You are on page 1of 2

Os quatro princípios de Seres Espirituais emanados da Essência Divina

Espíritos Denários: Os primeiros seres emanados formaram um conjunto,


um primeiro círculo, chamado Círculo Denário. Os Espiritos Denários, figurados pelo
número 10, são também chamados Espíritos Superiores. Esses espíritos puros,
quando emanados, receberam leis e potências para operarem dentro de suas
faculdades específicas, para cumprirem suas operações em particular. Esses seres
têm uma ação puramente espiritual, não estando sujeitos ao tempo ou espaço.
Através deles se operarão as emanações posteriores, não tendo, porém, em si o
atributo de criação de novos seres.
Os espíritos Superiores são propriamente a árvore da vida, pois através deles
jorrou toda a vida. Eles representam e são os mais altos atributos da Divindade, são
de fato o próprio Deus manifestado. Seus nomes são os próprios nomes de Deus,
porém finitos, relativos, parciais e distintos da Imensidão Divina. Sendo uma parcela
do todo, detém uma parte da potência divina. Foram emanados do seio do Criador
para testemunhar, em todas as operações divinas, a manifestação de sua glória.
Foram destacados e distintos da Imensidão Divina, mas mantinham ainda uma
íntima conexão com esta, de forma que liam claramente e com exatidão o que se
passava na Divindade, assim como tudo o que nela continha.

Espíritos Setenários: A segunda classe de Princípios de Seres que foram


emanados, foram os Espíritos Setenários, cuja virtude é representada pelo número
7, sendo também chamados Espíritos Maiores. Este segundo círculo de seres é a
primeira emanação a ser emancipada da divindade. Os Espíritos Setenários são
provenientes dos espíritos denários, mas não têm a íntima ligação com a divindade,
nem a capacidade de emanar seres, e, como a classe anterior, não têm em si a
potência criadora. Estão destinados a cumprir a manifestação temporal da justiça e
glória do Criador, tendo em si potências e capacidade de operações espirituais
temporais limitadas pela sua sujeição ao tempo. Passando o tempo, não passarão
esses espíritos, mas mudarão de ações e operações em consonância com a
vontade divina. Sua reintegração será operada de forma que serão reunidos,
reassimilados ao primeiro princípio de seres, os Seres Espirituais Denários, de onde
foram emanados e para onde retornarão.

Espíritos Ternários: A terceira classe de Princípios Espirituais chama-se


círculo ternário, composta de Seres Espirituais Ternários ou Espíritos Inferiores. Sua
potência consistia na possibilidade de criação e reprodução de essências
espirituosas e de uma posteridade para povoar a criação do universo. Após sua
emanação, não foram emancipados, tal como ocorreu com os espíritos Setenários.

Espírito Quaternário: Foi exatamente após a prevaricação dos primeiros


seres, e por causa dessa prevaricação, que o criador operou uma nova emanação, o
círculo Quaternário ou Menor. Essa nova emanação de princípio de seres espirituais
se deu porque seria necessário uma nova classe de seres, de potência maior e mais
complexa, para organizar, comandar e dominar sobre todos os seres já emanados e
criados.
Teria que ser uma nova emanação, pois as anteriores estavam maculadas e
corrompidas pela prevaricação dos primeiros espíritos, além de que, esses já
haviam demonstrado sua falibilidade.
Esse novo ser, chamado Menor Espiritual ou Adam foi emanado através dos
espíritos Denários, da mesma forma como foram emanados os seres anteriores. É
por isso que Adam, ao se referir a Deus, usava o nome plural e genérico Eloim,
(myhla), que na língua dos hebreus quer dizer simplesmente "Os Deuses".
Entretanto, o Menor, pelo seu número quaternário, reunia em si, em potência,
conjuntamente, todos os poderes anteriormente dados aos seres, de forma que era
a própria imagem do criador, pois era imagem da quatripla essência divina. Isto pode
ser demonstrado pelo seu número 4: 1+2+3+4=10, eis a potência denária inata no
Menor. Por esse desdobramento se demonstra que ele tinha em si, igualmente a
potência ternária (1+2=3) e a potência setenária (3+4=7). Note-se, entretanto, que
ainda outras potências, implícitas no Menor, ainda não manifestadas, poderiam ser
operadas.
O Menor conhecia perfeitamente a necessidade da criação espiritual,
conhecia a necessidade, a utilidade e a santidade da sua própria emanação. Em seu
primeiro estado de glória, sendo um puro espírito, lia os pensamentos divinos, o que
é demonstrado pela linha perpendicular que se projeta da imensidão divina através
do círculo Denário. Sua ação deveria de se estender sobre toda a criação, deveria
se impor sobre o particular, sobre o geral e sobre o universal, isto é, sobre as
criaturas, sobre os mundos, e sobre toda a criação. Deveria ser exemplo e modelo
aos espíritos perversos, sobre os quais, deveria igualmente se impor. Estas três
operações: primeira sobre as criaturas, segunda sobre os mundos e terceira sobe o
universo eram, até então, o desígnio de Adão, verdadeiro Homem-Deus frente ao
universo criado.
Dessa forma, o criador, satisfeito com sua criatura, emancipou o Menor,
atribuindo-lhe o livre-arbítrio, para que pudesse exercer e operar suas atribuições e
deveres na administração da criação, sem a intervenção da divindade, mas segundo
as leis e mandamentos divinos.

Imensidão Divina

Círculo Denário

Círculo de
Dominação

Círculo Ternário Círculo Setenário

Círculo Quaternário

You might also like