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Abolitio criminis (uma das formas de Novatio legis) é uma forma de tornar atípica penalmente

uma conduta até então proibida pela lei penal- gera como consequência a cessação imediata da
execução e dos efeitos penais da sentença condenatória. Ocorre quando uma nova lei penal
descriminaliza determinado fato assim enquadrado por uma lei anterior, ou seja, quando a lei
que tipifica criminalmenmte o fato é revogada.

É mera aplicação do princípio constitucional da retroativadade das leis penais mais benéficas ao
réu, inclusive os já condenados

O tempo do crime é o momento que é considerado pelo Estado como aquele no qual o agente
praticou sua conduta imprópria. Diferente do tempo relacionado à lei penal, que remete à sua
validade pretérita ou futuramente, este tempo diz respeito a um requisito para a incidência
desta lei penal, seja no futuro, seja para alcançar comportamento passado. O código penal
brasileiro considera praticado o crime no momento da ação ou omissão, desconsiderando o
momento do resultado desta. Leva-se em conta que a pessoa deve ser punida de acordo com
os atos envolvidos no momento do fato ocorrido, pois suas consequências às vezes não foram
sequer previstas no planejamento daquela ação. O que seria uma educação e prevenção da
conduta terminaria, assim, por importar em simples retribuição do prejuízo social, sem levar
em conta o fator humanitário. Na sucessão de leis penais no tempo, - quando duas ou mais leis
penais falam sobre mesma conduta - importa saber do tempo do crime conjuntamente com o
tempo das leis penais, para definir qual destas valerá para imputar a pena, sempre levando em
conta o fator da situação mais benéfica.

Lei Temporária: elaborada para viger durante período de tempo específico, determinado na
própria lei.

Lei Excepcional: elaborada para viger enquanto durarem as circunstâncias que lhe deram
origem.

 Previsão Legal: artigo 3º CP

 Aplica-se ao fato ocorrido durante sua vigência

 Nesses casos não se aplica a Irretroatividade

Leis penais em branco são aquelas que o preceito primário (a descrição do crime), permanece
indefinido,seu conteúdo é imcompleto,vago,exigindo complementaçãopor outra norma
jurídica,e o preceito secundário(pena) é determinada,esta definida.Ela se classifica em duas:
a)Normas penais em branco em sentido lato:são aquelas que o complemento são determinados
pela mesma fonte formal da norma incriminadora.Ex:art.237 C.P,complemento art.183,I a
VIII,CC.
b)Normas penais em branco no sentido estrito: são aquelas cujos complementos esta contido
em norma procedente de outra instância legislativa,quando provêm de outra fonte.
Ex: art.269 C.P complemento Cód.Sanitário do Estado de São Paulo,art.480.

A LEI PENAL NO ESPAÇO Pode um crime violar interesses de dois ou mais países, quer por ter
sido a ação praticada no território de um e a consumação dar-se em outro. PRINCÍPIOS DE
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO O princípio da territorialidade prevê a aplicação da lei
nacional ao fato praticado no território do próprio país. O princípio da nacionalidade (ou de
personalidade) cogita da aplicação da lei do país de origem do agente, pouco importando o
local onde o crime foi praticado. O estado tem o direito de exigir que o seu cidadão no
estrangeiro tenha determinado comportamento (nacionalidade ativa - somente se considera,
se o autor do delito é nacional, sem se cogitar da vítima; nacionalidade passiva - exige, para a
aplicação da lei penal, que sejam nacionais o autor e o ofendido do ilícito penal. Pelo princípio
da proteção (da competência real, de defesa), aplica-se a lei do país ao fato que atinge bem
jurídico nacional, sem qualquer consideração a respeito do local onde foi praticado o crime ou
da nacionalidade do agente. Pelo princípio da competência universal (ou da justiça
cosmopolita), o criminoso deve ser julgado e punido onde for detido, segundo as leis deste país,
não se levando em conta o lugar do crime, a nacionalidade do autor ou o bem jurídico lesado.
Por fim há o princípio da representação, subsidiário, que determina a aplicação da lei do país
quando, por deficiência legislativa ou desinteresse de outro que deveria reprimir o crime, este
não o faz, e diz respeito aos delitos cometidos em aeronaves ou embarcações.

Lugar do crime -  Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (Código
Penal, artigo 6º). Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos em território estrangeiro, os
crimes: contra a vida ou a liberdade do presidente da República; contra o patrimônio ou a fé
pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
contra a administração pública, por quem está a seu serviço; de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil; os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou
a reprimir; praticados por brasileiro; praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados.

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