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Entrega dia 24/03/06

SEMIOTÉCNICA II – ESTUDO DIRIGIDO


CÁLCULO DE MEDICAMENTOS
Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar 11 saberes, segundo
Figueiredo et al (2003, p.173):
1. Saber quem é o cliente;
2. Saber quais são suas condições clínicas;
3. Saber seu diagnóstico;
4. Saber qual é o medicamento;
5. Saber as vias;
6. Saber as doses;
7. Saber calcular;
8. Saber as incompatibilidades;
9. Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e alimentares;
10. Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva;
11. Saber cuidar.
Cabe destacar que, a dose adequada é uma das partes mais delicadas da
administração de medicamentos e envolve responsabilidade, perícia e competência
técnico-científica. Logo, é necessário que a enfermeira entenda alguns conceitos:
- Dose: quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de produzir efeito
terapêutico.
- Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica
sem ser acompanhada de sintomas tóxicos.
- Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar conseqüências
graves; a morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.
- Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte.
- Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de concentração do
medicamento no sangue.

Unidades de medida:
- grama: unidade de medida de peso; sua milésima parte é o miligrama (mg), logo 1g
corresponde a 1000mg e 1000g correspondem a 1 kg.
- litro: unidade de volume; sua milésima parte corresponde ao ml, logo, 1000ml é igual
a 1l; dependendo do diâmetro do conta-gotas, 1ml corresponde a 20 gotas e 1 gota
corresponde a 3 microgotas.
- centímetro cúbico (cc ou cm³): é similar ao ml, logo 1cc equivale a 1ml.

Noções elementares:
Solução é uma mistura homogênea composta de duas partes.
Suspensão é também composta por duas partes, mas difere da solução por ser
heterogênea, o que significa que após centrifugação ou repouso, é possível separar os
componentes, o que não ocorre na solução.
A concentração de uma mistura é determinada pela quantidade de soluto numa
proporção definida de solvente, e poderá ser expressa em porcentagem (%) ou em g/L.
Como exemplo temos que uma solução de glicose com 5g de glicose (soluto) dissolvida
em 100 ml de água (solvente) é uma solução com concentração de 5%. Isso significa
que a concentração é obtida pela divisão da massa (g) pelo volume, e é expressa em %
ou g/L.

Exemplo 1) TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES:


Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500 ml de soro.
Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a 10%.
Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.
100 ml – 5 g
500 ml – x
x = 500 x 5 / 100 = 25g
 500 ml de soro glicosado a 5% contem 25g de glicose
Segundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contem um frasco a 10%
100ml – 10g
500 ml – x
X = 500 x 10 / 100 = 50g
 500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose.
 Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g.
Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose
hipertônica
Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%
100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g
 Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml
 Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja, 2 + ½ ampolas de 20 ml
no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos com 550 ml de soro glicosado.

Exemplo 2) CALCULO DE INSULINA


Temos seringa de 1 ml graduada em 40 UI, o frasco de insulina é de 80 UI por mililitro.
A dose prescrita foi de 25 UI.
80 U – 25 U
40 U – x
X = 40 X 25/ 80 = 12,5 U, então aspiraremos 12,5 UI, que correspondem as 25 UI
prescritas.
Quando as unidades não coincidem com o frasco:
Frasco ------------- seringa
Prescrição --------X
Exemplo: insulina simples 20 UI
Disponível: frasco --------- 40 UI
Seringa -------- 80 UI
40 ---------- 80 UI
20 ---------- X
X = 40 UI

Exemplo 3) DILUIÇÃO DE MEDICAMENTO (REGRA DE TRÊS)


Temos gentamicina 80 mg em ampolas de 2 ml. Foi prescrito 60 mg, quanto
administrar?
2 ml - 80 mg
X – 60 mg
X = 1,5 ml
 Devo administrar 1,5 ml de gentamicina.

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO PARA DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

1) Quantos gramas de permanganato de potássio são necessários para preparar


250 ml de solução a 2%?
2) Quantos gramas de cloreto de sódio são necessários para preparar 500 ml de
solução salina a 7,5%?
3) Administrar 30 U de insulina, usando uma solução de 80 U/ml e uma seringa
graduada em 40 U
4) Administrar 20 U de insulina, usando uma solução de 40 U/ml e uma seringa
graduada em 80 U/ ml
5) Em quantos ml deve-se diluir 80 mg de gentamicina para se obter 705g em 0,5
ml?
6) Em quantos ml de soro fisiológico deve-se diluir 1g de binotal para se obter 150
mg em 1 ml?
7) Em quantos ml de SF deve-se diluir 10.000.000 unidades de penicilina para se
obter 750.000 unidades em 1 ml ?
8) Administrar glicose EV. Apresentação glicose 50% em ampola de 20 ml.
9) Administrar Lasix, ampola de 2 ml de 20 mg/ml. Aplicar 15 mg. Quanto diluir e
quantos ml administrar?
10) Temos frascos de penicilina cristalina 5.000.000 U, administrar 1.250.000 U.
11) Temos frascos de penicilina cristalina 10.000.000 U, administrar 7.000.000 U
12) Temos heparina, frasco de 05 ml que contem 5.000 U/ ml. Administrar:
a. 2.500 U
b. 12.500 U
c. 18.000 U
d. 20.000 U
13) Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contem 4 mg/ml. Esta prescrito 0,8
mg, quantos ml aplicamos?
14) Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contem 4 mg/ml. Esta prescrito
25 mg, quantos ml aplicamos?
15) Um frasco de Keflex 500 mg a ser diluído em 5 ml, administrar 135 mg, quantos
ml isto me representa?
16) Temos um frasco de Mefoxim 1 g a ser diluído em 6 ml, esta prescrito 350 mg,
quanto aplicaremos?
17) Temos um frasco de penicilina cristalina 10.000.000 U. Administrar 2.800.000
U. Diluir em 10.
18) Temos heparina frasco de 5 ml com 5000 U/ml. Infundindo 4 ml equilvale a
quantas unidades?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 STAUT, N. da S; DURÁN, M.D.E.M; BRIGATTO, M.J.M. Manual de drogas


e soluções. São Paulo: EPU, 1986.
 FIGUEIREDO, N. M. A. de. Administração de medicamentos: revisando uma
prática de Enfermagem. São Caetano do Sul: Difusão Enfermagem, 2003.

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