse projeto tem possibilitado aos alunos a apropriação de atitudes fundamentais na construção
de leitores e escritores:

* desenvolver o gosto pela escrita e pela leitura, utilizando inicialmente a poesia e livros de
literatura em geral, considerando a possibilidade de alcançar o imaginário da criança por meio da
ficção e da metáfora;

* escrever para muitos leitores, o que representa uma novidade à criança habituada a escrever
para um único leitor, o professor;

* perceber através das marcas textuais a tipologia textual, atividade essa que parte da
observação de diferentes textos para identificar as características que os distinguem e as que os
aproximam;

* elaborar de forma escrita às percepções do que foi lido e ressignificado;

* possibilitar, a partir da constatação da necessidade da troca de textos com os colegas, a


percepção do valor da releitura e da reescrita para transformar o texto em um ente vivo sempre
disponível para ser revisitado e reinventado.

Como trabalhar a poesia em sala de aula


Por Luciana Cláudia de Castro Olímpio

³A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser
cultivada.´ Afonso Romano de Sant¶Ana
Mesmo sabendo da importância da poesia na vida dos seres humanos como mostra acima
Afonso Romano, muitas escolas esqueceram-na, principalmente nas séries iniciais, dando mais
espaços, entre aspas, para coisas mais importantes e mais sérias, como também para textos em
prosa, privando os alunos dessa ³experiência inigualável´, conforme caracteriza Maria Helena
Zancan Frantz (1998, p. 80)

Neste artigo, enfatiza-se a necessidade de educadores, principalmente nas séries inicias, pois o
aluno só cria hábito se for iniciada desde de muito cedo, trabalharem com poesia na sala de aula
ou fora dela.

O objetivo não é transformar os discentes em grandes escritores de poemas, até porque precisa-
se ter dom para esta arte, mas sim transformá-los em leitores aptos a interpretar e compreender
o que o poeta quis transmitir em meio aos versos, além de propor que os educandos não percam
a poesia que nasce neles desde quando as mães cantavam cantigas de ninar para que
dormissem e depois quando brincavam de cantigas de roda, adivinhas, trava línguas etc..

Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com poesia e didáticas para implantação
tanto no Ensino Fundamental como para o Ensino Médio baseadas nas idéias dos escritores
relacionados no parágrafo abaixo.

Vários autores vêm pesquisando as questões da leitura e de trabalhos de poesias em sala de


aula como Pinheiro (2002), Micheletti (2001), Frantz (1997), Cunha (1986) e investigam as
dificuldades que os alunos possuem de interpretar estes textos, não só pela falta do
conhecimento prévio, mas também pelo pouco contato que eles têm com a poesia.

Metodologia

Atualmente, a prática da leitura de poesia está um pouco esquecida nas escolas. Isso ocorre
devido ao pouco contato, desde os primórdios de sua formação, dos educadores de Língua
Materna.

³Está claro que a personalidade do professor e particularmente, seus hábitos de leitura são
importantíssimos para desenvolver os interesses e hábitos de leitura nas crianças, sua própria
educação também contribui de forma essencial para a influência que ele exerce.´ (Banberger,
1986)

Sem trair o escritor estudado, posso afirmar que se o professor não tiver um hábito de ler
poemas e não se sensibilizar ao ler uma poesia, dificilmente conseguirá despertar esse interesse
em seus alunos como afirma Cunha (1986, p. 9<):

³... se o professor não se sensibilizar com o poema, dificilmente conseguirá emocionar seus
alunos.´

Sabidos de que a poesia é um dos gêneros literários mais distantes da sala de aula, é preciso
descobrir formas de familiarizar e de aproximar as crianças e os jovens da poesia. E essa forma
de familiarização e aproximação deve ser feita com parcimônia e através de um planejamento
para evitar as várias afirmações de que os poemas são de difíceis interpretações e
entendimento.

Pinheiro (2002, p.23) afirma que ³... a leitura do texto poético tem peculiaridades e carece,
portanto, de mais cuidados do que o texto me prosa.´

Assim a poesia não é de difícil interpretação, apenas necessita de mais cuidado e atenção para
que ocorra um entendimento da mesma. A aprendizagem da interpretação da poesia
compreende o desenvolvimento de coordenar conhecimentos dos vários sentidos que um texto
poético proporciona.
Uma forma para melhorar a aprendizagem é a aproximação constante da poesia, como também
a utilização do conhecimento prévio. O conhecimento prévio engloba o conhecimento lingüístico,
que abrange desde o conhecimento sobre pronunciar o português, passando pelo conhecimento
de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua. O
conhecimento do texto, que se refere as noções e conceitos sobre o texto, e, por último, o
conhecimento de mundo, que é adquirido informalmente através das experiências, do convívio
numa sociedade, cuja ativação, no momento oportuno, é também essencial à compreensão de
um poema.

Se estes conhecimentos não forem respeitados, o entendimento e a compreensão do poema


pode realmente ficar prejudicada, e assim, como foi dito anteriormente, de difícil interpretação.

Como exemplo do que foi exposto no parágrafo anterior, coloco excerto do poema ³Balada do
amor através das idades´, de Carlos Drummond de Andrade (Cinco Estrelas, 2001, p. 26).

³Eu te gosto, você me gosta


desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana
Troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
Para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

Mas depois de mil peripécias,


Eu, herói da Paramount,
Te abraço, beijo e casamos.

A compreensão do poema acima pode ficar comprometida se o leitor não tiver um dos
conhecimentos acima citado. A poesia de Drummond exige do discente um bom conhecimento
de mundo e da história para que ele entenda a poesia, pois nela é citado, de certa forma, a
Guerra de Tróia, os costumes romanos como também expõe o nome de um dos mais poderosos
estúdios de Hoolywood, dando referência aos finais felizes dos filmes.

Para amenizar os problemas do distanciamento, de interpretação e de compreensão poética, é


necessário que o professor compreenda que o ato de interpretar um poesia não pode ficar
restrito a sua forma de apresentação sobre uma página, ou seja, como ocorre a disposição das
palavras, dos versos, das rimas e das estrofes, e nem somente pelos questionamentos
apresentados nas atividades de interpretação propostas pelos livros didáticos, pois as perguntas
são impressionistas. Assim afirma Micheletti (2001, p. 22):

³Freqüentemente a interpretação textual dadas nos livros e materiais afins tem um caráter
µimpressionista¶, ou seja, o autor das questões propostas ou dos comentários, registram as suas
intuições, as suas impressões sobre o texto.´

É necessário ressaltar que o professor deve partir de uma leitura poética do mundo, fazendo da
poesia motivo de apreciação lúdica e de motivação para a produção de intertextualidade (
relação existente entre textos diversos, da mesma natureza ou de naturezas diferentes e entre o
texto e contexto) e de muitas outras formas de criar com seriedade, mas brincando com
palavras.

Segundo Elias José (2003, p. 11) , ³vivemos rodeados de poesia´, ou seja, poesia é tudo que
nos cerca e que nos emociona quando tocamos, ouvimos ou provamos, poesia é a nossa
inspiração para viver a vida."

Conforme Elias José (2003, p. 101), ³ser poeta é um dom que exige talento especial. Brincar de
poesia é uma possibilidade aberta a todos.´. Então, se todos podemos brincar de poesia, por que
não trabalharmos a poesia de forma lúdica?
Assim proponho atividades que oportunizem momentos lúdicos aos alunos, tendo em vista
exercícios de imaginação, de fantasia e de criatividade e ao mesmo tempo mostrar a vida de
uma forma mais poética, com maior liberdade para construir seu conhecimento.

Todas as estratégias capazes de aguçar a sensibilidade da criança e do adolescente para a


poesia são válidas. É interessante para isso, que a poesia seja freqüentemente trabalhada para
que ocorra um interesse por ela.

Um dos processos para o educador iniciar este trabalho, é ele fazer uma sondagem para
descobrir os temas de maior interesse dos alunos, proporcionando uma maior participação. Este
levantamento pode ser de forma direta, através de pequenas fichas ou ouvindo e anotando as
temáticas preferidas dos alunos. Outro método é descobrir os filmes, os programas de rádios e
de televisão que mais gostam. Isso é necessário para o professor saber que tipo de poesia pode
levar para a sala de aula. Vale ressaltar que cada sala tem um gosto diferente. No entanto não
se pode prender-se somente aos temas escolhidos pelos discentes. A variedade e a novidade
também são métodos eficazes para a aprendizagem.

Faz-se necessário, antes de iniciar as atividades poéticas, preparar um ambiente adequado,


principalmente nas séries iniciais, para que os alunos sintam-se a vontade para recitar e
interpretar os textos poéticos. Além de uma biblioteca agradável, ventilada, espaçosa e com um
acervo bem variado para que os estudantes possam escolher livremente na prateleira o livro que
quiser.

Trabalhar com poesia em pares é muito interessante. Este trabalho é realizado de duas
maneiras: primeiro, através da leitura da poesia, depois são propostas as atividades
interpretativas, nada de questões objetivas, já que cada pessoa interpreta um texto de forma
diferente, mas de maneira coerente.As duplas conversam sobre o texto, analisam as
possibilidades possíveis e escrevem o que foi apreendido.

É através das diferenças individuais que a troca de experiências vai sendo edificada, como
também a partir da reflexão e da construção social do conhecimento sustentada pela interação
dos indivíduos envolvidos. Essa interação entre os sujeitos é fundamental para o
desenvolvimento pessoal e social, pois ela busca transformar a realidade de cada sujeito,
mediante um sistema de trocas.

É proveitoso ressaltar também que construir um cantinho para fixar vários tipos de poesia é um
método eficaz para o incentivo da leitura e interpretação poética, pois quanto mais se lê, mais se
aprende e cria o hábito da leitura não só de poesia como de outros tipos de textos. Pinheiro
(2002, p. 26) afirma que:

³Improvisar um mural, onde os alunos, durante uma semana, um mês, ou o ano todo colocam os
versos de que mais gostam (...) de qualquer época ou autor, são procedimentos que vão criando
um ambiente (...) em que o prazer de lê-la passa a tomar forma.´

Não satisfeita ainda com as metodologias apresentadas, proponho mais alguns métodos que
são incentivadores para a prática da leitura de poesia, como o momento poético, a poesia e as
datas comemorativas e a apresentação da poesia em forma de dança, desenho ou interpretação
teatral.

O primeiro, momento poético, é um artifício aplicado em sala de aula, em que os es tudantes,


dispostos de forma bem a vontade, sentados no chão ou em almofadões, se a escola possuir,
uma música suave ao fundo, recitam poesias de preferência pessoal, ligadas, de preferência ao
momento literário estudado, buscando, junto aos colegas, descobrir a mensagem transmitida
pelo autor da poesia. O segundo, a poesia e as datas comemorativas, apesar de ser bastante
criticada, também é uma forma proveitosa de aprender a gostar e interpretar a poesia. Como é o
caso do dia 07 de Setembro em que os brasileiros mostram seu patriotismo comemorando a
independência do Brasil. O mestre pode trabalhar a poesia de Gonçalves Dias, ³Canção do
Exílio´ , fazendo primeiramente uma leitura crítica, levando os discentes a observar a poesia e
fazer um paralelo da época em que a canção foi feita e se a terra natal (Brasil) hoje é tão perfeita
como apresenta Gonçalves Dias em sua poesia.

Trabalhar a poesia ligada as datas comemorativas só se torna enfadonho, pouco proveitoso,


sem criatividade e método empobrecido, quando a poesia só é lembrada nestas datas.

O último método citado neste artigo, é a apresentação da poesia em forma de dança, desenho
ou interpretação teatral. Um exemplo do primeiro, a dança pode ser representada pela poesia ³A
Bailarina´, de Cecília Meireles, em que as crianças ou adolescentes podem formar um grupo de
dança, todas vestidas de bailarina, para interpretar corporalmente a poesia abaixo que deve ser
recitada por um outro estudante. Não é obrigatório o professor trabalhar com esta poesia, ela
pode ser substituída por outra, tudo depende do docente ou dos alunos.

³Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré


Mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si


Mas fecha os olhos e sorrir.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E nem fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu


E diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,


E também quer dormir como as outras crianças.

No caso do desenho, ótimo método para se trabalhar tanto nas aulas de Língua Portuguesa
como nas de Artes. Os alunos em grupo tentam interpretar a poesia lida através do desenho,
para depois apresentar aos colegas de sala para também ser analisada por eles. Depois os
desenhos podem ser colocados ao lado da poesia referente a cada um e exposto em um mural
em toda a escola ou só na sala de aula.

O ³Soneto´, de Álvares de Azevedo, pode ser um exemplo para ser apresentado em forma de
teatro lido. O narrador representa o eu lírico, lendo a poesia enquanto uma aluna representa a
mulher recitada nos versos.

Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem em grupo, de forma
bem participativa, a interpretar e compreender as poesias tendo contato com as idéias dos
amigos de sala.

As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções de textos, como é o
caso das poesias de Manuel Bandeira, grande escritor do Modernismo brasileiro, ³O Bicho´ (
retrata a desigualdade social), ³O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção
de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas socialmente) e para
finalizar, tem-se ³Irene Preta´ (retrata o preconceito racial).

Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado na poesia, para depois
escrever, de acordo com o gênero exigido, o texto.

A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas também nas aulas
de História, Geografia e outras como é o caso da poesia ³A Rosa de Hiroxima´, de Vinícius de
Moraes, que retrata o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.

³ Pálida, à luz da lâmpada sombria,


Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! Na escuma fria.


Pela maré das águas embaladas,
Era um anjo entre nuvens d¶alvorada
Que em sonhos se balançava e se esquecia!

Era mais bela! O seio palpitando...


Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim, meu anjo lindo!


Por ti - as noites eu velei chorando;
Por ti ± nos sonhos morrerei sorrindo!´

Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem em grupo, de forma
bem participativa, a interpretar e compreender as poesias tendo contato com as idéias dos
amigos de sala.

As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções de textos, como é o
caso das poesias de Manuel Bandeira, grande escritor do Modernismo brasileiro, ³O Bicho´ (
retrata a desigualdade social), ³O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção
de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas socialmente) e para
finalizar, tem-se ³Irene Preta´ (retrata o preconceito racial).

Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado na poesia, para depois
escrever, de acordo com o gênero exigido, o texto.

A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas também nas aulas
de História, Geografia e outras como é o caso da poesia ³A Rosa de Hiroxima´, de Vinícius de
Moraes, que retrata o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.

A Rosa de Hiroxima´,

³Pensem nas crianças


Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa sem nada

Esta poesia, como foi dito acima, pode ser trabalhada numa aula de história, que o professor,
através dos versos, pode explicar todo o conteúdo desse aterrorizante acontecimento. Pode
explicar, por exemplo, por que o poema se chama A Rosa de Hiroxima, como também explicar
que os escritores modernistas transplantavam o momento vivido para as poesias, como é o caso
de Vinícius.

Conclusão

Os professores devem trabalhar poesias e textos poéticos com seus alunos pois estes vêm
sendo indicados como um dos meios mais eficazes para o desenvolvimento das habilidades de
percepção sensorial da criança e do adolescente, do senso estético e de suas competências
leitoras e, conseqüentemente, simbólicas.

A interação com a poesia é uma das responsáveis pelo desenvolvimento pleno da capacidade
lingüística da criança e do adolescente, através do acesso e da familiaridade com a linguagem
conotativa, e refinamento da sensibilidade para a compreensão de si própria e do mundo, o que
faz deste tipo de linguagem uma ponte imprescindível entre o indivíduo e a vida.


You might also like