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‘QUANDO O SUCESSO É A ALMA DO FRACASSO’


Lucas 12:16-21
(Mensagem pregada na Maranata Tijuca 9/3/2006, 5ª feira)

Max Gehringer, é um comentarista da CBN, que recentemente leu


a mensagem de um de seus ouvintes (um tal de Sergio) que dizia
mais ou menos o seguinte:
- Quando eu era jovem, diziam que eu devia ouvir os mais velhos,
por serem mais sábios, mas hoje, aos 60 anos, me dizem que devo
ouvir os mais jovens, que são mais inteligentes. Jovens empresários
bem sucedidos, dizem que se eu deixasse de tomar 1 cafezinho
por dia, por 40 anos, teria economizado 30 mil reais; se deixasse
de comer 1 pizza por mês, teria economizado 12 mil reais. Daí, fiz
contas...se eu não tivesse tomado todas as caipirinhas que tomei,
não tivesse viajado, nem comprado roupas caras, nem tivesse
desperdiçado dinheiro com coisas supérfluas, hoje eu poderia ter
500 mil reais na conta, o que eu não tenho.
Mas o que eu faria se tivesse todo esse dinheiro? Ora, viajaria,
compraria roupas, comeria todas as pizzas e tomaria todos os
cafezinhos que quisesse.
Concluí que sou Feliz em ser pobre, porque gastei meu dinheiro
com prazer, no tempo certo. Tem gente que guarda dinheiro, mas
não vive a vida.’

Isso nos remete à uma importante questão: qual é o propósito da


nossa vida nesse mundo? Quais são os tempos certos da vida? Se
há tempo pra todo o propósito na vida, qual é o tempo certo pra
cada propósito?

Até o final do século passado, os filósofos resumiam a busca pelo


sentido da vida, fazendo 3 grandes perguntas:
1. Quem somos nós?
2. De onde viemos?
3. Para onde vamos?

Um dos mais famosos quadros pintados por Gauguin tem esse


nome: ‘De onde viemos? Que somos nós? Para onde vamos? ( Where Do We

)
Come From? What Are We? Where Are We Going? 1897

Para responder a primeira pergunta, quem somos nós...os


cientistas foram atrás do genoma...o mapa genético, que diz o
que nós somos, só não responde como podemos funcionar
direito...
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Para a segunda pergunta, de onde viemos, os cientistas
evolucionistas dizem que viemos de criaturas monocelulares e
evoluímos até organismos complexos...hoje sabemos que o ser
humano é um único mamífero bípede que veste roupas de grife e
usa celular.
Para a terceira pergunta - para onde vamos, há aqueles que
pregam que não há futuro algum para o planeta e seus habitantes,
enquanto outros descansam na esperança cristã de um mundo
melhor na eternidade.

Mas no século 21, o ser humano se tornou mais materialista, mais


consumista e mais individualista. No mundo dos negócios, os
altos executivos, investidores, empresários, reinventaram essas
velhas perguntas – saiu o nós – entrou o eu:
1. Quem sou eu?
2. De onde eu vim?
3. Para onde eu vou?
A essas 3 perguntas de sentido, uma 4ª foi acrescentada: Quanto
eu vou ganhar com isso?
Para muitas pessoas, se a 4ª pergunta for bem respondida, elas não
ficarão nem um pouco preocupadas com as outras três. (Crônica de
Max Gehringer)

JESUS contou a parábola de um homem de negócios muito


semelhante aos executivos dos nossos dias...vamos olhar os
detalhes da sua estória.
‘—As terras de um homem rico deram uma grande colheita.’

1. é uma imagem linda...As terras...deram uma grande colheita.


2. ela nos diz o que ele faz – agricultor;
3. ela nos diz que ele é um bem sucedido agricultor, porque já
é rico.
4. ela nos diz que esse ano ele fez uma colheita excepcional -
grande colheita...
5. a imagem projeta um homem abençoado por DEUS – JESUS
disse ‘as terras...deram grande colheita...”

Ele colhe o que a terra deu, ou o que DEUS permitiu a terra dar...
Ele pode limpar a terra, pode comprar a semente, pode enterrar
a semente, mas não pode criar a chuva, nem pode fazer a semente
germinar... a semente, a terra, o sol e a chuva estão no controle
de DEUS.
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A imagem de uma grande colheita nos faz imaginar que há outros
elementos implícitos nela:
a) Ele provavelmente tem uma grande Família
b) Ele emprega Semeadores e Ceifeiros
c) Há muitas mulheres e crianças que obtêm sustento do
trabalho nas suas terras de cultivo.
d) Há possivelmente, uma Família/Comunidade que se
abastece do seu produto...

Isso nos leva a pensar que estamos diante de uma pessoa de


sucesso, pois em volta do campo que produz com fartura, há uma
série de relacionamentos estabelecidos.
Além disso, ele já é rico, o que significa que ele já vinha sendo
abençoado há muitos anos com aquele campo...

Mas subitamente, o auditório de JESUS é surpreendido por uma


mudança no roteiro da parábola:
Então ele começou a pensar: “Eu não tenho lugar para guardar
toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! —disse
para si mesmo. —Vou derrubar os meus depósitos de cereais e
construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas
colheitas junto com tudo o que tenho.

Olhando com os olhos da nossa cultura, esse homem foi um grande


investidor, um especialista na área dele, dominado por um
extraordinário senso de oportunidade...
a) Ele percebe a produção excedente, e preocupa-se com a
armazenagem do produto – ele colheu mais do que
precisava.

b) Ele faz um cálculo preciso das suas instalações atuais e


percebe que não poderá comportar tudo que ele
colheu...haverá perda de lucro com a estrutura atual.

c) A solução é eficaz: ampliar o pátio de armazenagem


construindo cilos maiores para guardar toda a produção –
perda zero.

Bem, aos olhos de uma pessoa do século 21, na cultura ocidental,


no sistema capitalista, esse homem deve ganhar o premio de
Empresário do Ano. Escolheu a semente certa, plantou no tempo
certo, usou adubo certo, e colheu muito mais do que
esperava...Esse homem é um sucesso para o nosso tempo...
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Mas o auditório de JESUS, via isso de modo muito diferente. Na
cultura oriental judaica, todas essas atitudes são totalmente
equivocadas...
Por que?
Primeiro, havia um mandamento na Lei de Moisés, que nenhum
agricultor poderia recolher toda a sua produção da terra:
“ —Quando fizerem a colheita do trigo, não colham as espigas
dos pés que ficam na beira do campo, nem voltem atrás para
pegar as espigas que não tiverem sido colhidas. Deixem essas
espigas para os pobres e para os estrangeiros. Eu sou o SENHOR,
o Deus de vocês.” (Levítico 23:22 NTLH)

Em outras palavras, a produção excedente, pelo mandamento de


DEUS ao povo da Aliança, não era para o beneficio do
Proprietário do campo, mas para um gracioso suprimento dos
pobres.

Mas a Lei não era apenas para proteger o necessitado, mas


também ao proprietário da terra:
“ —Quando estiver andando num caminho que atravessa a
plantação de uvas de outro israelita, você poderá comer todas as
uvas que quiser, porém não carregue uvas num cesto. E,
quando estiver atravessando o campo de trigo ou de cevada que
pertence a outro israelita, você poderá comer todas as espigas
que puder colher com as mãos; porém não use uma foice para
colher as espigas.” (Deuteronômio 23:24-25 NTLH)

Em Israel poderia haver pobres, mas nunca mendigos ou


famintos, por
uma razão muito simples – ninguém era dono de nada, DEUS era o
Proprietário e SENHOR das terras:
É uma terra onde há grandes e ricas cidades, que vocês não
construíram;
há casas cheias de objetos de valor, que vocês não ajuntaram;
poços de água, que vocês não cavaram; e plantações de uvas e
de azeitonas, que vocês não plantaram. Dt 6.10-11

Já que os Israelitas eram ‘inquilinos’ nas terras de DEUS, eles


deviam agir com justiça, pra não perder o usufruto da terra.

A atitude de querer aumentar celeiros pra guardar a sua


produção mostra uma profunda dissociação, uma indiferença,
um desprezo pelos mais necessitados, e uma declarada quebra da
Lei do SENHOR.
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Mas um abismo leva a outro. Há outros danos causados por essa


decisão, aparentemente inteligente, mas espiritualmente,
equivocada.

Qual era a atividade essencial desse homem? A agricultura.


Mas agora ele terá que abrir uma nova frente de trabalho –
construção civil. É claro que estou exagerando, mas a pretexto de
ilustrar um princípio, vou imaginar.

Quando esse homem decidiu aumentar os celeiros, uma


dramática alteração da sua rotina de vida, das suas atividades,
dos seus relacionamentos, ocorreu.
A Bíblia ensina - “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa
tem a sua ocasião...tempo de plantar e tempo de arrancar...tempo
de derrubar e tempo de construir...tempo de se alegrar...tempo de
dançar...tempo de abraçar... tempo de ficar calado (ouvir) e tempo
de falar...” (Eclesiastes 3:1-10 NTLH)
Numa situação real, esse homem tinha os tempos certos pra todas
as coisas – tempo para o trabalho, tempo para a família, tempo
para se relacionar com os amigos e parentes, tempo para DEUS,
para meditar na Lei do SENHOR, tempo para adoração.

Mas isso agora mudou radicalmente – ele tem de construir


armazéns maiores...se fosse hoje, teria que chamar uma
construtora, fazer as plantas, entrar com o projeto na
prefeitura, limpar o terreno, comprar material de construção,
contratar empregados, fiscalizar a obra, e por ai vai...

Na agenda desse homem, alguém vai ficar sobrando...


Primeiro, la se vai o tempo com DEUS, com a Palavra de DEUS...
Depois o tempo com a família, ele sai antes que os filhos acordem,
e volta depois que estão dormindo...
No final de semana está tão cansado que não quer fazer outra coisa
senão dormir...tudo por causa de armazéns maiores...

JESUS disse: “Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o


coração de vocês.” (Mateus 6:21 NTLH)
Nesse caso, o tesouro daquele homem rico estava nos seus
armazéns...

Daqui nós podemos tirar o primeiro princípio da parábola – o


sucesso se torna a alma do fracasso, quando ele rouba de você
os seus tempos essenciais e as suas responsabilidades
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espirituais. Quando as coisas se tornam mais importantes que as
pessoas, você está a meio passo do fracasso.
Se o preço do sucesso é o congelamento do tempo da família,
dos amigos e principalmente de DEUS, não é sucesso, mas
fracasso que lhe aguarda...
JESUS disse que ‘a vida de um homem não consiste na abundância
das coisas que possui.’ Lc 12.15

O segundo princípio dessa parábola é esse: o sucesso se torna a


alma do seu fracasso quando ele o torna auto-suficiente.
A riqueza desse homem o enganara, dando-lhe a ilusão de que
podia viver sem depender de ninguém...ele agora vivia na solidão.

Veja, no momento em que ele tinha uma decisão a tomar – com


quem ele vai conversar? A quem ele procura? A quem pede
conselho? A esposa? A um amigo chegado? Ao pai? Ao
sacerdote? Não – a ele mesmo. Ele pensa consigo mesmo, e diz
pra si mesmo. Ele pergunta e ele mesmo responde.
Grandes movimentos, grandes empreendimentos, grandes ideais
fracassaram no momento em que seus líderes se isolaram da
comunidade, deixaram de ouvir bons conselheiros.
Foi assim com Roboão, filho de Salomão, que ao assumir o trono
deixou de ouvir os mais sábios conselheiros, e resolveu afligir o seu
próprio povo dizendo: “O meu dedinho é mais grosso do que a
cintura do meu pai!....Ele castigou vocês com chicotes; eu vou
surrá-los com correias.” (1Rs 12.10-11)

Isso lamentavelmente acontece muito na igreja de CRISTO. Um bom


pastor começa um ministério abençoado e extraordinário. Mas o
sucesso o engana e o leva a pensar que ele não precisa mais de
conselho algum.

O terceiro princípio da Parábola é esse: o sucesso se torna a alma


do fracasso quando ele o engana a respeito de si mesmo, da
felicidade e do seu futuro.
Então direi a mim mesmo: ‘Homem feliz! Você tem tudo de
bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma,
beba e alegre-se.’”

Esse conceito de felicidade é muito comum hoje em dia – não


trabalhar, comer do bom e do melhor, e divertir-se à vontade. Isso é
um moderno conceito de sucesso – ou seja, quando a pessoa só faz
o que quer, quando quer, e se quer...ainda pode viver
regaladamente e somente pra se divertir.
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Vejam quão moderno é o homem rico da parábola...


Ele é rico, ele pensa, ele sabe tudo, ele planeja, ele determina,
ele resolve, ele derruba, ele constrói, ele ajunta, ele protege,
ele prospera, ele tem de tudo, pra muito tempo e ainda diz –
descansa, curte a vida, come do melhor, bebe do melhor,
divirta-se o quanto quiser, canta, ri, viaja, aproveita ao
máximo...

Mas nesse momento, numa reviravolta absolutamente inesperada,


o auditório de JESUS é surpreendido...
Num cenário dominado pela avareza, pelo materialismo, pelo
consumismo, pelo egoísmo, como se nada importasse, como se a
ninguém se prestasse conta, DEUS entra em cena...
O DEUS cuja a Lei havia sido desprezada, o DEUS de cujas as mãos
vinham todas as suas riquezas, o DEUS de cuja presença esse
homem havia fugido, o DEUS cuja a vontade havia sido
desprezada...entra em cena...

- Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens


preparado, para quem será?

Louco! Do ponto de vista de DEUS, é louco porque não percebe


quão passageira é a sua vida nesse mundo...esta noite...dali a
poucas horas tudo se acabará...
Quantas pessoas nesse mundo vivem fazendo planos e mais planos
dizendo:
“Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano
fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!” Vocês não sabem
como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina
passageira, que aparece por algum tempo e logo depois
desaparece.” (Tiago 4:13-14 NTLH)

Louco porque esqueceu que a parte dele que viveria pra sempre
não era o seu corpo, mas a sua alma, e pra essa ele não havia
qualquer investimento: esta noite te pedirão a tua alma...
Alma não come pão, não bebe vinho, não dorme em cama de
marfim, não se refresca em piscina de água doce...
Alma se alimenta da Palavra de DEUS, descansa no poder de
DEUS, refrigera-se na presença de DEUS...

Louco porque ao fim de todo o seu empreendimento, ele chegaria a


presença de DEUS absolutamente miserável, pobre, cego e nu...
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....e o que tens preparado, para quem será?
Quando perguntaram ao contador e administrador de todas as
propriedades de Howard Hughes, maior magnata da primeira
metade do século 20, quanto ele havia deixado, a resposta desse
homem foi: Ele deixou tudo!

Um rico mercador árabe tinha 4 esposas.


Ele amava a 4ª esposa e a cobria de presentes caros, dava a ela
sempre o melhor.
Ele amava a 3ª esposa, gostava de exibi-la aos seus amigos, mas
vivia com medo de que ela fugisse com algum amante.
Ele amava a 2ª esposa, uma mulher ponderada, paciente, uma
confidente, que sempre o aconselhava nos problemas e o ajudava
nos momentos difíceis.
A sua 1ª esposa era uma mulher muito leal, cuidava da casa, das
suas riquezas, dos seus negócios, mesmo assim o mercador não a
amava, não lhe dava presentes e nem procurava saber dela...

Aconteceu de o mercador contrair uma doença mortal, então


pensou:
- Vivo muito bem, mas quando morrer, ficarei muito sozinho...

Então chamou a 4ª esposa e disse:


- Você morreria comigo, pra eu não ficar sozinho?
- De jeito nenhum, você está louco?

Então chamou a 3ª esposa e disse:


- Você morreria comigo, pra eu não ficar sozinho?
- Lamento, marido, não posso, a vida é bela, vou aproveitar,
quando você morrer eu me casarei de novo...

Então chamou a 2ª esposa e disse:


- Você sempre foi minha companheira, você morreria comigo, pra
eu não ficar sozinho?
- Não desta vez...o máximo que posso fazer é acompanha-lo
até a sepultura...

O velho mercador estava arrasado com a resposta de suas esposas.


Foi ai que ele ouvir uma voz doce e meiga dizendo:
- Eu irei contigo meu querido, onde quer que fores, estarei
contigo!
Era a sua primeira esposa, estava muito enfraquecida, desnutrida,
maltratada, sem beleza alguma...então o mercador disse:
- Eu devia ter cuidado de você melhor, enquanto eu podia...
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Todos nós temos 4 esposas

A 4ª esposa é o nosso corpo, não importa quão bem cuidemos


dele, quao ricamente o vistamos, ele jamais nos acompanhará no
mundo vindouro, vai virar pó.
A 3ª esposa são as nossas riquezas, que irão para outra pessoa
quando morrermos.
A 2ª esposa são nossos amigos, não importa quão íntimos e leais
forem, eles somente irão conosco até o cemitério.
A 1ª esposa é a nossa alma.
O que você tem feito por ela? Que cuidados tem tido com ela? Que
nutrição tem dado a ela?
JESUS disse:
“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma?”
Mc 8:36

A parábola do Rico Louco, termina assim: : —Isso é o que acontece


com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus
não são ricos.”

Que tipo de riqueza DEUS espera que acumulemos? O que torna o


homem um sucesso aos olhos de DEUS?
Um dia, todos os abençoados, todos os que investiram para o
mundo vindouro, receberão a recompensa:
“ Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me
destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e
me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com
fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E
quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei,
respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes.” (Mateus 25:35-40 RA)

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