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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL – FEBAC


TURMA: 5º PERÍODO
PROFESSORA: ALESSANDRA MARTINS
DISCIPLINA: SAÚDE DA MULHER

TRABALHO DE PARTO PREMATURO, INCOMPETÊNCIA ISTMO CERVICAL.

BACABAL - MA
2011
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ANA PATRÍCIA P. SOUSA


GYZELLY SILVA PESSOA
JOYCE KELLY SANTOS ARAÚJO
KARLEANY CAMPOS DE MORAIS
JULYANA SÁ

TRABALHO DE PARTO PREMATURO, INCOMPETÊNCIA ISTMO CERVICAL.

Trabalho realizado como requisito para


obtenção de nota na disciplina de saúde da
mulher, do 5º período de enfermagem,
ministrada pela professora Alessandra
Martins.

BACABAL - MA
2011
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
INCOMPETÊNCIA DE ISTMO CERVICAL...................................................................................4
O PARTO PREMATURO...................................................................................................................5
O CONCEITO DE PARTO PREMATURO......................................................................................5
ATENÇÃO !!!!.....................................................................................................................................5
FATORES DE RISCO PARA O TRABALHO DE PARTO PREMATURO..................................5
Medidas de prevenção do TPP e da morbi-mortalidade neonatal englobam:..................................6
INCIDENCIA: 4-11% em países desenvolvidos, no Brasil 7%.........................................................6
Profilaxia pode ser primaria, secundaria ou terciária.......................................................................7
A PROBLEMA MAIS IMPORTANTE E DETECTAR O RISCO DESTAS PACIENTES..........7
VIGIA AS CONTRAÇÕES UTERINAS............................................................................................7
Diagnóstico do trabalho de parto prematuro.....................................................................................9
CONDUTA TERAPÊUTICA..............................................................................................................9
PORQUE SUPLEMENTO DE PROGESTERONA?......................................................................10
PROGESTERONA............................................................................................................................10
ASSISTÊNCIA AO PARTO PREMATURO...................................................................................11
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Introdução

Incompetência istmo-cervical - ICC é a incapacidade do colo uterino de manter uma gravidez.

Isto decorrente por defeitos anatômicos ou funcionais. O orifício interno apresenta-se incompetente
para reter o concepto. A incidência da incompetência istmo-cervical segundo a literatura é de
1.1000. Geralmente a mulher somente descobre que possui incompetência uterina após uma ou
mais perdas sem motivo aparente.
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INCOMPETÊNCIA DE ISTMO CERVICAL

O PARTO PREMATURO

O CONCEITO DE PARTO PREMATURO

Não importa quantas definições existem para caracterizar o parto prematuro.


A definição do OMS é: parto prematuro e aquele parto que começa com a idade
gestacional menos de 37 semanas.

ATENÇÃO !!!!

Temos que diferenciar um prematuro de um neonato com baixo peso; isso e


completamente outra coisa. Neonato de baixo peso e aquele que nasce com menos 2500 g.
Geralmente os prematuro tem baixo peso. Podemos ter bebe de baixo peso mas não
prematuro.
O trabalho de parto prematuro (TPP) é responsável por 50% dos partos pré-termos
(PP) e 75% da mortalidade perinatal. Consiste no trabalho de parto que ocorre antes da 37ª
semana gestacional e caracteriza-se por 6 a 8 contrações uterinas em uma hora ou no mínimo
3 contrações em 30 minutos, levando a alterações na maturação cervical (apagamento ou
dilatação do colo uterino) com membranas corioaminióticas íntegras ou não.
Sua incidência no Brasil é de 12%. Tem como principais fatores predisponentes
a baixa condição socioeconômica, a assistência pré-natal inadequada e a infecção
geniturinária (McGregor, 2000).
O nascimento prematuro é um dos maiores problemas ainda não solucionados da
Obstetrícia. Apesar de as estratégias de prevenção durante o pré-natal e da assistência
neonatal terem evoluído muito nos últimos anos, a sua incidência, morbidade e mortalidade
neonatal continuam elevadas. Além disso, suas complicações estão entre as principais causas
de morte no primeiro ano de vida da criança.

FATORES DE RISCO PARA O TRABALHO DE PARTO PREMATURO

Os fatores de risco para TPP devem ser investigados na consulta pré-concepcional


e/ou na primeira consulta de pré-natal e/ou nas consultas subsequentes e são eles: Gestação
anterior com TPP; Idade materna < 16 anos e > 35 anos; Desnutrição materna; Atividade
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física materna extenuante; Isoimunização RhD; Diabetes mellitus; Síndromes hipertensivas -


Doença hipertensiva específica da gestação; Hipertensão arterial sistêmica crônica;
Descolamento prematuro de placenta; Tabagismo; Cardiopatia materna; Patologias uterinas:
incompetência istmo-cervical, malformações, leiomiomas; Distensão uterina: gêmeos,
polidrâmnio; Violência e trauma materno.
Além dos fatores de risco já conhecidos e difíceis de serem controlados, tais como
os de ordem socioeconômica, as infecções e as diversas complicações clínicas e obstétricas,
nos últimos anos vêm se somando a gestação gemelar, muitas vezes decorrente da gravidez
em idade avançada e da maior oferta de técnicas de reprodução assistida. Além disso, o
estresse emocional cotidiano da mulher moderna também vem contribuindo para o maior
risco de parto prematuro.

Medidas de prevenção do TPP e da morbi-mortalidade neonatal englobam:

 Melhora do diagnóstico e controle de infecções no período pré-concepcional;


 Melhora da qualidade do pré-natal;
 Rastreamento, diagnóstico e monitoramento de gestantes com risco para TPP
no prénatal;
 Programas de suplementação nutricional;
 Uso adequado de corticoterapia e terapia tocolítica;
 Encaminhamento precoce de todos os casos suspeitos e/ou diagnosticados de
TPP para serviços de referência para alto risco;
 A transferência de todas as gestantes em TPP com idade gestacional (IG) <
34 semanas , para centros de referência secundários e terciários (unidade de
terapia intensiva- UTI), diminui a mortalidade neonatal em 60% dos casos.
O TPP diferencia-se da ameaça de trabalho de parto prematuro porque nesta
condição há contratilidade uterina anormal, ou seja, mais de 2 a 3 contrações uterinas
dolorosas em 1 hora (após a 28ªsemana), sem altera o colo uterino.

INCIDENCIA: 4-11% em países desenvolvidos, no Brasil 7%.

A problema clinica e diagnostica do parto prematuro começa ainda no pré-natal. O


medico tem que descobrir qual são as chances que a mãe tem por um parto prematuro. Por
isso, tem que pensar, primeiro, nos fatores de risco por parto prematuro. Eles são classificados
em:
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1. Epidemiológicos – sócio econômico (menor nível, desnutridas), gravidez


indesejada, pré-natal inadequado, estresse (atenção á profissão !!!),
tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas;
2. Ginecológicos: amputação do colo uterino, malformações uterinas (útero
septado, bicornes, miomas);
3. Obstétricos: presença de infecção amniótica (ascendente – Bacteróides e
Gardnerella – ATENÇÃO A SECREÇÃO) – ativação das elastáses que da
esvaecimento do colo e as vezes a rotura das membranas, alterações
hormonais (especialmente alterações de progesterona), incompetência
cervical (colo que não consegue segurar o feto – a historia típica e aquela
grávida que da luz mais e mais cedo cada gravidez), DPP, placenta previa,
malformações fetais, partos prematuros anteriores;
4. Clínico-cirúrgicos: diabetes, HTA, doenças de tireóide, infecções, doenças
renais), as vezes e prematuridade eletiva;
5. Iatrógenos: inconcebíveis !!!! – erros de calculo na idade gestacional;
6. Idiopáticos – partos prematuros sem motivo ou com motivo desconhecido;
O que e muito importante a respeito deste assunto e que a prematuridade e a maior
causa de morte perinatal. Por isso, não podemos ignorar nenhum fator e nenhuma
eventualidade, frente a uma grávida com risco de parto prematuro.
A prevenção, então, tem que ser a maior preocupação do obstetra ou do medico qualquer.
Alias, fazer profilaxia.

Profilaxia pode ser primaria, secundaria ou terciária.

Porem, na maioria das vezes, e quase impossível remover os fatores de risco.


Imaginem uma grávida com diabetes, ou com alguma malformação do útero ou mesmo do
colo. Melhor funciona a profilaxia secundaria – isto e DEPISTAR as alterações e estabelecer
uma conduta profilática. A profilaxia terciária – inibição de trabalho de parto – vai usar a
tocólise.

A PROBLEMA MAIS IMPORTANTE E DETECTAR O RISCO DESTAS


PACIENTES.

VIGIA AS CONTRAÇÕES UTERINAS

A grávida esta com contrações mais fortes que esperado?


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1. FAZER MEDIDAS DE COLO UTERINO

Podemos fazer isso pelo toque vaginal, mas e melhor usar a ultrassonografia
porque o toque pode ter caráter subjetivo. Hoje nos sabemos que um colo normal e um colo
acima de 30 mm. Ate a 26-28 cm não tem risco de acontecer um parto prematuro. Um colo
com menos de 20 mm já esta problemático, especialmente de 20-24 semanas.

1. ESCALA DO PAPIERNIK

Ele usa os seguintes fatores:


1. Fatores sócio-profissionais
2. Constituição da grávida
3. Antecedentes da grávida
4. Evolução das gravidezes anteriores
Ele anota esses fatores de 1 a 5. O total classifica o grupo de risco da grávida:
1 – 5 não tem risco
5 – 10 risco potencial
Acima de 10 o risco e evidente
2 crianças ou mais Curetagem a
Fadiga normal
sem ajuda familial intervalo curto Trabalho no céu
1 Aumento
Nível sócio depois o ultimo aberto
excessivo de peso
econômico precaro parto
Gravidez ilegítima Aumento do peso
Mais de 3 andares
Idade menor de 20 com menos de 5
sem elevador
2 anos Curetagens kilos
Mais de 10
Idade maior de 35 Albuminúria
cigarros/dia
anos Hipertensão
Diminuição de
Nível econômico-
Varias viagens peso desde a
social muito baixo
diárias ukltima consulta
Altura menos de Curetagens
3 Esforços incomuns Cabeça baixa,
1,55 Uter cilíndrico
Trabalho cansativo segmento inferior
Peso embaixo de
Viagens longos já formado,
45 kilos
Pelviána a 7 meses
Metrorragias no
segundo trimestre,
Idade menos de 18
4 Pielonefrite colo curto ou
anos
deiscente,
útero contratil
Malformações uterinas, Gestação múltipla
5 1 aborto tardio, Placenta praevia
1 parto prematuro hidramnio
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A desvantagem destes sistemas de avaliação e que não considera alguns fatores


epidemiológicos como estado febril, doenças preexistentes, infecções vulvo-vaginais.
Então deve ser considerado:
1. Idade menos de 20 anos;
2. Celibatária;
3. Peso embaixo do 50,8 kilos;
4. Fumante;
5. Vários abortos espontâneos, especialmente no segundo trimestre;
6. Gestações múltiplas;
7. Histórico de parto prematuro na ultima gravidez;
8. Histórico de neonato morto ou morte perinatal nas ultimas gestações;
9. Infecções do trato urinário durante a gravidez;
10. Atividade uterina importante espontânea antes do prazo;
11. O orifício uterino dilatado;
12. Hemoglobina embaixo de 9g/100 ml;

Diagnóstico do trabalho de parto prematuro

O diagnóstico correto do TPP nem sempre é fácil e classicamente baseia-se na


presença de contrações uterinas regulares (pelo menos uma a cada 5 minutos) e persistentes,
dilatação cervical igual ou superior a 1 cm, esvaecimento cervical igual ou superior a 80% e
progressão das alterações cervicais. No falso trabalho de parto verifica-se apenas o
aparecimento de contrações irregulares e sem coordenação, além da ausência de modificações
importantes no colo uterino. Nos casos duvidosos é importante que a gestante permaneça em
observação clínica por período mínimo de duas a três horas. Nestas situações também pode
ser utilizado o teste da fibronectina fetal que, por apresentar valor preditivo negativo elevado
(acima de 90%), exclui os falsos trabalhos de parto, evitando as internações desnecessárias.
A decisão de se prolongar a gestação requer a análise cuidadosa das condições
materno-fetais. Diante de situações que tornem hostil o ambiente intrauterino, ou que se
agravem com a continuidade da gestação, não se deve inibir o trabalho de parto.

CONDUTA TERAPÊUTICA

Digamos que já a grávida esta com risco alto de parto prematuro, o terapeuta tem
já que decidir qual são as decisões que ele vai tomar em pré-natal:
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1. Recomendações de higiene (repouso no leito em decúbito lateral esquerdo)


2. Recomendações de dieta
3. Recomendações multidisciplinares
4. Suplemento de progesterona

PORQUE SUPLEMENTO DE PROGESTERONA?

A progesterona (pro=por; gesta=gravidez) esta, normalmente secretada pelo corpo


lúteo, e favorece o silencio uterino, falta das contrações uterinas. O corpo lúteo secreta
mediado pelo LH, mas, se existir uma insuficiência ovariana de causa hipofisaria e o LH esta
já insuficiente, pode correr risco de parto prematuro pela insuficiência de corpo lúteo, ai,
vamos precisar de impedir isso suplementando a progesterona.
Os preparados éticos são UTROGESTAN, EVOCANIL, CRINONE

PROGESTERONA

Ações terapêuticas.

Progestágeno.

Propriedades.

Os progestágenos transformam o endométrio proliferativo em secretor, inibem a


liberação de gonadotrofinas hipofisárias e, com isto, previnem a maturação folicular e a
ovulação. Inibem, também, a contratilidade uterina. A resposta nos tecidos moles depende do
estímulo estrogênico prévio.

Indicações.

Amenorreia, sangramento uterino anormal causado por desequilíbrio hormonal


em ausência de patologias orgânicas (fibrose submucosa, câncer uterino). Anticoncepcional.
Menorragia, endometriose, preparação do útero, na mulher sem ovários, para fertilização in
vitro.

Posologia.

Depende do progestágeno utilizado e da forma farmacêutica; 5 a 10mg diários


durante 6 a 10 dias para a amenorreia secundária; 5 a 10mg diários durante 6 dias no
sangramento uterino funcional.
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Reações adversas.

Sangramento, mudança no fluxo menstrual, amenorreia, edema, aumento ou


diminuição de peso, mudanças na erosão e na secreção cervical, icterícia colestática, erupções
(alérgicas), melasma ou cloasma, depressão mental. Quando combinados com estrógenos,
foram observados tromboflebite, embolia pulmonar, trombose e embolia cerebral, hipertensão
ocular, mudanças na libido, tonturas, fadiga, dor nas costas, cefaleias, hirsutismo, síndrome
pré-menstrual, nervosismo, eritema nodoso, prurido.

Precauções.

Os progestágenos devem ser suspensos se a paciente apresentar uma perda


repentina da visão, ou aparecer proptose, diplopia ou enxaqueca. Se o exame ocular indicar
edema papilar ou lesões vasculares da retina, deve evitar-se sua administração. Quando forem
administrados durante os primeiros quatro meses da gravidez, os progestágenos podem causar
dano fetal (masculinização do feto feminino, hipospadia, defeitos cardíacos e nos membros).
Também provocam edemas, por isso os pacientes com epilepsia, enxaqueca, asma,
insuficiência cardíaca ou renal devem ser controlados. Administrar com precaução em
pacientes com antecedentes de depressão. O efeito do fármaco no lactente é desconhecido. A
segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.

Contraindicações.

Tromboflebite, tromboembolia, ictus cerebral. Carcinoma de mama suspeito ou


conhecido. Sangramento vaginal não-diagnosticado. Aborto. Gravidez. Antecedentes de
gravidez ectópica. Actinomicose genital.

ASSISTÊNCIA AO PARTO PREMATURO

Trata-se de um dos temas mais relevantes e controversos da prematuridade. O


momento do parto aumenta os riscos inerentes da prematuridade, tais como a maior
suscetibilidade à acidose e ao trauma.
A boa assistência ao parto prematuro depende, antes de tudo, da experiência da
equipe médica. Há necessidade, no acompanhamento do trabalho de parto, de pelo menos dois
obstetras. Não se pode esquecer que em cerca de metade dos casos, o parto prematuro está
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associado a problemas clínicos e obstétricos que envolvem riscos, tais como a rotura
prematura de membranas, gestação gemelar, placenta prévia, descolamento prematuro de
placenta, hipertensão arterial grave, etc. Além disso, os procedimentos obstétricos no
prematuro são mais difíceis de serem realizados. Os anestesistas devem possuir vivência com
estes casos a fim de optarem pelo melhor tipo de anestesia. Assim, a integração da equipe
constituída por obstetras, anestesistas, neonatologistas e enfermagem deve ser a melhor
possível. Um bom berçário e uma UTI neonatal adequada são fundamentais para que o
trabalho de toda a equipe envolvida alcance o sucesso esperado.
Nos últimos anos observou-se aumento considerável da sobrevida dos prematuros.
Sem dúvida, os cuidados intensivos neonatais colaboraram muito com isto, mas os obstetras
também tiveram importante participação nestes resultados. O emprego mais frequente do
corticosteroide antenatal, os cuidados com a vitalidade fetal anteparto e intraparto e a escolha
mais criteriosa da via de parto têm contribuído para a maior sobrevida dos prematuros.
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REFERÊNCIAS

MENDONÇA, Delosmar. Obstetrícia. 3. ed. São Paulo: Ed. Revinter,

BRASIL, Ministério da Saúde. Gestação de Alto risco. Brasília – DF,

Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol. 27 n. 9 Rio de Janeiro Sept, 2005.

www.scielo.br/scielo.

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