Professional Documents
Culture Documents
Palavra-Chave: Velocidade de pulso ultra-sônico, módulo dinâmico, módulo tangente, resistência à compressão,
pasta, argamassa, concreto.
Abstract
The aim of this paper is to verify the mechanical behavior (compression resistance and Young modulus) and
the ultra-sonic pulse alteration that happen in concrete, mortar and cement paste, with the same
water/cement ratio, on ages of 3, 7, 14 and 28 days. The studied concrete was a 0,50 water/cement ratio.
Mortar was obtained by bolting the concrete, to obtain an equal character of the concrete, and the paste was
made with the same w/c ration that concrete was. Tests were made to evaluate the compression resistance,
initial tangent modulus and the ultra-sonic speed. Correlations were obtained among the ultra-sonic speed
and compression resistance, initial tangent modulus and dynamic modulus. On the studied ages, for the
employed materials, was find that for the break of 27 to 37 MPa, the ultra-sonic speed raised on the
proportion of the aggregates was higher. Similar behavior was found in the tangent and dynamic modulus.
The dynamic modulus was, in the investigated ages, higher than initial tangent modulus, been in paste, 17%
higher, and in mortar 29% higher. The resistance ratio was higher than the modulus ratio for the materials
used. The results end considerations about the experiment are presented in this article.
Keywords: -sonic speed, dynamic modulus, tangent modulus, compression strength, paste, mortar, concrete.
ANAIS DO 51º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2009 – 51CBC0000 1
1 Introdução
Historicamente, desde que o concreto começou a ser empregado, como material
estrutural, houve a necessidade de se estimar a resistência e, conseqüentemente,
freqüentes têm sido as tentativas em se desenvolver ou aprimorar os métodos de ensaios
não destrutivos.
O método da velocidade de pulsos ultra-sônicos têm sido usada com sucesso por mais de
60 anos, esse método permite a detecção de rachaduras internas e outros defeitos assim
como alterações no concreto devido as ações agressivas do meio ambiente. Além disso,
através desse método é possível estimar a resistência à compressão concreto das
amostras de concreto e do concreto “in-loco”, (Naik, Malhotra e Popovics, 2004).
Uma característica relevante desses ensaios é que eles possibilitam que se realizem
vários ensaios, no mesmo local ou próximo deste, ao longo do tempo, o que permite o
acompanhamento das variações ocorridas no concreto, em um prazo pré-estabelecido,
(Neville 1997).
Com a utilização de ensaios não destrutivos pode-se obter maior segurança, estimativa
da resistência, melhor programação da construção, maior rapidez e econômia, (Neville,
1997).
Em materiais homogêneos, há uma relação direta entre densidade e módulo de
elasticidade. Entretanto, em materiais heterogêneos e multi-fásicos como o concreto, a
fração volumétrica, a densidade e o módulo dos principais componentes, além das
características da zona de transição na interface, determinam o comportamento elástico
do compósito, (Mehta e Monteiro, 2008).
A resistência à compressão assim como o módulo de elasticidade são propriedades do
concreto que estão intimamente relacionadas com o tamanho e a distribuição dos poros.
O tamanho e a distribuição dos poros, tanto da matriz quanto da zona de transição, irão
depender, dentre outras variáveis, da relação água/cimento, tipo, finura e distribuição
granulométrica do cimento, idade e das características específicas da cura do concreto.
O módulo de elasticidade, a velocidade de pulso ultra-sônico e a resistência à
compressão são sensíveis à condição em que se encontram os corpos de prova antes do
ensaio. Quando o corpo de prova está saturado os vazios de ar presentes no concreto
estarão preenchidos com água, que é indeformável, conseqüentemente, a deformação do
concreto durante o ensaio será menor, e maior será o valor do módulo. De forma
semelhante, quando se realiza o ensaio da velocidade de pulsos ultra-sônicos através do
concreto, obtêm-se valores maiores, isso porque a velocidade do som na água é de
aproximadamente 1500 m/s, ao passo que a velocidade do som no ar é de
aproximadamente 340 m/s. Por outro lado, os valores da resistência à compressão serão
menores, dado que a água interposta entre as camadas de C-S-H gera afastamento das
mesmas e isso acarreta uma redução nas forças de Van Der Waals, (Mehta e Monteiro,
2008).
A velocidade de pulso ultra-sônico através do concreto é significativamente modificada
sempre que se emprega, na mistura, agregados com diferentes módulos de elasticidade
ou se altera a proporção dos mesmos ou, ainda, quando se utiliza agregados com
diferente dimensão máxima característica. Entretanto, a resistência à compressão do
concreto não é modificada substancialmente, quando essas mesmas alterações são
3 Resultados obtidos
Figura 2 – Evolução do módulo dinâmico do concreto, argamassa e pasta, com mesmas relações
água/cimento, ao longo do tempo.
Figura 3 – Relação entre resistência e velocidade de pulso ultra-sônico do concreto, argamassa e pasta,
com mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
Figura 4 – Relação entre módulo dinâmico e velocidade de pulso ultra-sônico do concreto, argamassa e
pasta, com mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
Figura 5 – Relação entre módulo dinâmico e velocidade de pulso ultra-sônico do concreto, argamassa e
pasta, com mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
Figura 6 – Relação entre módulo dinâmico, módulo estático e pulso ultra-sônico de concreto, argamassa e
pasta, com mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
Figura 7 – Relação entre módulo dinâmico, resistência à compressão e velocidade de pulso ultra-sônico de
concreto, argamassa e pasta, com mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
Na figura 8 apresenta-se a evolução dos módulos dinâmico e tangente ao longo do tempo
de concreto, argamassa e pasta.
Figura 8 – Evolução do módulo dinâmico e do módulo tangente de concreto, argamassa e pasta, com
mesmas relações água/cimento, ao longo do tempo.
ANAIS DO 51º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2009 – 51CBC0000 7
Figura 9 – Diferença entre os módulos dinâmicos de concreto, argamassa e pasta e entre argamassa e
pasta, ao longo do tempo.
5 REFERÊNCIAS
Naik, T, R., Malhotra, V. M., Popovics, J.S., The Ultrasonic Pulse Velocity Method in.,
Handbook on Nondestructive Testing Concrete., Malhotra, V.M., and Carino, N. J.,
eds., Chap.8, 2 ª Edição, CRC Press, Boca Raton, 2004.
Neville, A. M. Propriedades do Concreto, São Paulo, Editora Pini 1997
Mehta e Monteiro, CONCRETO Microestrutura, Propriedadades e Materiais, São
Paulo, IBRACON, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738- Concreto:
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro,
------------------------NBR 5739-Concreto: Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndrico.
Rio de Janeiro, 2007
------------------------NBR 8802- Concreto Endurecido- Determinação da velocidade de
propagação de onda ultra-sônica. Rio de Janeiro, 1994
------------------------NBR 8522- Concreto- Determinação do módulo de deformação estática e
diagrama tensão-deformação: método de ensaio. Rio de Janeiro 2003