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08/06/2011 :: :: Mas afinal, o que é empreendedori…

Canal RP nº125 - 21/09/2007 Fale Conosco

:: Mas afinal, o que é empreendedorismo?


Primeira parte

Em entrevista ao Canal RP, a professora Jocélia Maris Mainardi* fala sobre o


empreendedorismo, suas características e a importância da introdução dessa
disciplina no curso de Relações Públicas da Metodista e por que esse termo
tornou-se referência para definir o perfil do profissional de RP.

1. O que se e ntende por e m pre e nde dorism o?


R : O e m pree ndedorism o é um processo que fa z com que um a pe ssoa , que
te nha form a çã o superior ou nã o, se ca pacite , m uita s vezes por intuiçã o, a
de se nvolve r um negócio próprio. Isso tem tudo a ve r com o dese jo de ssa
pe ssoa e m distinguir-se pe lo se u status ou por ver rea liza da um a idé ia sua .
Isso te m tudo a ve r com a cultura da pessoa . O e m pre e nde dorism o é algo que
a ge nte ensina , pa ra ajuda r a dese nvolver na ca be ça da s pe ssoas o de sejo de
criar a lgo novo, de la nça r um se rviço novo, de fa zer algo difere nte do que a s
pe ssoas vê m faze ndo. P ode -se até dizer que , e m boa pa rte , essa a spira çã o
pe lo novo é inata , isto é , a pe ssoa já na sce com e sse im pulso e m pre e nde dor.
Isso é o que e x plica “n” ca sos de pe ssoa s que nã o tive ram form a çã o espe cia l,
que não vinha m de fam ília s a ba stada s e que aca ba ram cria ndo ne gócios, que
se tornara m ve rda deiros im périos, com o por e x em plo, Sa m ue l Kle in (Ca sa s
Ba hia), os Diniz (P ã o de Açúca r), os Ma ta razzo (indústria s). Muita s ve zes, a
a ná lise da vida de m uitos e m pre e nde dore s revela que fora m em pre ga dos de
a lgum a e m pre sa, m a s e m dete rm inado m om e nto encontraram um jeito
e spe cia l, dife rente, de ana lisa r um se rviço, de concebe r um produto, de scobrir
um nicho ou um se gm e nto onde pode ria sa ir ve nce dor.

2. P or que a disciplina “e m pree nde dorism o” foi incluída na m atriz curricular de


RP?
R : P orque a gente pe rce beu o se guinte: e m prim eiro lugar, o m e rcado de R P e
de toda a á rea de com unica çã o está m uito conce ntra do na te rceiriza çã o, ou
se ja , re duze m -se os cargos inte rnos de funcioná rios com ca rte ira a ssina da e
contrata -se um a em pre sa que forne ce m ã o-de-obra treina da . Em com unicação,
isso é um a re a lidade . Boa pa rte dos nossos alunos abriu próprios negócios ou
tra ba lha pa ra agê ncias terce irizada s. Dia nte de ssa nova situação do m e rca do,
pe rce be m os que antiga m ente form a va m -se os alunos para sere m em pre gados,
qua ndo o m e rcado de hoje e stá pe dindo que e sses profissionais seja m
e m pre endedores, ou se ja , dono do seu próprio “pa sse”. Você não te m um a
e m pre sa, m a s você é um “profissiona l pe ssoa jurídica”, que te m um a firm a
a be rta , m as nã o te m um a e m presa com sede , escritórios e tal, m a s você é
um a e m presa “sozinha” e isso é um a re a lida de com que toda s as a gê ncias
tra ba lham com , pe lo m e nos, 90% do pe ssoa l contrata do. Alé m disso, se você
a cha que te m um pote ncial e specia l, se já te m um a ex pe riência ou se
ide ntificou um nicho de m erca do e m que a s a gê ncia s nã o tê m traba lha do, em
um a cidade inte rior, por e x em plo, a o invés de você fica r “ca çando” e m pregos
de ntro de e m presa s, você pode a brir se u próprio ne gócio e, pa ra isso, você
pode usa r um a sa linha da sua casa ou do se u a pa rta m e nto. P ara em pre sa s

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que te contra ta m , fica m a is ba rato. A a ná lise de sse ce ná rio fe z com que a
ge nte pe rce besse que , ao invés de form a r o profissiona l pa ra se r um
e m pre ga do, e ra pre ciso form á-lo pa ra toca r seu próprio ne gócio, ser dono de
sua ca rre ira e pre pará -lo pa ra que te nha condições de conduzi-la sozinho, sem
ficar pre so a um a única orga nização a vida inteira .

3. P or que e ste conceito tornou-se re fe rência pa ra ca ra cte rizar o pe rfil do novo


profissional?
R : Além da e spe cia liza çã o, a s em pre sa s quere m pe ssoa s com a titude , com
pró-a tivida de . Se for um ca ra re ativo, você ce rta m ente nã o terá espa ço ne sse
m e rcado que quer profissionais que o te m po todo e nx e rgue lá na frente , um
a na lista de ce ná rios, o ca ra que conse gue a na lisa r o im pacto futuro de um a
situa çã o pre se nte . Enfim , é e sse olha r estraté gico o que a s e m pre sa s busca m e
isso tem tudo a ve r com o e m pre e nde dor, que fa z o m undo ser do jeito que e le
im a gina que se ja e de se nvolve os m eios pa ra conse guir isso.

4. Q ue ca ra cte rísticas define m o e m pree nde dor?


R : Muitas ca ra cterística s. Na verdade , ca da e m pree nde dor tem ca ra cte rísticas
e spe cifica s, m a s ce rta m e nte o que nã o foge à re gra é e sse de sejo de fa ze r a s
coisas dife rente s, dese jo de inova r, o que ca racte riza o espírito e m pre e nde dor e
nã o conform ista . Q ue m se de ixa le va r por e sse e spírito, sem pre a cha que a s
coisas pode m se r m e lhore s, que pode te r a utonom ia pa ra tom ar sua s de cisõe s,
conduzir sua carreira desenvolver sua s e spe cia lida de s, sua com petê ncia , sua s
“e xpe rtise s”. Algué m que sa be que é o conhe cim e nto espe cifico, o know how
a dquirido pela sua e xpe riência , com seus estudos, sua atualização, que irã o lhe
da r oportunida de de fa ze r sucesso. Pa ra se r be m -suce dido, o e m pree ndedor
de ve se r e x tre m a m e nte a tua lizado em re laçã o a o m e rca do e à s suas
te ndê ncia s. Existe de ntro dele um a ce rta a m biçã o, sa be lide rar e quipe s,
tra ba lhar em grupo, te r confiança em si e , a o m e sm o te m po, nos outros.

5. Q ua ndo fa la m os em e m pre endedor, isso se a plica ao tra balha dor de ntro da s


e m pre sas ou e m um ne gócio a utônom o?
R : Você pode a té ser um funcioná rio de um a e m presa e pra tica r o
e m pre endedorism o. Com o? Se ndo um a pe ssoa que nã o se restringe a fa ze r o
tra ba lho do dia-a-dia , e que e stá o tem po todo obse rvando o que aconte ce a o
se u re dor, nos outros de pa rta m e ntos, nas outras á rea s, no produto, na tom ada
de decisõe s, e nfim , e la acaba perce be ndo tudo isso e sa be que pode te nta r
inte rfe rir e m e lhora r o seu a m biente.
(Le ia a se gunda pa rte da entre vista e m nossa próx im a e diçã o)

*Jocélia Maris Ma ina rdi


Graduada e m C om unica çã o Socia l, ha bilita çã o e m R elaçõe s P ública s
pela Unive rsida de Fe de ral de Sa nta Ma ria /RS.
Espe cia lista e m Te oria s e Estraté gias de Com unica ção
pela m e sm a instituiçã o. Mestre e m Com unica çã o e Cultura
pe la Universida de Fede ra l do Rio de Ja neiro.
joce lia.m a ina rdi@m e todista.br

A lana Garcia e Marília Montich

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