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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO: GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
DISC. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I - 2006/2
PROF. GERALDO F. MONTEIRO, M.SC.
ALUN:SILAS VALVERDE DOS SANTOS

TEXTO: TEORIA ESTRUTURALISTA

ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA

A origem da teoria estruturalista está relacionada com os seguintes fatos:


• Divergências entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações
Humanas –
• Sendo entre elas incompatíveis, a teoria Estruturalista compreende a Teoria
Clássica (formal) e a Teoria das Relações Humanas (informal) de maneira
sintetizada.
As características básicas do estruturalismo são: a totalidade, a interdependência das
partes e o fato de que o todo é maior do que a soma das partes. Assim, toda modificação
de um elemento acarreta a modificação dos outros elementos e relações.

A SOCIEDADE DE ORGANIZAÇÕES
As organizações existem há milhares de anos. No entanto com o desenvolvimento da
humanidade, o numero de organizações também vêm crescendo. A sociedade moderna
possui tantas e tão diversas organizações que é difícil organizá-las e controlá-las.

AS ORGANIZAÇÕES
A teoria estruturalista estuda as organizações, sua estrutura interna e a relação com
demais organizações. Dentre as formais têm-se as organizações complexas,
caracterizadas pela complexidade na estrutura, devido ao grande tamanho ou à natureza
complicada das operações.

O HOMEM ORGANIZACIONAL
A teoria estruturalista define o homem organizacional como o homem que desempenha
papéis em diferentes organizações. Para que o homem moderno tenha sucesso, precisa
ter as seguintes características: Flexibilidade; Tolerância às Frustrações; Capacidade de
adiar as recompensas; Permanente desejo de realização.

ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES


Os estruturalistas estudam as organizações de uma maneira mais ampla do que as
teorias anteriores. A análise organizacional, do ponto de vista estruturalista, é feita a
partir de uma abordagem múltipla que concilia os fundamentos da Teoria Clássica, da
Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia.

ORGANIZAÇÕES FORMAL E INFORMAL


Para os estruturalistas a organização formal refere-se ao padrão de organização
determinado pela administração: a divisão do trabalho e do poder de controle, as regras
e regulamentos, o controle de qualidade etc. A organização informal refere-se às
relações sociais que se desenvolvem espontaneamente entre as pessoas, acima e além da
formal.

RECOMPENSAS MATERIAIS E SOCIAIS


O significado das recompensas salariais e sociais e tudo o que se nos símbolos de
posição é importante na vida de qualquer organização.

OS DIFERENTES ENFOQUES DA ORGANIZAÇÃO


O modelo racional da organização concebe a organização como um meio deliberado e
racional de alcançar metas conhecidas. O modelo racional inclui a abordagem da
Administração Científica
O modelo natural de organização: concebe a organização como um conjunto de partes
interdependentes que, juntas, constituem um todo: cada parte contribui com alguma
coisa e recebe algo do todo, o qual, por sua vez, é interdependente com um ambiente
mais amplo.

A DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES
A abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização, incluindo, além
das fábricas, organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas
dos mais diversos tipos, organizações militares, religiosas e filantrópicas, partidos
políticos, prisões, sindicatos etc.

TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES


Os estruturalistas consideravam que não poderia haver duas organizações iguais. As
tipologias das organizações permitem uma análise comparativa das organizações através
de uma característica comum ou de uma variável relevante.

OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS
Um objetivo organizacional é uma situação desejada que a organização tenta atingir.
Perrow aponta cinco categorias de objetivos organizacionais:
• Objetivos da sociedade:produzir bens eserviços, manter a ordem pública.
• Objetivos de produção: bens de consumo, serviços a empresas, educação.
• Objetivos de sistemas: ênfase nos lucros, no crescimento e na estabilidade da
organização.
• Objetivos de produtos: ênfase na qualidade ou quantidade de produtos,
variedade, originalidade ou inovação dos produtos.
• Objetivos derivados: metas políticas, serviços comunitários.

AMBIENTE ORGANIZACIONAL
Para os estruturalistas, ambiente é basicamente constituído pelas outras organizações
que formam a sociedade. Os estruturalistas preocupam-se tanto com a análise
organizacional quanto com a interorganizacional

ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Para lidar com o seu ambiente e alcançar objetivos, cada organização desenvolve
estratégias. Para os Estruturalistas existem estratégias de competição e de cooperação:
CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
Os conflitos existentes, segundo os estruturalistas, devem ser encarados como fatores
que geram mudanças, inovações e o desenvolvimento das organizações. O pensamento
Administrativo deveria ser o de criar condições em que o conflito pudesse ser
controlado e dirigido para canais úteis e produtivos.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA ESTRUTURALISTA

O estruturalismo reúne abordagens de algumas teorias como a Teoria


Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria da Burocracia integrando e
ampliando os conceitos dessas teorias.
A Teoria Estruturalista estimulou o estudo de organizações não industriais e não
lucrativas, tratando, sobretudo, das organizações complexas (hospitais e universidades)
e organizações formais (sindicatos).
As tipologias dos estruturalistas são criticadas pelas suas limitações quanto à aplicação
prática e pelo fato de se basearem em uma única variável ou aspecto básico. Elas são
simples e unidimensionais, não discriminam as organizações e somente as dividem com
base em um único aspecto significativo.
É denominada “teoria de crise”, pois tem mais a dizer sobre os problemas e patologias
das organizações complexas do que sobre sua normalidade.

CONCLUSÃO
A Teoria Estruturalista mudou o foco de estudo das Teorias Administrativas que antes
abordavam especificamente as organizações formais (aquela oficialmente estabelecida
pela organização), na Teoria Burocrática, ou as organizações informais (decorrente das
relações entre os grupos sociais dentro da organização formal), na Teoria das Relações
Humanas, passando a estudar ambos os tipos de organizações e as relações existentes
entre elas. Nesta nova visão, criou-se um novo conceito do homem: o homem
organizacional, que desempenha papéis dentro de várias organizações.
A partir desta abordagem, torna-se possível conciliar teorias até então consideradas
opostas como a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas. Com forte influência
da sociologia, o estruturalismo foi bastante crítico e se voltou para o estudo dos
conflitos existentes dentro das organizações e entre elas, principalmente os decorrentes
da especialização e da pouca flexibilidade das organizações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. vol.2, 6ª ed., Rio de


Janeiro : Campus, 2002.
FERREIRA, Ademir Antonio et al. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias:
evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à Administração. 5ª ed. São Paulo:
Atlas, 2000.

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