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Com o dinheiro que arrecada comprou um faixa de terra para ampliar seu negócio, mas
outro também o faz, o Miranda para construir um sobrado, pois estava cansado da casa
no centro do Rio de Janeiro. Surge um conflito entre o taberneiro ganancioso e o Rico
Atacadista de tecidos. Com isso claramente a questão das camadas sociais.
“Essa obra de Aluísio Azevedo tem dois elementos importantes: primeiro, o extensivo
uso de zoomorfismo; e, segundo, cria um microcosmo (Que é o cortiço do título). O
cortiço também é ostensivamente personificado no decorrer da obra, sendo muitas vezes
tratado como um único personagem ("Eram cinco horas da manhã e o cortiço
acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.",
capítulo III)”.
João Romão tem um vizinho rico indesejado que é o Miranda, e também português, seu
sobrado era um luxo e tinha título de nobreza, a este, por inveja,começa questionar sua
riqueza e descobre que o Miranda casou-se por interesse, ois era um simples caixeiro –
vendedor de tecidos para o pai de Dona Estela sua esposa,uma mulher rica que após a
morte do pai herda tudo e marido passa a gerir seus negócios, mas eles se odeiam
mutuamente, tem uma filha que é a Zulmirinha que o pai suspeita de não ser sua. Vive
na casa do Miranda, ainda Botelho e Heriquinho. Na loucura do eriquecimento, de
imitar o Miranda, competir com ele, João Romão, constrói uma Pedreira, convida o
português Jerônimo para coordenar os trabalhadores da Pedreira.
“Naquela Mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu
chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas
da fazenda; o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas
brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que não torce a nenhuma outra planta;
era o veneno e açucar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel era a castanha do
caju, que abre feridas com seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a
lagarta viçosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo
dele, assanhado-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade
da terra., picando-lhe as artèrias”