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Agente Etiológico:
− Taenia Saginata (Bovinos)
− Taenia Solium (Suíno)
− Cysticercus Cellulosae (Suínos)
− Cysticercus Bovis (Bovinos)
Morfologia:
Ambas apresentam corpo achatado em forma de fita, dividida em escólex, colo, e estróbilo. É
hermafrodita.
• Escólex - T. Solium 0,6mm com 4 ventosas e 1 rosto com garras em forma de foice.
Globoso.
- T. Saginata 1,2mm com apenas 4 ventosas. Quadrangular.
• Ovos – Indistinguíveis
Habitat:
Tanto a T. Solium e T. Saginata na fase adulta vivem no intestino delgado dos humanos
(hospedeiros definitivos). Já o cisticerco da T. Solium pode ser achado em qualquer área de muita
oxigenação. Principalmente no cérebro. O cisticerco da T. Saginata é achado apenas no músculo dos
bovinos.
Ciclo Biológico:
Humanos parasitados eliminam proglotes gravidas. Essas proglotes se rompem no meio externo
liberando ovos. O hospedeiro intermediário (suíno, bovino) ingere os ovos. Esses ovos no estômago
sofrem ações da pepsina o que desnatura o embriófovo, já no intestino os sais biliares ativam a
oncosfera. A oncosfera é absorvida pelos vasos mesentéricos (veia e linfático) até um lugar com
muita oxigenação. Se desenvolvendo em cisticerco.
A infecção humana ocorre pela ingestão de carne crua ou mal passada de bovinos ou suínos
infectados com cisticerco. O cisticerco ingerido sofre a ação do suco gástrico, evagina-se e se fixa
na mucosa do intestino.
Transmissão:
• Teníase - Hospedeiro definitivo tem que comer a carne crua ou mal passada de suínos ou
bovinos que contenha o cisticerco.
− Hospedeiro Intermediário tem que ingerir os ovos das proglotes eliminados pelo
hospedeiro definitivo.
• Cisticercose
Auto infecção externa – Ocorre em portadores de T. Solium quando eliminam proglotes e
ovos de sua própria tênia levando-os à boca (coprofagia).
Auto infecção interna – pode ocorrer durante vômitos ou movimentos retroperistálticos do
intestino, levando as proglotes grávidas ou ovos para o estômago, onde vai ser digerido e
absorvido no intestino para qualquer parte do corpo (70% SNC)
Heteroinfecção – Ocorre quando é ingerido alimentos ou água contaminado com os ovos.
OBS:
− Cisticercose só pode ocorrer pela ingestão dos ovos da T. Solium
Imunologia:
IgM específicos para antígenos de cisticerco no líquido cefalorraquidiano (LCR)
Patogenia da Teníase:
Fenômenos tóxicos, alérgicos, pequenas hemorragias gastrointestinais, tonturas, ostenia, apetite
excessivo, náuseas, ascite e perce de peso.
Patogenia da Cisticercose:
Depende da onde se encontra o cisticerco. Podendo causar desde cãibras em músculos, cegueira nos
olhos, alucinações, encefaléia no SNC.
Diagnostico:
Elisa, Raio X, Tomografia computadorizada, Ressonância magnética, Tamisação (peneiração)
Epidemiologia:
− Comer Carne crua ou mal passada de origem duvidosa.
− Cultura
− Precárias condições de higiene
− Dejetos humanos contaminando fontes de água para beber e irrigar lavouras.
− Transmissão através de práticas sexuais orais.
Profilaxia:
− Vigilância sanitária nos matadouros
− Construção de redes de esgoto, fossas sépticas
− Educação à saúde
− Impedir o acesso dos suínos e bovinos à fezes humanas.
Tratamento:
Niclosamida, Albendazol ou Praziquantel.
Hidatidose e Equinococose
Agente Etiológico:
− Echinococcus Granulosus
Introdução:
Tem como hospedeiros definitivos os caninos e como hospedeiros intermediários, os ovinos,
bovinos, suínos, homem e outros.
Morfologia:
Três formas diferentes. Parasito adulto, ovos, e cisto hidático.
• Ovos – Esférico com uma membrana externa (embriófovo), e uma interna (oncosfera).
• Cisto Hidático – Formado pela membrana adventícia, anista, prolígera, vesículas prolígeras,
líquido hidático, areia hidática e protoescólex (dentro das vesículas).
Habitat:
Parasito adulto – Intestino delgado de cães (hospedeiro definitivo)
Cisto hidático – Encontrado no fígado, pulmões, baço, cérebro dos hospedeiros intermediários.
Ciclo biológico:
Os ovos são eliminados com as fezes dos cães, contaminando as pastagens e o chão. Os ovos são
ingeridos e semi digeridos no estômago. No duodeno libera a oncosfera por casa da bile, e com os
ganchos penetra a mucosa intestinal, caindo na circulação sangüínea e se alojando no fígado,
pulmão, cérebro e outros órgãos.
Os hospedeiros definitivos se alimentam dos órgãos com o cisto hidático que vão ser digeridos no
estomago formando o parasito adulto.
Transmissão:
Equinococose – Cão ao ser alimentado com vísceras contaminadas com cisto hidático.
Hidatidose – Ingestão de ovos eliminados pelo cão.
Sintomas:
Depende dos órgãos afetados pelo cisto hidático e do tamanho do cisto. Inflamação, distúrbios
gástricos, ictericia, ascite, fragilidade óssea, dispneia. Em caso grave, choque anafilático por causa
da ruptura do cisto com vazamento do líquido hidático.
Epidemiologia:
− Regiões que tem tradição do cão pastor
− Alimentar o cão com vísceras contaminadas
− Falta de educação sanitária
− falta de campanha contra a hidatidose
− Falta de tratamento anti-helmíntico aos cães
Diagnostico:
Cistos palpáveis, ELISA, radiografia, ecografia, ultra som, tomografia computadorizada, e
laparoscopia.
Profilaxia:
− Impedir acesso de cães nas hortaliças e fontes de água
− Não dar vísceras contaminadas
− Educação sanitária
− Projetos anti-hidatidose
− Desinsetizar matando baratas e insetos que podem levar os ovos.
Hymenolepis Nana
Morfologia:
− Verme adulto com 3 à 5 cm, 200 proglotes. Escólex com 4 ventosas e rostro.
− Ovos transparentes e incolores, membrana interna com filamentos longos
− Larva cisticercoide com protoescólex, pequena quantidade de líquido.
Habitat:
Ileo e jejuno do homem. Os ovos são encontrados nas fezes. Larvas encontradas no intestino do
homem, ou na cavidade geral dos hospedeiros intermediarios, pulgas e carunchos.
Ciclo Biologico:
Monoxênico – os ovos são eliminados pelas fezes e podem ser ingeridos pela criança. No estômago
os embriófovos são semidigeridos e chegam no intestino delgado.
Heteroxênico – hospedeiros intermediarios representados por insetos (pulgas; pulex, xenopsylla,
ctenocephalides, tenebrio) são ingeridas pela criança.
Imunidade:
Estimulam o sistema imune e conferem imnidade ativa específica. Logo quem já teve o verme 1 vez
não terá de novo.
Transmissao:
Ingestão de ovos ou de hospedeiros intermediarios com larvas.
Patogenia:
Diarreia, insonia, agitação, disenteria, cianose.
Diagnostico:
Exame de rotina nas fezes a procura de ovos.
Epidemiologia:
− Promiscuidade e maus habitos higienicos
− Presença de hospedeiros intermediarios no ambiente
Profilaxia:
− Higiene pessoal
− Uso do aspirador de pó
− Fumigação de cereais
− Armazenamento de cereais apropriados
Tratamento:
Praziquantel