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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

A NOÇÃO DE CULTURA E A IDEIA DE CULTURA DE MASSA

Páginas 3 - 4

O aluno deve fazer uma síntese da discussão a respeito da ideia de cultura. Não pode
se esquecer de dizer que, aquilo que tomamos por natural em nós, é de fato cultural. É
uma construção histórica, social e cultural. Ou seja, nossos hábitos, costumes, maneiras
de agir, sentir, viver, e até de morrer, são culturalmente estabelecidos. Por isso, pode-se
afirmar que grupos humanos diferentes têm culturas diferentes, e isso significa que
quase nada no homem é natural.

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1. O texto procura estabelecer semelhanças e diferenças entre os homens e os animais.
Estes, assim como os homens, também vivem, em sua maioria, em grupos. Mas não é
o fato de viver em sociedade que distingue os homens dos animais. As abelhas de
uma mesma espécie, por exemplo, só mudam o seu comportamento se houver
alguma modificação no meio em que vivem. Isto é, elas se adaptam ao meio, não o
transformam. A capacidade de transformar o próprio comportamento e a natureza é
própria do homem.
2. As abelhas e os outros animais vivem em grupos em que existem regras e uma
organização com divisão do trabalho com base no sexo e na idade. Sob determinadas
circunstâncias, os animais vão sempre agir e reagir da mesma forma.
3. Os animais não podem desenvolver cultura. As abelhas vivem em sociedade, mas em
um tipo de associação em que não existe cultura, pois não há tradição viva, elaborada
de geração para geração, que permita tornar única e singular uma tal sociedade. Os
animais não produzem tradições que os diferenciem.

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Entre todos os grupos animais, o fato determinante que nos humaniza e nos torna
seres humanos é a cultura, porque o homem só existe como ser cultural. Portanto, não é
a inserção em uma coletividade que nos distingue dos outros animais, pois a maior parte
deles, em geral, vive em grupos. Logo, os animais podem viver em sociedade, mas não
desenvolvem cultura. Eles também vivem em grupos, nos quais pode haver uma
divisão do trabalho por sexo e por idade. Mas não há cultura, pois não há tradição viva
elaborada de geração para geração, que permita tornar única e singular uma dada
sociedade. Uma tradição viva nada mais é do que um conjunto de escolhas, mas manter
tal tradição não significa só viver determinadas regras, pois os animais vivem regras,
mas significa apenas viver conscientemente essas regras. Sob determinadas
circunstâncias, os animais vão sempre agir e reagir da mesma forma, e não produzem
tradições que os diferenciem. Quando eles mudam suas regras, isso ocorre como
consequência de alterações em seu meio. O homem tem a capacidade de transformar o
seu comportamento e a natureza. A cada grupo humano corresponde uma tradição
cultural.

O papel da linguagem na transmissão cultural e os meios de


comunicação de massa

Páginas 6 - 7

Aqui cabe ao aluno fazer uma lista de possíveis mecanismos de transmissão cultural.
Mostramos alguns exemplos, mas o aluno deve ter a liberdade de citar aqueles que
achar melhor. Alguns grupos dos quais fazemos parte são um importante mecanismo de
transmissão cultural, como a família, os amigos, o trabalho, a vizinhança e a escola.
Outros mecanismos de transmissão cultural são os meios de comunicação, como os
jornais, por exemplo, e também os livros, as obras de arte etc.

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Páginas 7- 8

Neste exercício as informações coletadas devem variar de grupo para grupo,


dependendo das fontes que eles encontrarem. O objetivo dessa pesquisa é levar o aluno
a entender que existem inúmeros mecanismos de transmissão cultural e que eles são
parte de nossa vida cotidiana, como os livros de autoajuda e os artigos de revistas e
jornais que nos dizem o quê fazer, como se vestir, o quê comer, como se comportar em
diversas situações etc.

Cultura versus cultura de massa

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O aluno deve ter liberdade para expor a ideia que tem sobre este termo antes das
explicações dadas em sala de aula, pois o objetivo desta questão é o de sondar qual é a
sua percepção a respeito do assunto.

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O texto mostra como produtos podem ser lançados, sem serem necessariamente
aceitos pelas pessoas de forma generalizada. Um exemplo interessante é o telefone, que
hoje é considerado um aparelho quase imprescindível para a comunicação entre as
pessoas, mas que demorou muito para ser aceito. Isso ocorreu, entre outros fatores,
porque atendê-lo era considerado um gesto servil. Tal reação ajuda a relativizar a ideia
de que os consumidores são sempre passivos e aceitam tudo o que as propagandas
dizem.

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Páginas 10 - 11
1. É comum confundir-se cultura para as massas com cultura de massa. Uma grande
massa de indivíduos recebe uma mesma mensagem, mas isso não quer dizer que
todos a compreendem de uma única maneira. A mensagem veiculada pelos
veículos/meios de comunicação de massa dirige-se de fato a grandes parcelas da
população. Mas seria ingênuo acreditar que todos compreendem a mesma mensagem
de forma idêntica. De qualquer modo, deve-se ter muito cuidado ao se falar em
“cultura de massa”, pois esta expressão pode passar a ideia de que existiria uma
cultura da maioria da população, uma cultura de massa, em oposição a outro tipo de
cultura, partilhada por poucos. Muitos autores não trabalham mais com a divisão
entre cultura popular (entendida como cultura do povo, da maioria da população) e
cultura erudita (uma cultura partilhada por membros da elite), porque ela dá a
entender que a maioria das pessoas seria dotada de hábitos tão diferentes de outras
parcelas da população que acabariam constituindo entre si uma cultura própria. De
uma maneira geral, acredita-se que haja uma cultura partilhada e que os diferentes
segmentos que compõem esta cultura se inserem de forma distinta numa mesma
cultura partilhada por todos. O que ocorre é que cada segmento possui um lugar
próprio dentro de uma cultura partilhada por todos.
2. O comportamento do homem é regido por padrões culturalmente transmitidos por
meio da linguagem. Logo, para os seres humanos, a linguagem tem papel
importantíssimo na apreensão dos conteúdos simbólicos, pois é por intermédio dela
que nos tornamos seres humanos. E é ao fazer uso dessa linguagem que os padrões
culturais são transmitidos, utilizando-se para tanto de símbolos e sinais. Mais ainda,
na nossa sociedade existem vários mecanismos de transmissão cultural.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

CONSUMO VERSUS CONSUMISMO

Páginas 12 - 14
1. A intenção com este exercício é fazer com que o jovem perceba que as propagandas
são construções que têm por objetivo a venda de produtos. E que, muitas vezes, as
marcas nem sempre estabelecem uma diferenciação precisa entre o seu produto e o
da concorrente.
2. O objetivo é levar o jovem a entender que, na venda de um produto, muitas vezes,
apela-se para outros elementos que não aqueles relacionados diretamente com as
qualidades do próprio produto, mas recorrem a diversos atributos pessoais e morais
valorizados no interior de uma cultura, tais como beleza, virilidade, inteligência,
senso de oportunidade, juventude etc. Desse modo, as pessoas podem ser levadas a
comprar produtos por causa de fatores que independem deles.

Como expor os resultados da pesquisa

Páginas 15 - 16

Nos itens 1, 2 e 3, a avaliação deverá levar em conta se o aluno, em sua exposição,


conseguiu indicar com precisão os produtos escolhidos, quantas propagandas vendiam
um mesmo produto, se todas elas permitiram uma análise acurada e se ele foi capaz de
localizar mais de um tipo de suporte midiático utilizado por uma mesma propaganda.

4.
a) Nesta parte da atividade, deve-se avaliar se o jovem conseguiu entender que as
propagandas são construções que têm por objetivo a venda de produtos e que muitas
vezes as marcas nem sempre estabelecem uma diferenciação precisa entre o seu
produto e o da concorrente.
b) Verifique se os jovens perceberam que, na venda de um produto, muitas vezes a
propaganda apela para outros elementos que não aqueles relacionados com as

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qualidades do próprio produto. Desse modo, as pessoas podem ser levadas a comprar
produtos por causa de fatores que independem deles.
5. O texto é livre, mas o aluno pode recorrer às informações a respeito das peças
publicitárias analisadas em sala, no sentido de demonstrar a compreensão de que os
discursos usados nas propagandas muitas vezes vendem muito mais do que objetos –
vendem ideias, sentimentos e aspirações. Na maioria das vezes, elas inspiram o
consumismo, e não o consumo. E deve ser avaliada, também, a capacidade crítica
demonstrada.

Consumo versus consumismo

Página 18

Neste exercício, o aluno deve fazer uma análise do conteúdo de determinados tipos
de propaganda, chamando atenção para o fato de que, com o objetivo de vender o
produto, tais propagandas procuram lidar com os desejos e emoções das pessoas. E que,
na verdade, elas visam não apenas satisfazer as necessidades dessas pessoas, mas, sim,
criar necessidades que só podem ser satisfeitas por aquele produto.

Página 19
1. Há um excesso de novidades. Novos produtos são criados dia após dia, sem que
muitas vezes se saiba direito o quê fazer com eles. Não é raro o caso de um deles ir
para o lixo sem que as pessoas saibam direito para quê ele serviria. Isso ocorre
porque a produção nunca para, e porque ela não se preocupa com a utilidade do que
inventa nem com o fato de o artefato satisfazer ou não uma necessidade do
consumidor. O que importa é que o tal produto possa ser comprado.
2. Alguns exemplos desse tipo de produto são: computadores, câmaras fotográficas,
iPods e celulares.

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Página 20

O ponto principal do texto é a questão da relatividade da felicidade, pois o que é


felicidade para algumas pessoas ou povos não o é necessariamente para outros.
Portanto, até mesmo o sentimento de felicidade é culturalmente determinado. Tomando-
se por base esse texto, é possível estabelecer uma relação com as propagandas que,
veiculadas pelos meios de comunicação de massa, como a televisão, o cinema, o rádio e
a internet, procuram vender produtos que, muitas vezes, agradam a pessoas dos mais
diferentes lugares.

Muitas vezes, elas não só vendem produtos, mas também sentimentos, como a
felicidade. O consumismo, para continuar existindo, trabalha com um paradoxo. Ao
mesmo tempo que vende a promessa de satisfação, precisa fazer o consumidor acreditar
que está insatisfeito. Ou seja, a pessoa compra um produto e logo é levada a pensar que
outro produto mais novo é melhor e traria mais felicidade. O consumismo, para existir,
precisa tornar perpétua a insatisfação dos consumidores, apesar de vender a satisfação.

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Essa pesquisa deve levar o aluno a refletir sobre o fato de que os hábitos de consumo
são culturalmente estabelecidos e que, portanto, variam de cultura para cultura, apesar
de a produção dos objetos de consumo ocorrer em larga escala. Por exemplo: o hábito
de consumir carne de determinados animais, como de cachorro, na Coreia, e de cavalo,
na França, pode parecer uma crueldade para uns povos ou causar repugnância em
outros, mas são atitudes culturalmente estabelecidas.

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Página 22

O consumo faz parte de toda vida social, pois os seres humanos precisam consumir
para existir. Mas, nas sociedades que passaram pelo processo de industrialização, não há
apenas o consumo como forma de satisfação de necessidades básicas, há também o
consumismo. Ou seja, o consumo contínuo e incessante de bens, serviços e produtos,
muitas vezes supérfluos.

Outro ponto importante nessa discussão sobre consumo e consumismo diz


respeito à questão da felicidade. Para continuar existindo, o consumismo trabalha com
um paradoxo: ao mesmo tempo que vende a promessa de satisfação, precisa mostrar ao
consumidor que ele está insatisfeito. Isto é, a pessoa compra um produto e logo é levada
a pensar que outro produto é melhor e traria mais felicidade. O consumismo, para
existir, precisa tornar perpétua a insatisfação dos consumidores, apesar de vender a
satisfação. Ou seja, estimula emoções consumistas, e não a razão.

Vivemos numa sociedade em que a felicidade implica a posse, ou seja, o ter. As


propagandas, no intuito de vender os objetos, passam para nós a ideia de que é feliz
aquele que tem. Passam-nos a ideia de que é feliz aquele que possui.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

JOVENS, CULTURA E CONSUMO

Páginas 25 - 27
1. Resposta pessoal.
2. O objetivo desta questão é despertar a reflexão para o aspecto de que o aluno, assim
como seus colegas, na condição de jovem, também é consumidor. Porém, o fato de
serem todos consumidores dos mesmos produtos não os torna iguais, pois na
convivência diária o aluno percebe que o estilo e o desenho são variados, assim como
os seus respectivos custos. Isso faz com que os jovens se diferenciem entre si.
As razões para explicar esse fenômeno, entretanto, devem partir do próprio aluno.
Nesse momento, não há respostas certas ou erradas. Avalie apenas a coerência
interna do texto e a correção gramatical e ortográfica.

Etapa 1 – Jovens e cultura

Páginas 28 - 29
Os grupos de colegas e amigos se reúnem
Por meio do lazer
em seu tempo de lazer, a fim de se divertir
juntos. Desenvolvem estilos próprios de
vestuário, cheios de simbolismos, e
elegem elementos privilegiados de
consumo, que se tornam também
simbólicos e em torno dos quais criam
identidades distintas.
Outros grupos de jovens, reunidos por
Por meio da contestação
afinidade de classe e origem social,
buscam elaborar uma resposta diferenciada
daquelas disponíveis, apropriando-se de
forma peculiar de objetos providos pelo
mercado, pela indústria cultural,
atribuindo-lhes novos significados e
valendo-se da inversão do seu uso original

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ou da reunião de objetos díspares em um


conjunto inusitado, cujo propósito é causar
estranheza, criando estilos divergentes em
contraposição a outros grupos sociais.
O consumo de diferentes estilos musicais é
Por meio da música
um dos aspectos fundamentais na formação
de grupos de jovens que se reúnem para
ouvir, tocar, compor e se apresentar em
conformidade com o tipo de música de sua
preferência. O estilo musical, além de
funcionar como marcação identitária, serve
para comunicar e expressar ideologias
políticas, filosofias de vida, modos de
pensar sobre a realidade, manifestações
sobre sentimentos em relação aos
problemas sociais vivenciados no
cotidiano, denúncia, protesto etc.

Páginas 32 - 33
1. Nessa questão, o aluno deve realizar a leitura e a interpretação dos textos do Caderno
e, com base no conteúdo, identificar os grupos/movimentos indicados, explicitando
com quais deles se encontra familiarizado, em caso de resposta positiva.
2. As atividades desenvolvidas pelos hip hopper na ambiência do hip-hop são a dança –
o break e seus estilos específicos –, a música – produzida pelo DJ e cantada pelo MC
– e o grafite. Além disso, há também os shows, os espetáculos musicais, os grupos
que ensinam e divulgam o hip-hop. O principal tipo de música difundido por esse
movimento é o rap.
3. São objetos e símbolos que podem ser associados à ideia da morte: a roupa preta, a
cor branca no rosto, o uso de símbolos religiosos, além de outros adornos que
compõem uma representação artística.
4. Ao deliberadamente se recusar a consumir drogas, bebidas alcoólicas e produtos
derivados de animais, os straight edges procuram expressar seu repúdio a práticas

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que levam ao abuso, ao tráfico, à exploração de crianças e adolescentes, ao crime


organizado, bem como à destruição do meio ambiente e ao tratamento cruel a que são
submetidos os animais criados em cativeiro exclusivamente para a alimentação
humana.

Etapa 2 – Jovens e consumo

Página 34

Este questionário tem o objetivo de propor aos alunos uma reflexão a respeito de
seus hábitos de consumo, preferências e comportamentos. De maneira a expressar as
suas identidades e propiciar a descoberta de diferenças e similitudes entre eles.

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Este trabalho tem o objetivo de propor aos alunos uma reflexão a respeito de seus
hábitos de consumo, preferências e comportamentos, de maneira a expressar as suas
identidades e propiciar a descoberta de diferenças e similitudes entre eles. Na avaliação
do trabalho devem ser consideradas a correção gramatical, a lógica da argumentação e a
maneira como conseguem utilizar as informações do questionário.

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