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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO GABINETE DO PROCURADOR GERAL Processon.: 18487-480903/2009 Interessada: SAO PAULO PREVIDENCIA — SPPREV Assunto: Consulta sobre a aplicagfo do teto remuneratério em situago de acumulagiio de proventos de aposentadoria e remuneragfio de cargo piblico em comissio. EMENTA: TETO SALARIAL. CUMULACAO ENTRE PROVENTOS E VENCIMENTOS DE CARGO EM COMISSAO PURO. APLICACAO INDIVIDUAL SOBRE CADA UMA DAS REMUNERACOES AUFERIDAS. PARECER GPG n. 10/2009 1 Cuida-se de consulta formulada pelo Diretor Presidente da So Paulo Previdéncia ~ SPPREV quanto a forma de aplicagéo do limite méximo remuneratério a situagaio do Coronel Tomaz Alvares Cangerana, que ¢ inativo dos quadros da Policia Militar e, desde 17 de setembro de 2008, ocupa cargo em comissto de Diretor de Beneficios-Militares da S80 Paulo Previdéncia — ‘SPPREV. 4 ‘Rua Pamplona, 227 7 andar- Bola Vista — 01408-902— Fone (11) 3372-4404— Fax (11) 372-6403 ane nen svn ir PROCURADORIA GERAL DO ESTADO GABINETE DO PROCURADOR GERAL 2. ‘A divida do érglo consulente consiste em saber se os proventos de aposentadoria recebidos cumulativamente com a remunerago pelo exercicio do cargo em comissio devem ser somados para efeito de aplicago do teto constitucional. 3. Tal questio j4 foi enfrentada no Parecer PA n. 156/2004 (cépia inclusa), aprovado com adendos das instincias superiores, fixando-se a orientago de que, nas situapSes constituidas anteriormente 80 advento da E.C. n. 41/2003, o limite remunerat6rio aplica-se individualmente sobre cada uma das remuneragSes percebidas em cummulagao, e, desde entiio, sobre sua somatéria, no ‘chamado teto tinico, de acordo com o parégrafo 11 do art. 40 da Lei Maior. 4 ‘Submetida a consulta a minha apreciaeo, passo a opinar. 5. Com 0 devido respeito as judiciosas razBes que embasaram 0 entendimento chancelado anteriormente no ambito da Procuradoria Geral do Estado, reputo necessiria revisio parvial da orientagdo fixada sobre o assunto, para, avangando no raciocinio jé deduzido, dar interpretago conforme ao art. 40, par. 11, da CF, de modo a integré-lo ¢ harmonizé-lo com outras normas € prineipios constitucionsis de fundamental importncia. 6. Para que tal desiderato seja alcangado basta que se dé & expresso “percebidos cumulativamente ou ndo”, empregada no dispositive wwecindo, interpremio mais reaia, tal como fora propose pela ir "Rua Pamplona, 227 7° andar- Dela Vista 01408.902— Fone (17) $372404— Fax (11) 3372-6403 weunw pein an none be PROCURADORIA GERAL DO ESTADO GABINETE DO PROCURADOR GERAL Subprocuradora Geral do Estado - Area da Consultoria da época, nos acréscimos langados ao Parecer PA n. 156/2004, nos seguintes termos: “Diro alguns que € possivel trabalhar em regime de acumulagfo e que haverd acumulagdes que nilo atingirdo o teto. E verdade. Porém, é fato que, se for possivel trabalhar acumulando cargo e/ou empregos, conforme excepcionado —expressamente pela Constituigio, sem a possibilidade de reveber a respectiva remuneragio quando atingido o teto, haveria trabalho gratuito. Repito: sem que tenhs sido retirada do ordenamento a permissfo constitucional para, acumulagSes remuneradas, restaria concluir que seria possivel haver trabalho sem remumers¢io. Isto ¢ admissivel? A meu ver, nfo. Reputo flagrantemente contrério 20 principio da moralidade, assim como aos outros principios constitucionais inicialmente elencados, pemmitir que o servidor ocupe cargo ou emprego piblicos sem remuneragio, Se admitirmos trabalho nio- remunerado para as hipdteses em que hé acumulago, por que nfo admiti-lo para qualquer cargo, emprego ou fungo? Se o sistema constitucional no protegesse a remuneragio, seria possivel fazer concurso piblico para preencher cargos sem atribuir-lhes _retribuigo. Evidentemente, isto violaria os proprios fundamentos do Estado. O vinculo entre servidor e Estado ¢ profissional ¢ cexige remuneraco. ‘Assim, cabe agora indager: como compatibilizar as ‘normas constitucionais? Respondo: 1) sujeitando cada eo "Rus Pamplona, 227 7 andar: Bole Vista— 01405-002 — Fone (19) 3372-6406— Fax (11) 35728403 ran nne an now be

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